A operadora de Caixa do super Corte (el corte inglés) Fase dois Final

Um conto erótico de Lebre Esfomeada
Categoria: Heterossexual
Contém 5791 palavras
Data: 06/06/2025 20:27:19
Última revisão: 06/06/2025 21:10:07

O Lanche que mudou nossas vidas

Lidia Raquel Pinto sentia o peso do mundo sobre os seus ombros. Com o lábio rachado pulsando em dor, um lembrete constante da fúria cega de seu marido na noite anterior. O olho roxo, escondido atrás dos óculos escuros, era um espelho da tempestade que rugia dentro dela. Apesar das amantes, traiçoes, mentiras e vício do jogo, Raquel ainda não tinha apagado a chama do amor por seu marido Manel, coisa que segundo os especialistas se tinha transformado em algo tão distorcido?

A cada passo que dava pelo supermercado "Supercort", onde trabalhava como operadora de caixa, Raquel sentia um tremor percorrer seu corpo. A imagem do rosto de seu marido, contorcido pela fúria, a assombrava. Mas ela não podia denunciá-lo. Ele era o pai dos seus dois filhos, a rocha sobre a qual sua família se apoiava, pelo menos em teoria.

No fundo da alma, Lídia Raquel sabia que ele a traía, que gastava dinheiro com jogos e amantes enquanto ela se sacrificava para manter o lar. Mas a culpa, como um veneno lento, corroía-a por dentro. Era ela que estava errada? Será que não dava amor suficiente? Que sombra obscura pairava sobre ela, fazendo-a merecer tal tratamento?

O dia parecia arrastar-se eternamente. Raquel se agarrava ao trabalho, ela sentía uma certa simpatía por João, aquele homem elegante e simpático que sempre lhe dedicava um sorriso caloroso no caixa do supermercado, se ele aparecesse o dia correría melhor para ela. Ele era como uma brisa suave em meio à tempestade que assolava sua vida. Ela precisava desabafar, contar a alguém a dor que sentia, o medo que a aprisionava.

Quando João finalmente entrou no supermercado, Raquel sentiu um raio de esperança iluminar seu mundo. Num acto de loucura enquanto lhe pedia o numero fiscal, Raquel pegou numa caneta e escreve, tou a precisar de falar com alguém como tu, este é o meu número, liga-me por favor…

“Woo, estás a dar-me o teu número?

“Calado, não penses mal de mim, à serio não faltes!

Peslas 17 horas da tarde, folga de Raquel João envia um sms:

“Onde estás?”

“Já estou dentro do “Lavi”…ele aceitou o convite para um lanche no café "Lavi", mas seus olhos perspicazes não deixaram escapar os detalhes da sua aparência: o lábio inchado, o olho roxo escondido atrás dos óculos escuros.

As perguntas de João eram como espinhos afiados, rasgando as feridas que ela tentava esconder. Raquel se sentia presa em uma teia de culpa e medo.

"Ninguém me poderá ajudar", sussurrou ela, a voz embargada pela dor. Mas, no fundo, havia um fio tênue de esperança: talvez João pudesse ser diferente, quem sabe, seria capaz de ajudá-la a romper as correntes que a prendiam àquele ciclo de violência…

...durante o Lanche:

Não tenho coragem para sair de casa, se meu filho mais velho, o Luís que já está na universidade nova em Lisboa sabe que o pai me bateu, ele vai vir feito um louco para cima de comboio para partir a boca do Manel, meu filho mais velho nunca tolerá isso...no entanto meu chefe do El Corte, diz para tirar quinze dias de férias e minha tia Matilde que vive na Lavra disse que eu posso ficar lá uns dias...

- Então vais sair de casa?

- É só até as coisas acalmarem! E já falei com minha Tia e ela diz que não se importa que tu venhas!

- Mas eu sou casado sabes disso.

- Claro que sei, tou farto de te vêr mais a tua mulher aqui no supermercado juntos a fazerem compras, no entanto confesso que a invejo...- confessou Raquel.

-Não digas isso! - disse João

-Sei lá dá para inventares uma desculpa, não?

- Dá-me um tempo para pensar, tenho de preparar minha mulher Lena que tenho de ir vêr meus pais ao Seixal, desculpa mas não me ocorre uma ideia melhor...diz João.

- Lena não é assim tão parva e se ela liga para os teus pais?

- Vou ter que arranjar uma solução...olha que eu faço isto sem qualquer outro interesse é mesmo pela nossa amizade...diz João

- Eu sei fofinho! - respondeu Raquel

O coração de João martelava no peito como um pássaro preso em uma gaiola enquanto engendrava uma boa explicação para dar a Lena. As palavras de Raquel ecoavam em sua mente: "É só até as coisas acalmarem!". Fácil para ele dizer, que nunca sentiu o peso de um soco de um companheiro ou companheira ou a vergonha de esconder os hematomas sob camadas de maquiagem como Raquel teve de fazer.

