A Submissão de Caio - Parte 3

Um conto erótico de Caio - Pedro escritor
Categoria: Heterossexual
Contém 3661 palavras
Data: 31/05/2025 23:45:21

Acordei ainda no chão do quarto deles, com a venda nos olhos. O som da cama tinha sido minha trilha para adormecer: os dois se amando enquanto eu permanecia imóvel, de pau duro, sem permissão, apenas escutando. O cheiro no quarto era deles. O gosto no ar, deles.

Acordei com os dedos de Lorena deslizando no meu rosto.

— Bom dia, boneco. Hoje é só nós dois. Rodrigo teve que sair… mas me deixou você.

Ela tirou a venda devagar. Sorria.

— Vai ser o nosso dia de beleza.

Me guiou até o banheiro e começou tudo do zero. Banho morno, sabonetes perfumados. Ela lavava meu cabelo com os dedos firmes no couro cabeludo, como se dissolvesse qualquer pensamento que não fosse obediência. Quando me ensaboou, fez questão de passar as mãos nos ombros, nas costas, no peito, entre as coxas… sem nunca me deixar esquecer que eu era dela.

Depois, trouxe uma toalha felpuda, preta, e me enxugou como se secasse algo frágil. Quando me olhou, disse com um sorrisinho:

— Tá muito branquinho ainda, Caio. Isso não dá. Corpo bonito a gente molda… mas também bronzeia — ela disse, enquanto abria uma gaveta com uma calma calculada, como se já soubesse exatamente o que estava prestes a encontrar.

De lá, tirou um biquíni minúsculo, claramente feminino. O tecido era lilás com detalhes dourados, delicado demais, pequeno demais. Só de olhar, minha respiração falhou.

— Vai vestir isso aqui. Agora. Quero tua marquinha bem feitinha. Vai ficar uma delícia.

Engoli em seco, sentindo as mãos trêmulas quando ela me entregou a peça. O pano parecia desaparecer nos meus dedos. O lacinho da calcinha era praticamente simbólico. Dei um passo atrás, hesitando:

— Lorena…

Mas ela já me empurrava de leve, firme, como quem não aceita objeções.

— Sem "mas". Você sabe o quanto fica bonito quando se deixa levar. Anda, vai pro banheiro. Quero ver como ficou.

Fui. Vesti. E quando voltei, o espelho me confirmou: o biquíni marcava tudo. O tecido se moldava ao meu quadril, deixando quase toda a minha bunda à mostra. O fio dental entrava fundo, dividindo e realçando. Eu me sentia nu, exposto… e, de algum modo, profundamente moldado.

Lorena bateu palmas quando me viu.

— Assim sim! Tá uma gracinha. Vira. Isso. Olha essa bundinha… Vai ficar toda marcada. Igual a uma bonequinha minha.

Ela se aproximou com bronzeador nas mãos e começou a espalhar o óleo no meu corpo. Os dedos dela se moviam com aquela lentidão precisa — como se desenhassem em mim. Ombros, peito, costas… e, claro, o bumbum. Ela se demorou ali. Apertava de leve, ajeitava a calcinha com intenção, escorregava os dedos pelas minhas coxas.

— Esse corpinho lisinho, sem um pelo… sabe o que me dá vontade? De brincar com calma. Com gosto. Sentir cada partezinha sua reagir ao toque.

Fechei os olhos, tentando controlar a respiração. Era inútil. Cada gesto dela acendia algo dentro de mim.

— Vamos lá pra fora. Hoje você vai se bronzear como deve.

A área da piscina nos fundos era cercada, discreta, protegida. Deitei de bruços numa espreguiçadeira e deixei o sol me cobrir. Sentia o calor invadir a pele, e sentia também os olhos dela — sempre em mim.

— Abre um pouco mais as pernas. Isso. Quero que o sol pegue direitinho ali também.

