O Pecado Original: Capítulo 7: Quando a onça não está (Jacuzzi)

Um conto erótico de L.E. Soares
Categoria: Heterossexual
Contém 2649 palavras
Data: 30/06/2025 17:53:07

Eram cinco da manhã quando Eric se levantou. Ainda estava escuro e Eva já sentia suas extremidades levemente adormecidas por conta do cansaço. Além de todo trabalho que havia realizado durante a madrugada, aquele devia ter sido seu dia mais sexualmente ativo até então, e cada célula do corpo lhe respondia, enviando avisos de que era hora de descansar.

— Bom dia — disse Eric se espreguiçando sonoramente.

Eva o olhou, sorrindo. O cansaço esculpido profundamente em seu rosto.

— Bom dia, meu amor. Por que acordou tão cedo? — perguntou, se dirigindo até a cama.

Ela depositou um beijo nos lábios de Eric e se deitou junto dele.

— Preciso me levantar para preparar minha bagagem. Tenho de estar no escritório às oito. — Eric suspirou. — Não sinto a mínima vontade de viajar agora.

Eva se aninhou nos braços do marido, e em pouquíssimos minutos, adormeceu profundamente.

Acordou-se, assustada, várias horas depois.

— Ah, meu Deus! — exasperou-se, levando a mão ao telefone para checar as horas. — Por que diabos ele me deixou dormir? Nove da manhã! — assustou-se, saltando da cama, diretamente para o banheiro.

Suas planilhas e projetos ainda estavam abertos da maneira que os havia deixado e, após lavar o rosto e escovar os dentes, sentou-se novamente em frente ao computador.

Checou sua caixa de entrada e respirou aliviada ao perceber que Danúbia e Felix tinham terminado boa parte do trabalho. Eles certamente mereciam um aumento.

Tranquilizada, se levantou e se dirigiu à cozinha. A casa estava novamente vazia, mas seu estômago reclamava com a fome. Havia café quente na garrafa térmica e alguns pãezinhos doces sobre a mesa. Eva se serviu e voltou para comer no quarto.

Toda a sua manhã foi dedicada à continuidade do projeto. Marcos era um ótimo cliente, e o que pudesse fazer para agradá-lo, como sabia, traria retorno.

Eram onze da manhã quando Eva ouviu a porta do apartamento se abrir. Jonathan havia voltado do segundo estágio de seu processo seletivo e Eva resolveu recepcioná-lo. Havia vestido uma camisola de algodão que considerava mais fofa do que sexy. Por baixo, apenas uma calcinha de algodão. Decidiu pegar um pouco mais leve com o pobre rapaz, que já deveria estar em seu limite.

Eva o encontrou na cozinha. Ele depositava algumas sacolas de mercado sobre a mesa.

— Fez compras? — ela perguntou.

— Sim, senhora — disse ele, evitando olhá-la nos olhos. — Vou preparar o almoço novamente. É o mínimo que posso fazer para agradecer pela hospedagem.

Ele começou a separar alguns ingredientes. Enquanto parecia pensar em como iniciar um assunto.

— Dona Eva... — começou, mas logo foi interrompido.

— Chame-me apenas de Eva, eu insisto — Ela disse com uma piscadela.

— Certo... Eva. — Ele recomeçou. — Eu gostaria de pedir desculpas pelo que aconteceu ontem... é que... — Ela o interrompeu novamente.

— Está tudo bem — Ela tentou parecer séria. — Nenhum mal foi causado e... — Ela pensou um pouco antes de continuar — para falar a verdade, eu gostei de ver o que causo em você. Apenas tome cuidado para manter esse negócio dentro das calças.

Eva deu uma risadinha. O rapaz pareceu aliviado por um momento, mas, logo se virou, tentando disfarçar a ereção por sob o jeans.

— Vou tentar vestir roupas mais decentes, apesar de me sentir um pouco desconfortável — ela fez um muxoxo, tentando parecer inocente.

— Não precisa se incomodar por minha causa, don... — Ele se interrompeu, ante um olhar de reprimenda. — Eva. Não precisa se incomodar. Eu que preciso me acostumar ao estilo de vida desse lugar.

Jonathan corou violentamente enquanto tentava manter as mãos ocupadas com um pepino que começara a cortar.

— Sabe que meu marido viajou, não é mesmo? — perguntou Eva, provocante.

— Ele me disse que ia ficar fora por um tempo. — Jonathan parecia tentar espantar algumas ideias com meneios de cabeça.

