Eu sou Augusto, um cara comum, moreno, na casa dos 40, professor de educação física, especializado em HIIT, trabalhando atualmente na ONG “Futuro Vivo”. Minha vida sempre girou em torno da minha esposa, Dominique, uma loira estonteante de 35 anos, que faz qualquer um parar pra olhar. Curvas perfeitas, olhos azuis que parecem te congelar, mas uma energia que, ao contrário, simplesmente incendeia. Ela dá aulas de matemática e xadrez nessa mesma ONG. Amo demais a minha esposa, mas ultimamente uma pulga tem coçado atrás da minha orelha.
Tudo começou quando Roberto, um garoto de 18 anos, começou a frequentar a ONG, isso há poucos meses. Negro, alto, forte, com músculos que parecem esculpidos e um olhar ousado, como se quisesse desafiar o mundo. Ele veio de uma família carente, vítima de uma vida dura, e Dominique logo o adotou como um projeto pessoal, dando aulas particulares de xadrez pra “canalizar a energia física dele no intelecto”. Ela falava dele com um brilho nos olhos:
- Roberto pode não parecer, mas é inteligentíssimo. Só precisa de uma direção, amor.
Mas eu sentia que havia algo mais. Via olhares trocados, ouvia risadas mais descontraídas nas aulas e o pior, algo dentro de mim começou a apitar.
Uma noite, depois de uma reunião na ONG, voltei pra pegar um caderno que havia esquecido. O prédio estava silencioso, mas logo ouvi risadas abafadas vindo da sala de xadrez. Cheguei na porta entreaberta e vi a Dominique e o Roberto debruçados sobre o tabuleiro, de frente um para o outro, mas tão perto que as cabeças quase se encostavam. Num certo momento, ela riu, jogando o cabelo loiro pra trás, e disse:
- Esse seu cavalinho preto aí é um perigo, hein!?
A frase em si nada representaria, mas o tom que eu nunca havia ouvido, uma malícia travestida de sarcasmo, me incomodou. Roberto apenas sorriu, um sorriso carregado de intenções indizíveis, movendo o seu cavalo preto para próximo da rainha branca. Pigarreei alto e eles se afastaram, ela rapidamente, ele com um certo desdém:
- Esqueci meu caderno. - Murmurei, sentindo um nó no peito.
Dominique abriu um lindo e inocente sorriso, mas aqueles olhos brilhavam de uma forma que me deixaram inquieto.
Os dias seguintes só pioraram. Ela começou a ficar até mais tarde na ONG, justificando que “quase estava alcançando Roberto”. Eu tentava engolir o ciúme, mas um perfume diferente na blusa dela quase pôs tudo a perder:
- Deve ser de um dos alunos, amor. Não sei ao certo. - Ela me respondeu com um rubor nas bochechas que me fez duvidar.
Ainda assim preferi aceitar, porém nos dias seguintes tudo parecia conspirar ainda mais: ela voltando com uma roupa um pouco mais amassada, um olhar disperso, o celular que ganhava mais atenção do que eu. Eram sinais, eu intuía.
Outra vez, durante a substituição de uma aula de outro professor, vi os dois saindo de uma sala de mãos dadas. Assim que me viram, soltaram as mãos rapidamente, e ela veio rapidamente veio até mim:
- Eu... estava ensinando um movimento novo para ele, amor.
Mas o olhar dela não me enganava, havia mais do que as palavras queriam dizer. Ainda assim, engoli a seco, assenti, mas o coração estava disparado.
À noite, na cama, Dominique estava diferente. Mais fogosa, me puxando pra ela com uma urgência que me excitava e confundia ao mesmo tempo:
- Você tá diferente, Nique. - Sussurrei.
- Só tô inspirada, amor. Melhor você me aguentar, senão... - Ela riu, mordendo o meu lábio, o “senão” martelando na minha cabeça.
A coisa estourou numa sexta-feira chuvosa. Terminei a minha última aula um pouco mais cedo e decidi encontrar Dominique na sala de xadrez. Nada dela, a sala estava vazia e apagada. Fui até a outra sala, a de matemática e igualmente não a encontrei. O prédio já estava praticamente vazio, apenas uma faxineira fazendo o seu serviço.
Liguei em seu celular, mas ele tocou até a chamada cair. Liguei novamente e tive a impressão de ouvir um toque ao longe. Estranhei e segui aquele som, ligando mais duas vezes. Quando estava me aproximando, o som do toque começou a dividir espaço com o de algo mais, parecendo gemidos abafados vindo de uma sala de estoque no corredor. Meu coração parecia que ia explodir. Cheguei na porta entreaberta e congelei. Lá estava ela, minha Dominique, debruçada sobre uma mesa, a saia levantada até a cintura, as mãos agarrando as bordas e atrás dela, Roberto, sem camisa, batia os quadris com força à bunda dela. O cara, nu da cintura pra baixo, tinha um pau enorme, certamente mais de 25 cm, pois quando ele recuava, parecia fazer questão de se exibir para si mesmo, deixando apenas a cabeça dentro dela e o que saía era descomunal, grande e grosso, banhado no líquidos da minha Nique:
- Porra, profi, você é gostosa demais. - Ele grunhiu, as mãos grandes apertando os quadris dela até marcarem sua carne.
Dominique gemia alto, os cabelos loiros bagunçados, o rosto torto de prazer:
- Vai rápido, Betão. Anda logo antes que o Guto termine a aula dele.
- Foda-se ele! Quero aproveitar minha aulinha particular, profi. - Ele falou, antes de estalar um tapa na bunda dela.
- Ai, seu cavalo! Não exagera, porra. - Ela falou, quase gritando, mas com um tom que deixava claro ser apenas manha: - Me fode mais forte, seu gostoso. Vai! Fode!
Ao final dessa frase, sua voz já parecia mais rouca, certamente um orgasmo se aproximava. Seu corpo balançava sobre a mesa ao sabor das estocadas daquele moleque abusado. O som dos corpos se chocando, molhado e ritmado, enchia o ambiente. Eu fiquei parado, o choque misturado com uma sensação estranha, de dor da perda, mas também de algo novo, uma excitação quase doentia. Eu queria gritar, mas minha voz sumiu. Eu queria correr, mas meus pés ficaram grudados no chão.
Roberto a virou de frente, levantando-a pra sentar na mesa. As pernas dela se abriram e ele a chupou, colhendo uma alto gemido. Depois, a penetrou de novo, agora com ela o encarando, os dentes a mostra, as unhas cravadas nos ombros dele:
- Você... é tão... grande, tão... gostoso... Caralho! - Ela dizia, entrecortada pelo tesão, gemendo enquanto ele a socava sem piedade.
Cada estocada fazia a mesa ranger e Dominique jogava a cabeça pra trás, tomada por um tesão que nunca pareceu ter comigo, gemendo sem vergonha alguma, mesmo correndo o risco de ser flagrada, como efetivamente fora, ainda sem saber. Eu sentia o chão sumir, mas ainda não conseguia me mexer.
Quando ele novamente a virou, colocou-a de quatro sobre a mesa outra vez, ela arqueou as costas, empinando o rabo. Roberto segurou os cabelos dela, puxando com vontade, enquanto voltava a meter com força:
- Toma, sua vadia. Aproveita que já, já vou arrombar esse seu cu apertado. - Falou, enfiando um dedo, mesmo ante os protestos dela: - O corno do seu marido não te fode o rabo, não? Cara mais estranho...
- Cala a boca, Betão. Não fala do Guto. É só o jeito dele. - Ela resmungou, pela primeira vez demonstrando alguma consideração comigo, mas que acabou logo: - Me fode forte. Me comeeeeee...
O corpo dela tremia a cada estocada. O sexo era cru, intenso, e eu, ainda na porta, sentia o rosto queimar de humilhação e algo mais.
Nesse momento, num movimento de cabeça dela gerado pela mão dele como se a conduzisse feito uma égua, ela me viu. Os olhos dela se arregalaram por um segundo e ela pareceu travar, mas, pra minha surpresa, ela logo relaxou e não parou mais. Pelo contrário, seguiu me encarando, um sorriso safado surgindo enquanto o Roberto continuava, ainda sem perceber:
- Gosta do que vê, amor? - Ela perguntou, a voz entrecortada pelos gemidos.
Eu não respondi, não conseguia, eu me sentia incapaz, um mudo, o meu corpo todo tremendo de tensão, uma dor física inexplicada. Só nesse instante, o Roberto olhou na minha direção e hesitou, tentando sair de dentro dela, mas Dominique o puxou de volta:
- Não para, Betão. Ele... Ele vai gostar. Eu sei...
