Duas garotas em emergência

Um conto erótico de Feminive
Categoria: Lésbicas
Contém 2228 palavras
Data: 18/05/2025 12:30:10
Assuntos: Lésbicas, descoberta

Nada parecia dar certo pra mim. Eu só queria um amor — alguém pra dividir os dias, construir uma vida a dois, nada mirabolante. Tentei de tudo: indicações de amigos, conversas em barzinhos, até me aventurei em fóruns tipo Reddit… mas nada.

A última carta na manga? O famigerado Tinder.

E foi só ladeira abaixo. Um desastre pior que o outro. As pessoas ali não estavam interessadas em conexão, só em sexo — e eram diretas, quase robóticas. Se você não servia, te bloqueavam sem aviso, sem explicação, como se você fosse só mais um perfil descartável.

Mas o que eu conto agora aconteceu num desses dias. Cheguei a achar que ia ser diferente. Encontrei uma menina… linda de morrer. Trocamos fotos, redes sociais, conversamos por áudio — teve de tudo. Falamos até de futuro. Ela parecia interessada, parecia real.

Marcamos de nos ver num shopping. E eu fui. De coração aberto.

Mas assim que ela me viu, percebi: algo mudou. Ela ficou o encontro inteiro no celular, como se eu fosse invisível. No fim, me deu um beijo rápido, entrou num táxi… e pouco depois, me bloqueou. Sem dizer uma palavra.

Eu cheguei no meu condomínio completamente aérea. O céu já começava a escurecer, e eu simplesmente não queria subir. Não queria ver as paredes do meu apartamento, nem ouvir o silêncio. Estava triste… mas era mais do que isso. Era uma solidão nova, estranha, que doía num lugar do corpo que eu nem sabia que existia.

Passei numa lojinha de conveniência ali perto, comprei um cigarro e um isqueiro. Eu tinha largado, juro. Mas aquele era o momento exato de voltar a fumar. Me sentei sozinha num dos bancos do jardim vazio. Acendi o cigarro e senti a pancada da fumaça rasgando a garganta, me lembrando que eu estava enferrujada. Fiquei ali, contemplando o vazio da minha vida e me perguntando quais crimes eu cometi em outra encarnação pra merecer aquilo. E quantos gatos — e plantas — seriam necessários pra preencher o buraco que estava se abrindo dentro de mim.

Foi nesse torpor que ouvi.

— Alô… tá tudo bem, garota?

Meus olhos demoraram a focar. Eu estava completamente fora de mim. Quando dei por mim, vi que tinha uma mulher do meu lado. Estalava os dedos perto do meu rosto, tentando me resgatar do transe. Devia ter mais ou menos a minha idade. Era bonita, do tipo que não se esforça. Cabelos pretos longos, roupas largas, chinelo de dedo. Tinha uma presença esquisitamente confortável.

— Ahn… desculpa! O que você disse?

— Um cigarro. Você tem um cigarro pra me dar?

— Ah, claro… eu tava distraída. Toma aqui. Eu nem te ouvi…

Entreguei o cigarro meio sem jeito. Ela pegou o isqueiro da minha mão, acendeu com a calma de quem fuma há anos, tragou fundo e soltou a fumaça com um prazer que quase me fez inveja. E ficou. Do nada. Como se já fizesse parte da paisagem.

— Tô tentando largar essa merda. Mas é bom demais, né?

— Eu… acabei de voltar a fumar — confessei com a voz embargada, querendo chorar. De novo.

— Não te conheço, mas tua cara tá uma bosta. Vai, desembucha, estranha. Bota pra fora.

— Eu nem sei quem você é, cara…

— Nem eu sei quem é você. Melhor ainda. Você tem o tempo desse cigarro acabar.

E eu falei.

A mulher ali do meu lado simplesmente me ouviu, não abriu a boca, e quando eu terminei, não me deu conselho ou sermão. Terminou seu cigarro, jogou no chão e pisou em cima. Eu nem tinha muita certeza se ela tinha ouvido o que eu disse.

— E então, eu sou muito fudida não é?

— Né não, cara. Eu sou sapatão também… e o povo do vale só se fode. Ou quer casar no primeiro encontro ou pira cheia de neurose — ela soltou, soltando fumaça junto com as palavras.

— E como você encontra pessoas?

— Ah, sei lá. Eu larguei de mão. Às vezes do nada aparece umas minas maneiras. Enquanto isso, só casual mesmo.

— Isso que me mata. Só querem me comer.

— Ué, porque você é bonita. E altamente pegável.

Eu olhei pra ela, surpresa. Dei uma risada sem graça, tentando disfarçar o calor que subiu no rosto. Dentro do buraco que eu tava, ouvir uma cantada assim me pegou desprevenida.

— Você tá me cantando?