— Sabe o que isso significa? — perguntou Eva, depositando uma das mãos nas costas de Jonathan com um toque delicado que lhe descia pela espinha.

Jonathan permaneceu calado.

— Podemos nos conhecer melhor, Jonathan. — Eva usou sua voz mais sedutora. — Gostaria disso?

Jonathan se virou, largando a faca sobre a tábua que usava para cortar seus legumes. Ele parecia assustado.

— Co... como assim? — Ele se engasgou.

O dedo de Eva permaneceu no lugar onde estava, o que significava que, no momento em que o rapaz se virara, ele havia passado de suas costas para sua barriga, onde ela contornava os gomos de seus músculos do abdômen.

Ela o encarou com seu olhar mais sedutor e então o desviou, deixando-lhe um sorriso maldoso. Ela se virou e caminhou de maneira felina até o outro armário, deixando um Jonathan aparvalhado e boquiaberto recostado à pia. Esticou o corpo, pegando uma garrafa de vinho e se virou, sorrindo de maneira coquete.

— Quero dizer que você será meu parceiro de vinho — disse, erguendo uma sobrancelha.

Jonathan pareceu um pouco aliviado, voltando a cortar os legumes sobre a tábua.

— O que teremos para o almoço hoje? — Ela perguntou, pegando duas taças na gaveta.

— Vou preparar umas postas de peixe que comprei no caminho para cá. Vocês têm um belo mercado de peixes aqui — disse ele.

— Uhum. — Eva não pareceu dar muita atenção. Devolveu, então, o vinho que pegara e escolheu uma outra garrafa. — Para peixes, um branco.

— Não entendo muito de vinhos — disse Jonathan, casualmente.

— Então vou te ensinar tudo que sei — disse ela, enquanto sacava a rolha da garrafa.

Quando Jonathan terminou de cozinhar, já passava de meio-dia e meia garrafa havia sido esvaziada. O rapaz parecia um tanto alegre e sincero, flertando com Eva de quando em quando. Os toques e investidas do rapaz deixavam seu corpo ardendo, mas não tinha a intenção de deixá-lo cruzar a linha como ela havia feito no dia anterior.

— Você é muito mais bela do que as mulheres de minha cidade — disse ele, claramente envolvido pelo momento. — Se fosse visitar um dia, certamente seria alvo de todos os olhares.

— Talvez eu vá. Gosto de ser desejada — Ela deixou escapar, arrependendo-se logo depois.

— E você é. Pode ter certeza — comentou, sem parar para pensar.

Eva sentiu o rosto aquecer, rapidamente. Seu joguinho ficava cada vez mais perigoso e ela se deixava entregar mais e mais àquela aventura.

— Você me deseja, Jonathan? — Ela perguntou, encarando-o com olhos felinos, por sobre a taça de vinho.

O rapaz parou e arregalou os olhos, não acreditando na pergunta que lhe havia sido dirigida.

— Deseja meu corpo? — Ela voltou a perguntar.

— Muito... — Ele respondeu, depois de pensar por alguns momentos — sim, senhora.

Eva se levantou, enquanto o encarava. Encarou-o por muito tempo, pensando que Jonathan não sustentaria seu olhar. O rapaz, no entanto, o sustentou, ansiosamente. Eva sentia as palmas das mãos suarem. Então, se virou e caminhou em direção ao quarto.

— Pode lavar a louça? — perguntou sem virar o rosto. — Preciso voltar ao trabalho.

Jonathan nada disse, o que podia significar que estava incrédulo ou frustrado, mas logo ela o ouviu começar a trabalhar.

Não podia acreditar que passaria um mês sem Eric. Eram quatro da tarde quando ouviu alguém bater à porta de seu quarto.

— Entre — disse, sabendo se tratar de Jonathan.

A porta se abriu com um leve rangido. Eva ouviu os passos do rapaz a se aproximar antes de se virar.

— Trouxe-lhe café — disse ele, carregando uma bandeja sobre a qual dispunha uma caneca fumegante que empesteou o quarto com um delicioso aroma de café fresco e um prato com dois sanduíches cortados ao meio, na diagonal.

Eva suspirou ante a gentileza do rapaz. Sentira um leve remorso durante aquela tarde por conta da maneira como o havia provocado e havia pensado em compensá-lo, pagando algo para comer.

— Olha só! — disse ela, sorrindo. Sentiu o coração se aquecer. — Muito gentil de sua parte.