Ela se sentou ao lado, de biquíni, com óculos escuros e um copo de água na mão. Tinha o corpo cruzado com elegância e a boca solta com verdades que só ela podia dizer:

— Já te imaginei assim, Caio. Tão entregue. Tão bonitinho, corando com qualquer toque. Você se sabota às vezes, sabia? Fica envergonhado, mas o corpo todo implora por mais. Quer servir. E a gente quer te usar bem…

Ela se levantava de tempos em tempos pra reaplicar o óleo. Cada vez era um novo jogo: dedos que roçavam o meio das pernas, que puxavam os elásticos com carinho pervertido, que ajeitavam o lacinho do biquíni com um olhar de posse.

— Rodrigo vai adorar te ver assim. E você vai amar como ele domina. Mas quero que você chegue lá pronto. Inteiro nosso.

O sol descia devagar. Minha pele começava a ganhar cor. Ardia levemente. Mas o que mais doía — no melhor dos sentidos — era o que estava preso, contido, dentro daquele biquíni apertado. Eu não podia tocar. Não podia gozar. Só sentir. Só me oferecer.

Depois de horas sob o sol, minha pele estava quente, levemente ardida, mas marcada do jeito que ela queria. A marquinha do biquíni aparecia nítida no espelho do quarto, e Lorena estava visivelmente satisfeita com o resultado.

— Agora sim… tá ficando no ponto — ela disse, correndo os dedos pelas minhas costas, como se conferisse o acabamento de algo que estava esculpindo.

Eu sorri, tímido. Já me sentia meio mole, meio entregue, mas ela estava só começando.

— Vai pro banheiro. Quero você limpinho, por dentro e por fora. Deita no chão do box, que eu te mostro como usar a ducha.

O coração bateu mais forte. Eu sabia o que aquilo significava. Nunca tinha feito, mas ela me guiou com paciência — quase como se fosse um cuidado íntimo entre amigas.

Ela encheu o reservatório, me explicou os movimentos, me ajudou com calma e precisão, sem pressa. Suas mãos me lavavam como quem prepara algo precioso, e não havia julgamento nos olhos dela. Só atenção.

— Isso. Respira fundo… Vai devagar. O corpo acostuma.

A água morna, a sensação de vulnerabilidade, a presença dela tão próxima… Tudo mexia comigo. Quando terminei, me sentia limpo, leve, e ainda mais dela.

De volta ao quarto, ela pegou uma toalha grande e me secou com carinho. Como se eu fosse feito de algo delicado. Depois abriu uma nécessaire cheia de cremes e produtos cheirosos.

— Agora é hora de hidratar essa pele linda. Quero que esteja macio, cheiroso, pronto.

Sentado na beira da cama, deixei que ela espalhasse os cremes. Era estranho como tudo aquilo parecia íntimo. Íntimo de um jeito diferente. Não era só sexual. Era cuidado. Era posse.

Ela massageava minhas pernas, passava óleo nas minhas nádegas — e sempre fazia questão de reforçar:

— Tá ficando com a bunda mais feminina que muita mulher que eu conheço… lisinha, empinadinha, bem marcadinha com esse biquíni.

Eu mordi os lábios. Parte de mim ainda corava. Outra parte queria mais.

— Deita aqui, que vou escolher sua lingerie — ela disse, puxando uma gaveta onde guardava algumas peças que claramente tinham sido separadas pra mim.

Escolheu uma calcinha fio dental de renda preta, com tiras laterais bem finas, e um sutiã combinando, delicado e quase transparente.

— Hoje quero você de preto. Clássico. Sexy. Essa calcinha entra direitinho, valoriza sua bundinha… Vai ver o olhar do Rodrigo.

Vestir aquilo sob o comando dela me deixava fora de mim. Era como vestir uma nova pele. Quando me olhei no espelho, com a pele dourada do sol, a renda preta contra o corpo, a marquinha evidente do biquíni… eu quase não me reconhecia.

Lorena me observava com orgulho, como se eu fosse uma criação dela.

— Tá perfeito. Agora vamos passar um tempo juntas. Hoje é nosso dia de amigas, lembra?

O restante da tarde passou assim: entre risadas, toques e conversas sussurradas. Fizemos skincare, ela prendeu meu cabelo com uma presilha fofa, pintou minhas unhas com base incolor “só pra dar um brilho”, me ensinou a andar com mais leveza, com os quadris soltos.