— Claro que eu tô.

— Eu tô carente e sensível. Você não presta.

— Não presto mesmo. Eu sou dessas que bloqueia no Tinder.

Eu ri. Sincera e espontaneamente. Aquela situação era tão inusitada que parecia cena de filme. E ela… ela tinha um sorriso sacana que me desarmava. Olhos vivos, corpo relaxado. E uma vibe leve, nada forçada. Uma ideia me atravessou — dessas que vêm do nada e, quando você vê, já falou.

— Oi… tá tarde. Você tá de bobeira? Quer subir? Beber alguma coisa?

— Tá me convidando pra um encontro sapatão?

— Humm… pode ser.

— Pode ser não, eu quero saber. Você quer me pegar?

— Meu Deus, você tá me deixando constrangida, cara! Para com isso, por favor!

Ela olhou pro nada, rindo, como se estivesse escutando alguma piada interna. Tinha algo nela que me intrigava: parecia tão tranquila, tão bem resolvida, mesmo falando as maiores grosserias. E o melhor — sem parecer uma babaca. Era só… ela. Autêntica. Eu tava gostando.

— Qual andar você mora? — ela perguntou, levantando com calma.

— Quinto.

— Vamos de escada então.

— Por que escada e não elevador?

— Fetiche.

Eu levantei feito uma tonta, sem entender direito a malícia por trás daquela palavra. Ela seguiu na frente com segurança, como se já conhecesse cada centímetro do lugar. Foi direto para a porta das escadas de incêndio, aquelas de ferro pintado de cinza desbotado.

— Sério que a gente vai subir tudo isso? — reclamei meio de brincadeira, meio real. Além dos cinco andares, ainda tinham os dois níveis de garagem e o playground.

— Vai reclamando que eu gosto — ela respondeu sem nem olhar pra trás.

Subimos. Degrau por degrau, o som dos nossos passos ecoando entre as paredes de concreto. Fomos conversando sobre a vida, coisa leve. Ela me contou com o que trabalhava — algo que envolvia freela e computador — e disse que tinha se mudado fazia menos de dois meses. Morava no bloco da frente ao meu.

— Sério isso? Nunca te vi por aqui…

— Eu vejo você direto — ela disse sem dar muita ênfase, como se não fosse nada demais.

Quando passamos do primeiro para o segundo nível da garagem, ela parou de repente. Ficou ali, de frente pra mim, no meio do lance de escada. O olhar dela perdeu a leveza. Ficou… vazio. Intenso. Como se enxergasse alguma coisa dentro de mim que nem eu queria encarar.

— O que foi? — perguntei feito uma idiota, com a voz tremendo um pouco.

Foi aí que entendi o que ela queria dizer com fetiche.

Ela me puxou pelo decote da blusinha, com firmeza e fome. O beijo veio seco, urgente, sem ensaio. Me prensou contra a parede de concreto frio, e o choque térmico só fez meu corpo reagir mais rápido. Nossos peitos se encontraram num embate quente, respiração contra respiração, e a mão dela subiu pelas minhas costas como se procurasse uma entrada secreta.

Eu já não sabia mais se o ar que faltava era culpa do beijo ou do susto. Meus dedos procuravam onde segurar, me ancorar naquele corpo que parecia ter surgido pra me engolir inteira.

— Puta que pariu… por que você vai pra um encontro de calça jeans? — ela resmungou no meu pescoço, já mexendo no meu cinto com uma impaciência quase divertida.

Fiquei nervosa. A escada de incêndio era aberta, qualquer pessoa podia passar. A ideia de ser flagrada deixava tudo mais perigoso. Mais real.

— Vai passar alguém… — murmurei, com os olhos fixos no vidro fosco da porta.

Mas ela não quis saber.

Num movimento só, puxou minha calça pra baixo — com calcinha e tudo — e, sem cerimônia, se abaixou.

— Puta que pariu… que buceta gostosa, garota — ela murmurou entre os lábios, antes de mergulhar de vez em mim, com a boca quente e firme, como quem encontra abrigo no meio do caos.

Não era delicadeza. Era precisão. Fome. A língua dela se movia com ritmo e força, desenhando círculos, sugando com firmeza, como se soubesse exatamente onde e como me desmontar. Me segurei no corrimão com uma mão e no ombro dela com a outra, as pernas tremendo, tentando não cair, não gritar, não perder o controle completamente.

Mas eu já tinha perdido.

Meu quadril começou a se mover por conta própria, num rebolado lento, carregado de desespero. Eu gemia baixo, ofegante, sentindo cada lambida como um choque direto no cérebro. Ela apertou minha bunda com força, as duas mãos me prendendo ali como se eu fosse dela — e eu era, naquele momento, completamente.

