Família Fodida - Parte 8: Uma Nova e Estranha Dinâmica

Um conto erótico de Allan Grey
Categoria: Heterossexual
Contém 4153 palavras
Data: 01/06/2025 20:52:01
Última revisão: 01/06/2025 21:53:12

Esta é a oitava parte da série "Chantageei Minha Tia Adúltera Pra Foder Seu Cu!", cujo nome alterei para "Família Fodida", considerando o rumo que a história tomou — e ainda vai tomar.

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Sabe aquele momento em que você tem certeza absoluta de que tudo vai explodir? De que a sua vida — e a de mais umas cinco pessoas — vai desabar em câmera lenta, com direito a gritos, pratos voando e talvez uma internação? Pois é. Eu tinha certeza disso quando saí daquele motel. Saí convicto de que, nas próximas horas, as peças desse jogo sujo iam despencar uma por uma, esmagando todo mundo no processo.

Acontece que… não. Nada. Zero. Nenhuma bomba, nenhum barraco, nenhum divórcio relâmpago.

A tia… voltou pra casa.

Simples assim. No dia seguinte, como quem volta da manicure. E, acredite, ela voltou arrumada, maquiada, de cabeça erguida, com aquele sorriso de quem nunca ouviu falar em culpa.

O mais surreal? A vida seguiu. Seguiu perfeitamente. Como se nada — absolutamente nada — tivesse acontecido. Nenhuma piscadinha estranha no grupo da família, nenhum climão no almoço de domingo, nem um mísero "precisamos conversar".

Inclusive — e aqui o universo mostrou mais uma vez que adora brincar com a minha cara — ninguém cancelou a tal viagem pra praia.

Isso mesmo.

Foram todos. Absolutamente todos. Patrícia, o marido dela (sim, o corno... quer dizer, o marido, que aparentemente decidiu esquecer ou fingir que esqueceu tudo), o filho dela (meu primo), minha mãe, minha avó, meu pai… e, claro, minha irmã.

A definição perfeita de "viagem em família". Só que agora, com o bônus especial de conter dois adúlteros profissionais e um sobrinho que não sabe se sente tesão, culpa ou puro pavor a cada vez que cruza os olhos com a própria tia.

E cá estou eu, no banco de trás do carro, olhando a estrada, fingindo que estou ouvindo a playlist da minha irmã, enquanto tudo que meu cérebro consegue reproduzir são flashes daquele motel. Da Patrícia no espelho. Dos gritos. Dos gemidos. Do cheiro. Da pele. Do gosto.

E, claro, de uma pergunta que não me larga desde então: o que, exatamente, vai acontecer entre nós… agora?

A casa era grande. Pé na areia, varanda enorme, piscina que refletia o céu azul como se fosse Photoshop. Tudo muito bonito, muito organizado… muito falso. Porque bastou todo mundo descer dos carros pra aquele clima gostoso de “felicidade em família” começar a rachar nas bordas.

Ajudamos a descarregar as malas. Minha mãe e minha avó foram direto pra cozinha ver se tinha gás, se o freezer tava funcionando, aquele tipo de coisa que só elas se preocupam. Minha irmã já sumiu tirando foto pra postar no Instagram. E eu... bom, eu fingia normalidade. E não era o único.

Foi aí que percebi. O clima estranho. Denso. Um peso invisível no ar.

De um lado, meu pai. Camisa polo, bermuda bege, aquele sorriso de canto que nunca convence ninguém. Postura relaxada, peito estufado, aquele jeito de quem sempre acha que tá no controle. Cínico. Frio. E perigosamente calmo.

Do outro, o marido da Patrícia. Cabeça baixa. Ombros tensos. Desviando o olhar, como quem deve e sabe que deve. Como quem carrega um elefante nas costas e tenta fingir que é só uma mochila pesada.

E aí me bateu: não era meu pai quem parecia constrangido. Não. Era ele. O marido dela.

