Entre o silêncio e o pecado (Parte 2)

Um conto erótico de Deborah
Categoria: Heterossexual
Contém 524 palavras
Data: 07/06/2025 20:49:27

Olá amores. Voltando para contar a segunda parte da minha história com Lucas, amigo do meu esposo. Quem tiver interesse em me conhecer melhor, vou deixar aqui meu perfil no privacy:

@Deborasapequinha

Agora vamos ao relato...

O beijo dele era um risco que eu deveria ter evitado. Mas quando os lábios de Lucas tocaram os meus, tudo que eu havia reprimido — toda carência, toda raiva contida, toda vontade de ser vista — explodiu como uma faísca no escuro.

Ele me beijava como quem tem pressa, como quem segurou o desejo por tempo demais. Minhas mãos foram parar nos ombros dele, e a pele ainda quente do banho contrastava com a minha pele fria, sensível ao toque, arrepiada.

— Você tem ideia do quanto eu imaginei isso? — ele sussurrou contra a minha boca, a respiração dele tão descompassada quanto a minha. — Cada vez que eu vinha aqui... cada vez que ele te deixava sozinha.

Aquelas palavras me cortaram — e me inflamaram. Parte de mim queria dizer para ele parar, que era errado, que aquilo era traição. Mas havia outra parte... uma que falava mais alto, que gritava com meu corpo.

Lucas me puxou pela cintura, colando nossos corpos. Senti a firmeza do seu desejo, sem disfarces, contra o meu ventre. Ofeguei, surpresa pela ousadia dele — e pela minha própria reação. Meu corpo se entregava antes da minha consciência ter tempo de protestar.

— Isso não devia estar acontecendo… — murmurei, mais para mim do que para ele.

— Mas está. E você quer. Eu sinto — disse ele, a voz rouca, o olhar cravado no meu. — Me diz pra parar, Déborah. Só diz, e eu paro.

Mas eu não disse. Porque eu não queria que ele parasse.

Me deixei guiar até o sofá, onde tantas noites Guilherme e eu assistíamos filmes, ríamos, fingíamos que estava tudo bem. Agora, deitada ali, com Lucas por cima de mim, senti como se o tempo tivesse sido desfeito. Como se eu fosse outra. Como se, pela primeira vez em muito tempo, alguém me tocasse com fome.

As mãos dele exploravam cada parte de mim com precisão — lentas, mas certas. Como se soubesse exatamente onde apertar, onde acariciar, onde fazer meu corpo perder o controle. Meu vestido se desfez em poucos movimentos, como se fosse feito para cair naquele chão.

E ele me olhou como se estivesse diante de um segredo revelado.

— Você é linda. Demais pra ser ignorada assim — disse, os dedos deslizando pelo meu colo, descendo devagar pela curva dos meus seios.

Soltei um suspiro involuntário quando a boca dele tocou minha pele. Era calor e urgência, mas também cuidado. Como se quisesse gravar cada pedaço meu na memória. A tensão entre nós era densa, elétrica, insuportável e deliciosa.

Minhas unhas cravaram em suas costas. Minha respiração virou gemido. O mundo desapareceu — restou apenas o som da chuva, o cheiro da pele quente, o deslizar de corpos que não deviam se encontrar… mas se encontraram.

Ali, entre suspiros contidos e gemidos abafados, eu me perdi em Lucas. Não como esposa. Não como mulher de outro homem. Mas como Déborah — inteira, vulnerável, faminta de algo que há muito tempo não sentia: ser desejada de verdade.

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Comentários

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Muito bom, Deborah, narrativa impecável. Sutil e aguda, sem ser expressa e apressada. Continue assim, escreva mais para nosso prazer!

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