"Mas eu sou casado, sabes disso?" Ele tinha repetido a frase como um mantra, um escudo fraco contra a onda de culpa que ameaçava consumi-lo. Raquel usava um rabo de cavalo que se adecuava ao seu lindo cabelo negro natural, contrárimente às 60 primaveras de João, Raquel ainda ía nas 38 primaveras, com seus olhos verdes penetrantes e sorriso fácil, parecia genuinamente preocupada, mas João sabia que existia uma linha tênue entre compaixão e desejo. Aquele olhar intenso, as mãos delicadas tocando seu braço...

Ele imaginou Lena, sua esposa, sentada na sala de jantar, os olhos vermelhos e inchados. Ela não merecia isso. Nenhuma mulher merecia ser tratada com a violência que Manel desferia sobre ele. Mas João estava preso, enredado em um ciclo de medo e auto-depreciação…

"Vou ter que arranjar uma solução...", murmurou para si mesmo, as palavras se tornando um fio de esperança tênue em meio à escuridão. Ele precisava proteger Lena, mas também precisava se proteger a si mesmo. A ideia de fugir para a casa da tia Matilde na Lavra lhe parecia um bálsamo, um respiro necessário em meio ao caos.

Mas e Luís? O filho mais velho, que tanto admirava. João sabia que ele nunca suportaria ver o pai machucando a mãe. "Ele vai vir feito um louco...", pensou com medo. A imagem do rosto furioso de Luís, pronto para vingar a mãe, lhe causava arrepios.

João se levantou da mesa do lanche, as pernas bambas. Precisava pensar, planejar. Ele precisava de tempo, de espaço para respirar. As palavras de João ecoavam na mente de Raquel: "Dá-me um tempo para pensar...".

Mas o tempo parecia estar escorrendo pelas suas mãos como areia. Cada minuto que passava era uma tortura, cada batida do coração um lembrete da prisão invisível que o aprisionava. Ele precisava tomar uma decisão, e rápido. A vida de Lena, a sua própria vida, dependia disso.

A dúvida pairou sobre Raquel como uma névoa densa. Será que ela estava enganada? Será que João realmente se importava? Ou ele também se afastaria quando descobrisse a verdade por trás da máscara que ela usava para esconder a sua dor? As respostas eram incertas, flutuando em um mar de medo e angústia. A única certeza era a necessidade urgente de se libertar daquela prisão invisível.

...João finalmente diz a Lena, sua mulher que tinha de ir vêr seus pais ao Seixal, até lhe mostrou o bilhete de comboio para ficar mais credível...e no dia seguinte espera por sua amiga Raquel na Rotunda de Santo Ovidio, estava com uma pequena mochila com algumas roupas...

O coração de João batia forte no peito. Cada batida era como um martelo martelando a sua consciência. Ele tinha mentido para Lena, a mulher que amava. Dito ser a visita aos pais no Seixal, mostrando até mesmo o bilhete do comboio como prova. Mas, na realidade, estava indo encontrar Raquel na Rotunda de Santo Ovidio, com uma pequena mochila contendo apenas algumas roupas e o peso da culpa nos ombros.

"Entra, fofinho... então conseguiste pregar o conto do bandido?", perguntou Raquel ao vê-lo chegar, um sorriso irônico nos lábios.

"Foi difícil!", sussurrou João, sentindo a vergonha subir pelo pescoço.

"Sinto-me mal por obrigar-te a mentir por minha causa!", disse Raquel com uma expressão que ele não conseguia decifrar. Era remorso? Gratidão? Ou talvez apenas fingimento?

João respirou fundo, tentando acalmar os nervos. "Acredita ou não é a primeira vez que estou a sair com outra mulher!" confessou.

Raquel riu, um som curto e sem graça. "Eu também sou nova nisso! Tu és muito bonito, João…

Ao que João responde:

“Não gostava de estragar a nossa amizade, contudo... estou um pouco assustado se a gente se envolver sexualmente."

"Calma contigo", respondeu Raquel com uma leveza que não correspondia à intensidade da situação. "Não quer dizer que isso aconteça, mas vamos ir com calma. Por agora só preciso de carinho, quero que me ajudes a esquecer aquele monstro do Manel, meu marido!"

João sentiu um aperto no peito. Ele sabia que estava a entrar num caminho perigoso. Mas o olhar triste de Raquel, as lágrimas acumuladas nos cantos dos olhos, o faziam sentir-se impotente.

"Ah ah, se calhar ainda vais voltar para ele feito um cordeirinho!", riu João tentando aliviar a tensão.

Raquel franziu a testa, a expressão angelical dando lugar à sombra da ira. "De jeito nenhum, prefiro ficar só!" retrucou com voz fria.

