André conferiu o relógio pela terceira vez em cinco minutos. O bar era o mesmo de antes, mas a energia era diferente. Mais pesada. Mais intencional.Dani estava deslumbrante, como sempre—vestido preto justo que delineava cada curva de seu corpo, o decote revelando o vale entre seus seios fartos, saltos altos que faziam suas pernas parecerem intermináveis e suas curvas se transformarem numa armadilha sensual da qual nenhum homem conseguiria escapar. Mas desta vez, ela não estava nervosa. Estava ansiosa, a respiração ligeiramente acelerada, os mamilos visíveis sob o tecido fino do vestido.— Ele vai aparecer? — ela perguntou, os dedos batendo levemente no balcão de mármore, a língua umedecendo os lábios carnudos pintados de vermelho escuro.— Disse que viria — respondi, tentando ignorar o nó no estômago e a crescente pressão em minha virilha.E então, a porta se abriu.Ricardo.
Mais velho que Rodrigo, mais dominador na postura. Cabelo grisalho, olhos penetrantes que pareciam despir tudo o que fitavam. Ele nos avistou e caminhou até a mesa com passos lentos, calculados, como um predador avaliando sua presa. Quando apertou minha mão, a pressão foi firme demais, seus dedos envolvendo os meus completamente, uma demonstração sutil de dominância.— André, né? Dani me falou muito sobre você — ele disse, e algo na forma como pronunciou “muito” me fez engolir seco, imaginando exatamente quais detalhes íntimos minha esposa havia compartilhado.Dani sorriu, bebendo seu martini com um brilho nos olhos que eu não conhecia, a ponta de sua língua deslizando pela borda da taça de forma provocante.— Ela também me falou sobre você — eu retruquei, mantendo o tom firme, apesar do calor que subia pelo meu pescoço.Ricardo riu, baixo, e sentou-se ao lado de Dani, não à frente. Território. Sua coxa pressionada contra a dela, sua mão pousando casualmente sobre seu joelho exposto, dedos acariciando levemente a pele macia.
— Então você é o marido corajoso.A conversa foi diferente dessa vez. Menos jogos, menos bebida, mais intenção. Ricardo não perdia tempo, seus olhos constantemente percorrendo o corpo de Dani, detendo-se nos pontos onde o vestido abraçava suas curvas mais generosamente.— Você sabe porque estou aqui — ele disse, olhando para Dani, mas falando comigo, sua mão agora deslizando alguns centímetros acima em sua coxa, fazendo o vestido subir imperceptivelmente. — E você sabe o que ela quer.Dani baixou os olhos, mas não negou, suas coxas se abrindo ligeiramente sob o toque dele.— E o que ela quer? — perguntei, a voz mais rouca do que eu gostaria, meu membro já completamente rígido contra o tecido da calça.Ricardo inclinou-se para frente, seu hálito quente próximo ao meu rosto.— Ela quer se sentir possuída. Completamente preenchida. Dominada. E você quer assistir cada segundo disso.O ar saiu dos meus pulmões. Meu coração martelava contra minhas costelas.Dani finalmente olhou para mim, e o que vi em seus olhos me deixou sem palavras. Era desejo puro, selvagem, mas também algo mais profundo. Algo que me fez perguntar se, desta vez, eu tinha subestimado o jogo. Suas pupilas estavam dilatadas, seus lábios entreabertos, seu peito subindo e descendo rapidamente.— Ainda está dentro dos seus limites? — ela sussurrou, sua voz carregada de luxúria.Eu deveria ter dito não.Mas eu acenei que sim, sentindo meu próprio sexo pulsar dolorosamente em resposta.Ricardo sorriu, seus dentes brancos contrastando com a pele bronzeada.— Então vamos para o hotel.E desta vez, quando os três saímos, eu não tinha certeza se ainda era apenas uma fantasia.Ou se, sem perceber, eu tinha aberto uma porta que não poderia mais fechar.
O quarto de hotel parecia menor agora, como se as paredes tivessem se aproximado para testemunhar o que estava prestes a acontecer. A luz âmbar dos abajures criava sombras alongadas que dançavam pelo ambiente enquanto Ricardo fechava a porta atrás de nós com um clique suave, mas definitivo, o som da fechadura ecoando como uma sentença.
Dani sentou-se na beirada da cama king size, os saltos ainda nos pés, as pernas cruzadas com uma elegância estudada, o vestido subindo o suficiente para revelar a renda da meia-calça preta que terminava no meio da coxa. Seus olhos alternavam entre mim e Ricardo, como se tentasse decifrar o que viria a seguir, a ponta da língua ocasionalmente umedecendo os lábios carnudos. Eu permaneci de pé, próximo à janela, sentindo uma mistura de excitação e apreensão que me deixava tonto, meu membro pulsando dolorosamente contra o zíper da calça.
Ricardo não perdeu tempo com preliminares sociais. Tirou o paletó e o dobrou cuidadosamente sobre a poltrona do canto, os músculos de seus ombros largos visíveis sob a camisa branca impecável. Seus movimentos eram precisos, calculados, como os de um maestro prestes a iniciar uma sinfonia complexa. Desabotoou os punhos da camisa e os enrolou até os cotovelos, revelando antebraços fortes e veias proeminentes.
— As regras são simples — ele disse, a voz grave preenchendo o quarto como uma presença física. — Esta noite, eu comando. Cada respiração, cada toque, cada gemido.
Não era uma pergunta, nem mesmo uma sugestão. Era uma declaração. Olhei para Dani, esperando ver hesitação, mas encontrei apenas um brilho de antecipação em seus olhos, suas coxas pressionadas uma contra a outra em um movimento sutil que eu conhecia bem — ela estava excitada, provavelmente já úmida.
— André — Ricardo chamou meu nome como se fosse uma ordem, sua voz penetrando minha consciência. — Venha aqui.
Meus pés se moveram antes mesmo que meu cérebro processasse o comando. Quando me aproximei, Ricardo colocou uma mão em meu ombro, o peso dela surpreendentemente reconfortante e ameaçador ao mesmo tempo, seus dedos pressionando pontos específicos que enviaram arrepios pela minha espinha.
— Você ama sua esposa, não é? — ele perguntou, os olhos fixos nos meus, penetrantes como se pudessem ler cada pensamento sujo que já tive.
— Sim — respondi, a voz mais firme do que eu esperava.
— E você quer vê-la satisfeita? Completamente preenchida? Gemendo como nunca gemeu antes?
Engoli em seco, sentindo meu membro dar um espasmo involuntário. — Sim.
Um sorriso lento se formou nos lábios dele, predatório.
— Então você vai me ajudar a prepará-la. Vai ajudar a deixá-la pronta para receber cada centímetro de mim.
Dani soltou um suspiro audível da cama, e quando olhei para ela, vi que já havia desabotoado os primeiros botões do vestido, revelando o início da renda preta do sutiã e a curva generosa de seus seios. