O internato - Capítulo 11

Um conto erótico de Bernardo, Daniel e Theo
Categoria: Gay
Contém 3163 palavras
Data: 04/06/2025 21:29:26
Assuntos: Gay, Amor

Capítulo 11 - Telefonema

Bernardo

As mãos grandes e fortes dele acariciavam minhas costas, vez ou outra cravando as unhas na minha pele branca e macia. O ardor dos arranhões me dava um prazer quase masoquista, assim como seus lábios grossos em meu pescoço desnudo. Seu pau, rígido como uma tora, entrava e saía de mim enquanto eu cavalgava em seu colo. Os gemidos de prazer ecoados por Gregório, o suor escorrendo pelos nossos corpos... tudo me levava a um completo êxtase. Era como mergulhar numa piscina de águas claras, quase brilhantes. Fazia bem ao meu corpo, até à minha mente, mas machucava meu coração.

Era ele quem gritava, desesperado, que aquilo estava errado. Era ele quem chorava por dentro, sangrando feridas antigas. Era ele quem implorava para que eu parasse com aquilo. E, no fundo, ele estava certo.

— Não posso continuar — disse, me levantando do colo do meu primo.

— O quê? — Gregório me olhou estarrecido, com uma pontada de raiva nos olhos. — Tu nunca teve problema nenhum em me dar.

— Me desculpa, Greg, mas as coisas mudaram — falei, passando a mão pela testa suada.

— Na moral, guri, tu é muito complicado — ele se levantou da cama, bufando — Tu me procurou pra transar e agora tá pulando fora? Bah! Nem cheguei a gozar!

Olhei para o pênis dele, ainda ereto e pulsante, e me senti ainda pior por deixá-lo naquele estado.

— Me desculpa, Greg — pedi, me abaixando para pegar minhas roupas — Mas eu não tô me sentindo bem.

— Pro inferno os teus sentimentos — ele disparou, me agarrando com força pelo braço — Eu vim aqui pra gozar, e é isso que vou fazer.

Ele me jogou na cama e subiu por cima de mim. Por mais que eu me debatesse, não conseguia me soltar — ele era muito mais forte. Eu chorava de dor, física e emocional, com aquele homem por cima de mim, se satisfazendo. Deve ter durado uns dez minutos, mas pra mim, pareceu uma eternidade de horror. Quando ele gozou dentro de mim e relaxou, eu enfim estava livre. Mas não me sentia assim.

Gregório rolou pro lado e acendeu um cigarro. Deu uma longa tragada e suspirou fundo.

— Me desculpa, Be — disse com a naturalidade de quem pede desculpa por ter esbarrado em alguém na rua — Não sei o que deu em mim. Tava com muito tesão e tu disse que não ia mais dar. Fiquei louco.

— Louco de pedra — concordei, uma lágrima escorrendo pelo rosto — Eu disse que não queria.

— Tu também já disse que nossa relação era só sexo, sem sentimento envolvido — ele rebateu, tragando de novo — Foi o que a gente fez: só sexo.

— É, mas tu me forçou — falei, agora chorando abertamente.

— Interpreta como quiser — deu de ombros — Duvido que demore dois meses pra tu me ligar querendo chupar minha pica de novo.

— Pode ter certeza de que isso não vai acontecer — respondi, me vestindo rápido e pegando minha carteira — A conta do motel fica contigo.

— Sempre fica — ele respondeu, com um sorriso torto e cheio de desdenho.

Daniel

Inscrições abertas para o time de natação

Dizia a placa em frente à piscina naquela manhã ensolarada. O professor Júlio estava sentado a uma mesa coberta por uma tenda de praia branca, onde quatro alunos do primeiro ano faziam suas inscrições.

– Acho que tu devia te candidatar – disse Léo, enquanto comia um brownie com de chocolate.

– Faz tempo que eu não nado – respondi. – Só vou passar vergonha.

– Para com isso, Dan – disse Samuel. – Vai ser bom pra distrair tua cabeça. E além disso… imagina aquele ali de sunga – ele apontava para um guri moreno, alto, com o corpo ligeiramente sarado.

Apesar de estar no primeiro ano, tinha feições e porte de homem feito.

