Olá pessoal. Este capítulo ficou um pouco mais longo, espero que gostem.
O domingo parecia não passar. Cada hora se arrastava, como se o tempo tivesse sido puxado por correntes. Minha cabeça estava dividida entre duas coisas: a primeira, e mais urgente, era que eu precisava contar pros meus pais sobre mim e o Toni. A segunda… era como retribuir tudo o que ele me fazia sentir. Os orgasmos que ele me dava com tanta entrega, com tanto carinho.
Decidi deixar a segunda questão acontecer naturalmente. Não queria planejar, ensaiar, transformar em obrigação. Queria que fosse no tempo certo, no calor do momento. Mas a primeira... era hora de encarar.
Por volta das quatro da tarde, meu pai saiu de casa pra ver os jogos de várzea que rolavam no campo ao lado da escola. Ele sempre me chamava, e quase sempre eu ia com ele, mas nesse dia inventei que tinha um trabalho escolar pra terminar. Ele me olhou de canto, desconfiado, mas não insistiu. Pegou o boné, deu tchau e saiu.
Eu esperei ouvir o portão bater, respirei fundo e fui até a cozinha.
Minha mãe estava lá, lavando a louça do almoço. A janela aberta deixava o sol entrar em feixes amarelados sobre a pia. Eu puxei uma cadeira e disse, com a voz meio trêmula:
— Mãe… preciso falar com você.
Ela me lançou um olhar de lado, enxaguou um copo, secou as mãos num pano de prato que estava jogado no ombro. Em vez de falar, puxou outra cadeira e se sentou ao meu lado.
— Hum… você não costuma ser tão formal assim. — Ela sorriu. — Acho que já sei do que se trata. Mas pode falar, tô ouvindo.
— Acho que a senhora não sabe não — respondi, nervoso. — E… quando souber, talvez não goste.
Ela estendeu a mão e tocou meu braço com carinho.
— Filho… não importa o que você faça. Eu sempre vou estar do seu lado.
Respirei fundo. Fechei os olhos. E soltei tudo de uma vez, como quem arranca um curativo com medo da ardência:
— O Antônio e eu… estamos namorando.
As palavras saíram rápidas, quase tropeçando. E depois disso, eu só consegui olhar pro chão. Esperei tudo: um grito, um tapa na mesa, o silêncio decepcionado, o choro.
Mas nada veio.
Uns segundos se passaram — três, quatro, cinco... Pareciam uma eternidade. Então criei coragem e levantei os olhos.
E ali estava ela. Sentada ao meu lado. Sorrindo.
O mesmo sorriso doce de sempre. Calmo. Amoroso.
— Eu disse que sabia — ela respondeu. — Você é meu filho. Eu te conheço melhor do que você imagina. E nos últimos dias... eu vi que tinha algo diferente. Os olhares de vocês dois mudaram. E mãe percebe essas coisas, David.
Fiquei mudo.
Nada que eu tivesse ensaiado na mente servia pra aquele momento. Não havia briga, nem drama. Só uma aceitação silenciosa e bonita.
— Acho que agora só falta contar pro pai — murmurei. — Mas... eu tô com medo da reação dele.
Ela assentiu, ainda com aquele olhar acolhedor.
— Seu pai pode parecer durão... mas ele ama você. Muito. Talvez você se surpreenda com a reação dele também.
Ali, naquela cozinha iluminada pela luz da tarde, com o cheiro de sabão e louça limpa no ar, senti algo novo me atravessar. Um alívio quente, quase como se alguém tivesse tirado um peso enorme das minhas costas.
A primeira parte estava feita. E por mais que o medo ainda existisse... ele já não mandava em mim.
Meu pai chegou já tinha anoitecido. Trazia no rosto aquele rubor leve de quem bebeu umas cervejas, e o jeito mais solto que só aparecia nos domingos depois do futebol. Parecia de bom humor, mas isso só me deixava ainda mais nervoso.
