O bar do Zé, na zona sul, era o point da galera. Mesas lotadas, pagode rolando, cerveja gelada e aquele clima de festa que só quem frequenta sabe.
Era o aniversário do Paulinho, meu brother de infância, e a noite tava animada.
Eu, ele, Rafa, Thiago e mais uns amigos zoando, brindando e aproveitando. Mas o que realmente mexeu comigo foi ela: Valdete, ou melhor, Valdelícia, como todos chamavam.Morena, cabelo cacheado preso num rabo de cavalo, sorriso matador e um corpo que parecia gritar por atenção.
A calça jeans apertada e a blusinha preta do bar não escondiam nada das curvas.
Ela trouxe as cervejas pra nossa mesa, equilibrando a bandeja com um gingado que já dizia tudo.— Tá animado, aniversariante? — perguntou pro Paulinho, mas o olhar dela caiu em mim, com uma piscadela discreta.
Eu entrei no jogo na hora.— Só se tu vier junto, Valdelícia. Tem um docinho pra mim hoje?Ela riu, aquele som rouco que já me deixou imaginando mil coisas.— Docinho eu te dou, mas tem que merecer — retrucou, enquanto se afastava, rebolando de leve.Os caras zoaram, claro, mas eu só tinha olhos pra ela.
Durante a noite, cada passada dela pela mesa era um flerte. Um olhar aqui, um roçar de mão ao pegar os copos ali. Quando o bar começou a esvaziar, lá pras duas da manhã, decidi agir. Paulinho e os outros tavam indo pra outra, mas eu fiquei “pra fechar a conta”. Mentira.
Eu queria Valdete.Quando ela passou de novo, puxei conversa.— Tô liberada em meia hora — disse ela, antes mesmo de eu perguntar. — Me encontra nos fundos. E não me faz esperar.
O tom dela era puro desafio.
Meia hora depois, lá tava ela, trocando o uniforme por um vestidinho vermelho que parecia um convite pro pecado. Sem enrolação, ela foi direta:— Motel na esquina. Tô a fim de uma putaria da boa.
Topa?Eu só assenti, já sentindo o sangue ferver.No motel, o quarto mal tinha fechado a porta e Valdete já tava no comando.
Me empurrou contra a parede, beijando com uma fome que misturava urgência e tesão. As mãos dela eram ágeis, arrancando minha camisa, enquanto as minhas exploravam aquele corpo que prometia tudo.
O vestidinho vermelho caiu no chão em segundos, e ela me puxou pra cama.— Tu aguenta uma mulher como eu? — provocou, enquanto se ajoelhava na cama, me puxando pra cima dela.
A noite foi uma loucura. Valdete era fogo puro, safada como poucas, guiando cada movimento com um prazer que parecia infinito. Entre gemidos e risadas, ela me surpreendeu de novo.
Depois de me deixar louco com seu rebolado, ela se virou, deitando de bruços e me olhando por cima do ombro.— Quero mais, gostoso — disse, com aquela voz rouca. — Quero sentir tu fundo.Ela pegou um lubrificante na bolsa, jogou pra mim com um sorriso travesso e se posicionou. Subiu em cima de mim, de costas, controlando tudo.
Quando ela começou a sentar, devagar, com aquele rebolado que só ela tinha, senti o mundo parar. Cada movimento era calculado, intenso, e os gemidos dela enchiam o quarto.
Valdelícia sabia o que fazia, e fazia com gosto, subindo e descendo com uma mistura de firmeza e provocação que me levou ao limite.— Isso, vai, me fode gostoso — ela gemia, jogando o cabelo pra trás, enquanto ditava o ritmo.
O tesão era tanto que o tempo parecia que estava congelado. Quando senti que não aguentava mais, ela se virou, ainda ofegante, e me olhou com aqueles olhos que mandavam mais que qualquer palavra.— Goza na minha cara — pediu, com um sorriso safado, se ajoelhando na minha frente. — Quero sentir tudo.Não tinha como dizer não. Ela me levou ao ápice, e quando gozei, ela riu, satisfeita, limpando o rosto com uma risadinha que misturava provocação e prazer.
Depois, deitou do meu lado, acendendo um cigarro e me dando um tapa de leve na coxa.— Tu é dos bons, hein? — disse, soprando a fumaça. — Mas não se apega, que a Valdelícia não é de ninguém.
Eu ri, ainda sem fôlego. Saímos do motel quando o sol tava começando a aparecer. Ela me deu um beijo rápido, um tapa na bunda e disse:— Volta pro bar qualquer dia. Quem sabe a gente faz de novo.E foi embora, rebolando como se o mundo fosse dela.
Eu fiquei com aquele sorriso bobo, sabendo que Valdelícia era o tipo de mulher que marca pra sempre.