Eu sou Juliano, 38 anos, um cara comum que viveu mais na frente de telas do que em qualquer outro lugar. Trabalho home office pra uma empresa de consultoria em São Paulo, analisando números, relatórios, estratégias pra clientes que nunca vejo. Minha mesa, entulhada de papéis, um monitor de 27 polegadas e uma caneca de café sempre fria, é meu reino. Não sou nenhum galã, mas mantenho uma forma razoável – 1,80m, 85 quilos, cabelo castanho curto, barba rala, resultado de treinos esporádicos na academia do prédio. Malhar nunca foi meu foco; meu mundo é código, planilhas, prazos. Mas tem uma coisa que me tira do eixo, que faz meu sangue pulsar: Larissa, minha esposa.
Larissa é uma delicia. Aos 34 anos, ela é o tipo de mulher que para o trânsito. Loira, olhos verdes que brilham como esmeraldas, um corpo que parece esculpido pra ser desejado – coxas grossas, cintura fina, um rabo gigante que deixa todo mundo de pau duro, seios fartos que esticam qualquer top. Estilo panicat, como dizem por aí, mas com uma energia que vai além da aparência. Ela é personal trainer numa academia de alto padrão, moldando corpos enquanto o dela é um anúncio vivo do que a dedicação pode fazer. Quando a conheci, há dez anos, numa festa em Pinheiros, ela me derrubou com um sorriso e uma risada que ecoa até hoje. Casamos dois anos depois, e, mesmo com a rotina, o fogo entre nós nunca apagou.
Vivemos num apartamento confortável em Perdizes, décimo andar, com uma varanda que pega o pôr do sol e o barulho da cidade. Não temos filhos – escolha nossa, pra focar nas carreiras e na liberdade. Mas nem tudo é trabalho. Aos fins de semana, fazemos algo que nos conecta além de nós mesmos: voluntariamos numa ONG em Pirituba, a Esperança Viva, que ajuda pessoas carentes, oferecendo comida, cursos, apoio psicológico. Larissa dá aulas de ginástica funcional pras mulheres, e eu organizo oficinas de informática básica. É exaustivo, mas ver o impacto nos olhos de quem não tem nada faz valer a pena. Ou, pelo menos, era o que eu pensava até ele aparecer. Cristiano. A Esperança Viva funciona num galpão reformado, paredes de concreto pintadas de amarelo, ventiladores girando lento no teto, o cheiro de café coado misturado ao suor de quem vive na luta. É um lugar caótico, mas cheio de vida – crianças correndo, mulheres rindo nas aulas de Larissa, homens aprendendo a usar um teclado pela primeira vez. Eu passo os sábados ensinando atalhos do Word, enquanto Larissa, num canto do pátio, lidera treinos com cordas e pneus, o short colado ao corpo, o cabelo preso num rabo de cavalo loiro que balança a cada pulo.
Foi num desses sábados, uns três meses atrás, que notei Cristiano pela primeira vez. Ele tem 18 anos, mas parece mais velho, talvez pelo jeito de se carregar. Alto, uns 1,90m, magro, mas com músculos definidos que denunciam horas na barra fixa do campinho. Pele negra reluzente, cabelo raspado, olhos escuros que parecem sempre calcular algo. É repetente no ensino médio, um desses garotos que a vida não deu trégua – órfão, criado por uma tia, morando numa casa de bloco na Brasilândia. Na ONG, ele faz de tudo: carrega caixas, conserta cadeiras, ajuda na limpeza. Mas o que me incomodou desde o início foi como ele olhava pra Larissa.
Não era só admiração. Era algo mais profundo, mais cru. Quando ela liderava os treinos, ele parava, os braços cruzados, os olhos fixos nas coxas dela, no rabo que esticava o short, no suor escorrendo pelo pescoço. Eu via, do canto do olho, enquanto explicava como salvar um arquivo. Larissa, sempre profissional, parecia não notar – ou fingia não notar. Ela sorria pra ele, como sorria pra todos, dava instruções, corrigia posturas. Mas tinha algo no jeito que ele respondia, um tom baixo, quase íntimo, que me fazia cerrar os punhos.
“Valeu, dona Larissa, tá explicado”, dizia ele, o sorriso torto, enquanto segurava uma corda que ela usava no treino. Ou: “Se precisar de ajuda, é só chamar.” Inocente, talvez, mas cada palavra parecia carregar um peso que só eu sentia. Tentei ignorar. Afinal, era só um moleque, um garoto carente vendo uma mulher como Larissa, um sonho fora de alcance. Mas então as coisas começaram a mudar. O primeiro sinal veio num sábado, depois do treino. Larissa estava no banheiro do galpão, tomando banho – o chuveiro improvisado que os voluntários usavam pra tirar o suor. Eu terminava minha aula, desligando os computadores, quando vi Cristiano saindo do corredor onde ficava o banheiro. Ele passou por mim, o rosto neutro, mas com um brilho nos olhos que não gostei. “Tô indo pegar água”, murmurou, sem me olhar. Fui até o banheiro, o coração acelerado, mas Larissa estava lá, de toalha, o cabelo molhado, rindo enquanto secava o pescoço. “Tá me espionando, Juliano?”, brincou, os olhos verdes brilhando. Não disse nada, só sorri, mas a dúvida ficou.
