Depois da última sessão com Gabriela e seu marido, a noite parecia ter se encerrado. Mas Ana estava inquieta. Quando entrei em casa, percebi no olhar dela algo diferente: uma fome contida, um brilho a mais.
Estava na cozinha, de short curto e uma regata solta, sem sutiã. O bico dos seios denunciava o que o corpo já não conseguia esconder.
— Amor... — ela começou, mordendo o lábio — aquele marido da Gabriela... você viu o volume na calça dele?
Sorri, sabendo exatamente do que ela estava falando.
— Eu vi. E imaginei o que você pensaria.
— Pensar? Eu quase molhei a calcinha ali mesmo. — disse, rindo e se aproximando — Aquele homem tem uma coisa... doce, mas másculo. Fiquei me imaginando com ele...
Ela sussurrou isso encostada em mim, e o calor já subia pelas nossas peles. Toquei seu rosto com delicadeza e a levei até o quarto.
— Vamos deitar. Mas não é só sexo hoje. Quero que você feche os olhos... e se entregue.
Ana obedeceu, deitou-se nua, e eu sentei ao lado, com a voz calma, envolvente:
— Agora imagine... Ele está aqui. Na nossa cama. E Gabriela também. Você está no meio...
Ela suspirou fundo, os dedos começando a explorar o próprio corpo, como se minha voz ativasse cada ponto.
— Ele encosta em você. Devagar. Com respeito... mas com desejo. E eu estou aqui, conduzindo tudo. Vendo você brilhar.
— Ele me segura pelos cabelos... — ela sussurrou, ofegante — E a Gabriela me beija. Eu... não sei de quem gosto mais.
— Você gosta de sentir. E isso basta.
Ana se arqueava, os olhos fechados, o quadril se movendo em busca de mais. Eu toquei seu corpo com maestria, guiando cada sensação. O quarto se enchia com sons de prazer e imaginação.
— Você sente a boca dela entre suas pernas... o toque dele em seus seios... e a minha voz te dizendo: goza por eles. Goza por mim. Goza pelo seu prazer.
Ela gemeu alto. O corpo tremia, a pele arrepiada, os músculos contraídos. Seu gozo veio forte, como um jorro de liberdade que atravessava a alma.
Me deitei sobre ela, entrelaçando nossos corpos. A penetração foi firme, compassada. O gozo dela ainda pulsava, e isso me conduziu ao meu próprio clímax — intenso, profundo, como se todos os corpos que ela imaginou estivessem ali conosco.
Depois, ainda deitados, suados, entrelaçados, ela riu baixinho:
— Eu tô com saudade da Beatriz... do Rafael... daquela noite surreal.
— Eu também. Nunca vou esquecer a gente ali, todos juntos. O cheiro, os gritos, o suor, os sorrisos depois...
Ela encostou o rosto no meu peito.
— Você sabe que se um dia a Gabriela vier... ela vai vir por mim, né?
— Eu sei. E é isso que me excita ainda mais.
Silêncio. Sorrisos. Calor.
Ana ainda estava deitada, ofegante, o corpo brilhando de suor e prazer. Mas eu não tinha terminado. Nem perto disso.
Me levantei da cama e olhei nos olhos dela, com firmeza e desejo:
— Agora é a minha vez.
— Vem… — ela respondeu com aquele olhar malicioso. — Você quer como?
— Do jeito que eu mais gosto. Vira de bruços.
Ela obedeceu na hora. Se posicionou de quatro, com o rosto no travesseiro e a bunda empinada, linda, pronta, oferecendo tudo. Me ajoelhei atrás dela, passei a mão pelos seus quadris e segurei firme em seu cabelo, puxando devagar.
— Assim? — ela provocou.
— Exatamente assim.
Entrei nela com força. Sem pressa, mas sem piedade. Cada estocada fazia seu corpo vibrar. Os gemidos vinham altos, intensos, molhados.
— Isso, goza em mim… — eu sussurrava, dominado.
Ela se arqueava, rebolava contra mim, gritando:
— Imagina a Beatriz, amor… lembra dela? Lembra do gosto dela?
Meu corpo estremecia. A imagem de Beatriz deitada entre nós acendia tudo de novo.
— Agora imagina a Gabriela… com a farda aberta… ajoelhada… te olhando enquanto me fode assim…
Soltei um gemido grave, selvagem, puxando ainda mais forte o cabelo dela. O ritmo aumentou. O quarto parecia pequeno demais pra tanta voltagem.
— Isso… mete com força. Me usa. Goza em mim. Por elas. Por mim.
E eu gozei. Forte. Animal. Dentro dela. O corpo todo tremia, e minha mente se perdia no turbilhão de vozes, imagens, suor e carne.
Caí ao lado dela, os dois suados, rindo, ofegantes. Ana virou de lado, passou o dedo no meu peito e sussurrou:
— Agora sim. Tô pronta pra qualquer coisa. Até pra convidar a Gabriela.
Sorri, satisfeito.
— E eu?
— Você? Você é o maestro disso tudo.
Beijei sua boca como se fosse a primeira vez. E dormimos como se o mundo tivesse parado só pra gente.