Avaliei o garoto, que sorria enquanto conversava com outro menino mais baixo, e Samuel tinha razão. Se ele já era um espetáculo vestido de calça jeans e camisa polo, imagina só de sunga.

Confesso que ter esses pensamentos sem uma trava automática no meu cérebro que me impedisse de continuar era um tanto estranho… mas era um estranho bom. Um estranho libertador.

– Quero é ver ele sem sunga – respondi para o Samuel, que me lançou um sorriso malicioso.

– Deixa de ser safado, guri – ele rebateu, me dando um soco leve no ombro.

– Caralho! Isso é estranho – comentou Léo, dando uma mordida gigantesca no brownie e sacudindo a cabeça.

– Ninguém mandou andar com dois viados – provocou Samuel.

– E o que eu posso fazer se meus dois melhores amigos são gays? – respondeu Léo, com um meio sorriso, comendo o resto do brownie e já puxando outro da mochila.

– Encher o cú de doce não resolve tudo, tu sabe disso – falei.

– Bah, mas eu já fazia isso antes, então não mudou muita coisa – ele gargalhou enquanto desembrulhava o novo brownie do papel filme. – Mas voltando ao assunto anterior: tu devia ao menos fazer o teste. Se não passar, tudo bem. Mas se passar, vai ser ótimo pra ti.

– O Leo tem razão, Dan. Isso ia te deixar até mais alegre.

Não pude negar que os dois estavam certos. Eu precisava me distrair. Quando não estava em aula, minha cabeça entrava num looping: onde o Bernardo estaria? O que estaria fazendo? Graças ao Théo, descobri que ele morava no Moinhos de vento, então eu o imaginava na praia, tomando banho de mar ou correndo pela orla. Às vezes, eu me via junto dele, sorrindo, nos beijando, nos amando na areia molhada e fria da praia. O sol se afundando no mar, tingindo a água e o céu de um laranja vivo e quente. A brisa suave da maresia acariciando nossos corpos nus. Era tudo tão bonito, tão mágico… e ao mesmo tempo, devastador.

"Eu resolvi seguir em frente e aconselho que você faça o mesmo, Daniel." Essas foram suas últimas palavras antes de ir embora.

– Vocês têm razão – disse a eles. – Vai ser bom voltar a nadar, distrair um pouco a cabeça.

Fui até o professor Júlio, que prontamente fez minha inscrição e informou que o teste seria na próxima semana

Bernardo

Voltei para casa naquela noite me sentindo um lixo humano. Achei que tudo o que eu precisava era de um relacionamento apenas sexual, mas estava errado. Precisava de alguém ao meu lado, me amando a cada momento da minha vida. Precisava saber que poderia encontrar carinho nos braços de alguém que se importasse comigo. Precisava que cada toque na minha pele significasse algo. Precisava de mais do que apenas sexo sem sentido. Precisava dos beijos e dos cafunés. Precisava do sorriso e dos abraços calorosos. Precisava ser amado — mas a única pessoa que me ama é justamente aquela que mais me magoou.

Podia sentir a paixão correndo pelo seu corpo a cada toque, a cada beijo. Com ele, era como se nossos corpos fossem um só, sem uma linha clara de divisão. Com ele era mais do que duas pessoas sentindo prazer. Com ele eu podia sentir a felicidade e o contentamento de pertencermos um ao outro. Com ele, sentia uma paixão ardente que consumia meu corpo inteiro. Sentia meu coração palpitar descontrolado até quase saltar pela minha boca. Com ele, eu sentia que podia aguentar qualquer coisa.

Talvez valesse a pena tentar mais uma vez...

Peguei o celular assim que saí do táxi e disquei o número de Théo.

— Oi, Be. Tudo bem? — ele perguntou com a casualidade de sempre.

— Estou sim — respondi, tentando fazer com que minha voz soasse agradável, mas ela saiu meio anasalada, por causa do tanto que eu tinha chorado naquele quarto de motel com o Gregório.

— Que bom — ele não parecia prestar muita atenção. — Tá um tédio aqui sem ti, amigo. Não tenho ninguém pra conversar.

