Capítulo 3: antigos brinquedos

Um conto erótico de Bruna
Categoria: Crossdresser
Contém 762 palavras
Data: 03/06/2025 11:50:32

O sol já havia baixado quando Jenifer preparou a bandeja da noite. Chá quente de ervas, biscoitos macios e três comprimidos pequenos — brancos, lisos, quase inofensivos. Ela os esmagou delicadamente com a colher e misturou ao chá de Dayane com precisão. O cheiro do creme em seu colo misturava-se ao perfume doce das ervas, criando um véu sensorial envolvente que pairava no ar como uma névoa densa.

Dayane estava sonolenta desde o fim da tarde, os olhos pesados, os músculos moles, as palavras lentas. Mas mesmo assim, quando Jenifer estendeu a xícara, ela aceitou.

“Só mais um pouco, minha querida. Vai te fazer bem.”

A menina tomou o chá sem hesitar. O gosto era suave, e o calor percorreu seu corpo como uma carícia morna. A TV exibia agora um vídeo de internet disfarçado de relaxamento: ondas suaves, uma voz feminina dizendo frases repetitivas de rendição e esquecimento.

Jenifer acariciava seus cabelos com ternura enquanto sussurrava em seu ouvido:

“Você está segura aqui. Você é amada aqui. Você só precisa me ouvir…”

Dayane piscava devagar. Não lutava mais contra nada. A programação havia começado.

Jenifer esperou até a cabeça de Dayane tombar suavemente sobre o travesseiro do sofá, os olhos meio abertos, a respiração lenta. Então se levantou, limpou as mãos no avental e caminhou até a porta trancada do corredor. Desceu as escadas frias com passos calculados, carregando uma expressão que trocava o afeto doce por algo mais duro, mais cru.

A chave girou devagar. O porão cheirava a metal, a mofo e a suor seco. No canto mais escuro, encolhido num colchão velho, estava Gabriel.

O rapaz estava magro, os cabelos mais longos que deveria, os olhos fundos, mas ainda vivos. Quando ouviu a porta abrir, enrijeceu. Reconhecia os passos. O som das botas de Jenifer sempre significava uma coisa: ela viria, e algo em si seria tirado.

“Você tem estado quietinho, meu bem,” disse ela, fechando a porta atrás de si com um estalo seco. “Isso é bom. Silêncio é sinal de obediência.”

Gabriel não respondeu. Estava algemado por um dos tornozelos a uma barra de ferro fincada no chão. O tornozelo estava marcado. Os olhos, assustados, mas treinados a não reagir rápido demais.

Jenifer se ajoelhou diante dele, levantando seu queixo com a ponta dos dedos. “Eu vou precisar de você logo. Mas antes… vou garantir que esteja moldado do jeitinho que eu quero.”

Ela tirou uma pequena caixa de madeira do bolso do avental e a abriu com lentidão cerimonial. Dentro, um frasco âmbar e uma seringa. Gabriel olhou, respirando com mais força. Tentou se afastar, mas não havia para onde ir.

“É só um reforço. Vai te deixar mais calmo… mais sensível.”

Ela injetou o líquido sem hesitar, segurando firme o braço dele. Depois, deslizou a mão por seu peito, lentamente, com dedos que pareciam medir a elasticidade da pele. A expressão de Jenifer era de contemplação doentia — como a de quem vê um projeto avançar.

“Você vai cuidar da Dayane, sabia? Vai ser sua pequena cuidadora... e, com o tempo, quem sabe, uma companheira. Não é maravilhoso?”

O toque dela desceu até a cintura dele, puxando as roupas com brutal delicadeza. Havia desejo ali, mas não era romântico, nem sequer humano. Era controle. Era posse. Jenifer explorava o corpo de Gabriel como se estivesse moldando barro — pressionando, testando limites, dobrando a carne à sua vontade.

Ele ofegava, entre o pavor e a excitação involuntária. O hormônio que corria em seu corpo — aplicado há semanas — já alterava suas respostas. Ela sabia disso. A lentidão nas ereções, o aumento da sensibilidade nos mamilos, os pelos que rareavam.

“Logo, você vai estar tão pronto quanto ela,” murmurou, mordiscando seu pescoço, lambendo sua clavícula. “E então... minha casa estará completa.”

Ela se deitou ao lado dele, arrastando seu corpo para perto como uma boneca quebrada. Montou sobre ele, dominando cada centímetro, cada suspiro, cada lágrima contida. Seus gemidos eram abafados pelo porão e pela vergonha.

Jenifer gozou com um prazer sereno, como se coroasse mais uma etapa vencida. Depois se levantou, recompôs a saia, limpou as mãos e os lábios com um lenço de tecido.

Antes de sair, olhou para Gabriel por cima do ombro, com o mesmo sorriso que dava a Dayane. Um sorriso que dizia tudo — e prometia mais.

“O mundo lá em cima está mudando, meu anjo. E você faz parte disso agora.”

Subiu as escadas com a calma de quem voltava de uma missa. Lá em cima, Dayane ainda dormia no sofá, os olhos pesados fixos na tela, onde a voz repetia:

“Confie. Obedeça. Esqueça.”

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