O peso da mentira caiu sobre João como uma pedra. Ele se sentia preso numa teia de desonestidade e medo. Chegaram à Lavra, à casa da Tia Matilde. A anciã recebeu João com um sorriso caloroso.

"Este sim, diz a Tia Matilde, deve ser homem para ti!" exclamou, olhando para Raquel.

Raquel corou, nervosa. "Tia", retrucou, "não presiones muito o João, ele é um amigo especial e além disso é casado!".

A Tia Matilde riu sonoramente. "E que mal tem isso?", disse ela com um olhar travesso. "Parece que hoje em dia é moda mulher procurar homem casado!"

Raquel ficou furiosa. "Bem", insistiu ela, a voz tremendo de raiva, "concerteza que não é o nosso caso, Tia Matilde!". A tensão pairou no ar, pesada e ameaçadora. João sabia que a bomba estava prestes a explodir.

...depois do Jantar Tia Matilde pega no braço de João:

- Menino temos de conversar! diz Matilde baixinho.

- Sim, por favor diga! diz João com ar inocente...

- Eu preparei o quarto de hospedes que fica lá no primeiro andar da casa, tem cama de casal e um pequeno colchão, mas se minha sobrinha Raquel disser para você dormir junto com ela na mesma cama, não vá se fazer de puritano, nunca deve deixar uma mulher esperar! - falou a Tia Matilde...

- Nossa eu sou muito repeitador! - falou João...

- Espero que não fique muito respeitador na altura de minha sobrinha abrir as pernas para você! - disse Tia Matilde rindo...

joão ficou sem resposta e preferiu não dizer nada...mas quem sabe a Tia Matilde tinha razão se a vida são dois dias porque complicamos tanto para procuarar a felicidade...

O coração de João martelava no peito. A conversa com a Tia Matilde o deixara em estado de choque. As palavras dela, tão diretas e carregadas de insinuação, ressoavam em sua mente como trovões. Ele tentava se lembrar da última vez que sentira tanta ansiedade, tanto medo misturados com uma pontada estranha de excitação.

- Vejo que ficou sem palavras, mas saiba uma coisa o sexo vem primeiro, só logo depois se vê se há espaço para o amor ou não...aproveitem...diz Tia Matilde

João fica vermelho como um pimento e mudo...

"Vejo que ficou sem palavras...", a voz grave da Tia Matilde o arrancou dos pensamentos. Ele sabia que ela estava certa sobre a incerteza do futuro, sobre a fragilidade da vida. Mas será que esse era o caminho? Se entregar àquela proposta ousada, ignorando os seus valores e princípios?

A imagem de Raquel, que até à pouco era uma empregada desconhecida como tantas otras no “supercort”, surgiu em sua mente. Ela era bonita, divertida, com um sorriso contagiante. João sempre gostara dela mas nada para além de amizade, mas nunca pensara nela em termos românticos. Agora, as palavras da Tia Matilde lançavam uma sombra sobre aquela amizade inocente. Seria justo se aproveitar da situação? O que ele faria se Raquel não corresponder ao desejo da Tia?

O peso do dilema o oprimia. Ele queria ser respeitoso, honrar a si mesmo e a Raquel. Mas as palavras da Tia Matilde, tão carregadas de uma sabedoria distorcida, plantavam sementes de dúvida em sua mente. Será que era errado buscar a felicidade nesse momento, independente das consequências?

A noite parecia se arrastar eternamente. João se sentia preso em um labirinto sem saída. A imagem do quarto de hóspedes, com a cama de casal e o pequeno colchão ao lado, martelava em sua imaginação. Ele imaginava Raquel ali, sorrindo timidamente, convidando-o para se juntar a ela.

Mas, ao mesmo tempo, ele via o rosto decepcionado de seus pais, ouvia as palavras de repreensão que certamente ouviria deles. A imagem da desilusão nos olhos de Raquel o cortava como uma faca.

João precisava de tempo, precisava pensar com clareza. Mas a Tia Matilde, com seu olhar penetrante e sua sabedoria distorcida, parecia pressioná-lo a tomar uma decisão rápida. Ele sabia que não podia simplesmente ignorar a situação. A conversa com Raquel seria inevitável, mas como encará-la? O que dizer?

O medo se misturava à curiosidade, criando um turbilhão de emoções dentro dele. João precisava encontrar forças para enfrentar essa decisão complexa, para escolher o caminho que lhe traria paz e felicidade, mesmo que isso significasse desafiar as expectativas da Tia Matilde e as suas próprias dúvidas.

A noite

Caramba! Imagina só a cena: já era tarde, quase madrugada, e João e Raquel, depois de um longo dia, subiram para o quarto de hóspedes. A Tia Matilde tinha preparado tudo com tanto amor, mas quando João viu aquele colchão no chão, a cara dele mudou completamente!