— Caminha assim. Isso. Solta a cintura. Você tem corpo pra isso. Aproveita.

Conversamos de tudo, inclusive de coisas bobas. Rimos. Tomamos água de coco. A tensão existia, mas era doce. Íntima. Ela me tratava como sua boneca, sua protegida… mas também como algo que estava sendo lentamente esculpido pra um objetivo maior.

À medida que o sol se punha, senti que algo mudava. A noite estava chegando. Rodrigo também. E ela sabia disso. A voz foi ficando mais firme, os toques mais diretos.

— Quero você pronto. Nada de vergonha. Nada de medo. Hoje você vai mostrar pra ele o quanto já está moldado. E vai mostrar pra mim o quanto merece ir mais longe.

Assenti, sentindo meu corpo vibrar com cada frase. Me sentia cuidando, provocando e preparado. Como se tudo tivesse sido desenhado pra me transformar. E, de algum jeito, estava sendo.

A casa estava silenciosa de novo, mas dessa vez era um silêncio diferente. Cheio de expectativa.

Lorena me deixou no quarto por um tempo, sozinha, depois de me ajudar a vestir a roupa escolhida: um vestido preto curto, leve, com um zíper lateral que marcava a cintura. Por baixo, a lingerie rendada que ela tinha escolhido mais cedo. As tiras da calcinha enfiavam na minha pele, acentuando cada curva, cada contorno que ela tinha moldado com mãos e palavras.

Passei um gloss nos lábios, como ela pediu. Os cabelos presos de um jeito simples, com uma mecha solta caindo sobre o rosto. Olhei no espelho e mal reconheci aquele reflexo. Mas sentia, por dentro, que era exatamente quem eu deveria ser.

Quando voltei para a sala, ela já tinha arrumado tudo: luz baixa, trilha suave, uma mesa posta com elegância. Um jantar pra três — ou talvez, um rito.

Cheguei à sala com as pernas trêmulas. A lingerie colava no meu corpo recém-higienizado, a pele ainda perfumada com os cremes que Lorena espalhou como quem prepara um altar. Cada gesto dela durante a tarde parecia parte de um ritual. E agora, diante do espelho, era como se visse outra versão de mim mesmo. Uma criada com esmero. Um corpo ofertado.

O vestido era curto, justo, rendado nos ombros. Lorena ajeitou a barra, alisando o tecido contra minhas coxas, como se desenhasse meu contorno com o toque. Meu peito subia e descia rápido.

— Pronto. Hoje é o seu dia, bonequinha. — Ela sorriu, colocando um batom leve nos meus lábios. — Rodrigo vai adorar.

Ela desceu primeiro, os saltos ecoando no piso da casa. Fiquei parado por alguns segundos, escutando o tilintar dos talheres, o som dos copos, o perfume que preenchia o ar. Até que ela me chamou, como quem convida um cordeiro para o centro do altar.

— Caio… venha receber o que merece.

Desci devagar. Rodrigo já estava à mesa. Terno claro, cabelo impecável, olhar queimando por dentro. Assim que me viu, deixou o garfo de lado e me observou inteiro, do salto à barra do vestido. Eu sentia a lingerie me apertando, moldando, lembrando a cada passo que estava exposto.

— Boa noite, Caio. — A voz dele tinha um peso calmo. — Pode se sentar. Não, ali não. No banquinho, ao lado da mesa. No chão.

Obedeci.

A comida era deliciosa, mas mal consegui engolir. Fui alimentado em silêncio, com pequenos pedaços na boca, por Lorena, enquanto Rodrigo falava sobre obediência, entrega, e a beleza de um corpo disposto. O vinho deixava tudo mais tênue, mas também mais quente.

Depois do jantar, Lorena pegou minha mão e me guiou até a sala. A iluminação suave. Almofadas no chão. No centro, uma venda de cetim e duas tiras de seda.

— Fique de joelhos. — disse ela. — Está na hora dos testes.