Jonathan deixou a bandeja sobre o aparador, corando levemente ao retribuir o sorriso. Eva se levantou para pegar a caneca e o prato e, quando ele ia se virando para sair, segurou-o pelo pulso. Ela levou a mão à nuca do rapaz e puxou seu rosto contra si, erguendo-se na ponta dos pés e apoiando-se com a outra mão em seu peito. Ela manteve um olhar sedutor enquanto os rostos se aproximavam e, então, fechou os olhos. Encostou seus lábios na bochecha de Jonathan, fazendo com que o canto de seus lábios tocasse o canto dos dele. Sentiu um leve arrepio quando a barba cerrada que cobria o maxilar roçou sobre sua pele e, com a mão pousada em seu peito, sentiu o pulsar do seu coração acelerar gradativamente, até que quase pudesse ser ouvido.

— Muito obrigada — disse ela, abrindo os olhos enquanto mantinha os rostos perigosamente próximos. — É muito cavalheiro, Jonathan. Assim, uma mulher pode até se apaixonar.

Ela ainda acariciou a nuca do rapaz com as unhas compridas antes de se afastar. Então, pegou a caneca e o prato e, novamente, se sentou à frente do computador.

Jonathan deixou o quarto, claramente desconcertado.

Já era noite quando Eva terminou de renderizar seu último projeto. Compactou, então, todos os arquivos e os enviou para Marcos.

Ouviu o telefone tocar logo em seguida e o atendeu. Marcos a convidava para uma chamada de vídeo.

— Eva — disse a voz do outro lado, antes que a imagem da câmera aparecesse. — eu sabia que conseguiria. — Eva teve a impressão de ouvir sons de água ao fundo.

Ela ainda vestia sua camisola de algodão e sentia-se excitada novamente por conta de todo o flerte com Jonathan durante o almoço e a tarde, então, percebeu, tarde demais, que seus mamilos estavam entumecidos o suficiente para marcarem o tecido.

Eva arregalou os olhos quando viu Marcos na tela do celular. Seu peito estava nu e era quase que completamente coberto por uma enorme tatuagem. Era marcado por músculos rígidos que lhe esticavam a pele bronzeada. Diversas gotículas de água lhe escorriam por entre os poucos pelos negros. Ele estava afundado em água e espuma até o peitoral inferior, o que significava que ligara para ela enquanto se banhava.

— Você está tomando banho? — perguntou Eva, analisando a tatuagem que mostrava um sisudo samurai sobre um céu ensolarado.

— Apenas relaxando na Jacuzzi depois de um dia corrido — disse, tomando um gole de whisky. — Vi que me mandou os arquivos. Você é a melhor.

— Está me devendo um jantar — Eva observou. — E aos meus funcionários.

— Marque o dia com minha secretária — Ele depositou o copo ao lado, na beirada da banheira. — Mas minhas próximas semanas serão corridas.

Marcos levou um charuto que segurava entre o indicador e o médio da mão direita à boca e pitou algumas vezes, cobrindo-se de fumaça. Eva detestava o hábito de fumar, mas tinha que admitir que o achava charmoso em um homem como aquele.

— Marcarei. — respondeu Eva, tentando parecer indiferente, mas, afastando o celular, enquadrando o resto de seu tronco, evidenciando os seios, cobertos apenas pelo fino tecido da camisola.

Marcos silenciou por um instante, apenas encarando a tela. Eva podia perceber que ele analisava seu corpo, então, teve uma ideia. Apoiou o celular na tela do laptop, deixando-o de pé.

— Só um momento — disse, levantando-se e virando em direção à cômoda na parede oposta. Eva moveu os quadris como uma gata enquanto andava até lá.

— Gostei da camisola — disse Marcos, tomando outro gole do whisky. — É fofa, mas fica sexy em você.

Eva virou o pescoço, olhando-o por cima do ombro com um olhar fingido de censura.

— Não seja indiscreto, Marcos — Ela disse, dando-lhe uma breve piscadela.

Ao chegar à cômoda, Eva abriu a gaveta mais no alto, fingindo procurar alguma coisa sem êxito. Então, fechou a primeira gaveta e abriu a segunda logo em seguida. Ao fazer o mesmo com a terceira, inclinou o tronco para frente, empinando a bunda levemente.

— Se continuar desse jeito, acho que vou acabar adiantando o convite para o jantar. — Marcos não era tímido como Jonathan. Era um homem experiente e sabia exatamente o que queria. Eva tinha que ser mais cautelosa com esse tipo.

Ela olhou para trás sem erguer o tronco e passou para a próxima gaveta. Sentiu a camisola subir por suas coxas à medida que se abaixava.

— Se começar com isso, não aceitarei mais suas ligações de vídeo — Ela sorriu.

