Olá, esse é meu primeiro conto erótico, eu sempre escrevi textos, poemas e coisas do tipo, mas eu visito o site tem um tempo e resolvi criar coragem para escrever algo, a descrição de Matheus é a minha descrição física, o Felipe e a história é completamente imaginária. Tentei fazer algo mais sensual ao invés de algo explicitamente pornografico, por favor me deem um feedback ... Esses também são meus desejos escondidos que não tenho coragem de revelarMatheus tinha aquele jeito discreto que quase passava despercebido. Magro, de 1,70, tatuagens pelos braços finos e peito, cabelo raspado rente, sempre com roupas largas para esconder a bunda naturalmente empinadinha que chamava atenção de vez em quando. Na roda de amigos, ria das piadas heteras, falava de mulheres que nunca tocaria. Por dentro, porém, vivia um conflito constante.
Nas madrugadas, sozinho, abria vídeos de femboys no computador. Garotos delicados, com lingeries rendadas, corpos andróginos que misturavam força e feminilidade de um jeito que acendia algo nele. Assistia hipnotizado, sentindo um calor subir enquanto imaginava como seria ser um deles. E logo depois vinha a vergonha: se abraçava encolhido, xingando a si mesmo baixinho, “eu sou errado, eu não posso gostar disso…”.
Foi nessa época que, com o coração na garganta, comprou uma calcinha preta rendada. Lembrou de cada segundo: o caminho até a loja, a mentira no caixa sobre um presente para a namorada, e o momento em que vestiu em casa, trancado no quarto. O toque suave do tecido contra a pele, as tatuagens contrastando com a renda delicada, a bunda empinadinha ressaltada — e um arrepio tomou conta dele. Um misto de culpa e tesão que quase o fez chorar.
A gaiola de castidade foi o passo seguinte. Comprada online, escondida num pacote discreto. A sensação de se prender, de não poder se tocar, ao mesmo tempo humilhante e excitante. Ficava horas explorando isso sozinho, se olhando no espelho, imaginando-se como alguém diferente, alguém mais… ela.
Quando começou a academia, não esperava encontrar Felipe. O cara era uma visão: alto, músculos bem definidos, sorriso confiante, cheiro sempre de sabonete e suor limpo, braços largos que pareciam feitos para abraçar. Tinha algo nele que transmitia segurança. Felipe era aquele tipo de homem que atraía olhares, mas também era gentil, sempre ajudando quem estava começando.
— Cara, teu agachamento tá errado. Posso te ajudar? — foi a primeira frase de Felipe para Matheus, ajeitando a postura dele, as mãos grandes tocando a cintura magra. Matheus quase perdeu o equilíbrio só com aquele toque.
— Valeu… eu sou meio travado nisso — respondeu tímido.
Felipe riu, aquele riso grave que fazia o peito de Matheus vibrar. — Relaxa, eu te ensino. Aliás, tua bunda já é boa, hein? Imagina se treinar direito.
Matheus sentiu o rosto queimar. A partir dali, treinaram juntos. Felipe sempre estava ali, protegendo-o das piadas dos outros, chamando-o de “parceiro” e elogiando cada evolução:
— Isso! Cintura encaixada… ó a bunda ficando top. — dizia, rindo.
Matheus fingia rir, mas ia para casa lembrando do toque das mãos de Felipe no quadril, imaginando coisas que não ousava falar.
A amizade evoluiu. Jogavam videogame, saíam para comer, dividiam confidências. Felipe era aquele amigo que sempre ligava para saber se estava tudo bem, que passava no apê dele com pizza e cerveja depois de um treino puxado. Foi assim, em uma dessas noites, que Matheus decidiu se abrir um pouco mais. O coração batia forte, as mãos suavam, mas depois de algumas cervejas ele soltou:
— Posso te contar uma coisa estranha?
Felipe riu: — Mano, depois de tantas pizzas juntos, nada mais me choca. Manda.
