O corpo de Clara ainda vibrava. O gosto dele permanecia em sua pele, misturado ao calor que não passava. Roberto se ajeitava no sofá, as pernas afastadas, o olhar firme. Não havia nada apressado em seus gestos, apenas segurança. Ele sabia o que estava fazendo — e sabia que as duas sabiam também.
Clara se ajoelhou em silêncio entre as pernas dele. Pela primeira vez, tinha diante de si o membro que já havia arrancado tantos suspiros de Júlia. Imponente, grosso, quase intimidador. Tocou devagar, com a ponta dos dedos. Sentiu a firmeza, o calor, a pele esticada. Não disse nada — apenas respirou fundo e se aproximou.
Lambeu com a língua úmida, de baixo pra cima, sentindo o peso e o pulso de cada centímetro. A saliva escorreu aos poucos, deixando o caminho marcado. A cabeça dela desceu devagar, tentando abocanhar o máximo que podia. Era grande demais, espesso demais. A boca se esforçava, o maxilar já sentia, mas ela não parava.
Júlia se abaixou ao lado, com naturalidade. Já conhecia cada detalhe daquele momento. Sem pressa, começou a lamber a base, as laterais, ocupando os espaços que Clara ainda não alcançava. Era uma dança silenciosa entre as duas. Elas se revezavam, explorando, sugando, compartilhando.
A cada movimento, Roberto reagia com gemidos contidos. Não havia comando, só entrega. Ele apenas sentia.
Clara fechava os olhos, concentrada, enquanto a saliva deixava sua boca ainda mais molhada. Movia-se com firmeza, ritmada, sugando a ponta, girando a língua, envolvendo com as mãos onde a boca não alcançava. Júlia lambia com vontade, ora os testículos, ora as partes expostas que pulsavam. Havia sincronia entre elas.
Sem combinarem, ambas se inclinaram ao mesmo tempo. Júlia ficou de um lado, Clara do outro. As bocas se encontraram na base, as línguas se tocaram ao redor da glande espessa. Tentaram abocanhar juntas. Não cabia por completo em nenhuma, mas as duas, dividindo o prazer, conseguiram envolver quase tudo.
A respiração de Roberto ficou mais pesada. Os dedos dele se moviam nos cabelos delas, sem forçar, apenas acompanhando. As pernas se retesaram aos poucos.
Clara sugava com mais ritmo agora. A língua girava ao redor da cabeça, os lábios fechavam com pressão. Júlia alternava sucções profundas e beijos molhados mais abaixo. O som era úmido, ofegante, denso.
Quando ele começou a estremecer, não foi surpresa. O corpo inteiro se tensionou. As mãos apertaram um pouco mais os cabelos. O membro latejava dentro da boca de Clara, e então veio: quente, denso, direto.
Parte escorreu pela garganta dela. Outra parte caiu nos lábios de Júlia, que não recuou. Lambeu, engoliu, limpou Clara com a língua. As duas continuaram por alguns segundos, até que tudo cessasse. Roberto ainda respirava fundo, os olhos semicerrados, o corpo relaxado pela descarga.
Clara se sentou no chão, os joelhos marcados no tapete, os lábios úmidos, o coração disparado. Júlia se aproximou, encostando nela com a cumplicidade de quem já conhecia aquele tipo de prazer. Não trocaram palavras. Estavam exaustas e acesas ao mesmo tempo.
E o ar ainda pulsava como se tudo estivesse apenas começando.
O corpo de Clara já estava entregue, mas ainda não havia sido realmente possuído. Roberto e Júlia sabiam disso. Ela ainda guardava algo intacto, e talvez fosse por isso que cada toque parecia mais decisivo, mais carregado de intenção.
Deitada entre os dois, Clara sentia as línguas explorando tudo. Júlia a conhecia bem, sabia onde insistir, onde provocar. Roberto, com o mesmo controle de sempre, se concentrava nos detalhes mais sensíveis, os que poucos ousariam tocar. Alternavam os beijos entre os lábios inferiores e o ponto mais escondido, molhando, preparando, amolecendo a resistência.
Ela reagia com o corpo inteiro. Arfava, se arqueava, abria as pernas e se entregava ao que vinha, sem pedir, sem recuar. A tesão era tanta que os movimentos pareciam coreografado. Mas era tudo natural. Instinto puro.
Roberto se posicionou. Segurou Clara com firmeza pelos quadris e começou a esfregar o membro grosso contra sua buceta.