— Você tem belas pernas, Eva. Nunca as tinha visto desse ângulo. — A voz parecia o rosnar de um lobo. Naquele momento, Eva percebeu que, diferente de sua peleja com Jonathan, naquele jogo, competia com um igual.

Ela nada disse, apenas se inclinou ainda mais, fazendo com que sua camisola subisse até que os contornos de suas nádegas e um pequeno pedaço de sua calcinha estivessem visíveis. Era apenas uma calcinha branca e comportada de algodão, mas era suficiente para aquele movimento.

Eva apanhou, da última gaveta, um par de meias e voltou até a cadeira, sentando-se e calçando-as.

— Está um pouco frio aqui por causa do ar-condicionado — Ela disse, fingindo não ter ouvido a última frase de Marcos. — E meu marido vai ficar fora por quatro semanas. Imagina minha agonia?

Marcos se ajeitou na banheira, pitando o charuto. Ele tinha uma barba fechada e negra, que, naquele momento, fazia Eva imaginar como seria senti-la em seu cangote.

— A água dessa banheira está morna — disse ele, num rosnar baixo. — Esteja convidada a usá-la, sempre que quiser.

Eva tomou um susto com a maneira direta daquele convite.

— Marcos! — ronronou. — Não acho que seja apropriado para uma mulher casada.

Eles riram.

— No entanto, o convite permanece. — Ele ergueu o copo de whisky, como que fazendo um brinde.

— Tchau, Marcos — Eva encerrou a ligação, soltando o ar dos pulmões, como se só então pudesse respirar aliviada.

Ela se levantou e seguiu para a sala. Jonathan estava sentado no sofá. Ele tinha o dorso desnudo e apontava o controle para a TV, escolhendo algo para assistir no serviço de streaming.

— Posso me sentar com você? — Ela perguntou.

— É claro! — Ele respondeu assustado, levando a mão a uma camiseta que havia deixado a seu lado. — Me desculpe.

— Fique sem — Eva o interrompeu. — Está quente e estamos só nós dois. Além do mais, eu gosto.

Ela se sentou, encostando-se no braço do sofá e erguendo as pernas na direção de Jonathan.

Incapaz de evitar, Jonathan a olhou diretamente entre suas pernas antes de desviar o olhar de volta para a tela.

— Gosta de olhar, não gosta? — Ela entreabriu as pernas, dobrando os joelhos.

Jonathan voltou a encarar o vértice de suas pernas em silêncio.

— Sente vontade de me tocar? — Ela perguntou, ronronando.

Ele fez que sim com a cabeça, timidamente.

— E por que não vai em frente? — Ela se insinuou ainda mais.

Jonathan estava incrédulo, mas ergueu a mão em direção ao interior das coxas de Eva. Ao sentir o toque dos dedos grossos do rapaz, Eva sentiu um forte arrepio, seguido de uma onda de calor que se irradiou por todo seu corpo.

— Ahn! — gemeu, involuntariamente, o que encheu Jonathan de uma coragem repentina.

Ele espalmou sua mão sobre a pele branca do interior da coxa e cravou as pontas dos dedos com força, sentindo a pele sensível ceder ante a pressão. Eva gemeu com mais intensidade, ansiando pelo que estava por vir.

Jonathan arrastou sua mão coxa acima, fazendo os calos em suas palmas rasparem contra a delicada pele alva. Ela atirou sua cabeça para trás, aguardado o momento em que aquelas mãos chegariam ao seu sexo, completamente lubrificado.

Eva abriu os olhos e encarou Jonathan em súplica, mordendo seu lábio em um semblante que denotava um desejo exagerado quando os dedos grossos alcançaram a borda de sua calcinha.

“Quase lá” pensou Eva, quase que entrando em desespero.

Os dedos do rapaz, avidamente puxaram sua calcinha de lado, expondo sua vagina rosada e seu períneo, mas, com um susto, ela fechou as pernas rapidamente. Seu telefone tocava sonoramente ao lado de sua orelha.

Era Marcos.

Fala, pessoal. Tudo tranquilo?

Se você curtiu esse capítulo, da estrelinha e comenta.

Se você não tem paciência para esperar a próxima postagem, adquira já o livro para ler tudinho na íntegra em https://www.amazon.com.br/dp/B0CKLS76RZ

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 9 estrelas.
Incentive L.E. Soares a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Morfeus Negro

A libido descontrolada e sem alvo certo ds Eva vsi levá-la a experiências muito excitantes e talvez perigosas também. Excelente capítulo.

0 0