Eu estava no sofá da sala, com os pés encolhidos sobre a almofada, abraçando os joelhos. Minha postura devia ser o retrato exato da insegurança.
Minha mãe sempre foi doce, compreensiva, mas meu pai… bem, ele era mais parecido comigo: direto, impulsivo, meio estourado às vezes. Eu tinha quase certeza de que, ao contar o que precisava, ele ia surtar — ou pior, me expulsar.
Ele jogou o corpo no sofá da frente com um suspiro. Na TV, Faustão falava alguma bobagem qualquer.
— Ah não… esse programa de novo? — disse ele, revirando os olhos. — Devia ter passado na locadora e pego um filme. Tá ruim de domingo, viu...
— Hum-hum — foi só o que consegui responder.
Ele me olhou com mais atenção.
— Que foi, David? Tá com uma cara esquisita. Tá tudo certo?
— Tá sim, pai. É... nada demais.
— Nada, nada não tá. Tô te conhecendo, guri. Fala logo.
Antes que eu pensasse numa saída, minha mãe entrou na sala, limpando as mãos no pano de prato.
— Eu conto — disse, com aquele tom de voz de quem já decidiu. — O David tá namorando. Mas tava com medo de te falar.
— Mãe?! — exclamei, envergonhado.
— Relaxa, filho. Vai ser melhor assim.
— Sério, filho? — meu pai ergueu uma sobrancelha. — E aí? Ela é bonita?
Engoli em seco. Meus dedos apertaram os joelhos.
— É que... não é "ela".
Silêncio. Ele me encarou por uns segundos que pareceram uma eternidade. Depois soltou um suspiro pesado.
— Ah... entendi.
Minha mãe sentou-se do meu lado.
— Lídio, conta pra ele.
Ele hesitou. Franziu o cenho.
— Você acha que devo?
— Acho. Vai ajudar.
Aquela conversa paralela dos dois me deixou confuso. Eu piscava de um pra outro sem entender o que estava acontecendo.
— Filho... — começou meu pai, com a voz mais baixa do que eu já tinha ouvido sair dele. — A gente nunca te contou isso porque não queria interferir em nada. Mas… antes de conhecer sua mãe, eu namorei um rapaz.
Demorei uns segundos pra processar.
— Peraí… como assim? O senhor é… gay? E a mamãe?
— Na minha época — ele sorriu com um certo pesar — no interior, ninguém falava sobre essas coisas. Ninguém dava nome. Acho que, hoje, diriam que eu sou bi. Mas... na real, eu nunca precisei de rótulo. Só vivi o que senti.
Minha mãe assentiu.
— Foi uma coisa rápida, David. Eles eram muito novos. E tinham que esconder tudo. Podia dar cadeia naquela época, ou pior. Mas depois... as coisas mudaram. Ele me conheceu, e a história dele com aquele rapaz ficou lá no passado.
Meu pai completou:
— Nunca me arrependi de ter casado com sua mãe. Mas também nunca esqueci quem fui. Ela foi a única pessoa a quem contei isso, até hoje.
Ele me olhou com os olhos mais brandos que já vi nele.
— Me diz uma coisa… é o Antônio, né?
Eu não consegui falar. Só assenti com a cabeça. O nó na garganta era grande demais.
— Filho... se você acha que ele te faz bem, é só isso que me importa. Se quiser, posso conversar com os pais dele. Mas isso é entre vocês dois. Vocês decidem como vão viver.
Naquele momento, tudo dentro de mim desmontou e se reconstruiu.
Meu pai… o homem que eu mais temia decepcionar… me entendia de um jeito que eu jamais poderia imaginar. Porque ele já tinha estado exatamente onde eu estava.
Depois daquela conversa com meus pais, parecia que um peso enorme tinha sido tirado das minhas costas. Pela primeira vez em dias, dormi tranquilo. E no dia seguinte, voltei pra escola mais leve, quase flutuando.
No intervalo, vi o Toni encostado perto da cantina. O coração bateu mais forte só de vê-lo ali, com aquele mesmo jeito calado e o cabelo bagunçado pelo vento.