Raquel, que estava ali pertinho, soltou uma gargalhada: "Espero que não estejas pensando em dormir naquele colchão horroroso?"

João ficou surpreso: "Então onde eu durmo?"

E Raquel, com um sorriso travesso, respondeu: "Quero-te aqui na cama comigo, para dormirmos em conchinha!"

João arregalou os olhos: "Olha Raquel, não te irás arrepender?"

Raquel suspirou, como se estivesse carregando um peso enorme: "O meu marido Manel anda com outras e eu nem posso dormir com um amigo? É só dormir, João, nada mais!"

João hesitou, ainda meio sem graça. "Esquece o Manel... está bem, durmo contigo na cama de conchinha se quiseres."

Raquel percebeu a sua incerteza e tentou tranquilizá-lo:

"Não te assustes João, prometo que não vai haver sexo, vou tentar pelo menos!"

João respirou fundo.

"Raquel, o que eu quero dizer é que eu não quero me aproveitar das tuas fragilidades!"

A cena era simplesmente inacreditável! Quem diria que aquela noite acabaria com João e Raquel debaixo do mesmo cobertor? O ar estava carregado de tensão, misturado com um toque de surpresa. Será que esta noite ia mudar tudo para sempre?

E você, o que acha que vai acontecer a seguir? Perguntou Raquel.

“Bom eu adoraría que dormissemos na paz dos anjos!”

“Está bom até amanhá”… e dizendo isso Raquel se virou de costas…

Era uma noite estrelada, mas para João, parecia que o céu estava caindo. Cada suspiro de Raquel ao seu lado era como um trovão distante, anunciando a tempestade que se aproximava. Ele tentou se aconchegar, se fundir com ela em um abraço reconfortante, mas algo dentro dele resistia. Se afastava, buscava refúgio no canto da cama, até que não havia mais escapatória. Raquel, como uma onda suave e persistente, o envolveu em seus braços, e ele, rendido àquele calor humano, adormeceu abraçado a ela, talvez sonhando com um futuro menos turbulento.

O sol nasceu timidamente, pintando as cortinas de tons dourados. João acordou apressado, sem tempo para ir ao banheiro. Raquel, ainda meio sonolenta, estendeu a mão e, por um instante inconsciente, tocou o calcão de João. Uma surpresa a invadiu:

"Uau! Temos campeão?" ela exclamou com uma gargalhada melodiosa.

João, envergonhado, se defendeu: "Sem essa, Raquel! É normal, ainda não fui ao banheiro!".

Raquel, com um sorriso travesso, respondeu: "Então vai, fofinho!".

Mas a calma durou pouco. Ao voltar do banheiro, João foi surpreendido pela ousadia de Raquel. Ela acariciava-lhe o quadril com uma expressão curiosa.

"Qué é isso... tire a mão! Me deixa envergonhado!" retrucou João, sentindo o calor subir até suas orelhas.

Raquel, sem perder a compostura, respondeu:

"Vergonha era se estivesse ao pé de uma linda mulher como eu e essa coisa continuasse murcha… Deves estar contente porque és normal."

João suspirou, a realidade da situação o atingiu em cheio:

"Sim, mas essa normalidade pode sair muito cara!".

Raquel, percebendo a preocupação de João, se aproximou e perguntou com ternura: "Como posso dar um jeito nisso?".

João olhou para ela, incrédulo. "Não não é possível que estejas pensando nisso?", disse ele com voz áspera.

Raquel, como uma guerreira da compaixão, respondeu com firmeza:

"Ridículo era apareceres assim com essa ereção por cima dos calções para tomar o pequeno-almoço com minha Tia! Só quero que essa coisa voltea o normal".

João respirou fundo, sabendo que não havia escapatória. Raquel, com sua inteligência e determinação, já tinha traçado um plano.

"Raquel, você não é ingênua, claro que não é com método 'tantra' que vais fazer voltar ao normal...", disse João com um sorriso amargo.

Mas Raquel o interrompeu, seus olhos brilhavam com uma luz acolhedora:

"Não sejas tonto, aceita a ajuda desta tua amiga, será apenas como um tratamento medicinal, nada tem a ver com sexo...por favor diz que aceitas?"

João sentiu o nó em sua garganta ceder. A confiança de Raquel era contagiante. Ele respirou fundo e respondeu: "Está bem, mas ficas só usando a mão, nada mais?".

Raquel sorriu, aliviada: "Prometo!".

A vida é cheia de surpresas, de altos e baixos. Mas quando encontramos alguém que nos ama e nos acolhe em nossos momentos de fragilidade, descobrimos que mesmo as situações mais embaraçosas podem ser transformadas em oportunidades de crescimento e conexão. A bondade e a compreensão de Raquel eram como um bálsamo para a alma de João, mostrando-lhe que ele não estava sozinho nessa jornada. E quem sabe, quem sabe essa experiência inesperada não se tornasse o início de algo ainda mais belo?

