Capítulo 10 – Três Vozes, Um Coração

Um conto erótico de Fiapo
Categoria: Heterossexual
Contém 702 palavras
Data: 24/06/2025 14:14:52

Capítulo 10 – Três Vozes, Um Coração

Henrique acordou com o toque de um salto fino no chão de mármore. Bianca já estava de pé, cabelos presos num coque milimetricamente construído, vestindo um conjunto de alfaiataria branca e óculos de armação dourada. A luz da manhã invadia a janela como uma sentença.

— Levante-se. Você tem visita. — disse ela, seca, enquanto colocava café em uma xícara de porcelana.

Henrique obedeceu com o corpo ainda dolorido da noite anterior. Estava de calcinha e camiseta fina, a jaula apertada marcando o tecido. Ao se erguer, viu Laura entrando na sala.

Laura vestia um vestido verde-escuro, decotado e elegante, e sorria como quem sabia de todos os segredos. Vanessa vinha logo atrás, com uma calça justa e uma blusa de couro vinho, carregando uma sacola com algo dentro.

— Bom dia, bonequinha — disse Vanessa, tirando da sacola uma caixinha preta. — Trouxemos presentes. Hoje é dia de rever o que você aprendeu.

Henrique recuou um passo, instintivamente.

— Sente-se no centro da sala. Reto. Quieto. — ordenou Laura.

Ele se posicionou, e as três se sentaram em semicírculo ao redor dele.

Bianca tirou o controle remoto da gaveta e o entregou a Laura.

— Vamos começar com um teste de foco — disse Laura. — Você ficará parado enquanto escuta o que cada uma de nós tem a dizer. Nada de se mexer. Nada de gemer. A jaula deve ficar intacta. E a mente... exposta.

Vanessa começou.

— Sabe, boneca... quando vi você de quatro pela primeira vez, me perguntei: "por que um homem aceitaria isso?". Mas agora eu entendo. Porque ninguém nunca te exigiu grandeza. E porque você só se sente inteiro quando alguém te desmonta. Me fez rir. E rir de você me fez lembrar que ainda tenho voz. Ainda tenho fúria. Ainda tenho fome.

Laura pegou a palavra.

— Eu não quero um homem que me traga flores. Quero um homem que chore por mim. Que goze pela minha ordem. Que aprenda que a vergonha é só o começo. Quando você se ajoelhou, acreditei que estava fingindo. Mas quando vi você aceitar o que vinha depois... soube que algo em você já era meu.

Bianca então se levantou. Seu tom era quase acadêmico.

— Um servo eficiente é aquele que entende o próprio lugar. Você, Henrique, entendeu isso em três estágios. Primeiro, a obediência física. Depois, a performance ridícula. Por fim, a introspecção silenciosa. Isso não é humilhação. É estrutura. É engenharia emocional. Você não é mais um homem. É uma função. Uma ferramenta. Um símbolo.

Henrique respirava com dificuldade. A jaula apertava cada vez mais.

Laura então apontou para o pequeno vibrador ainda em suas mãos.

— Abra as pernas. Agora você vai sentir. Não por prazer. Mas para aprender controle.

Henrique obedeceu. Laura inseriu o pequeno aparelho com luvas de cetim. Depois, ativou o controle.

Ele estremeceu. As três observaram.

Vanessa sorriu e cruzou as pernas.

— A cada pergunta que fizermos, você deve responder sem mudar sua respiração. Se falhar... mais um nível de intensidade.

Bianca começou:

— Como você se sentiu quando sua esposa te chamou de inútil?

—...Quebrado, senhora.

Laura:

— E quando você percebeu que preferia obedecer a tentar impressionar?

—...Aliviado, senhora.

Vanessa:

— E agora, bonequinha, sentindo esse brinquedo dentro de você, o que mais te excita: o toque... ou o fato de sermos nós que controlamos?

Henrique hesitou. As pernas tremiam. Então, com um fio de voz:

—...O controle, senhora.

Laura apertou o botão. Henrique arqueou o corpo, mas não gritou. As três aplaudiram lentamente.

— Muito bem. Agora vista isto — disse Vanessa, entregando um vestido longo, justo e inteiramente rosa com luvas combinando. — Vamos sair.

— Sair? — ele perguntou, assustado.

— Sim. Vamos a um jantar. Só nós quatro. Um restaurante discreto. Sala privada. Mas você irá assim, com salto. Com vestido. Com coleira.

Bianca completou:

— E sentará entre nós, como o mimo que compartilhamos. Um enfeite. Um lembrete de que, quando mulheres se unem, podem moldar qualquer coisa — até um marido quebrado.

Henrique sentiu o sangue sumir do rosto. Mas já não resistia. Já não lutava. Já não perguntava. Apenas vestiu-se.

Enquanto Laura ajeitava a gola e Vanessa retocava seu batom, Bianca disse:

— Hoje você não será humilhado. Será exibido.

E era verdade. Porque o que começou como castigo... agora era destino.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Fiapo a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível