Horas extras de culpa

Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Heterossexual
Contém 3621 palavras
Data: 30/06/2025 18:24:20

Às 6 h, Jefferson já estava desperto, enquanto a esposa e o filho ainda dormiam. Foi à padaria, comprou pães frescos, queijo, presunto. Dali, foi ao mercado comprar uma cartela de ovos. Em casa, fez o café, preparando ovos mexidos, e um sanduíche com queijo e presunto. Com o tempo avançando, foi até o quarto e acordou a esposa com beijos e algumas carícias. Sabia bem que deslizar a mão por entre as pernas dela a fazia despertar mais rápido. Estava fácil provocá-la, pois a calcinha já havia sido retirada quando os dois transaram antes de dormir.

Foi ao quarto do filho e acordou com sussurros, despertando-o lentamente. Isabela e Matheus acordaram e encontraram o café já pronto. Os dois o abraçaram e beijaram, agradecendo pelo gesto de carinho, pois graças a ele nem a esposa e nem o filho se atrasariam para os seus compromissos. Jefferson sentia-se feliz por cuidar bem de sua família, mas o custo daquilo estava aumentando.

Enquanto sorria para a esposa e o filho, Jefferson escondia o cansaço. No dia anterior, saiu do trabalho para ir à reunião de pais e compensou, ficando até uma hora mais tarde. Não demais, pois ainda foi com a esposa assistir à apresentação do filho no teatro e, à noite, não resistiu aos encantos de sua bela esposa. O sexo, silencioso para o filho ao lado não ouvir, foi seguido de trocar carícias entre os dois para depois Jefferson se levantar enquanto Isabela adormecia.

Desde que a firma perdeu contratos e demitiu pessoas, Jefferson ficou sobrecarregado. O expediente normal não era o bastante, principalmente quando tinha que sair para buscar o filho na escola e outros compromissos. Tinha noites agradáveis com a esposa e o filho que geralmente terminavam na cama em um sexo carinhoso, cheio de amor. Sobrava a madrugada onde poderia continuar o trabalho que trouxe para casa.

Com quarenta e dois anos, não tinha mais a vitalidade de quando era mais jovem. Durava poucas horas olhando a tela com o computador até ser incapaz de clicar no lugar certo. Avançava pouco no trabalho e reduzia suas horas de sono, até acordar às seis do dia seguinte e começar tudo de novo. Começava a esquecer coisas, errar em tarefas comuns e, quando foi cobrado pelos chefes pela queda de qualidade, ele deu um basta. Não conseguia dar conta de tudo.

Jefferson era um funcionário exemplar, por isso, inclusive, foi sacrificado com o acúmulo de tarefas. O aumento oferecido fez tudo parecer uma boa ideia, mas ao tentar dar conta de tudo sem atrapalhar o convívio com a família, encontrou seu limite. Os chefes, percebendo estarem perdendo seu melhor funcionário, contrataram mais uma pessoa para lhe ajudar. Contrataram Valéria, uma jovem, que por ser recém-formada aceitaria um salário baixo o bastante para se adequar à realidade da empresa. Treinar a novata enquanto seguia com o ritmo denso de trabalho parecia desafiador, mas Jefferson reconheceu o esforço dos patrões e aceitou a empreitada, que acreditava durar pouco tempo. Para a sorte dele, Valéria era esforçada. Mostrava-se interessada o tempo todo, demonstrando uma vontade de aprender que enchia Jefferson de esperança. A sintonia entre os dois crescia à medida que trabalhavam juntos. As conversas na hora do almoço melhoraram ainda mais a relação entre os dois.

— Confesso que ouvi umas coisas sobre você que me assustaram.

— Que coisas?

— A primeira mulher com quem conversei aqui foi Mariana. Ela me contou coisas sobre você.

— Você acreditou?

— Fiquei apreensiva, mas quando fui conversar com outras mulheres do escritório, todas elas foram unânimes: disseram que a Mariana dava em cima de você o tempo todo e que você nunca deu bola, e que por isso ela fala de você para todo mundo que entra.