E aquilo não fazia sentido. Se o cara realmente tinha descoberto o caso da Patrícia com meu pai, se sabia — e sabia, né? — ele é quem deveria estar bufando, batendo no peito, chamando meu pai de filho da puta, ameaçando esganar alguém. Qualquer coisa. Qualquer reação minimamente masculina, básica, instintiva.

Mas não. Ele tava... submisso. Desarmado. Pequeno.

Meu pai olhava pra ele daquele jeito que eu conheço bem. Aquele olhar de quem segura um trunfo, de quem aperta o pescoço do outro sem nem precisar encostar. Uma sobrancelha arqueada aqui, um meio sorriso ali, e pronto. O cara murchava.

E Patrícia… ah, ela.

Ela parecia ter sido desenhada pelo próprio capeta naquela manhã. Feita sob medida pra me torturar. Desfilava pela casa como quem não devia nada pra ninguém — e, de fato, não devia. Shorts jeans tão curtos que mal davam conta da missão de serem chamados de roupa. Desfiados nas pontas, abertos nas laterais, tão agarrados que marcavam perfeitamente a curva das coxas — aquelas coxas grossas, firmes, douradas de sol, que pareciam ter sido feitas pra esmagar, provocar, destruir qualquer sanidade masculina.

A parte de trás... era um escândalo. O jeans subia entre as bandas da bunda, deixando à mostra o contorno redondo, empinado, desenhado com a perfeição de quem sabe o poder que carrega. Cada passo, cada movimento... a barra do short subia mais um pouco, revelando mais pele, mais carne, mais pecado. E ela não fazia o menor esforço pra ajeitar.

Na parte de cima, uma regata branca. Fina. Absurdamente colada. Tão colada que parecia pintada no corpo. Cada curva do tronco, cada suspiro, cada movimento fazia o tecido esticar, moldando-se às formas dela.

Cabelos presos de qualquer jeito, num coque meio torto, com algumas mechas escapando, grudando no pescoço, nas têmporas, dando aquele ar de descuido que, na verdade, era tudo... menos acidental. A boca... ah, aquela boca. Lábios carnudos, meio inchados, vermelhos, como quem tinha acabado de morder. Ou de ser mordida. Uma pontinha do lábio inferior capturada pelos dentes, aquele gesto meio inconsciente — ou não — que arrancava qualquer equilíbrio do meu corpo.

E então, como se já não bastasse a visão, veio o olhar.

Me lançou aquele olhar. Aquele. Rápido. Afiado. Ardido. Carregado de malícia, de promessas que ela nem precisava dizer em voz alta. Um olhar que dizia tudo. Que esfregava na minha cara tudo o que tínhamos feito, tudo o que queríamos fazer — e tudo o que não devíamos, mas faríamos de novo. E, por um segundo... juro... eu vi. O canto da boca dela tremeu. Quase um sorriso. Quase. Como quem diz “Se aguenta aí, meu bem. O jogo tá só começando.”

E eu? Eu só conseguia pensar que aquilo tudo ia dar muito errado. Muito mais errado do que já estava.

— Bora escolher os quartos, gente! — gritou minha mãe lá de dentro.

É. A comédia — ou tragédia — tava só começando.

Ajeitamos as coisas na casa numa coreografia caótica típica de família. Malas nos quartos, isopor abastecido, cadeiras de praia nas mãos. Ninguém queria perder tempo — afinal, praia é praia.

Descemos a trilha de areia até o mar. Sol queimando alto, céu de um azul tão sem defeitos que parecia sacanagem. O cheiro de maresia misturado com protetor solar, cerveja e tensão familiar.

Minha irmã, claro, não desapontou. Mal encostou os pés na areia, já estava de costas pro mar, fazendo biquinho, ajeitando o cabelo, levantando a perna pra foto, testando ângulos, luz, filtro… uma influência frustrada de si mesma.

— Tira uma minha, vem — pediu pra mim, esticando o celular.

Revirei os olhos. Tirei. Mais umas dez. E nenhuma prestava, segundo ela.