Fiz como mandado. A venda cobriu meus olhos. As tiras prenderam meus punhos atrás das costas. Estava entregue. Cego. Preso. Excitado até o limite da dor.

— Sabe o que fazemos com um corpo como o seu? — perguntou Rodrigo, a voz cada vez mais perto. — Moldamos. Educamos. E se ele responde bem… usamos.

Toques começaram. Por todo meu corpo. Mãos que exploravam, puxavam o elástico da calcinha, deslizavam pela curva da minha bunda, agora perfeitamente marcada do bronzeado. Lorena comentou isso, num sussurro:

— Olha só essa marquinha. Ficou tão perfeita, Rodrigo. Nossa bonequinha tá quase pronta.

O primeiro teste foi o silêncio. Eles me provocavam. Beijos molhados na nuca. Dentes leves no lóbulo da orelha. A mão dele apertando minha coxa por baixo do vestido, subindo. A dela circulando meu pau enjaulado na lingerie, sem nunca dar alívio. Tudo sob a condição de que eu não gemesse. Eu falhei. Mais de uma vez.

— Vai precisar de muito mais disciplina — disse Rodrigo, a voz firme. — Mas tem potencial. Tem uma entrega bonita.

Lorena riu baixo.

— Vamos treinar ele, amor. Com calma. Mas hoje… ele merece o primeiro serviço completo.

Meu coração acelerou. O corpo inteiro tremia, ainda vendado, quando ela me soltou as mãos e sussurrou:

— Agora, Caio… fique de quatro. Use essa boca como deve. Quero que Rodrigo sinta o que treinamos até aqui.

As palavras dela ainda ecoavam na minha mente quando me coloquei de quatro, sentindo o chão frio sob os joelhos já vermelhos. A venda ainda cobria meus olhos, o que me fazia escutar melhor os movimentos ao redor — o estalar de um zíper, o suspiro contido de Lorena, a respiração grave de Rodrigo se aproximando.

— Mantenha a coluna ereta — ela orientou, passando a unha devagar pela minha espinha. — Quadris firmes, Caio. Você está servindo, não mendigando.

Assenti em silêncio, sentindo minha própria excitação pulsar na lingerie úmida. As mãos dela guiaram meu rosto como se eu fosse uma peça delicada de porcelana. E então, com delicadeza e firmeza, colocou minha boca exatamente onde deveria estar.

— Abra… mas só quando eu mandar.

A ponta do meu nariz roçou na pele quente e dura. Rodrigo exalava um cheiro limpo, forte, masculino, e aquilo me atingiu como uma onda. Lorena manteve minha cabeça quieta, dedos firmes no meu cabelo.

— Agora… use a língua. Devagar.

Fiz como mandado. A ponta da minha língua tocou primeiro, tímida. Senti o peso dele, o gosto, a textura quente e espessa. Lorena murmurava baixinho:

— Isso, meu bem… comece lambendo com devoção. Isso. Envolva com a boca só depois… isso.

Abri mais a boca, a língua deslizando ao redor da glande. Rodrigo soltou um gemido grave, contido, que me fez estremecer. A cada movimento, Lorena corrigia meu ritmo, o ângulo da cabeça, pressionava meu queixo para que eu abrisse mais, para que fosse mais fundo. Eu engolia, babava, me esforçava. A cada gemido dele, sentia que tinha feito algo certo. A cada correção dela, sentia que podia ir além.

— Você está indo bem — ela dizia, agora sentada ao meu lado, uma das mãos acariciando minhas costas. — Mas ainda está aprendendo. Use menos os dentes. Respire pelo nariz. Isso… isso mesmo.

Rodrigo começou a segurar minha cabeça também. Com uma mão firme. Ele ditava o ritmo agora, e eu só me entregava. Sentia ele avançar, recuar, testar meus limites. Tosse contida. Gotas escorrendo pelo canto da minha boca.

— Você quer aprender, não quer, Caio?

Tentei responder, mas com a boca cheia, tudo o que saiu foi um som abafado, quase um gemido afirmativo.

— Então prove isso com cada movimento. Mostre que sua boca é útil. Que é uma serventia… nossa.