E eu fiquei. Assisti, sem dizer nada, enquanto Roberto agora acelerava, os corpos brilhando de suor, até ele explodir num gozo dentro dela, grunhindo feito um animal, o corpo convulsionando. Dominique gemeu alto, gozando junto ao sentir os jatos de porra lhe invadindo a buceta, os olhos semicerrados, mas ainda cravados em mim. Quando, enfim, Roberto se afastou, ela ainda permaneceu um tempo ali, respirando, controlando-se, até se levantar e ajeitar a saia. Veio então na minha direção e sussurrou:
- Você sempre soube que eu precisava de mais, né, amor? Sempre soube que um dia isso iria acontecer. - Beijou-me a boca, com um sabor salgado e eu já imaginava do quê.
Ela então saiu, mas eu continuei ali, ainda travado, atordoado. Roberto já havia levantado as calças e agora sorria sem me encarar, mas certamente imaginando que, se eu não tomasse uma atitude de homem, aquilo iria se repetir novamente, comigo assistindo ou não.
Somente quando ele saiu é que algo dentro de mim explodiu. Uma vontade de gritar, de brigar, de jogar tudo para o alto, mas só consegui tirar o meu pau para fora da calça e começar a me punhetar com as lembranças ainda queimando em minha mente. Antes que eu gozasse, um nojo de mim para comigo, me fez apertar as minhas próprias bolas, como se eu quisesse arrancá-las. A dor me tomou e só então senti uma mão em meus ombros:
- Para, Guto, para! Não faz isso com você, amor. - Ouvi a voz preocupada e como tantas outras vezes carinhosa da Nique: - Não se reprima. Se gostou, goze. Quer que eu te ajude?
Olhei em seus olhos e vi ternura, antes mesmo da malícia embutida em sua proposta. Ainda assim, recusei, guardando o meu pau dentro da calça e saindo, sem olhar para trás ou trazê-la comigo. Foram passos rápidos, mas ela me alcançou quando eu já estava chegando em meu carro:
- Amor, espera! Eu... vou também.
- Vá para a puta que te pariu, Dominique! - Explodi enfim, esticando um dedo em riste, quase encostando-o em seu nariz: - Não ouse vir atrás de mim, não hoje, aliás, nunca mais!
Virei-me na direção do carro, mas como estava nervoso, embaralhei-me com as chaves, isso tudo sendo que eu precisava apenas apertar um botão para destrancar as portas. Entretanto, logo senti o corpo da Dominique abraçando o meu por trás e me prensando no meu próprio carro:
- Fica calmo! A gente precisa conversar e vai ser hoje, queira você ou não. Se me entender e aceitar, a gente continua juntos; senão...
Esse maldito “senão” me atormentando novamente, mas eu estava disposto a terminar tudo e não seria esse mero detalhe que iria me impedir:
- Pega esse “senão” e enfia bem no meio da sua buceta ou faz melhor, enfia no cu, que foi somente o que faltou ele comer hoje. - Falei, ainda preso.
Embora eu fosse o professor de educação física, Dominique era forte para caramba, afinal, era a minha melhor e mais dedicada aluna. Eu tentava me desvencilhar, mas ela me segurava e para não machucá-la, acabei aceitando. Ela insistiu:
- A decisão será sua, mas só depois de uma conversa. Por favor! É só isso que eu te peço.
Uma chuva fina começou a cair, insistente, chata, molhando nossos corpos enquanto Dominique seguia me segurando contra o carro. Seus braços, apesar de delicados, tinham uma força que me surpreendia, e seus olhos azuis, agora brilhando sob a luz fraca do estacionamento, pareciam implorar e provocar ao mesmo tempo. Minha raiva ainda queimava, mas havia algo na voz dela, uma mistura de carinho e autoridade, que me fez hesitar. Eu queria explodir, mandar tudo pro inferno, mas meu corpo, um traidor inesperado, já reagia ao calor do dela colado ao meu. Ainda assim me fiz de forte, tentando manter alguma autoridade naquele momento:
- Tá bom, Dominique, vamos conversar. Mas não espere que eu engula essa merda como se nada tivesse acontecido. - Falei, minha voz saindo rouca, carregada de mágoa, mas também de uma curiosidade doentia que eu não queria admitir.
- Você vai entender, amor, eu... eu sei que vai." - Disse, olhando-me por sobre os ombros com um sorriso comedido nos lábios.
Ela então me soltou bem devagar, como se testasse se eu não fugiria, e apontou para o carro, pedindo que entrássemos:
- Vamos pra casa. Precisamos nos entender.