Até parece que ele não estava transando todas as noites com o Nick! Sem eu por perto pra "atrapalhar", ele podia fazer o que quisesse com o namorado, sem se preocupar com ninguém. Não que o Théo não sentisse minha falta, mas minha ausência não era exatamente um infortúnio pra ele.

— Quero o número dele — falei, ignorando as baboseiras e indo direto ao que me interessava.

— O quê? — pelo tom histérico dele, Théo foi completamente pego de surpresa — Mas tu disseste que...

— Eu sei que disse que não queria mais saber dele! — interrompi, falando alto demais, o que fez o porteiro me olhar de canto de olho enquanto eu entrava no prédio, mas bah, não dei muita bola.

— Tudo bem, Be — Théo pareceu magoado. — Não falei por mal.

Ele me passou o número, mas dava pra notar uma certa relutância da parte dele. Confesso que fiquei com um pouco de raiva, mas também precisava entender: ele provavelmente só queria proteger o irmão. Despedi-me rapidamente e disquei os números com dedos trôpegos, porque, tchê, eu tremia de nervoso.

Não sabia o que dizer, nem como. Não fazia ideia de como eu ia reagir ao ouvir sua voz. A cada toque do telefone, meu coração dava um salto mortal dentro do peito, me deixando cada vez mais pilhado. Também não ajudava o fato de eu estar preso naquele elevador claustrofóbico, onde parecia que até o ar vinha a prestação.

Dois toques. O suor já escorria pela minha testa e pelas palmas das mãos. Como será que ele reagiria? Será que diria finalmente o que eu tanto queria ouvir?

Cinco toques. Minha cabeça começou a fantasiar: imaginei ele chorando quando eu dissesse que ainda o queria.

Oito toques. A impaciência tomou conta de mim.

Dez toques. A porta do elevador se abriu e eu corri pro meu apartamento, com medo de perder o equilíbrio caso ouvisse um simples “Alô”.

“Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens e estará sujeita a cobrança após o sinal.”

Ouvir aquilo foi como levar um tapa. Doeu como rejeição. Como se ele soubesse que era eu e tivesse decidido ignorar. Meu coração ficou pesado, de uma tristeza imensa. Ele tinha seguido em frente, como eu achei que também tinha feito. Provavelmente já estava com outra pessoa. Bonito como ele era, meninos e meninas cobiçavam ele sem cerimônia.

Subi pro quarto e me joguei na cama, encarando o teto branco. Talvez fosse melhor assim. Talvez não fôssemos feitos pra ficar juntos. Pensando bem, a gente nunca ia dar certo. Agora ele estava disposto a se assumir, mas será que eu estava pronto pra lidar com essa fase dele fora do armário?

Sinceramente? Tava me sentindo um baita filho da puta. Fiz o maior drama pra que ele se assumisse e confessasse que gostava de mim, e agora que ele tá tentando, eu não quero? Se eu fosse ele, me dava um soco na cara. Mas infelizmente eu sou assim. Uma criatura indecisa, que não sabe o que quer da vida.

Cheguei naquela escola querendo me esconder, e agora olha pra mim? Eu e o Théo somos as bichas mais escandalosas da escola! Nem o Nick dá tanta pinta quanto nós dois.

Mas fazer o quê, né? Eu sou assim. Me lembro de quando era criança e insisti pro meu pai me colocar na natação. Fui numa aula e depois quis fazer judô. Mesma coisa com karatê e escolinha de futebol. Sinceramente, não sei onde tava com a cabeça quando pedi isso. Odeio futebol! Nunca gostei de assistir, e brincar disso na escola era um saco. Mas esse sou eu, Bernardo de Andrade: um guri confuso e um baita filho da puta.

Suspirei, ainda encarando o teto do quarto, imaginando que aquelas pequenas lâmpadas embutidas eram estrelas. E então o telefone tocou. Olhei o número e quase tive uma síncope.

Quem eu queria enganar fingindo que tava tudo bem ele seguir em frente? Quem eu tava querendo enganar dizendo que não o queria? Se fosse a mim mesmo, eu não tava fazendo um bom trabalho, porque eu tremia segurando o celular. Não sabia o que fazer. Só pensava no quanto queria ouvir sua voz. Até esqueci, por um segundo, como atender o celular. Mas, graças a Deus, a memória voltou.