Mais pro lado, a cena era digna de novela ruim. Meu pai, cara de quem nunca fez nada de errado na vida, abriu o isopor e puxou duas cervejas.

— Bora, cunhado... — disse, estendendo uma pro marido da Patrícia, com aquele tom forçado de camaradagem que só um cara extremamente cínico sabe fazer. — Hoje é dia de esquecer os problemas, né?

O cara aceitou. Meio sem jeito. Sem olhar diretamente. Deu aquele sorriso amarelo que mais parece um pedido de socorro disfarçado.

— É... é isso aí... — respondeu, quase engasgando antes mesmo de beber.

Patético. Ridículo. E eu não sabia se tinha vontade de rir, de sentir pena, ou de socar os dois.

Enquanto isso, minha mãe e minha avó estavam no modo pânico ativado.

— Cuidado, menino! — gritava minha avó, acenando desesperada pra criança, que tava na beira da água, feliz da vida, chutando espuma.

— Olha a correnteza, pelo amor de Deus! — reforçava minha mãe, já de pé, mão no quadril, pronta pra correr se fosse preciso.

E onde tava a mãe da criança? Ah... Patrícia. A visão do pecado. Sentada na canga, uma perna esticada, outra dobrada, deslizando protetor solar pelas pernas como se fosse um comercial pornô disfarçado de neutrox. Mãos demoradas, movimentos circulares, espalhando o creme pela coxa, subindo devagar até quase — quase — o limite aceitável pra uma praia de família.

O biquíni… meu Deus. Aquilo não era roupa de praia. Era praticamente um insulto à moralidade — ou talvez um convite descarado pra destruição de qualquer resquício de sanidade. Minúsculo. Vulgar. Obsceno no melhor sentido da palavra. O tipo de coisa que você olha e imediatamente entende: ela sabia exatamente o que estava fazendo.

A parte de baixo... se é que dá pra chamar aquilo de "parte". Um fio. Só podia ser isso. Um fiapo de tecido cavado, minúsculo, que sumia sem qualquer resistência no meio da bunda — como se o próprio biquíni tivesse vergonha de estar ali e tentasse fugir do serviço. As laterais eram finas, amarradas num nó que parecia implorar pra ser puxado. E a parte da frente... meu Deus. Um triângulo de pano tão pequeno, tão miserável, que mais sugeria do que cobria. Apertado entre as coxas grossas, desenhando cada detalhe da anatomia, como se quisesse deixar claro que, se eu quisesse imaginar, não precisava me esforçar muito. Porque tava tudo... praticamente ali.

E a parte de cima... ah, essa era um espetáculo à parte. Dois triângulos de pano — generosos na intenção, mas absolutamente ineficientes na missão. Lutavam, coitados, desesperadamente pra conter os seios enormes, redondos, empinados... e, claramente, estavam perdendo a batalha. As laterais do tecido mal davam conta de cobrir o bico dos seios. Mamilos rígidos, duros, imprimindo sua presença contra o tecido molhado. Cada vez que ela se mexia, que ajeitava a alça, que levantava os braços... parecia que um acidente era questão de segundos. E, sinceramente? Eu rezava pra que fosse.

O decote era uma piada de mau gosto. Fundo, absurdo, criminoso. O tipo de decote que não sugere. Não insinua. Escancara. As curvas dos seios saltavam pra fora, comprimidos, esmagados, empinados... como se quisessem escapar, se libertar, se exibir pro mundo inteiro — e, sobretudo, pra mim.

E como se tudo isso não fosse o bastante... tinha ela. O jeito dela. O andar. A postura. O cabelo meio bagunçado, meio preso, umas mechas coladas no pescoço úmido. A boca meio aberta, mordida, com aquele brilho molhado do protetor. E aquele olhar. Maldito olhar. Ardido. Afiado. Como se dissesse, sem mover os lábios: "Olha bem, moleque... porque você sabe que isso é só pra te torturar."

E, sinceramente? Funcionava. Funcionava bem demais.

E ela fazia isso com a maior naturalidade do mundo. Ou fingia. Porque sabia. Sabia exatamente o que fazia. E pra quem fazia.