A mão de Raquel parecía que já conhecia meu corpo, sabia quando acelarar e quando abrandar…até um momento que fiquei fora de mim, já não estava alí e até disse palabras obcenas:

“Puta que pariu, foda-se…”

“Então que se diz?”

“Dizer o quê?”

“Bah, vocês homens são tão incenssíveis…um muito obrigada para começar por exemplo?”

“Desculpa, obrigada…obrigada do fundo do coração amiga!”

“Bem vamos tomar banho e vestir para o pequeno almoço”

Depois do banho:

O sol da manhã já banhava o quarto, esquentando a pele de João e Raquel enquanto eles se preparavam para descer tomar café da manhã. Ambos estavam vestidos com roupas de treino, prontos para começar o dia.

Raquel, com um sorriso travesso estampado no rosto, olhou para João enquanto abotoava sua blusa.

"Então que tal?", perguntou ela, a curiosidade transparecendo em sua voz.

João, fingindo não entender a pergunta, arqueou uma sobrancelha e respondeu: "O quê?".

Raquel soltou uma risada leve.

"A minha mão foi uma ótima ajuda?", disse ela, deixando claro o que quis dizer.

João paralisou por um instante, lembrando da noite anterior. Aos poucos, um rubor subiu em suas faces enquanto ele se virava para Raquel, seus olhos encontrando os dela.

"Raquel...", começou ele, a voz hesitante, "eu realmente..."

Antes que pudesse terminar a frase, Raquel o interrompeu com um gesto de mão. "Não precisa dizer nada", disse ela, sorrindo misteriosamente. "Eu vi como você gostou. E eu também gostei de ajudar a aliviar a sua tensão sexual, mesmo que fosse só uma simples masturbação como dois colegas do liceu."

João suspirou aliviado. A tensão que sentia se dissipou gradualmente, dando lugar a uma onda de calor. Ele se aproximou de Raquel e, com delicadeza, pousou suas mãos em seus ombros.

"Raquel", disse ele, olhando diretamente em seus olhos, "você é incrível. Eu nunca tinha me sentido tão..."

Ele hesitou por um momento, buscando as palavras certas. "Nunca tinha me sentido tão conectado a alguém."

Raquel sorriu, encantada com a sinceridade de João. "Eu também sinto isso", confessou ela, aproximando-se dele.

No instante seguinte, seus lábios se encontraram em um beijo apaixonado. O mundo ao redor desapareceu enquanto eles se entregavam à intensidade daquele momento. Aqueles beijos de língua não estavam previstos…

O café da manhã foi um banquete de sorrisos e olhares cúmplices. João e Raquel se sentiam como se tivessem descoberto um novo universo, cheio de possibilidades e desejos. Aquele era apenas o começo de uma jornada que prometeu ser inesquecível…

O sol da tarde banhava o pátio com uma luz dourada. A brisa leve balançava as folhas das árvores, criando uma melodia suave.

Lá fora, no meio do verdejante jardim, uma cadeira de baloiço convidava ao descanso. João e Raquel se sentaram lado a lado, iniciando uma conversa descontraída.

"Vejo que estás bem disposta!", observou João com um sorriso.

"Sim, estou na ovulação. Normalmente fico sempre bem disposta!", respondeu Raquel, sorrindo radiante.

João riu, divertido: "Vocês mulheres sabem como deixar um homem atrapalhado!".

Raquel arqueou uma sobrancelha, desafiadora: "Bem... confesso-te uma coisa. Enquanto estava a ajudar-te com minha mão, fiquei com ideias...". Ela interrompeu a frase, deixando João na expectativa.

"Que ideias?", perguntou ele, curioso e intrigado.

Raquel encarou João diretamente, seus olhos brilhavam com desejo contido: "Será que logo à noite também me ajudarias a dormir melhor me proporcionando um cunnilingus!". A ousadia em sua voz era inegável.

João ficou perplexo por um instante.

"Fazer isso em ti?", ele perguntou hesitante, ainda processando a proposta ousada de Raquel.

"Tens algum problema em fazer isso numa mulher?", questionou Raquel, com uma mistura de desafio e leve ironia na voz.

“Não.”

“Sei que alguns homens acham nojento chupar ou beijar a genitalia femenina.”

“Se ambos estão de acordó não tem nada de nojento nisso” repicou João.

João respirou fundo, sentindo-se pressionado pela intensidade do olhar de Raquel. "Não é isso", ele balbuciou, tentando se justificar. "Estamos a construir a casa pelo telhado?".