— Oi — disse, me aproximando. — Como foi a praia? Foi legal? Eu senti sua falta.
Ele sorriu com um canto de boca que me desmontava.
— Foi boa sim. Mas… também senti a sua.
— Quem sabe na próxima eu não vou junto com vocês, né? — brinquei, antes de ficar mais sério. — Olha, preciso te contar uma coisa...
Nesse instante, apareceu o Edésio, atravessando o pátio com aquele jeito espalhafatoso. Ele estava um ano à nossa frente, e o intervalo dele era em outro horário — devia estar matando aula de novo.
— E aí, casalsão! — gritou, rindo.
Toni se encolheu por reflexo, olhando pra ele e depois pra mim, meio assustado. Mas eu já sabia que, com o Edésio, se ele não fizesse piada era porque alguma coisa estava errada.
— E aí — respondi, sorrindo. — E sua irmã, já se recuperou da surra de jeba que eu dei nela?
— Ela falou que teu passarinho tem o bico fino — retrucou ele, rindo. — E que ela gosta é de tucano!
— Vai se ferrar, Edésio!
Ele saiu gargalhando e sumiu entre os alunos.
O sinal tocou logo em seguida, e não deu tempo de eu contar pro Toni sobre a conversa com meus pais.
— Mais tarde a gente conversa melhor — falei, e ele assentiu.
Voltamos pras nossas salas. E mesmo no fim da aula, quando saímos juntos, tinha uns amigos por perto e achei melhor não falar ainda. Era coisa íntima, nossa. Coisa que merecia silêncio e privacidade.
Quando cheguei em casa, minha mãe estava terminando o almoço. Me serviu um prato caprichado, mas eu só comi rápido, impaciente.
— Calma, filho. O Toni não vai fugir enquanto você come um prato de comida — disse ela, rindo, pedalando sua velha máquina de costura.
Dei um sorriso amarelo, terminei às pressas e saí quase correndo. A ansiedade me guiava pelas pernas. O coração acelerado não era só saudade — era uma vontade de estar com ele, de tocá-lo, de retribuir tudo.
No caminho, encontrei o Seu Ricardo, pai do Toni, saindo de casa para o trabalho. Ele abriu o portão pra mim com um sorriso.
— Boa tarde, David! Entra aí. Tô de saída.
— Boa tarde, seu Ricardo. Obrigado!
E então, finalmente, estávamos a sós de novo. Só nós dois.
O fim de semana tinha parecido uma eternidade.
Assim que entrei no quarto dele, Toni praticamente pulou em mim. Me beijou com força, com saudade, com vontade — e eu não me fiz de rogado. Abracei ele no ato, retribuindo o beijo com toda a entrega acumulada.
Assumi minha posição, como já era nosso costume: uma mão na nuca dele, entrelaçando os dedos nos cabelos loiros e finos, puxando de leve como eu sabia que ele gostava. Sempre que fazia isso, sentia a respiração dele mudar, o corpo estremecer. Era como um botão secreto.
A outra mão escorregou por dentro da camiseta, subindo pelas costas dele, sentindo a pele quente, lisa, familiar.
Ele, por sua vez, já tinha enfiado a mão dentro da minha calça, me tocando com urgência, sem nem se afastar da minha boca. Nossos beijos eram profundos, famintos. Estávamos sedentos, um pelo outro.
Ele já havia abaixado minha bermuda e cueca, e já ia se ajoelhar com a boca aberta, como quem vai abocanhar a comida que mais gosta na vida.
Mas eu o segurei.
— Espera um pouco.
Ele me olhou sem entender, com uma expressão de quem diz "fiz algo errado?"
— Quero fazer diferente hoje. Fica tranquilo.
Ele levantou. Eu pedi para que ele se sentasse na cama. Terminei de tirar minhas roupas, fiz umas poses enquanto tirava a roupa. Pensando hoje, acho que eu estava mais engraçado do que sexy, mas queria agradá-lo. Ele me olhava com desejo, lambia os lábios de vontade.