Ela sentou na pontinha da canga, ajeitando os óculos escuros no rosto, e começou o ritual. Pegou o frasco de protetor, sacudiu devagar — e juro, até isso parecia carregado de segundas intenções. Apertou o tubo, deixando o creme escorrer nas mãos. A textura branca, leitosa, escorrendo lentamente entre os dedos. E aí... começou.

Deslizou as mãos pelas pernas, começando pelos tornozelos e subindo. Devagar. Sem pressa. Espalhava o creme pela pele dourada como quem saboreia cada centímetro do próprio corpo. Subiu até as coxas, escorregando os dedos pela parte interna, tão perto... mas tão perto, que cheguei a prender a respiração. E ela sabia. Sabia exatamente.

Meu pai, de óculos escuros, largado na cadeira, assistia tudo com aquele sorrisinho de canto. Descarado. Sem sequer tentar disfarçar. Segurava a lata de cerveja como quem segura um troféu, e balançava a cabeça, como se dissesse “é... essa mulher é foda...”. O olhar dele passeava descaradamente pelo corpo da própria cunhada, sem pudor, sem culpa. Nada.

O marido dela... ah, esse. Uma aula de constrangimento. Segurava a latinha com as duas mãos, olhando pra qualquer lugar que não fosse ela. Tentava — Deus sabe que tentava — mas não tinha força. Porque, mesmo sem querer, os olhos dele teimavam em descer, em buscar o contorno daquela bunda praticamente semipresa no tecido minúsculo. Em seguir o caminho das mãos dela enquanto ela espalhava o protetor pela barriga, pelos flancos, subindo até os seios... massageando com movimentos circulares, dedos afundando na carne macia como quem esqueceu — ou fingiu esquecer — que estava em público.

E foi aí que nossos olhos se cruzaram.

Por um segundo, o barulho do mar sumiu. As vozes, as risadas, tudo se apagou. Só existia eu e ela. Ela arqueou uma sobrancelha, devorando-me por trás dos óculos. Depois, mordeu o lábio inferior, lenta, provocante. E sem quebrar o contato, deslizou as mãos até os ombros, ajeitando as alças do biquíni como quem não tem a menor pressa, só pra logo depois passar o creme pelo colo, deixando os dedos escorregarem perigosamente pela curva dos seios, apertando, modelando, como se estivesse se exibindo... e, de fato, estava.

E eu? Eu só podia olhar. Fingindo beber minha cerveja. Fingindo que não estava ficando duro debaixo do calção. Fingindo que não estava prestes a fazer uma besteira enorme. Outra, né.

Meu pai soltou um risinho safado. Cruzou as pernas, esticou os braços pra trás da cabeça, relaxando. Dono da situação. Dono da cena. Como se dissesse, sem dizer: “É isso, moleque... aprende.”

E o marido dela... abaixou a cabeça. Bebeu. Engoliu seco. Como quem sabe que perdeu, mas não tem coragem — nem força — pra fazer nada além de aceitar.

O filho quase sendo levado pela maré. A mãe quase levando todo o resto da minha sanidade.

Se isso não é a definição perfeita de “férias em família”, eu não sei mais o que é.

E como se tudo aquilo não fosse suficientemente insano… ela se virou.

Girou o corpo com aquela leveza ensaiada, ficando de joelhos na canga, depois apoiou os antebraços, empinando a bunda de um jeito tão desavergonhado que quase parecia de propósito. Aliás… não. Parecia não. Era.

— Ai... — gemeu baixinho, esticando uma perna e depois a outra —. Faltou aqui atrás… — disse, olhando por cima do ombro, diretamente pro meu pai. — Dá uma ajudinha, não dá?

A voz dela vinha meio manhosa, meio arrastada. Como quem pede um favor trivial. Só que não havia absolutamente nada de trivial naquele pedido. O quadril dela arqueado, a bunda empinada, redonda, perfeitamente desenhada no biquíni fio-dental, implorava por mãos — qualquer mão. A dela. A dele. A minha.