Raquel franziu o cenho, a frustração começando a transparecer em seu tom:

"Bom, então preferes que eu me masturbe sozinha, é isso?".

João percebeu o erro de sua hesitação. Ele não queria perder Raquel, nem deixá-la descontente.

"Está bem", ele respondeu firmemente. "Eu prometo".

Raquel soltou um suspiro aliviado, a satisfação estampado em seu rosto: "Estou doida para que a noite comece!".

João riu, levemente envergonhado: "E eu que pensava que só homem é que pensa nisso...".

Raquel o encarou com um olhar travesso e provocativo: "Mas é um cunnilingus, medicinal! Está descansado!".

A conversa prosseguiu até o cair da noite, carregada de promessas e expectativas. A cadeira de baloiço balançava lentamente, acompanhando a crescente tensão entre os dois. Era a promessa de uma noite inesquecível, onde prazer e desejo se entrelaçariam em uma dança sensual e ardente.

Segunda noite

Ao Jantar a Tia Matilde tinha feito “pataniscas de bacalhau com arroz de ervilhas”…mas o casal parecía comer muito pouco, Raquel estava sempre a recomendar João para não encher muito o estómago.

“Pois deve-se comer pouco se estiverem com otras ideias!”

“Não entendí o que a Tia Matilde quer dizer!” – Raquel ficava furiosa quando descobriam as suas intenções, não perdoava nem mesmo à Tia.

“Prometo que não vou mais dizer nada” – diz a Tia triste.

Num ápice subiram como dois adolecentes para o quarto, lá dentro foram libertando-se das roupas…

O quarto de hóspedes fervilhava com uma energia quase palpável. A intimidade era tão densa que parecia poder ser cortada com uma faca. João e Raquel, sozinhos ali, não precisavam de guias nem instruções. O desejo que os unia era um mapa claro, escrito em olhares intensos e sorrisos cúmplices.

Raquel, deitada de lado, convidava João a aproximar-se com um gesto suave da mão.

"Vem me beijar," sussurrou ela, a voz rouca de desejo. "Primeiro poe minha língua doida!"

João não hesitou por um segundo. Seus lábios se encontraram em um beijo apaixonado que incendiou o quarto. O calor subia, a respiração acelerava, mas João tinha um objetivo claro: levar Raquel ao ápice do prazer. Ele conhecia cada curva do seu corpo, cada sussurro de desejo que ela emanava.

Os dedos de João percorriam os seios macios e quentes de Raquel, provocando gemidos baixos que se transformavam em soluços de pura felicidade quase de choraminguiçe.

"Estás bem?" perguntou João, preocupado com a intensidade da reação de Raquel.

"Sim," respondeu ela entre suspiros. "Continua, isso é sinal que estás a fazer um bom trabalho."

Raquel afastou João levemente e se deitou de costas, abrindo as pernas em um convite irresistível. A frase da Tia Matilde ecoava na mente de João: “Quando a minha sobrinha abrir as pernas o que vais fazer?”.

"Que foi João, não gostas das vistas?" perguntou Raquel, com uma ponta de preocupação em sua voz.

"Calma," respondeu João, sentindo a adrenalina percorrer seu corpo. "Estou a ganhar coragem para por minha língua na tua parte mais secreta!"

Raquel sorriu, os olhos brilhando de expectativa.

"Estás à vontade, explora com a tua língua, toma o teu tempo."

Ela estava louca por sentir o toque de João em sua intimidade em entre coxas e suas derivadas. A ansiedade aumentava a cada segundo que passava. Seu corpo implorava pelo prazer que sabia que João poderia lhe dar.

João se inclinou sobre ela, seus os olhos olhavam fixamente os dela. Lentamente, com toques delicados e exploradores, começou a desvendar os segredos de sua feminilidade. Cada movimento era uma promessa, cada toque um sussurro de amor. Raquel se entregava completamente à sensação, ao prazer que explodia em seu corpo.

O quarto continuava a vibrar com a intensidade do momento, com o amor e o desejo que se entrelaçavam naquele encontro inesquecível. A história de João e Raquel só estava começando, um capítulo cheio de paixão e descobertas que seria lembrado para sempre…

João inclinou-se sobre Raquel, a sua respiração quente acariciando o seu pescoço. Os olhos de Raquel brilhavam com um misto de excitação e curiosidade enquanto ele lentamente enrolava a língua, moldando-a numa rolha perfeita.

"Então..." ele murmurou, aproximando-se do alvo desejado, "prepare-se para uma experiência que nunca irá esquecer."

Raquel arquejou levemente, sentindo a ponta da língua em rolha de João roçar delicadamente o seu clitoris. Uma onda de prazer percorreu o seu corpo, fazendo-a arquear as costas e soltar um pequeno gemido involuntário.

"Uau... que é isso?" riu-se Raquel, surpreendida pela intensidade da sensação.