O trajeto foi silencioso, exceto pelo som dos limpadores de para-brisa e da chuva batendo no vidro. Minha cabeça estava uma bagunça. As imagens da Dominique com o Roberto ainda pulsavam em minha mente, cada gemido, cada estocada, cada palavra. E, pior, a forma como ela me olhou enquanto ele a fodia, como se soubesse que eu não iria embora. Nesse momento, uma dor mais aguda me atingiu e acabei chorando. Não caí em prantos, mas foi o suficiente para deixa-la preocupada, ao ponto dela tocar em meus braços e seguir me acalmando até chegarmos em casa. Ali, assim que estacionei o carro, na rua, em frente ao portão, intencionado em ir embora tão logo conversássemos. Ela protestou, talvez imaginando o que eu havia pensado, mas logo aceitou e entramos. Ela foi diretamente para o quarto e vendo que eu não a seguia, me chamou. Eu fui logo depois, sentindo-me um estranho em meu próprio ninho, antes de amor, agora de dor:
- Senta, amor. - Ela pediu, apontando para a cama.
Embora sua voz fosse calma, ela mantinha uma firmeza inesperada para quem era a errada na história, parecia já ter ensaiado cada palavra do que iria dizer. Sentei, mais por exaustão do que por vontade, e ela se colocou à minha frente, de pé, as mãos nos quadris, encarando-me como uma mãe prestes a dar uma bronca. A saia ainda estava um pouco amassada e o pensamento de que ela acabara de ser fodida por outro homem me acertou novamente como um soco:
- Por que, Dominique? Por que você fez isso? - Minha voz saiu mais fraca do que eu queria: - E por que, caralho, você não parou quando viu que eu havia chegado? Porra, até parecia que queria que eu visse!
Ela suspirou, sentando-se ao meu lado e apoiando as mãos sobre os próprios joelhos, tão perto que senti o calor da sua coxa contra a minha:
- Vamos por partes, ok? - Ela me pediu, agora acariciando a minha mão, suavemente: - Primeiro, fiz porque eu queria. Queria mesmo, amor. Muito...
- Porra! E você fala assim!? Que falta de vergonha é essa, Dominique?
- Calma, ok? Deixa eu te explicar. Você vai entender, eu sei que vai...
- Então fala.
- Segundo, eu não parei porque realmente queria que você assistisse, não para te humilhar ou algo assim, mas porque eu sabia que você iria curtir.
- Curtir!? Você só pode estar louca... De onde você tirou essa ideia, mulher?
- Amor, eu nunca quis fazer nada escondido de você. Nunca, nunca, nunca, nunca... - Ela suspirou, olhando para as nossas mãos, mas logo me encarou: - Mas acabou acontecendo. Eu... acabei perdendo o controle de uma situação que já vinha se desenhando e quando me dei conta, lá estávamos eu e ele trepando. Daí, quando te vi, pensei “bom, pelo menos não vou ter que mentir para o Guto porque ele já vai sair daqui sabendo de tudo.”
Balancei minha cabeça negando aquele absurdo e me levantei da cama, começando a andar sem rumo dentro daquele espaço apertado. Ela continuou:
- Eu te amo, Guto, sempre amei e nada mudou. Mas... Poxa, amor, eu também sou humana, e às vezes... às vezes eu só quero mais. Não é sobre você não ser suficiente, amor, muito pelo contrário, você sabe fazer amor comigo de uma forma deliciosa, romântica, carinhosa... - Ela então me encarou com um olhar que era quase de pena: - Mas, vamos ser sinceros... Você não tem uma pegada muito máscula, né? Você faz um amor muito gostoso, fofinho, mas não trepa nada. É sobre isso, entende? Sobre eu precisar de algo diferente às vezes, algo que me faça sentir viva de um jeito que não explica.
- Algo que eu não te dou... - Resmunguei, amargo.
Ela negou com a cabeça, segurando meu rosto com as mãos. Seus dedos eram macios, mas firmes:
- Não é isso, amor. Você me quase tudo o que eu preciso: amor, segurança, cumplicidade... Mas o Roberto... - Ela suspirou, sorrindo de alguma lembrança enquanto olhava para o teto: - Ele é puro fogo, amor. É uma energia bruta, quase animal. E eu me deixei levar antes de conseguir te explicar que eu queria experimentar aquilo. Não vou mentir, eu queria e quero de novo.
Suas palavras me cortaram, mas também acenderam algo em mim. Minha raiva se misturava a uma excitação que eu tentava reprimir. Suspirei fundo, sentando-me novamente na beirada da cama, enquanto minha cabeça seguia balançando negativamente, enquanto meu pau já dava sinais de vida:
- E você acha que eu vou aceitar isso? Acha que vou deixar você ir dar para ele ou para sei lá quem sempre que você quiser, ou até mesmo ver a minha mulher sendo fodida por outro e fingir que tá tudo bem?
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