— Mariana até hoje me dá trabalho, mesmo ela estando em outro setor.

— Relaxa. Percebi que, tirando ela, todos aqui te admiram. Inclusive eu.

— Verdade?

— Sim. Todos falam sobre como é um bom marido, bom pai e não cedeu. A Mariana é uma mulher bonita, você poderia ter ficado com ela.

— Poderia não. Tenho uma relação ótima com a minha esposa, nem cogito traí-la com ninguém. Muito menos com alguém inconveniente como a Mariana.

— Percebi que ela é desagradável. Mesmo assim, você é um homem raro, viu. Geralmente, quando são excelentes no trabalho, é a família que perde. Não sei como consegue manter o equilíbrio.

— Não mantenho equilíbrio nenhum. É por isso que está aqui, para me salvar.

Naquele almoço, Valéria se espantou com o tamanho esforço de seu colega para manter a vida pessoal e profissional em dia. Naquele dia, ela fez questão de que ele saísse no horário e não levasse trabalho para casa, se dispondo a ela mesma colocar os relatórios em dia. Jefferson chegou em casa mais cedo, brincou com o filho por mais tempo e teve uma noite deliciosa com a esposa. Dormiu por muito tempo, como não dormia, há tempos e recomeçou a rotina do dia seguinte revigorado. No trabalho, entretanto, as coisas não foram tão bem.

Valéria ainda não estava pronta e seus relatórios estavam cheios de erros. Jefferson se culpou por terceirizar a responsabilidade para uma novata e passou o dia corrigindo os erros com ela. Para corrigir tudo, ficou até mais tarde, bem mais do que o normal.

— Me desculpa, fiz tudo errado.

— Sem problemas, eu não devia ter deixado todo o trabalho para você.

— Isso não vai te complicar com a sua esposa?

— Eu já avisei a ela que ficarei até mais tarde. Acho que tenho crédito.

Valéria sorriu — com certeza tem.

Com algumas horas de trabalho, o escritório ficou vazio. Jefferson retirou a gravata e abriu alguns botões em sua camisa, buscando relaxar. Era um homem maduro, forte, com cabelo curto, cabelo curto e grisalho. Tinha a voz ligeiramente rouca, que costumava fazer a esposa se arrepiar na cama com seus sussurros. De fato, era um homem charmoso, admirável e expressava um forte cansaço. Ocorreu a Valéria que seria uma boa ideia afastá-lo um pouco do assunto trabalho.

— Jefferson, posso te fazer uma pergunta pessoal?

— O que seria?

— Olha, eu só estou te perguntando isso porque sei que é um homem sério, que não dá em cima das colegas de trabalho. Por favor, não pense mal de mim — disse, ao puxar o telefone celular da bolsa e exibir uma foto. — Seja sincero, por favor: veria problemas com sua mulher se ela se vestisse assim?

Jefferson olhou a foto na tela. Na janela, Valéria estava de pé, acenando com um sorriso largo no rosto. Ela vestia uma saia, comprida até um pouco depois do meio das coxas. A blusa branca, de seda, exibia um decote canoa que valorizava os seios fartos. Pela primeira vez, Jefferson reparou nas curvas de Valéria, que só frequentava a empresa de calças e blusas mais fechadas. Era de fato uma mulher bonita, jovem, de vinte e cinco anos. Tinha a pele branca e os cabelos castanhos, ondulados até o meio das costas. Jefferson perdeu mais segundos olhando aquela foto do que normalmente faria.

— Não vejo problema nenhum em você trabalhar assim. Aqui todo mundo se respeita e as mulheres não veem problemas em vir de saia, mesmo que curta. A Mariana que o diga…

— Eu não perguntei sobre trabalhar. Perguntei sobre sua mulher se vestir assim para ir trabalhar. Você deixaria?

Jefferson franziu o cenho, se esforçando para entender a pergunta — A Isabela se veste como quiser. Eu não interfiro em nada.

— Mesmo se ela se vestisse assim?

