O nome dela era Amanda Fidelis — ironia do destino, porque de fiel, aquela mulher só tinha a pose.
Advogada criminalista, 38 anos, dona de uma presença que parava sala de tribunal e elevador de hotel cinco estrelas. Amanda era o tipo de mulher que escolhia os homens como escolhia vinho: conforme o humor da noite e o que pretendia degustar.
Mantinha um casamento estável com Leandro, engenheiro renomado e de fala mansa. Era um bom homem. Prestativo. Dava carinho, segurança, casa de três andares e dois carros importados. Mas Amanda tinha fome. E Leandro, apesar de tudo, era um prato leve.
Foi por isso que, em uma audiência no centro cível, conheceu o primeiro: Tomás, promotor recém-nomeado, 33 anos, corpo atlético de quem malha a raiva no supino e um sorriso de quem sabe que tem poder. Amanda não resistiu quando ele perguntou, no final de uma audiência, se ela aceitava um vinho naquela noite. Aceitou. E naquela noite, bebeu vinho no pau dele — literalmente. Ele gozou na boca dela enquanto ela ainda segurava a taça com a mão esquerda. E aquilo bastou para que ela o quisesse de novo. E de novo.
O segundo, Caio, era completamente diferente. Era o motorista do escritório onde Amanda trabalhava. Tinha 25 anos, barba malfeita, tatuagens escondidas na gola da camisa e um olhar de cachorro de rua que já viu demais. Mas tinha pegada. Um dia, numa volta tarde do Fórum, Amanda pediu que ele passasse em um lugar “mais reservado”. Quando estacionaram, ela tirou a calcinha no banco de trás e mandou:
— Mostra que sabe dirigir no banco da frente também.
Ele meteu com força, com urgência, com brutalidade — e Amanda gritou até abafar os vidros.
Era diferente de Tomás. Era sujo, necessário, perigoso. E ela precisava disso de vez em quando.
O terceiro? O novato da academia, Edu, 21 anos, estudante de direito, estagiário nos corredores do tribunal. Amanda o pegava só pra se lembrar de que ainda podia. Ele a olhava como se ela fosse uma divindade de saia-lápis. Ela adorava vê-lo tremendo, inseguro, todo submisso ao toque.
Na primeira vez, trancou ele no banheiro do 9º andar do escritório e montou sem dizer nada. Foi cavalgando até ver o moleque suar frio.
— Não goza ainda, ou eu paro. — disse.
Ele obedeceu. Com Amanda, todos obedeciam.
Três casos. Três funções.
Tomás era o amante elegante, dos jantares e dos motéis com lençol de algodão egípcio.
Caio era o sexo suado do banco do carro, da pressa, da punhetagem no estacionamento.
Edu era o brinquedo, o pau novo, o corpo jovem em fase de treinamento.
E Amanda? Amanda era fiel — fiel a si mesma, aos próprios desejos.
Manteve os três por meses, com agendas calculadas, banhos longos, desculpas bem montadas e muita prática de respiração pra esconder o gozo quando Leandro a procurava na cama.
Certa noite, ela atendeu aos três em sequência.
Às 18h, tomou vinho e foi comida de ladinho por Tomás num flat alugado. Às 20h30, mandou Caio subir no apartamento sob pretexto de “entregar um documento esquecido” e o puxou pra cozinha — transaram encostados na geladeira. Às 23h, já deitada na cama, trocando mensagens com Leandro ao lado, mandou áudio pra Edu, dizendo:
— Hoje você sonha comigo. Mas amanhã eu venho te acordar.
Dormiu nua, saciada, com a certeza de que nenhum deles se cruzaria.
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Amanda Fidelis...De fiel, só o sobrenome. O relógio ainda marcava 5h47 quando Amanda estacionou a SUV preta na rua da república onde Edu morava com dois outros estagiários. A cidade dormia, mas ela estava acesa — de lingerie preta sob o sobretudo, o cabelo preso em coque baixo, olhos delineados com precisão cirúrgica, e o fogo entre as pernas já fazia o clitóris pulsar só de imaginar a cara do moleque acordando com o pau na boca dela.
A janela do quarto dele, no segundo andar, estava entreaberta — como ele deixava sempre que mandava aquelas mensagens ousadas depois da meia-noite. "Se você aparecer aqui, eu deixo." Ela não era mulher de esperar convite formal.
Subiu pela lateral da casa com a habilidade de quem já tinha escalado coisas bem mais perigosas: ego masculino, mentira bem contada, marido em casa, etc. Pisou no ar-condicionado, apoiou na beirada da janela e, num salto ágil, entrou como um pecado encarnado.
Edu dormia de barriga pra cima, o pau murcho, mas coberto só por um short de malha fina. Amanda chegou perto, ajoelhou-se na beira da cama como quem entra em altar, e puxou devagar o elástico da bermuda. O pau ainda descansava, inocente, inconsciente do que estava por vir.
Ela baixou a cabeça com um sorriso nos lábios. Gulosa. Totalmente gulosa. Primeiro, um beijo leve no saco, como quem sussurra "acorda, bebê". Depois, a língua subiu pela base do pau, despertando os nervos um a um, até chegar na glande. Quando abocanhou a cabeça inteira, Edu soltou um gemido inconsciente, misto de prazer e confusão.
