Sendo Arrombado Primeira vez

Um conto erótico de Marcos
Categoria: Homossexual
Contém 488 palavras
Data: 29/06/2025 09:17:52

Mayk enho 55anos

Título: “No Corpo de Wilson”

A madrugada chegava devagar. O calor da cidade deixava o ar denso, e o quarto de Wilson estava mergulhado numa penumbra que parecia respirar. Cortinas entreabertas, uma vela acesa no canto, e um som grave de jazz preenchendo o fundo.

Marcos estava ali. Sentado à beira da cama, com a camisa entreaberta, o coração batendo mais forte do que o normal. Havia algo no olhar de Wilson que queimava — não pressa, mas certeza. Era como se ele soubesse exatamente o que fazer com cada parte de Marcos. E naquela noite, Marcos não queria controlar nada. Queria... ceder.

Wilson se aproximou devagar. Seus dedos tocaram a nuca de Marcos, subindo até o cabelo, puxando suavemente. O beijo veio carregado — molhado, quente, firme. Com as mãos grandes e decididas, ele guiou Marcos até a cama como quem conduz um segredo.

— “Relaxa. Eu quero te sentir por dentro, hoje.”

A voz de Wilson soou como um feitiço. Marcos fechou os olhos e assentiu. O corpo inteiro tremia, mas não de medo — era desejo cru, misturado com vulnerabilidade. Estava prestes a atravessar uma fronteira que sempre espreitou com curiosidade, mas nunca teve coragem de cruzar.

Wilson começou a despi-lo com cuidado, alternando entre toques suaves e mordidas lentas. Cada gesto era uma provocação. Quando Marcos ficou nu, deitado de barriga para baixo, sentiu o primeiro arrepio — a pele arrepiada, o coração disparado. Wilson se deitou sobre ele, o peso do seu corpo era confortável, dominador na medida exata.

Com lubrificante quente e dedos precisos, ele foi abrindo espaço em Marcos com calma e firmeza. A respiração dele se acelerava a cada segundo. Quando Wilson o penetrou, Marcos soltou um gemido que não reconheceu — era dor, era prazer, era libertação.

O ritmo começou lento. Wilson se movia com consistência, preenchendo Marcos com vontade e carinho. Seus quadris batiam com força, mas suas mãos acariciavam as costas com ternura. A combinação de intensidade e cuidado fazia tudo parecer certo.

Marcos segurou no lençol com força, a boca entreaberta, os olhos fechados. Estava entregue. A cada estocada, sentia seu corpo vibrar de dentro pra fora. Sentia-se vulnerável, sim — mas também profundamente vivo.

O clímax chegou como um trovão mudo. Marcos gozou sem nem tocar em si, o prazer nascendo de dentro, bruto, avassalador. Wilson veio logo depois, gemendo baixo no ouvido dele, mordendo levemente seu ombro enquanto gozava lá dentro, com um suspiro longo, denso, cheio.

Depois, deitados lado a lado, o silêncio foi o maior abraço.

— “Você foi lindo,” Wilson disse, passando os dedos no peito suado de Marcos.

— “Eu nunca pensei que seria assim…”, Marcos sussurrou, a voz embargada.

— “Você só precisava de alguém que te olhasse com verdade.”

E ali, sob a luz da vela já quase apagando, Marcos percebeu que a entrega era também uma forma de poder. E que, nos braços de Wilson, ele podia ser tudo: frágil, forte, e intensamente homem.

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Comentários

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UAU que narrativa linda, quase um poema. Altamente sensual sem ser vulgar. Foi mágico.

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