Deslizava devagar, apenas provocando, sentindo a textura, a temperatura, sem invadir. O calor daquilo era demais. O encaixe parecia pedir por ele. Clara já estava aberta, querendo, esperando.
Mas ele recuou.
Olhou para Júlia, que entendeu sem uma palavra. Havia um plano.
Aquela parte seria guardada para o final.
Com um gesto firme, Roberto redirecionou o toque. Mirou mais abaixo. A nova intenção fez Clara soltar um gemido mais contido, misturado ao susto. O corpo não estava preparado para aquilo. Ainda não. Tentou uma, duas vezes — e o caminho resistia.
Júlia, sem hesitar, voltou a ajudá-lo. Tocava, beijava, lubrificava com calma. Sussurrava para Clara palavras firmes, de apoio, de entrega. E ali, entre o cuidado e o desejo, tudo começou a ceder.
Clara tomou fôlego, se virou por cima dele, encarou Roberto com os olhos acesos e se colocou de joelhos. Encaixou-se, guiando com a própria mão.
O membro estava ali, firme.
Pesado, quente, pulsando entre os corpos como uma promessa que não podia mais ser adiada. Clara o sentia sob ela, roçando contra a pele sensível, impondo presença sem tocar fundo — ainda.
Ela respirou fundo, os olhos semicerrados, o corpo suado, vibrando entre a tensão do que viria e o medo natural de cruzar um limite que nunca tinha atravessado. As mãos tremiam um pouco ao apoiarem no peito de Roberto, mas os olhos dela mantinham o controle. Era ela quem decidia.
A respiração dele estava mais densa agora. O calor subia pelo ventre de Clara como uma onda lenta, e Júlia, sempre atenta, continuava ali, acariciando os flancos da amiga, beijando-lhe a nuca, sussurrando algo entre suspiros e incentivo. Tudo ao redor parecia suspenso, como se o tempo tivesse parado pra assistir aquela entrega.
Clara moveu o quadril. Devagar. Deixando o toque acontecer. A pele arrepiava ao menor movimento, e o ar entre os três ficava mais pesado, mais denso, carregado de desejo contido.
Ela buscava o encaixe com precisão, guiando-se pelo instinto, pela curiosidade, pela vontade de assumir o próprio corpo de um jeito que nunca tinha feito antes. Tocava-se e o guiava, sentindo o quanto cada centímetro exigia dela — firmeza, coragem, entrega.
O primeiro contato real foi um choque. O corpo reagiu com um susto involuntário. Uma pressão aguda, como se o próprio corpo a testasse. Mas ela não recuou.
Manteve o olhar baixo, concentrada. Apoiada com força, deixou o quadril ceder um pouco mais. O peito de Roberto sob suas mãos era uma âncora. As unhas arranharam a pele dele com o reflexo do desconforto, mas também com a força do desejo que se misturava à dor.
Júlia segurava os ombros dela com delicadeza, como quem dizia, em silêncio: “Vai. É sua vez.”
E Clara foi.
Movimento por movimento, a penetração deixava de ser tentativa e se tornava conquista. O desconforto ainda existia, mas era coberto pela força de quem toma posse de si mesma. E quando ela sentou por completo, o corpo tremendo, as pernas tensas e o olhar fixo, soube que havia atravessado algo mais do que só carne.
Ali, naquele instante, não era mais a menina curiosa sendo guiada. Era a mulher decidindo até onde podia ir — e indo.
A partir daquele dia, o coroa Roberto, que já possuía por completo a princesa Júlia, agora também recebeu a princesa Clara. As duas amigas, unidas por uma amizade que ultrapassava qualquer segredo, compartilharam mais uma vez não só confidências, mas também Roberto. O homem que antes era apenas um coroa cinquentão se tornou, na vida delas, um rei — e as duas jovens, suas rainhas.
Mas essa história não é só sobre sexo. É sobre duas jovens que aprenderam a dividir tudo, sem tabus nem julgamentos. É sobre uma amizade que se fortaleceu ao ponto de compartilhar o que muitos consideram o mais íntimo, o que poucos ousam entender.
Roberto não era apenas um homem entre elas; era a ponte que as unia, o símbolo de uma confiança rara. Júlia e Clara descobriram que o verdadeiro poder não estava apenas no desejo, mas na coragem de dividir seus mundos, seus medos, seus desejos — e até mesmo o amor.
E assim, entre encontros e confidências, entre a entrega e o respeito, eles construíram uma história que vai muito além do que se pode ver. Uma história de amizade, entrega e liberdade. Uma história de rainhas e seu rei.,