Continuei. Cada segundo era mais intenso, mais íntimo, mais humilhante — e mais excitante. Eu já não sabia onde terminava o prazer e começava a entrega.

Rodrigo não demorou muito a se perder nos próprios movimentos. A respiração dele ficou mais pesada, e o aperto nas minhas têmporas, mais firme. Senti o corpo dele enrijecer, ouvi o gemido profundo… e então, o gosto quente e salgado preencheu minha boca.

Lorena segurou meu queixo para que eu não recuasse.

— Engole. Devagar. Sem cuspir nada. Isso. Assim.

Obedeci. Cada gota.

Quando me soltaram, eu tremia. Meus joelhos doíam. A boca ardia. Mas o coração… estava calmo. Como se, pela primeira vez, eu tivesse encontrado exatamente onde devia estar.

Rodrigo se abaixou, segurou meu rosto com uma mão só, e disse:

— Você passou. Mas amanhã… vamos começar de verdade.

Lorena apenas sorriu, orgulhosa, e limpou os cantos da minha boca com o próprio dedo, lambendo-o logo em seguida.

— Agora sim. Nossa bonequinha está começando a entender.

A cama era grande, mas o espaço parecia pequeno para três corpos entrelaçados. Eu dormia no meio, como um boneco mimado entre os dois. Sentia as pernas de Lorena enlaçadas nas minhas, o peito quente de Rodrigo nas minhas costas. O plug ainda dentro de mim me lembrava da noite anterior, e de tudo que viria.

Adormeci assim — apertado, embalado, domado.

Acordei com a luz da manhã filtrando pelas cortinas. Lorena já estava sentada na beira da cama, os cabelos presos num coque alto, vestida apenas com uma calcinha rendada preta. Ela sorria para mim como quem vê algo crescer, florescer, se transformar.

— Bom dia, minha coisa linda. Dormiu bem?

Eu só assenti, ainda meio grogue.

— Hoje é dia de labuta. Mas não pense que vamos te deixar esquecer quem você é.

Ela se levantou e foi até a gaveta. Tirou de lá uma caixinha discreta de veludo. Dentro, um plug maior, mais grosso, com uma base de metal frio em formato de coração.

— Essa aqui… é sua nova companhia. Você foi promovido. — Ela riu, mordendo o lábio. — Vai passar o dia com ela dentro. Vai lembrar, a cada passo, que está sendo moldado. Preparado. Que essa noite vai ser definitiva.

Me sentei na cama, o coração disparado.

— Vai querer colocar em mim? — ela perguntou, entregando o plug nas minhas mãos.

Engoli seco. Senti o peso do objeto. Não era só um brinquedo — era um símbolo. De evolução. De servidão.

Ela se ajoelhou na minha frente, virando-se devagar, abaixando a calcinha e arqueando as costas, expondo o espaço entre suas nádegas.

— Hoje… nós vamos estar unidos. Eu já passei muitos plantões plugada. Me deixava atenta, alerta, sensível. E hoje você vai me colocar. Vai me lembrar de que o domínio também passa pela confiança.

Com dedos trêmulos, posicionei o plug. Lorena gemeu baixo quando ele entrou. Seus músculos se contraíram, depois relaxaram.

Ela se virou, tocou meu rosto com ternura.

— Agora é sua vez.

Deitei, com as pernas abertas. Ela tirou o plug da noite anterior com cuidado, e logo começou a trabalhar com o novo. Mais lubrificante. Mais paciência. Mais treinamento. Senti o anel se abrir, mais do que antes, mas o corpo — ah, o corpo queria obedecer.

— Isso. Vai fundo, meu amor… deixa ele entrar…

Com um suspiro longo, senti o plug maior me preencher. Fiquei ali, arfando, o quadril instável.

— Agora sim — ela disse, acariciando minha barriga. — Estamos ligados.

O resto da manhã foi de preparação silenciosa. Banho juntos. Cremes. Perfume. Lingerie sob a roupa de trabalho. Ela usava um vestido longo, justo, e eu, uma calça social com camisa. Por fora, perfeitos. Por dentro, dois corpos plugados, tensos, esperando a noite.