Meu pai riu. Riu daquele jeito safado, rouco, que eu conhecia bem. Ajeitou os óculos escuros no rosto e balançou a cabeça, se divertindo com o absurdo da situação.

— Ah, Patrícia... você não presta — disparou, meio rindo, meio suspirando, e soou mais como elogio do que qualquer outra coisa. — E olha… eu até adoraria, viu? — completou, ajeitando os óculos no rosto, descaradamente. — Mas... sua irmã tá logo ali, né. Se ela me vê te passando protetor, quem vai passar sou eu... — pausa dramática, gole na cerveja — vergonha. — Gargalhou, como se tivesse contado a melhor piada do mundo, recostando na cadeira sem nem fingir desconforto.

E eu, pasmo, congelado, só conseguia pensar: "Uai… mas… o marido dela tá do seu lado. Isso não deveria te impedir, não?!"

Só que não. Claramente, não. Porque ele nem sequer olhou pro sujeito. Nem um olhar, nem um gesto. Como se aquele homem, sentado ali, não existisse. Como se fosse uma planta. Um móvel da casa. Um espectador inútil da própria humilhação.

E o pior… é que ele aceitava. Sorria constrangido. Fingia que não era com ele. Ou talvez… sabia muito bem que era.

E ela... ela nem se deu o trabalho de disfarçar a risada maliciosa que escapou. Continuou ali, empinada, balançando de leve o quadril, como quem ajeita a posição, só pra enfatizar cada curva. Como quem diz: “Tô nem aí.”

Foi então que meu pai virou o rosto na minha direção. Sorrindo. Um sorriso torto, irônico, cúmplice. E soltou, como quem oferece a coisa mais natural do mundo:

— Ué... passa você, Miguel. Ajuda tua tia aí. — E ainda completou, rindo — Serviço de família.

O marido dela… ah, o marido. Simplesmente... nada. Olhou pro horizonte. Fingiu ver alguma coisa no mar. Fingiu que aquele momento não existia. Nem sequer tossiu, nem pigarreou, nem tentou qualquer protesto mínimo. Zero. Era um homem já derrotado — e pior — conformado.

Eu, por minha vez, quase cuspi a cerveja.

— O quê...? — disparei, sem acreditar que tinha ouvido certo.

Meu pai só levantou a sobrancelha, segurando o riso, como quem diz: “Vai, moleque… cresce.”

Patrícia virou de leve o rosto, meio sorrindo, meio mordendo o lábio, olhos brilhando de pura malícia.

— É... — sussurrou, olhando pra mim —. Me ajuda aqui, vai... Tá difícil alcançar direitinho...

E empinou mais.

A curva daquela bunda parecia esculpida pra me torturar. O biquíni, se é que ainda podia ser chamado disso, sumia entre as bandas fartas, revelando mais do que escondendo. E ali estava ela. Oferecida. Descarada. Na frente de todo mundo. Do meu pai. Do marido. Na frente do universo inteiro.

Eu olhei pra ela. Olhei pro meu pai. Olhei pro marido dela. E percebi que... não. Ninguém ia fazer absolutamente nada pra impedir.

O silêncio doía. Pesado. Carregado de tudo que não podia — mas que, de algum jeito torto, ia acontecer mesmo assim.

— É… — pigarreei, quase pra preencher o vazio. — Posso...? — soltei, encarando o marido dela, quase por instinto. Quase como quem pergunta pro dono do carro se pode dar uma volta.

Só que antes mesmo dele abrir a boca — antes mesmo de decidir se ia fingir desconforto, protestar ou se afundar de vez na própria insignificância — meu pai já se adiantou. Gole na cerveja, sorriso torto, aquele tom de quem sabe que tá no controle da piada:

— Já disse que pode. — Deu um tapinha nas minhas costas, como quem autoriza um filho a dirigir pela primeira vez. — Bora, moleque… não faz desfeita pra sua tia não.