Matheus engoliu em seco: — Eu… às vezes me imagino… diferente. Sei lá. Com roupas femininas… — a voz falhou — Não sei por que eu sinto isso…
Felipe não riu. Não fez piada. Só olhou nos olhos dele e disse:
— Todo mundo tem um lado que não mostra. Isso não me faz te ver diferente.
Foi assim, devagar, que a confiança nasceu. Matheus começou a mostrar fotos de peças que gostava, falava de vídeos que assistia. Felipe ouvia, às vezes com um sorriso safado:
— Cara, tô ficando curioso, sabia? Quero ver como fica em você.
Matheus ficou vermelho, mas uma semana depois, com as cortinas fechadas e o coração disparado, vestiu a calcinha preta e mostrou para Felipe. As mãos de Felipe tremeram ao segurar a cintura fina dele:
— Puta merda, Matheus… você tá… gostoso demais assim.
O beijo veio quase sem aviso, profundo, quente. O corpo de Felipe era um muro de músculos contra o corpo magro de Matheus, e as mãos exploraram cada centímetro. Eles passaram horas entre toques, gemidos contidos, beijos demorados, e Matheus nunca tinha se sentido tão desejado.
A partir daquela noite, o segredo virou jogo. Felipe comprava para ele calcinhas novas, meias ¾, tops justos. Nos treinos, os comentários ficaram mais ousados:
— Bora trabalhar mais essa coxa, Biazinha? Tá ficando do jeito que eu gosto…
Matheus gemia de vergonha e excitação, e o apelido começou ali, meio brincadeira, meio profecia.
Durante meses, eles exploraram essa fase femboy de Matheus. Às vezes, depois do treino, Felipe o encostava na parede do quarto, ainda suado, beijando o pescoço, deslizando a mão pela bunda empinada, elogiando a pele macia. Matheus se entregava, vestindo lingeries, usando a gaiola enquanto Felipe provocava:
— Tá preso aí, né? Não pode fazer nada… só sentir…
E Matheus gemia, a voz embargada de prazer e vergonha. Eles riam juntos, entre carícias e sussurros safados.
Certo dia, Felipe trouxe um frasco de comprimidos. Sentaram na cama, Felipe passando os dedos pelos cabelos raspados de Matheus.
— Você já tá linda assim, sabia? Mas se quiser… tem uns suplementos que ajudam a moldar o corpo, deixar a pele melhor, ganhar umas curvas. Quer tentar?
Matheus olhou nos olhos dele, o coração disparado: — Você acha que… eu posso?
— Eu acho que você pode tudo, Bia — disse Felipe, beijando os lábios dele com calma. — Eu acho que você nasceu pra ser incrível.
Aos poucos, Matheus começou a se ver diferente no espelho. As coxas mais definidas, a bunda ainda mais arredondada, a pele mais macia. E Felipe estava sempre lá, elogiando, beijando cada nova curva, abraçando-o por trás enquanto eles se olhavam juntos no espelho.
— Sabe… — disse Felipe numa dessas noites — se você quiser mesmo… você pode ir além. Pode ser ela. Não só pra mim… pra você.
Matheus sentiu as lágrimas virem, mas eram de alegria. — Você acha mesmo que eu poderia ser…?
Felipe beijou-lhe a testa, sussurrando: — Você já é. Só falta escolher o nome.
Pensaram juntos, rindo entre beijos e toques carinhosos. Até que Felipe sorriu e disse:
— Beatriz. Combina contigo. Uma menina linda, forte, cheia de curvas… e safada do jeito certo.
Matheus riu, tímido: — Bia… gostei disso…
— Minha Bia — respondeu Felipe, puxando-o para um beijo profundo.
E foi assim que Matheus, entre risadas, vergonha, desejo e amor, começou a se ver de verdade. Com Felipe ao lado, incentivando cada passo, cada treino, cada comprimido, cada toque, ele deixou de ser apenas o garoto escondido na própria pele. Bia nasceu não apenas nos corpos quentes e noites de gemidos, mas também nos sussurros cúmplices, nos olhares cheios de ternura e na sensação de finalmente estar onde sempre deveria estar: nos braços de quem a via por inteiro.