João sorriu com orgulho, os seus olhos cintilando de satisfação. "Disfruta," ele sussurrou, a sua voz rouca de desejo, "fui eu que fiz uma rolhinha!"

Raquel sentia-se como se estivesse em outra dimensão. A língua de João dançava sobre o seu corpo com uma precisão e suavidade incríveis, despertando áreas sensíveis que ela nem sabia que existiam. O prazer intensificava-se a cada segundo, fazendo com que ela fechasse os olhos e se entregasse completamente à experiência.

"Nunca tinha experimentado nada assim!" respondeu Raquel, a sua voz tremendo de excitação.

João continuou a explorar o seu corpo com a maestria de um artista, explorando cada curva e cada dobra com uma delicadeza que a deixava em êxtase. O tempo parecia ter parado enquanto ele tecia a sua magia sensual, levando Raquel a um clímax explosivo de prazer puro.

Quando finalmente se afastou, Raquel ainda sentia o calor da sua língua sobre a sua pele. Os seus olhos encontravam os de João, repletos de gratidão e admiração.

"Você é incrível," sussurrou ela, acariciando o seu rosto com a ponta dos dedos. "Nunca pensei que pudesse sentir tanta prazer."

João sorriu novamente, saboreando a satisfação de ter proporcionado a Raquel uma experiência tão inesquecível. Eles nem sequer imaginavam que esta era apenas a primeira de muitas noites mágicas que iriam compartilhar juntos…

A frustração de Raquel era palpável. Ela sabia que João havia sido generoso, guiando-a para o ápice do prazer, mas a necessidade de retribuir pulsava dentro dela.

"Vem agora, deixa eu retribuir!", implorou, a voz embargada pela mistura de desejo e gratidão.

João respirou fundo, as sobrancelhas franzidas em preocupação.

"Raquel, lembras das regras que combinamos? Esta noite eu me sacrifiquei para te dar prazer, não quero que te sintas obrigada a retribuir", explicou, com firmeza porém delicadeza.

"Além disso, só há duas maneiras: uma é através da masturbação, outra é perdermos a noção do certo e errado e avançarmos para a cópula. Sem essa de retribuição."

Raquel se sentou na cama, os olhos marejados.

"Mas isso não é justo!", insistiu, tentando convencê-lo. A voz tremia, carregada pela frustração crescente. João observava-a com compaixão.

"Raquel, você está saindo de uma situação traumática e eu não quero perder sua boa amizade. Acho que não podemos avançar mais do que isto", afirmou, a voz firme mas gentil. Raquel se virou para ele, os lábios trêmulos.

"Então cópula está mesmo fora de questão, é isso?"

João assentiu, o olhar fixo no dela.

"Sim, fora." A resposta seca caiu como um balde d'água fria sobre Raquel. Desesperada, ela tentou mais uma vez:

"Mesmo que a gente experimentasse só hoje?"

João respirou fundo, lutando contra a atração que sentia por Raquel. "Não amiga, você sabe que se experimentamos hoje, vai querer amanhã, e a toda hora... Eu ainda estou bem confuso com tudo isso, não quero que você se apaixone por mim." Concluiu, com a voz carregada de preocupação.

Raquel sentiu as lágrimas escorrerem pelo rosto. "Por favor, só hoje?", implorou, a voz um soluço. João se levantou da cama, sentindo-se impotente diante da dor dela.

"Não é não... Bem, a propósito vou tomar um banho para relaxar e veja se dorme...", disse, desviando o olhar.

Ele saiu do quarto, deixando Raquel sozinha com seus sentimentos conflitantes. A rejeição de João a machucava profundamente, mas entendia sua hesitação. Ela precisava lidar com suas próprias feridas antes de poder pensar em um relacionamento amoroso.

O sol da manhã espreitava pelas frestas das cortinas, iluminando a cozinha onde Raquel se movia inquieta. O cheiro de café fresco pairava no ar, mas o aroma não conseguia disfarçar a tensão que emanava dela. Desviava os olhos de João, sentada à mesa distante do seu lugar habitual ao lado dele. A noite anterior, tão promissora, culminara numa frustração cruel.

João, com suas palavras hesitantes, tinha afirmado que sexo não fazia parte da equação. A rejeição, como um nó gelado no peito de Raquel, a deixava furiosa. Afinal, eles já haviam cruzado todas as outras linhas – carícias, beijos apaixonados, sussurros roucados à noite. Aos 38 anos, Raquel não toleraria mais brincadeiras de criança. João, aos seus 60, deveria saber o que se esperava de um relacionamento sério.