— Mmmh... que porra...
Ele abriu os olhos. Amanda olhava pra ele de baixo, com o pau já semi-duro escorregando fundo na garganta. Ela não respondeu. Apenas continuou, sugando, lambendo, virando o pau como se fosse doce de festa e ela estivesse há meses de dieta.
— Caralho... Amanda? — sussurrou ele, já arqueando o corpo.
Ela segurou os quadris dele com firmeza e afundou tudo. Engoliu. Até o final. A garganta apertou o pau e ele gritou:
— Puta que pariu, você é doida...
Amanda só riu com os olhos. Continuou com a boca trabalhando como uma máquina de luxúria. Ele já estava duro, latejando, suando — a testa molhada, os músculos tremendo. O moleque não durava mais três minutos daquele jeito.
Mas Amanda não queria três minutos. Queria o gosto, o controle, o gozo dele como prova de domínio.
— Amanda... eu vou... eu vou gozar...
Ela tirou o pau da boca e disse, séria:
— Goza. Na minha boca. Eu vim buscar isso.
E voltou, mais fundo, mais rápido. Quando ele explodiu, o jato veio violento, quente, direto na garganta. Amanda engoliu tudo, sem derramar uma gota. Limpou com a língua, deu mais uma chupada final — e o pau pulou, ainda sensível, como quem implora misericórdia.
Ela levantou-se, recompôs os cabelos no espelho do quarto, pegou o celular e mandou mensagem pro próximo da agenda.
Edu estava largado, de olhos revirados, tentando entender se era sonho.
Amanda apenas abriu a janela de novo e, antes de sair, se virou:
— Promessa é dívida, amor. Vai pensando na próxima.
E pulou pra fora, deixando apenas o perfume no ar e o gosto da mulher impossível no subconsciente do garoto.
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O sol já tinha subido quando Amanda desceu a ladeira do centro com os vidros fumê abertos e o perfume caro preenchendo o interior da SUV. Estava com uma blusinha justa, sem sutiã, e uma saia curta que deixava os joelhos visíveis, mas escondia a verdadeira intenção: dar.
Depois de ter deixado Edu derretido no colchão como um pudim gozado, ela queria agora a brutalidade de Caio, o motorista — o macho que comia sem pedir licença e que fazia sexo como quem cumpre pena. Já tinham combinado de se encontrarem atrás do estacionamento subterrâneo onde ele deixava o carro da firma. E ela, como sempre, chegou antes.
Mas tinha um problema: o vigia. Um sujeito magro, mal-humorado, cabelo lambido pra trás e uma camiseta de sindicato encardida. Ela já tinha trocado olhares com ele em outros dias. E naquela manhã, ele estava com cara de que não ia facilitar.
Amanda saiu do carro e foi andando com a segurança de quem sempre consegue o que quer. O salto batia no concreto como aviso: “a mulher chegou”.
— Tá fechada a rampa de acesso agora, senhora. Só passa credenciado.
Ela encostou no portão com o quadril e olhou pro homem com um sorriso enviesado.
— Tem como facilitar isso aí?
O vigia a olhou de cima a baixo, com olhar de quem queria e sabia que não podia.
— Não posso. Só se… — hesitou.
Amanda se aproximou, encurtando o espaço, até sentir o cheiro de cigarro velho no bafo do homem.
— Fala logo.
— Um boquetinho. E tá liberada.
Ela cruzou os braços, riu. Um riso de desprezo e tesão misturado. Pensou um segundo, olhou pro relógio, e decidiu:
— Só se for aqui, agora.
E foi. Abaixou-se ali mesmo, no canto entre o muro e a portinha do almoxarifado. O vigia ficou pasmo, mas já puxava o zíper tremendo. O pau saltou meio mole, meio sujo, com um cheiro de fim de feira — mistura de mijo abafado, suor e desleixo. Amanda hesitou um segundo, mas o fogo dentro dela falou mais alto.
Gulosa é gulosa. E promessa é dívida — até com pau encardido.
Ela segurou a base e enfiou na boca sem pensar duas vezes. “O que eu não faço pelo Caio? ... Desgraçado!”. O sabor era o pior que já sentira, mas isso só deixava tudo mais errado — e mais excitante. O vigia gemeu alto, olhos arregalados, como se tivesse ganhado na loteria. Amanda chupava com força, engolia, girava a língua, metia a mão no saco suado dele como se fosse coisa fina.
— Porra... porra... não vai gozar? — perguntou ela, limpando o canto da boca com o dorso da mão.
— Tô quase... cê é doida...
— Então goza logo, filho da puta, que eu tenho outro macho me esperando.
Dois segundos depois, ele gozou. Forte. No fundo da garganta. Amanda engoliu, fez questão de dar mais três chupadas até sentir a última contração. Cuspiu no chão do lado e se levantou, limpando os joelhos com a palma da mão.
— Pronto. Portão liberado? — perguntou com o mesmo tom com que se pede um cafezinho.