O marido? Ele... só abaixou os olhos. Apertou os próprios joelhos. Soltou aquele risinho amarelo, de quem finge que é normal, que tá tudo bem. Que aquilo não tá acontecendo. Só que tá. Tá, sim. Tá acontecendo. E bem na cara dele.

O mundo ficou em silêncio. Só havia o som das ondas lá no fundo… e o som do meu próprio coração batendo descompassado no peito.

Respirei fundo, mas nem o oxigênio parecia chegar direito. Me ajoelhei atrás dela, como se aquilo fosse… normal. Como se fosse só um sobrinho ajudando a tia. Só que nada ali era inocente. Nem a posição. Nem o jeito como ela arqueava as costas, empinando a bunda como uma oferenda. Nem o sorriso de canto que escapava do rosto do meu pai. Nem o silêncio desconfortável do marido dela, olhando pra qualquer lugar — menos pra nós.

Peguei o frasco de protetor, as mãos tremendo só um pouco — ou talvez muito mais do que eu queria admitir.

A tampa fez aquele estalo seco quando abri. E o cheiro doce, cremoso, invadiu meu nariz. Derramei uma quantidade generosa na palma da mão. Frio. Escorregadio.

— Começa aqui, ó — meu pai apontou, com o queixo, dando aquele sorriso torto, cheio de malícia. — Na lombar. Isso… aí perto da alça do biquíni.

Ele disse como quem orienta uma criança a lavar o carro. Descarado. Sem vergonha nenhuma.

Engoli em seco. As mãos tocaram a pele quente da lombar dela. Macia. Lisa. Firme. Senti o corpo da minha tia se arrepiar inteiro sob meus dedos.

— Isso... — ela sussurrou, fingindo distração —. Pode apertar mais... espalhar bem, hein...

Meu pai riu. E acrescentou, debochado:

— É... tem que espalhar direitinho, senão queima. E vai ficar marcado. — Deu mais um gole na cerveja, ajeitando os óculos, como se assistisse a um filme exclusivo, feito só pra ele.

Comecei deslizando as mãos pelas laterais da cintura dela, descendo lentamente até encontrar aquele limite safado onde a curva da bunda começa a desenhar o corpo. O biquíni... Deus... o biquíni era uma linha. Só isso. Uma linha fina perdida no meio de tanta carne farta, dourada de sol.

Meus polegares escorregaram pra dentro, desenhando os ossos do quadril, quase — quase — roçando as bordas da virilha.

— Aí... aí tá bom — ela sussurrou, mordendo o lábio, como quem não quer acelerar... mas quer.

— Ó... não esquece da parte de baixo, hein — meu pai soltou, quase gargalhando. — A parte da dobrinha, da transição... — fez até um gesto com a mão, desenhando no ar a curva perfeita da bunda dela.

O marido dela... cara... ele simplesmente... sorria. Aquele sorriso torto, sem graça, sem saber se ria, se fingia demência, se fingia morte. Apertava a lata da cerveja, encarando o mar como quem queria ser engolido por ele.

E eu... eu obedeci.

Desci as mãos. Lentamente. Pressionando. Espalhando o creme pela curva absurda da bunda dela. Cada deslize era uma tortura deliciosa. O polegar roçava, sem querer — mas querendo — a linha central onde o biquíni sumia. Senti o músculo firme da coxa, a pele quente. As mãos deslizavam nas laterais, na parte de trás das coxas, subindo até encontrar de novo aquela curva hipnótica.

Patrícia arqueou mais o quadril, jogando o cabelo pro lado, fingindo olhar pro horizonte, mas eu via. Eu via a ponta do sorriso malicioso no canto da boca dela.

— Aham... — ela sussurrou —. Aí... bem aí... — Rebolou discretamente, como se quisesse ajustar, mas era provocação pura.

Meu pai gargalhou.

— Isso, garoto. Serviço bem feito. A família agradece — disse, batendo de leve na própria coxa, como quem aprova.

O marido dela tossiu. Forçou um sorriso. Bebeu. E fingiu ver um barco que, claramente, nem existia.