— Ela se veste assim, às vezes. A Isa tem o corpo bem bonito como o seu e se orgulha muito dele.

— Não te incomoda ir trabalhar com uma saia mais curta? Não tem medo de que os homens deem em cima dela?

— Isso com certeza acontece, mas a gente tem uma relação ótima. Acho que receber uma cantada ou outra no máximo vai deixá-la envaidecida e com um sorriso mais bonito quando chega em casa. Imagina, recebê-la linda desse jeito e com um sorriso no rosto. O amor, mais tarde, fica até melhor.

O “linda desse jeito” soava dúbio para Valéria. Com certeza se referia à esposa, mas ao dizer isso com o celular na mão, parecia estar claramente se referindo a ela também. Suas bochechas se contraíram em um sorriso que não conseguia se controlar.

— Caramba, você é um marido excelente mesmo. Parabéns.

— Sou só um marido. Por que está me perguntando isso?

— Comecei a namorar há uns meses, sabe? O Rodrigo é um cara legal, mas nos meus relacionamentos anteriores tive caras muito ciumentos que vigiavam o que eu vestia. Gosto dessas roupas, me sinto à vontade com elas e me dá dó deixá-las guardadas no guarda-roupa. Só que também não quero estragar o relacionamento agora.

Jefferson olhou para sua colega, pensativo, por alguns segundos.

— Seus namoros anteriores terminaram devido ao ciúme deles?

— Sim. Nas duas vezes, eu não aguentava mais.

— Então está provado de que não constrói o ciúme deles com a sua roupa. Sugiro que use as roupas que quiser e use logo, para saber como ele reage. Se for mesmo ciumento, é bom saber cedo.

— Faz muito sentido. Obrigada pela dica.

— Não há de quê.

A conversa terminou, assim como a jornada de trabalho. A breve conversa com a colega indicou que não conseguiria mais trabalhar com o mesmo foco e assim ele voltou para casa. Os relatórios não foram totalmente corrigidos e as demandas aumentavam. Levou um pouco do trabalho consigo. Em casa, pela primeira vez, se desculpou por não ir buscar o filho na escola. Isabela, sua esposa, o cobriu, mas ele se sentiu em dívida mesmo assim. Na cama, a esposa o procurou e, na troca de beijos, seu pau endureceu rápido. Isabela montou sobre ele e rebolou lentamente em seu pau, esfregando o grelo no seu corpo até gozar, com as mãos na boca para não acordar o filho. — Sua vez — disse ela, se colocando de quatro na cama para oferecer o seu corpo. Jefferson olhou para si e viu que sua ereção já tinha se perdido. Pediu desculpas à esposa, se virou para o lado e foi dormir. Havia broxado para o sexo e mesmo para o trabalho.

Com os relatórios incompletos na cabeça, Jefferson acordou às 4h, sem querer. Mesmo com os olhos ardendo, achou que era uma boa oportunidade de adiantar seu trabalho e assim fez. Quando deram 6h, voltou sua rotina normal, preparando o café para mulher e filho e indo para o trabalho.

Na firma, Jefferson tomou uma dose extra de café para se manter acordado, mas outra coisa o fez despertar de vez. Valéria havia chegado no trabalho, com o mesmo conjunto de saia e blusa que havia mostrado no dia anterior. A saia justa no quadril largo atraíram os olhares de todos e com Jefferson não foi diferente. Os elogios dos colegas a deixavam sorridente e mais radiante. Jefferson, entretanto, guardou sua admiração para si. Pelo contrário, suas primeiras palavras para Valéria seriam sobre o compromisso de atualizarem o trabalho atrasado naquele dia. O sorriso charmoso se moldou em uma expressão séria e compromissada.

Os dois levaram o compromisso para a sério e, quando Jefferson abriu mão do almoço para trabalhar, Valéria o acompanhou. Ela o admirava pelo comprometimento e não admitia deixá-lo se sacrificar sozinho. Os dois saíram tarde mais uma vez, mas aquela etapa foi concluída. Jefferson chegou em casa tarde mais uma vez, prometendo que seria a última. Matheus havia ido dormir na casa de um amigo e Isabela preparou uma surpresa especial e não houve cansaço que parasse aquele homem na cama.