Fui chegando perto dele, dei um selinho em seus lábios e tirei sua camiseta olhando nos olhos dele. Em seguida, puxei para baixo sua bermuda e cueca de uma vez. Nunca tínhamos ficado totalmente nus um para o outro assim.
A sua pele branca e lisa, os poucos pentelhos que tinha estavam aparados. E o restante do corpo não possuía pêlos, exceto por fios bem finos e loirinhos nas costas e coxas, o que o tornava ainda mais lindo. Ele era magro, e o corpo era delicado, seu membro era pequeno é seguia a brancura do resto de seu corpo, mas com uma glande rosada, era menor q o meu mas era lindo, e estava totalmente ereto
Apoiei as mãos em seus ombros e o direcionei para que se deitasse. Ele não resistiu. Dei um beijo em sua boca e me deitei sobre ele. Deixei o peso sobre um joelho, pois tinha medo de machucá-lo, já que ele tinha o corpo bem menor.
Beijei o pescoço e senti o corpo tremer. Ao descer, o calor do seu membro roçou minha barriga. Nunca tinha tocado nele assim, e isso me excitava e me deixava ansioso, mas o tesão que sentíamos era maior que tudo.
Parei nos seus mamilos cor de iogurte. Beijei, chupei, mordi, e sentia seu corpo convulsionar a cada toque. Continuei beijando sua barriga. O membro dele já tocava meu queixo, mas não fui direto. Em parte porque eu queria prolongar, em parte porque não tinha certeza se conseguiria. Desviei do pênis duro, que roçou minha bochecha. Beijei a virilha, segurei as duas pernas dele e as suspendi. O saco ainda aparecia, mas o pênis ficou escondido atrás das pernas. Passei a língua nos ovos dele. E desci até o bumbum.
Para minha surpresa e deleite, ele abriu as nádegas com as duas mãos, revelando um anel rosado e convidativo. Minha boca salivou instantaneamente; era uma visão irrecusável. Não resisti. Enfiei a língua o mais fundo que pude em suas carnes macias, hora em movimentos circulares, hora em vai e vem. Abri inconscientemente as pernas de Toni para ir mais fundo. Toni já gritava de prazer. Se não fosse a TV no volume máximo tocando Offspring, todo o bairro teria ouvido. De repente, ele soltou as nádegas e com as duas mãos agarrou meu cabelo, puxando-me para mais perto. Seu saco, que roçava meu nariz, se contraiu, e então senti uma chuva quente sobre meu rosto. Eu tinha conseguido. Dei a Toni o orgasmo que ele merecia.
Toni estava deitado, ainda ofegante do orgasmo. Eu me inclinei sobre ele, meu rosto ainda úmido, e beijei sua boca. O beijo foi lento, molhado, e enquanto nos separávamos, fui girando até sentir minhas costas na cama, com Toni agora sobre mim. A mudança de posição foi fluida, um jogo de corpos que se entendiam sem palavras.
Ele desceu, o olhar fixo no meu membro. Seus lábios me envolveram, não para uma sucção profunda, mas para um toque leve, molhando a ponta com a saliva quente. Um arrepio correu por mim. Toni então se ajeitou sobre mim, em uma posição de cavalgada. Mesmo sem nunca termos tentado isso, o instinto parecia guiar cada movimento. Com uma mão firme, ele posicionou a cabeça do meu membro na entrada de seu ânus, pronto para o que viria.
Toni desceu sobre mim com lentidão, e seu rosto se contraiu numa breve careta de dor no instante em que a ponta encontrou resistência e finalmente cedeu. Assim que a cabeça do meu membro o preencheu, ele deslizou para baixo até que a curva de seu bumbum tocou a pele do meu saco. Seus lábios se esticaram num sorriso travesso, aquele sorriso que sempre me desarmava. Ficamos imóveis por um momento, o silêncio preenchido apenas pelas nossas respirações enquanto ele se acostumava à sensação de ser preenchido. Então, seus quadris começaram a se mover, um rebolado lento e deliberado que logo ganhou ritmo e intensidade.