Antes de sairmos, ela me puxou pelo colar que eu ainda usava sob a camisa.

— Cada degrau, Caio. Cada paciente que eu atender, cada e-mail que você enviar… vamos saber o que temos dentro de nós. E esta noite, você vai se oferecer por inteiro. O que começou como um jogo, agora será um rito.

Ela me beijou. E fomos.

Dois corpos, dois plugs, uma promessa silenciosa de entrega.

O caminho até o consultório foi uma tortura doce. A cada solavanco do carro, o plug dentro de mim pressionava mais fundo. Olhei para Lorena ao volante, serena, os olhos atrás dos óculos escuros como se estivesse indo a um piquenique. Ninguém poderia imaginar o que se passava sob aquele vestido ajustado, ou dentro de nós.

Chegamos cedo. Ela me esperou no elevador, os olhos caindo rapidamente para minha cintura, e depois subindo de novo, com um sorrisinho debochado.

— Está incomodando?

Assenti. O plug me deixava inquieto, a cada passo. A cueca rendada que eu usava por baixo também parecia colar na pele. Ela sorriu e apertou o botão do 9º andar.

— Perfeito.

Durante a manhã, atendemos pacientes, organizamos planilhas, entregamos relatórios. Tudo com a aparente normalidade de uma terça-feira qualquer. Mas o silêncio era carregado. Bastava uma troca de olhares para meu corpo lembrar quem eu era ali. Meu papel.

Por volta das 11h, Lorena me chamou até a salinha dos fundos para organizar uns materiais. Quando entrei, ela trancou a porta discretamente e encostou no balcão. Não disse nada. Só levantou a barra do vestido com calma. A renda preta da calcinha mal escondia o plug que eu havia colocado ali horas antes.

Ela virou-se de lado, me olhando por cima do ombro.

— Sabe o que eu fazia antes de abrir esse consultório?

Balancei a cabeça.

— Fisioterapeuta pélvica. Especializada em reabilitação do assoalho. Conhecia cada músculo ali embaixo antes de me interessar por dominação. Talvez isso tenha facilitado as coisas.

Ajeitou o vestido, como se nada tivesse acontecido, e saiu com a mesma leveza de sempre. Deixando meu corpo em brasas.

Pouco antes do almoço, ela me enviou uma mensagem, mesmo sentada a poucos metros de mim:

"Estou tão molhada. Cada passo que dou, ele pulsa dentro. Como está o seu?"

Respondi com um emoji suando e o aviso de que eu estava me revirando na cadeira. Ela não respondeu. Só olhou de canto e cruzou as pernas devagar. Sem vergonha.

No intervalo, dividimos uma salada no terraço. Ela sentou de frente, tirou os sapatos, e, com um leve toque debaixo da mesa, deslizou os dedos pelo meu tornozelo.

— Você é um bom assistente, Caio. Mas como submisso, está se superando.

— Você... sempre foi assim?

Ela pensou por um momento, olhando o céu claro.

— Não. Já fui casada. Com um homem que nunca entendeu o que eu gostava de fazer com um corpo entregue. Ele achava que sexo era posição e movimento. Nunca entendeu ritmo. Nem entrega.

Ficou em silêncio por um tempo, depois completou:

— Eu precisei esconder isso por muito tempo. Até que um dia… parei de pedir desculpas.

Voltou a comer, como se nada tivesse sido dito.

Na segunda metade do dia, me senti derretendo. O plug latejava, os músculos pulsavam, a cabeça girava. E mesmo assim, continuei sorrindo para os pacientes, imprimindo guias, organizando a agenda.

Ela me mandou mais uma mensagem perto das cinco:

"Quero que você prepare o quarto pra mim hoje. Quero velas, toalhas limpas, perfume. Como um bom serviçal faria."

Respondi com um “Sim, senhora.”

Na saída, ela encostou no batente da porta do consultório e me olhou.

— Hoje é o fim do início. Vai doer. Mas você vai agradecer.

Tocou meu rosto e desceu a mão pela gravata, apertando devagar.

— Vamos pra casa.

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