Quando senti o dedo escorregando mais pra baixo, enfiando devagar no meu cuzinho, meu corpo travou.

— Ei… porra — soltei, meio entre o susto e a reclamação, tentando afastar a mão, mas sem conseguir. Ela não tirou. Só manteve o dedo lá, parado por um segundo, depois entrando com mais firmeza, como quem diz “relaxa, eu sei o que tô fazendo”.

E sabia.

O incômodo virou outra coisa. Um calor diferente. Uma invasão deliciosa. Meu corpo se abriu, gemendo, se revirando. A língua dela continuava incansável no meu clitóris, em movimentos calculados e sem dó. Quando o dedo começou a se mover ali dentro, devagar e fundo, não teve mais volta.

O prazer veio numa onda violenta. Um gozo quente, espesso, que me fez apertar o corrimão com força e gemer alto, abafado na palma da própria mão. Gozei com a boca dela cravada em mim, com o dedo enterrado lá atrás, com o corpo inteiro pulsando.

Eu nunca tinha sentido nada assim.

Ainda tremia. Meu corpo dava aqueles espasmos involuntários de quem acabou de gozar forte demais. A respiração descompassada, os joelhos moles, a pele suando frio. Achei que ela fosse me dar um segundo, um respiro… mas ela não estava ali pra isso.

Sem dizer nada, me virou de costas com firmeza, me prensando agora o rosto contra a parede da escada. Segurou meu cabelo com uma mão e puxou pra trás, expondo meu pescoço, me arrepiando inteira. A outra mão foi direto pra minha buceta por trás, ainda aberta, sensível, latejando — e começou a me dedar com força.

Sem dó.

Os dedos dela entravam com tudo, e eu sentia as unhas raspando por dentro, deixando um ardor que misturava dor e prazer numa medida que me fazia gemer mais alto do que eu queria. E em vez de recuar, eu só empinei. Me ofereci. Me entreguei ainda mais.

— Sua puta — ela rosnou no meu ouvido, a boca colada na minha pele quente. — Cadela… piranha gostosa… rebola pra mim, vadia.

E eu rebolava. Num instinto sujo, animal. Me movia contra os dedos dela como se estivesse cavando o próprio gozo com o corpo. E ela não parava. Puxava meu cabelo mais forte, colava o peito nas minhas costas, enfiava mais fundo, batendo os dedos lá dentro num ritmo quase cruel.

— Isso, rebola… mostra o quanto você é minha putinha agora — ela sussurrava, e minha mente já não conseguia formular pensamento nenhum. Era tudo carne, pulso, gemido e aquele aperto desesperado no ventre.

E então veio de novo.

Outro orgasmo, mais violento que o primeiro. Meu corpo todo enrijeceu, minha testa encostou na parede, a boca aberta sem som. Gozei como se estivesse sendo possuída, com ela enterrada em mim, suja, suada, dizendo absurdos no meu ouvido como se fosse poesia.

Eu mal conseguia ficar em pé.

Foi quando ouvimos. Um rangido de porta, seguido de vozes e passos ecoando no concreto da garagem. O susto nos atravessou como um raio. Corremos feito duas adolescentes pegas no flagra, rindo, tropeçando, eu tentando subir a calça no meio da fuga, quase enganchando o zíper no forro da calcinha. Ela ria baixinho, me puxando pela mão em direção à saída da segunda garagem, onde a visão dos carros escondia a gente um pouco melhor.

Paramos atrás de uma coluna, ofegantes. Eu encostada ali, tentando recuperar o ar e a dignidade. Ela, completamente tranquila, como se aquilo fosse parte da rotina.

Foi então que olhei pra ela — e vi.

A mão ainda brilhava, molhada de mim, suja, viva. Ela a ergueu devagar e começou a lamber os próprios dedos, um por um, com a língua afiada e maliciosa, como se estivesse saboreando alguma iguaria rara.

Eu fiquei em choque. Excitada de novo. A boca entreaberta, sem reação, assistindo àquela cena como se fosse um ritual.

Até que ela franziu o rosto.

— Ai, merda… que nojo — ela fez uma careta. — Esse dedo tava dentro do seu cu!

E aí sim, eu desabei. Comecei a rir. Rir de nervoso, de vergonha, de alívio. Ela riu junto, se escorando na parede com aquele sorriso safado que já me deixava molhada de novo. Rimos alto, abafado, cúmplices da nossa própria sujeira. Era como se eu não tivesse mais problemas algum, e tinha acabado de encontrar minha alma gêmea.

— Vem — ela disse, pegando na minha mão com naturalidade. — Agora você vai me dar uma bebida decente e trabalhar um pouquinho.

Subimos pro meu apartamento rindo, excitadas, com o corpo ainda quente do que tinha acabado de acontecer… e da promessa do que ainda estava por vir.

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