Ele rebolava com uma volúpia crescente, cada movimento me empurrando mais fundo, a cada vez sentindo seu corpo apertar o meu. Meus quadris se levantavam para encontrar os dele, buscando mais, querendo preencher cada espaço. Toni gemia, seus gemidos se misturando à música alta que ainda tocava, e eu podia sentir o suor começar a escorrer por seu corpo e pelo meu, unindo nossas peles.
Ele inclinou a cabeça para trás, o pescoço arqueado, e seus olhos se reviraram em prazer. Aquela imagem me levou ao limite. Agarrei suas nádegas, apertando-as com força, e o impulsionava contra mim, ditando um ritmo mais rápido, mais forte. Os gemidos de Toni se tornaram gritos abafados, e senti seus músculos se contraírem ao meu redor. Ele cavalgava com uma fúria gostosa, e eu podia sentir o ápice se aproximando para ambos.
Toni se arqueou sobre mim, seu corpo travando em um espasmo final e poderoso. Seu orgasmo jorrou sobre minha barriga. eu o segui, meu próprio corpo explodindo em um orgasmo intenso e arrebatador, dentro dele, meu próprio corpo explodindo em um orgasmo intenso e arrebatador.
O quarto ainda parecia flutuar num silêncio acolhedor, como se tudo lá fora tivesse ficado em pausa. A TV continuava ligada, mas o som já não fazia sentido. Era só um ruído distante, enquanto ele repousava sobre mim, o rosto encostado em meu peito, o corpo quente e leve, como se estivesse derretido nos meus braços.
Meus dedos deslizavam devagar pelos fios dourados do seu cabelo, desenhando caminhos invisíveis, sem pressa. Às vezes eu fazia círculos, às vezes só passava as pontas dos dedos por pura vontade de sentir. Era uma forma de dizer “tô aqui”, sem precisar falar.
Ele respirava devagar, com os olhos fechados. A ponta do nariz roçava de leve minha pele. E eu sabia que aquele era o momento certo.
— Toni… — falei num sussurro, quase só com o ar.
Ele abriu os olhos lentamente e ergueu o rosto pra me olhar. O azul dos olhos dele, sempre tão claro, agora parecia mais profundo. Como se ali dentro morasse alguma coisa nova — ou talvez apenas a coragem de se mostrar por inteiro.
— Ontem à noite… eu contei pros meus pais sobre a gente.
Ele piscou, como se não tivesse certeza se tinha ouvido certo.
— Sério?
— Sério. Minha mãe já sabia. Disse que reconheceu o jeito que a gente se olhava. E meu pai… — ri baixo — bom, ele me contou uma história que eu nunca imaginei. Mas, no fim, me aceitou numa boa.
Ele me olhou em silêncio. A boca se entreabrindo um pouco, mas sem dizer nada.
— Então… — continuei, sentindo meu coração acelerar mesmo naquele instante de calma —, eu queria saber se você topa a gente assumir isso de vez. Parar de se esconder. Parar de fingir. A gente se gosta, Toni. E eu quero poder segurar sua mão sem medo.
Ele ficou me olhando por alguns segundos. Os olhos marejados. A respiração trêmula. Então sorriu. Aquele sorriso pequeno, torto, que ele sempre fazia sem perceber.
— Você tem certeza?
— Tenho. E mesmo que dê trabalho, que venham piadas, olhares tortos… eu não me importo. Só quero viver isso com você. Por inteiro.
Ele assentiu com a cabeça, sem conseguir falar, e deitou novamente no meu peito. Seus braços me envolveram com mais força, como se naquele abraço ele dissesse tudo que não conseguia em palavras.
Ali, deitados entre travesseiros desajeitados, com o ventilador girando preguiçoso no teto e a vida lá fora continuando como se nada tivesse mudado… tudo tinha mudado pra gente..