No dia seguinte, Jefferson acordou na mesma hora, mas dormiu pouco, pois a noite com a esposa havia sido longa. Ainda, sim, levantou-se mais cedo e preparou o café de Isabela. Se havia dormido pouco, sentiu que o sexo o revigorou. Foi para o trabalho surpreendido com Valéria chegando mais cedo do que ele. A colega usava um vestido justo, não tão curto quanto a saia do dia anterior, mas o cruzar de pernas ainda exibia suas coxas grossas. Assim como ele, tinha um sorriso diferente no rosto.

Com o astral renovado, ambos encararam com naturalidade as demandas extras daquele dia. Com o cliente mudando de ideia no meio do processo, muitas coisas precisaram ser refeitas. Os chefes pediram a colaboração dos dois com constrangimento, mas Jefferson e Valéria não reclamaram e aceitaram o desafio. As horas passaram e o cansaço cobrou seu preço. Após semanas de sono irregular e duas noites seguidas dormindo pouquíssimo, Jefferson não conseguia mais raciocinar o que escrever em seu relatório. Ao ver o colega desabar sobre os teclados, Valéria o levou para a sala de espera, onde havia um sofá. Deixou o amigo ali e continuou seu trabalho.

Ao abrir os olhos, Jefferson se deparou com a escuridão. Sentou-se no sofá e esfregou o rosto, lamentando-se pelas horas perdidas de sono. Valéria logo apareceu.

— Oi, toma um café para despertar — disse ela, ao entregar a xícara e se sentar ao seu lado.

Jefferson deu um gole. Tinha o olhar perdido, carregado de culpa por falhar.

— Como estão os relatórios?

— Já terminei tudo. Não era tanta coisa assim, mas preciso que revise tudo para não dar o mesmo problema de antes.

— Tudo bem. Muito obrigado, Valéria. Você me salvou.

— De nada. Fiquei preocupada com você. Pensei que tinha dormido mais ontem.

— Dormi nada. Minha mulher não deixou.

Valéria riu — Então foi por um bom motivo. Mas precisava ser ontem? Você parecia tão cansado.

Jefferson abriu um sorriso largo — O Matheus dormiu na casa do amigo, daí precisamos aproveitar.

— Eu entendo. Imagino que tenha sido especial.

Olhando para o teto, Jefferson ainda expressava cansaço.

— Foi libertador. Fazia muito tempo que não comia minha mulher daquele jeito. Ela escolheu uma camisola que eu adoro. Joguei-a contra a parede e fodi com tudo por trás. Eu já não lembrava que o gemido dela era tão gostoso de ouvir.

Ao virar o rosto para o lado, viu Valéria com os olhos arregalados.

— Ai… me desculpa. Eu não devia falar assim com você.

Valéria sorriu — relaxa! Você está cansado.

— Isso não justifica. Deve estar me achando um machista.

— Por quê? Toda mulher gosta de um sexo mais pegado. Ainda mais após anos de casado. Espero que, quando casar, tenha um relacionamento como o seu.

Apesar da resposta de Valéria, Jefferson desviou o olhar dela, olhando para o vazio. A colega se aproximou dele e desfez o nó de sua gravata. — Você está muito tenso — disse, ao se sentar bem próxima dele.

A respiração de Jefferson mudou de intensidade. Olhou os lábios dela, percorrendo o olhar pelas formas até chegar às coxas, ainda mais expostas naquela posição. Ao perceber-se olhado por ela, seu rosto enrubesceu. Ela, no entanto, sorriu discretamente.

— E você? Estava feliz quando cheguei.

Um sorriso abriu no rosto de Valéria, que continuava apoiada sobre ele. — Encontrei o Rodrigo ontem após sair daqui. Ele ficou doido quando me viu com a saia. A gente ia para um barzinho, mas ele mudou de ideia e me levou no motel — disse, enquanto abria na camisa de Jefferson, os mesmos botões que o colega costuma abrir.

— Pelo visto, a saia também valeu a pena.

— Valeu, e como valeu. Ele estava todo bobo. Me pediu para tirar a roupa para ele e eu tirei tudo. Ele me comeu gostoso na cama.

— É?

— É — respondeu Valéria, para em seguida ficar constrangida ao ver o sorriso de Jefferson. — Ai, desculpa… eu não devia estar falando essas coisas.

— Tudo bem, é o cansaço. Falei demais também. Os dias têm sido difíceis mesmo. Acho que a gente se soltar um pouco é normal, principalmente se tivermos uma noite incrível.

— Nem tão incrível assim.

— Como assim?

— Posso falar com sinceridade?

— Claro. — respondeu Jefferson, ao passar o braço por trás dos ombros dela.

— Foi só um papai e mamãe, sabe? Não que eu não goste, eu amo. Só que, quando ele me olhou daquele jeito, com fome, me pedindo para tirar a roupa e tudo. Achei que ele iria me virar do avesso.

Jefferson riu, fazendo um sutil cafuné nos cabelos dela — Acontece. Nem tudo é perfeito. Com a minha mulher, ontem também não foi perfeito. A Isa fez aquilo tudo e a minha vontade é virá-la do avesso, como você diz.

— Entendi que você havia feito isso.

— Quase. Tem coisas que ela não gosta. Então, eu me seguro.

Os olhos de Valeria arregalaram — Como assim? — disse, ao alisar o peito do colega.

— Ahh… coisas.

— Queria comer o cu dela?

Jefferson franziu o cenho. Valéria riu, constrangida.

— Me desculpa falar assim da sua esposa.

Jefferson soltou o ar — É isso. Também tem coisas que eu gostaria de falar na hora também.

— Que pena. Eu precisava disso ontem, ser a puta de alguém.

Os dois se olharam por alguns segundos e gargalharam, como se quisessem não dar o peso que aquele momento realmente tinha.

— Você é nova e está começando um relacionamento. Vai ter muitas oportunidades de ser a piranha do seu Rodrigo.

Valéria enrubesceu, mas Jefferson não se desculpou dessa vez.

— Você também.

— Eu não. Já estou velho e escolhi casar com uma mulher que não tem certos gostos.

— Velho nada. Você está inteiro e é muito charmoso. Também pode conquistar o cuzinho da sua mulher.

— Como? Só fazer um carinho lá. Com os dedos, ou a língua mesmo. Aprendi a dar o cu assim.

— É?

— É.

Os dois riram de novo, mas quando se calaram, olharam para a mão de Valéria, apertando a coxa dele e o volume formado entre as pernas.

— Que desperdício, ter esse pau duro e ninguém para cuidar dele.

— Sim… sinto falta de uma piranha para chupar o meu pau.

Os dois se beijaram. Enquanto as línguas se esfregavam, Jefferson apalpava os seios de Valéria. Ela abria a calça do colega, livrando a rola já bem dura. Ela segurou o membro, deslizando a mão sobre ele, arrancando de Jefferson gemidos abafados pelo beijo.

— Deixa eu ser a sua puta hoje — disse Valéria, antes de mergulhar a boca na piroca de Jefferson.

Ele se contorceu ao sentir os lábios abraçarem sua pica. Fez um carinho nos cabelos dela, enquanto gemia. Ele abriu o resto dos botões de sua camisa. A boca de Valéria subia e desceria lentamente. Ela tirava o pau da boca provocativa e lambia a rola inteira — to bem putinha para você?

— Você é uma piranha deliciosa.

Como se estivesse possuído, Jefferson puxou Valéria de seu pau pelo cabelo. O sorriso malicioso no rosto dela provocou um beijo lascivo. Ele arrancou as roupas dela, deixando-a apenas de calcinha e a pôs de joelhos no sofá para rasgá-la em um puxão.

— Agora, ganha o cu da sua putinha — disse Valéria ao abrir a bunda para ele.