— Alô? — aquela voz suave disse;

Daniel

– Então tu não vai vir na minha festa? – Samuel perguntou, claramente desapontado.

– Não sei, tchê – respondi, partilhando do mesmo sentimento – Posso tentar.

– Se não estiver muito ocupado dando esse rabo pro piá lá – Léo provocou, mais à vontade com a situação.

– Talvez role, vai saber – respondi, sorrindo.

– Tem certeza disso? – Samuel perguntou sério – Ele te magoou bastante, né?

– Eu também magoei ele... talvez até mais do que ele me magoou – respondi, com um peso no peito – Tu tinha que ter ouvido a voz dele no telefone. Parecia tão frágil... Sei lá...

– Tu gosta mesmo dele, né? – Léo largou o tom de piada.

Pensei por um instante. Tudo o que vinha à mente era como Bernardo tinha me libertado. Aquele olhar intenso e provocador no dia em que a gente se conheceu. Aquilo despertou em mim sentimentos que eu tinha enterrado a sete palmos. Bernardo me fez sofrer, me deu prazer, me fez chorar, me deixou confuso e feliz... tudo ao mesmo tempo. Ele enxergou por trás da máscara que eu usava. Me arrancou de uma vida de mentira. Me fez sentir especial e desejado como ninguém jamais tinha feito. O toque dele me dava mais prazer que qualquer coisa que eu já tinha vivido. Os beijos... quentes, vorazes, apaixonados. A pele dele ardia sobre a minha como brasa viva.

– Acho que é mais do que gostar – falei, com um sorriso no rosto – Acho que tô apaixonado. De verdade. Pela primeira vez na vida.

Samuel sorriu como se entendesse exatamente o que eu queria dizer. Olhou de relance pra onde meu irmão se despedia do namorado, que entrava no carro da mãe. Foi ali que me dei conta de que Samuel ainda sentia algo por Théo. Mais do que amizade.

– Então vai atrás do teu guri – Léo disse, pousando a mão no meu ombro.

– E seja qual for o resultado, tamo contigo – completou Samuel, visivelmente emocionado – Espero que tu seja feliz de verdade, com alguém que tu gosta de verdade. Sem mentira, só amor.

– Valeu mesmo – disse, abraçando meu melhor amigo – Te amo, guri.

– Também te amo – respondeu Samuel no instante em que uma buzina soou pelo pátio – Agora vaza, que teu carro chegou.

Me despedi do Léo com um abraço apertado também. Me virei e entrei no carro, onde Théo já estava no banco do carona. Minha mãe sorriu ao me ver.

– Oi, meu amor – disse – Que bom te ver melhor esse fim de semana.

– Pois é – falei, me olhando no retrovisor. Eu realmente parecia diferente. Meu rosto tava mais corado e até um sorrisinho bobo dava as caras. Era o oposto da cara abatida da semana passada.

– Eu sabia que tu e a Amanda iam se acertar – minha mãe disse, feliz, enquanto saía da escola – Vocês formam um casal tão bonito.

– Eu e a Amanda terminamos. E dessa vez é pra valer – respondi, e me surpreendi que nem a menção do nome dela apagava o sorriso do meu rosto.

– Bom... que pena, né. Mas se tu tá feliz – ela deu de ombros, um pouco desapontada – Aposto que já tem outra no radar.

– Na verdade... – eu tava pronto pra contar que era gay, mas meu olhar cruzou com o do Théo pelo retrovisor, e ele parecia dizer claramente: “Aqui não, ou ela joga o carro serra abaixo.” – Depois eu te conto, mãe.

Ela deu de ombros de novo e vi os ombros do meu irmão mais novo relaxarem, como se ele tivesse até suspirado. Peguei o celular e coloquei os fones. Liguei minha playlist romântica no talo. Cada melodia, cada letra me fazia lembrar dele. Me lembrava daquela ligação de ontem que tinha mudado tudo.