Ela quase engasgou com a torrada, abandonando a cozinha com a mesma pressa com que tinha acordado. Tia Matilde, observadora silenciosa da cena, decidiu intervir. A voz dela, firme e clara, cortou o silêncio:

"João, vocês estão casados, sim, mas precisam decidir. Ou terminam essa amizade boba, ou assumem o relacionamento de frente. E isso inclui fazer tudo que um casal tem direito – incluindo sexo".

João, confuso, olhou para ela com os olhos marejados:

“Mas eu não sei onde errei”.

Tia Matilde, sem rodeios, respondeu:

"É simples. Quando minha sobrinha abrir as pernas para você, não é para ficar só olhando! Você não pode olhar só para a fruta, tem que comer!". Ela deu uma pausa dramática, os olhos brilhando com sabedoria: "Nem sei se ela já fez isso ou não, mas meu amigo, quando ela fizer, não vai ter segunda oportunidade. Isso não é egoísmo. Quando uma mulher abre as pernas para você, é porque tem confiança e porque também quer algo mais sério. Você gosta da Raquel?".

"Gosto", João respondeu em voz baixa.

Tia Matilde, com um sorriso encorajador, concluiu:

"Então não deixe o fogo apagar! Vá atrás dela e peça desculpas. Não vou contar nada sobre essa conversa. Só quero ver vocês felizes. A vida é curta demais para perder tempo deixando tudo a meio caminho."

João levantou-se, os olhos brilhando com gratidão: "Obrigado, Tia Matilde!".

João encontrou Raquel no Jardim, a sombra das árvores antigas acolhendo o encontro furtivo. O peso da culpa pesava sobre ele como uma pedra.

"- Raquel, me desculpa?" - disse João, a voz rouca de remorso. "- Me desculpa pela minha estupidez."

Raquel o encarou com olhos faiscando de raiva contida. "- E que tens para me dizer? Só isso?", retrucou ela, a voz cortante como gelo.

João respirou fundo, sabendo que precisava ser honesto. "- Tenho mais", confessou. "Realmente está a ser doloroso para mim ter uma aventura contigo. Por isso, se te parecer bem, vamos tratar dos nossos divórcios para regularizar nossas vidas. Eu sei que isso talvez seja muito precipitado e até fora de moda?"

Raquel o observava com cautela, buscando a sinceridade em seu olhar. "- Não... não acho...", respondeu ela, hesitante. "Eras capaz de largar tua mulher por mim?"

A pergunta ecoou no ar entre eles, carregada de significado. João olhou nos olhos dela, sem vacilar.

"- Tenho a certeza", afirmou com firmeza. "E espero não me arrepender. És demasiado importante para te ter só como uma simples amante. Quero estar ao teu lado sempre."

Raquel pareceu surpresa com a declaração. Um sorriso tímido iluminou seu rosto. "- A sério? A sério que não estava à espera que me fizesses essa proposta!", exclamou. "Claro que aceito... Hoje fizeste-me muito feliz, João."

João sentiu um alívio profundo, a tensão finalmente se dissipando. Mas Raquel ainda parecia reflexiva.

"- Mas vamos esperar pelos divórcios de ambos para termos as nossas cópulas?", perguntou ela, com uma ironia divertida em seu tom.

João riu baixinho. "- Não", respondeu ele, o olhar brilhando de travessura. "Diz um velho ditado que não se deve ficar pelas meias..."

Raquel gargalhou, contagiante. Os dois se aproximaram, seus rostos se encontrando em um beijo apaixonado. O Jardim, testemunha silenciosa do encontro, parecia vibrar com a energia da nova promessa de amor. As folhas sussurravam segredos ao vento, enquanto João e Raquel se entregavam à felicidade da decisão tomada.

As semanas passaram e os processos de divorcio chegaram a bom rumo…contudo a partir dessa data João iría continuar a fazer suas compras naquele modesto supermercado, mas a mulher que tava na caixinha de pagamento, não era uma mulher qualquer…quando João colocava as compras no tapete rolante, respondia uma voz simpática:

“Está um lindo dia para passear”…

“Sim mas sozinho não tem graça”- responde João.

Os dois tentando dissimular como se fossem meros estranhos a mulher não respondeu, tirou o talão recebeu o dinheiro e meteu o talão junto com as compras no saco dizendo:

“Volte sempre!”

Já fora do supermercado João não resiste e verifica o talão do supermercado…no verso tem algo escrito:

“não te dou meu número porque ja o tens, mas é só para dizer que depois das onze da noite estou disponivel para continuar nossas aulas práticas de anatomía, só de pensar nisso fico molhadinha” assinado Raquel…

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Lebre Esfomeada a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaLebre EsfomeadaContos: 7Seguidores: 2Seguindo: 0Mensagem Escritora

Comentários

Foto de perfil de nudy

🥵 🍑 🫦 Agora você pode tirar a roupa de qualquer uma e ver o corpo inteiro ➤ Ilink.im/nudos

0 0