Ao enfiar o rosto nas nádegas de Valéria, Jefferson arrancou gemidos da colega com a língua. Seja com apenas a ponta ou esfregando a língua inteira, ele investigava a intimidade dela, buscando as formas de transformar os gemidos em gritos descontrolados.

— Isso, querido! Vem comer o cu da sua puta!

Jefferson se colocou por trás dela e encaixou a piroca nas pregas de sua colega — que delícia — gemeu, ao sentir as pregas apertarem sua rola. O gemido manhoso dela guiou a força com a qual entrava. Ao entrar inteiro, deu duas voltas com a mão no cabelo dela e iniciou um vai e vem lento.

— Que piranha gostosa que você é — disse Jefferson.

— Isso, querido. Me faz sua puta! — gritou Valéria.

Ao ouvir os gemidos manhosos da colega, Jefferson metia cada vez mais forte.

— Saudade de enrabada assim. — gritou Valéria mais uma vez.

Jefferson fodeu o cu de sua colega até gozar, desabando sobre o corpo dela. Ele ainda chuparia sua colega até devolver o orgasmo.

Enquanto o fôlego de ambos voltava ao normal, não houve beijos apaixonados e sim um duplo olhar para o vazio do teto. A culpa se apossou dos dois rapidamente. Jefferson, que sempre foi um homem fiel, processava seu próprio erro. Pensou na esposa, sempre correta com ele, no filho que tinha nele um exemplo. Deveria ser apenas um momento de prazer, mas parecia ter mudado tudo para sua vida. Valéria olhava para ele e, sem trocar palavras, entendia o que ele sentia. Ela chorava, sentindo culpa. Quando voltaram a se falar, fizeram um pacto: aquilo nunca mais aconteceria de novo.

Jefferson voltou para casa. Mal falou com o filho ou com a esposa. Isabel o procurou na cama, mas ele não quis. Não tinha coragem de olhar nos olhos dela. No dia seguinte, saiu da cama na mesma hora, pois não dormiu. Mesmo assim, estava disperso. Fez o café para a mulher e o filho com atraso e foi para o trabalho como se estivesse fugindo de casa.

Na firma, entretanto, tudo foi pior. Foi chamado para a sala dos chefes assim que chegou e lá encontrou Valéria chorando. Os chefes mostraram a ele um vídeo dos dois transando no sofá da recepção. Só então descobriram que Mariana ainda não havia ido embora naquele dia. Por já estar correndo nos grupos de funcionários, não havia como abafar. Jefferson e Valéria foram demitidos.

Valéria assumiu a traição ao namorado e terminou o relacionamento. Jefferson, demitido, precisou explicar o motivo à esposa e contou toda a verdade. Isabel ficou arrasada, mas pelo filho, não quis o divórcio. Ao filho, contou outra história.

Alguns meses depois, Jefferson arrumou outro emprego, onde se pagava menos, mas não exigia tanto dele. Voltou ao hábito de acordar cedo todos os dias e preparar o café para sua família. Não havia mais o abraço carinhoso da esposa e do filho em Jefferson. Matheus sempre exibia um olhar um pouco triste, de quem sabia de algo errado. Isabel nunca mais sorriu para Jefferson da mesma forma.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 333Seguidores: 330Seguindo: 122Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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Gostei muito de ser surpreendido pelo texto. À medida que me aproximava do final, me peguei pensando: “Mas e o fundo do poço?” – e aí veio um final que eu não esperava.

Essa experiência de leitura, de ser surpreendido, não significa apenas estar diante de um plot twist. Quando o autor consegue sair do óbvio, aliado a um texto bem estruturado, com um desfecho inteligente — como foi o caso aqui – já proporciona ao leitor uma experiencia diferenciada.

Muito bom!

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Ryu, muito obrigado.

Deade que esse desafio começou que eu queria uma história trágica.

Ler a sua série "Aquele beijo" e as discussões sobre o peso da traição nas histórias me deu a ideia de abordar esse tema aqui.

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