Entrei no quarto e achei meu celular no carregador, onde eu tinha esquecido naquela manhã. Não era de costume, mas tanto Samuel quanto eu acordamos atrasados e corremos pra aula de Matemática, mesmo sabendo que já tínhamos perdido o primeiro tempo. Peguei o celular e vi uma chamada perdida de uns dez minutos antes. O número não era salvo. Vasculhei na memória, mas nada. Então resolvi retornar.

– Alô? – perguntei, curioso. Só ouvia uma respiração ofegante – Alô? – insisti, e ouvi uma risadinha debochada – Vai responder ou vai ficar de gracinha? – Além da respiração, mais nada – Vou desligar.

– Por favor, não – ele disse.

De todas as vozes que eu imaginaria ouvir naquele momento, a dele era a última. Aquela voz macia, como veludo, agora soava desesperada e sem rumo. Doía ouvi-lo assim. Me lembrava da noite na cabana do zelador, quando eu o rejeitei e ele saiu correndo, arrasado. Me lembrava como eu usei ele, e depois deixei pra trás. Brinquei com o coração de um guri que mal entendia o que era amar. Com os sentimentos de um piá doce e ingênuo.

– Bernardo? – minha voz falhou um pouco. Meu peito apertava de ouvir e não poder tocar.

– Me perdoa – ele disse, começando a chorar – Me perdoa por te fazer passar por toda aquela humilhação.

– Não, Bernardo – disse, sentindo as lágrimas virem – Quem foi humilhado foi tu. Eu é que peço desculpas. A culpa foi minha. Eu te magoei.

– Magoei, sim – ele confirmou. E aquilo apertou meu coração como se uma mão de ferro tivesse me espremendo por dentro.

– Eu não tava pronto pra ti. Não tava pronto pra me entregar ao que sentia – falei meio atropelado, desesperado por estar ouvindo ele de novo – Eu vivia uma mentira. Morria de medo de encarar a verdade. Medo de sofrer como o Théo. Mas agora não. Agora eu tô pronto pra ti.

– Eu preciso de ti – ele confessou – Preciso de ti aqui comigo.

– E eu preciso de ti também – retribuí – Quero te tomar nos braços e sentir que tu é meu.

– E eu quero ser teu – ele disse.

– Amanhã, assim que sair da escola, vou direto na tua casa – prometi.

– Vou estar te esperando.

Ele me passou o endereço. Logo depois ouvi uma voz feminina, que imaginei ser a mãe dele, e ele desligou.

– Chegamos, Daniel – Théo me chamou, já na garagem do prédio.

– Vou sair – disse, abrindo a porta do carro e indo até a minha moto.

– Mas já? – minha mãe perguntou – Tu nem entrou. A Fernanda tá doida pra te ver.

– Diz pra Nanda que mais tarde eu volto – falei, pegando o capacete debaixo do banco.

– E onde é que tu vai? – ela insistiu, desconfiada.

– Deixa ele, mãe – Théo interveio, puxando-a pro elevador – O Daniel já é bem grandinho, né.

Sorri e montei na moto. Acelerei rumo ao Moinhos, onde o guri que mudou minha vida me esperava. Quanto mais eu acelerava, mais forte meu coração batia. Era como se, a cada metro, ele estivesse mais perto. Eu quase podia sentir o cheiro doce dele, o toque da pele macia, a boca carnuda colada na minha. Ouvia até a voz dele sussurrando no meu ouvido. Parecia que ele tava ali, do meu lado.

Já dava pra ver o prédio dele, e isso fez minha ansiedade disparar. Disparar tanto que eu não vi o sinal vermelho. Só senti a pancada. Depois, tudo ficou escuro.

Continua...

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Comentários

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Puta merda. Tudo tenso e mais essa; um acidente. Fudeu tudo. Só vai complicar mais as coisas. Por favor, não demora e volta logo. Ansiedade mata.

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Carvaralho! Não bastava o Bernardo ter sido estuprado agora o Daniel sofre um acidente! Meu pai! Assim meu coração não aguenta. Minha relação com esse casal é de amor e ódio. Não sou muito fã do Bernardo, mas ele ter sido estuprado achei meio pesado. Por favor não demore de postar a próxima parte.

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