O vigia, tonto, apenas apertou o botão.
— Liberado, senhora...
Ela deu meia-volta, passou com o quadril rebolando e foi direto para onde Caio já a esperava, encostado na lataria do carro de entrega. Ele sorriu ao vê-la chegando:
— Tá com cara de que já esquentou o motor...
Amanda sorriu de volta, olhou de lado, mas mandou um tapão na lata dele, dizendo:
— É, tive que esquentar! Esquentou?... Mas agora é contigo, meu motorista... me leva pra puta que pariu.
E subiu no colo dele ali mesmo, no banco traseiro, ainda com o gosto do vigia na boca — porque Amanda Fidelis não recusava experiências. Ela colecionava. E enquanto o cu de Amanda era traçado pelo motorista, paralelamente...
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O marido de Amanda, o sr. Marco Fidelis, era um figurão da política municipal. Tinha ares de santo em público, mas já conhecia bem demais a natureza da esposa. Sabia que ela era fogo — fogo que nunca apagava, nem com aliança no dedo. O que ele não sabia era com quem ela estava se queimando. Por isso, mandou um detetive particular:
Nelson M., um ex-policial discreto, calado e com faro de mulher vadia. Mas Nelson não era só olho clínico e ficha limpa. Tinha vício antigo por mulher provocante, daquelas que já andam molhadas. Quando viu Amanda no estacionamento, montando Caio com as unhas cravadas nas costas dele, sentiu um tremor nas pernas. Ligou a câmera. Fez algumas fotos. Mas, quando ia sair em silêncio, ela olhou direto pra ele, com um sorrisinho:
— Quer registrar de perto, detetive? Ou vai querer provar da mercadoria antes de entregar o dossiê?
Nelson congelou. Caio a segurava pela cintura, o pau ainda duro escorrendo no meio das coxas dela.
— Que porra é essa? — perguntou Caio.
Amanda se afastou um pouco, desceu do colo do motorista, se ajeitou, mas deixou um peito à mostra de propósito.
— Esse aqui é só mais um que veio confirmar o óbvio: eu sou infiel. Mas fiel ao meu desejo. E hoje, quero os dois.
Nelson não resistiu. Guardou o celular, trancou a porta do depósito onde estavam e tirou a camisa. Era mais velho, mas com corpo firme, tatuagem antiga no braço e um cheiro de cigarro e couro que fez Amanda sorrir com malícia.
— Vai me denunciar depois? — perguntou ela, abaixando as alças do vestido até ficar completamente nua, o corpo ainda lambuzado da trepada com Caio.
— Depende da denúncia. Pode ser que eu dê parte… de mim mesmo.
E foi ali, no chão de cimento, com os ecos das máquinas ao longe, que os dois homens se revezaram nela. Amanda de quatro, Caio metendo por trás com a força de sempre, enquanto Nelson metia a rola suja de urgência na boca dela, segurando seu cabelo como se fosse uma rédea. Amanda gemia, sugava, rebolava, sem pedir pausa, sem vergonha, sem arrependimento.
— Nunca vi mulher assim — murmurou Nelson, suando.
— E nem vai ver outra — respondeu Amanda, com a boca cheia, enquanto esfregava o clitóris com a própria mão.
Caio gozou primeiro, roncando como um animal. Amanda mal sentiu, porque a boca ainda estava ocupada. Nelson aguentou mais tempo, gozou nos peitos dela e, ao terminar, limpou o pau com a própria camisa.
Amanda se levantou, pegou o celular de Nelson da mesa e apagou as fotos.
— Me dedura agora, se tiver coragem. Ou volta semana que vem… que talvez o vigia entre também.
Saiu do depósito sem calcinha, vestindo apenas o vestido colado no suor.
Nelson, com o pau ainda meio duro, só acendeu um cigarro e murmurou:
— Que mulher do infernos!
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Algumas semanas depois, Amanda recebeu Tomás em seu apartamento, à meia-luz, enquanto tocava jazz lento ao fundo. O jantar já havia sido servido, mas os dois nem se lembravam do sabor. Estavam ali por outro motivo — e ele era puro instinto.
Sentaram-se novamente à mesa, como no começo, como se nada tivesse acontecido — ou como se tudo tivesse, e por isso valesse repetir. Tomás serviu o vinho tinto em duas taças finas, e ela riu com malícia.
— Cuidado, hein… da última vez, essa taça aí quase virou altar.
Ele sorriu, lembrando. Amanda ergueu a taça até os lábios, mas parou. Encostou-a no peito nu de Tomás, deslizando devagar até o umbigo.
— Quer brindar de novo… daquele jeito? — sussurrou ela, sem deixar o olhar escapar.
Caio não respondeu com palavras. Levantou-se, puxou Amanda pela cintura, e a levou até o balcão da cozinha. A taça ficou ao lado, tremendo com os toques e sussurros que voltaram a incendiar a noite.
Não se sabe se houve brinde com vinho, com desejo ou com outra essência da alma. Mas o fato é que, naquela noite, Amanda Fidelis confirmou: alguns sabores, mesmo proibidos, sempre merecem repetição.
Fim.