E, claro, como se o universo não pudesse ser mais cruel… ou mais debochado… senti. E não teve como ignorar. A pressão inconfundível dentro do short. A ereção latejando, dura, indomável, impossível de disfarçar.

Claro que meu pai percebeu.

— Opa... — ele soltou, arqueando a sobrancelha, segurando a risada. — Olha só... parece que o moleque gostou do serviço.

Patrícia não se segurou. Levantou um pouco o rosto, olhando de rabo de olho pra baixo, e soltou aquela risada abafada, rouca, que parecia um convite pro inferno.

— É... — ela balbuciou, passando a língua nos lábios —. Bem... acho que ficou... bem satisfeito.

O marido dela... cara... o olhar dele era de derrota pura. Nem fingia mais. Só encarava a areia, apertando a lata da cerveja como se pudesse esmigalhá-la nas mãos.

Eu? Cara, eu não soube o que fazer. Senti meu rosto queimar. As mãos, trêmulas. O corpo inteiro paralisado, exceto... exceto ele, que parecia ter vida própria.

— Vai lá, garoto — meu pai completou, dando aquele sorriso torto, maroto —. Dá uma refrescada, né? Tá precisando...

Risos. Dos dois. Como se eu fosse o brinquedo deles. Ou o motivo da piada.

Sem dizer uma palavra, levantei. Desajeitado. O short colando na frente, marcando mais do que eu queria, mais do que qualquer um deveria ver.

Virei as costas, andando rápido. Muito rápido. Quase correndo. E me joguei na água fria como quem mergulha pra apagar um incêndio. E talvez fosse exatamente isso.

Só que... a verdade?

Nem o mar inteiro conseguiria apagar o que estava aceso dentro de mim naquele momento.

Fiquei na água. Fingindo nadar, fingindo relaxar, fingindo que estava tudo bem. Mas, na verdade, só esperava... que abaixasse. Literalmente.

O sal ardia nos olhos, o frio mordia a pele, mas nem isso parecia suficiente pra apagar o fogo que aquela cena tinha acendido em mim.

De longe, eu via. E talvez o que mais me deixasse transtornado... não fosse só ela. Era o eles.

Patrícia e meu pai. Rindo. Conversando como dois cúmplices de um crime que ninguém mais parecia saber — ou que talvez todo mundo soubesse, mas fingisse não ver. Meu pai falava algo no ouvido dela e ela jogava a cabeça pra trás, gargalhando, empurrando ele de leve no peito, como quem diz “para, bobo”. Só que não tinha nada de inocente ali. Nada.

E aí... como se não bastasse... ela abraçava o marido.

Sim. Isso mesmo. Jogava o braço no ombro dele, apertava a bochecha dele com aquele sorriso de deboche carinhoso, como se dissesse “ai, meu bobinho...”. E ele... aceitava. Ficava ali. Meio torto. Meio desconfortável. Mas aceitava. Sem força pra reagir. Sem coragem pra enfrentar. Como quem sabe exatamente onde tá se metendo, mas prefere fingir que não.

Eu ali, com a água batendo no peito, só conseguia pensar — Que porra de situação é essa?

Sério. O que... que... era isso? Que jogo doente era esse?

E mais do que isso... Por que diabos ele se submetia?

O marido dela... aquele cara... via tudo. Sabia de tudo. Era óbvio. Escancarado. E mesmo assim... ficava. Aceitava. Engolia aquilo como quem engole vidro sorrindo.

E sabe o que é pior?

Parte de mim... odiava aquilo. A outra... achava... absurdamente excitante.

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Comentários

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Velho quando é q esse mlk vai tomar conta do jogo ? Pq se continuar assim vai ser muito chato , plmds né quem em sã consciência vira um brinquedo assim tão fácil , eles estão nitidamente brincando com ele e ele tá adorando, isso tá perdendo a graça já!.

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Sempre que acontece umas bizarrices estraga a saga. Estava muito boa até vir essa parte que nem faz sentido algum. Que pena.

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