Depois disso, comecei a reparar em tudo. As mensagens no celular dela, que ela lia rápido e trancava a tela. O jeito que ela ria mais alto quando Cristiano estava por perto, o toque no ombro dele que parecia durar um segundo a mais. Uma noite, em casa, vi uma notificação no WhatsApp dela – “Cris” com um emoji de força 💪. Perguntei, casual: “Quem é Cris?” Ela riu, jogando o cabelo. “O Cristiano, da ONG. Mandou um vídeo do treino, olha.” Era só um vídeo dela corrigindo o agachamento dele, mas o jeito que ele sorria pra câmera, como se soubesse que eu veria, me deixou com um nó no estômago.
Tentei pegá-la no flagra. Uma vez, disse que ia ao mercado durante o voluntariado, mas voltei em dez minutos, entrando pelos fundos do galpão. Procurei Larissa no pátio, no banheiro, na sala de estoque. Nada. Ela estava na cozinha, servindo suco pras crianças, Cristiano do outro lado do galpão, carregando caixas. “Tá tudo bem, amor?”, perguntou ela, vendo meu rosto tenso. “Tô ótimo”, menti, o ciúme queimando.
Outra vez, chequei o celular dela enquanto ela tomava banho. Nada além de mensagens de clientes, amigas, e aquele grupo da ONG. O chat com Cristiano era inofensivo – “Obrigado pela dica, dona Larissa”, “Posso levar a corda amanhã?” –, mas a ausência de provas só me deixava mais paranoico. Era como se ele soubesse que eu estava olhando, como se os dois soubessem. Comecei a reparar em detalhes idiotas: o jeito que ela passava perfume antes de ir pra ONG, o short novo que parecia mais justo, o sorriso que ela dava quando mencionava “o progresso dos alunos”.
Em casa, a tensão crescia. Eu ficava calado, observando, enquanto ela falava sobre o dia, rindo, alheia – ou fingindo estar. “Você tá estranho, Juliano”, disse ela uma noite, deitada no sofá, o shortinho de lycra subindo nas coxas. “Tá tudo bem no trabalho?” Eu negava, mudava de assunto, mas a desconfiança era uma sombra que não saía. E então, veio a noite que mudou tudo.Era uma sexta-feira, o calor de São Paulo grudando na pele, o ventilador da sala girando inútil contra o ar abafado. Larissa chegou da academia, o top preto colado ao corpo, o suor escorrendo pelo pescoço, o cabelo loiro preso num coque bagunçado. Ela jogou a bolsa no sofá, os olhos verdes encontrando os meus, um sorriso provocador. “Tá me olhando por quê, Juliano?”, perguntou, a voz rouca, enquanto tirava os tênis.
Eu estava na mesa, o notebook aberto, mas a cabeça em Cristiano, nas mensagens, nos olhares. A paranoia me consumia, mas o desejo por ela – aquele corpo, aquela energia – era mais forte. “Porque você é foda”, respondi, levantando, a voz grave. Ela riu, caminhando até mim, o rabo gigante balançando, as coxas grossas flexionando a cada passo. “Então vem me pegar”, provocou, puxando-me pela camiseta.
O beijo foi imediato, faminto, a língua dela invadindo minha boca, o gosto de hortelã misturado ao sal do suor. Minhas mãos foram pra bunda dela, apertando a carne firme, o short de lycra tão justo que parecia uma segunda pele. “Caralho, Larissa”, grunhi, enquanto ela mordia meu lábio, as unhas cravando minhas costas. Ela tirou o top, os seios fartos saltando, os mamilos rosados endurecidos, brilhando com suor. “Quero você agora”, murmurou, os olhos verdes faiscando, e me empurrou pro sofá.
Eu arranquei o short dela, a calcinha preta minúscula caindo, revelando a buceta depilada, o rosa brilhando de excitação. Ela montou em mim, as coxas grossas apertando meus quadris, as mãos puxando minha calça, minha ereção pulsando livre. “Me fode, Juliano”, pediu, a voz um gemido, enquanto descia sobre mim, o calor apertado dela me engolindo, um grito escapando dos lábios. Cada movimento era uma onda – o rabo dela subindo e descendo no meu pau, os seios balançando, o suor pingando no meu peito.
Segurei a cintura dela, os dedos afundando, metendo com força, cada estocada arrancando gemidos altos. “Isso, porra, me come gostoso!”, gritava ela, as unhas marcando meus ombros, o cabelo loiro agora solto, uma cascata selvagem. Mudei a posição, colocando-a de quatro no sofá, a bunda empinada, o rosa da bucetinha pulsando. Entrei de novo, o impacto fazendo-a arquear, os gemidos ecoando na sala, o calor do corpo dela contra o meu. “Você é minha, Larissa”, falei, puxando o cabelo, o ritmo brutal, o prazer explodindo.
Ela gozou com um grito, o corpo convulsionando, a buceta apertandomeu pau como um torno. Eu segui, o suor escorrendo, até gozar dentro dela, o calor enchendo-a, meu rugido misturando-se aos gemidos dela. Desabamos no sofá, ofegantes, o ar pesado com o cheiro de sexo, o ventilador ainda girando inútil. Ela riu, deitando no meu peito, os olhos verdes brilhando. “Você é foda, Juliano”, disse, beijando-me, mas a dúvida voltou, como uma faca fria: era só comigo que ela fazia isso? Naquela noite, enquanto ela dormia, chequei o celular dela de novo. Nada. O chat com Cristiano estava limpo, só mensagens sobre a ONG. Mas a semente da desconfiança estava plantada, e eu sabia que não pararia até descobrir a verdade. Cristiano queria algo – eu via nos olhos dele, no jeito que ele se movia perto dela. E a proposta, quando veio, semanas depois, mudaria tudo. Mas isso é outra história. só na parte 2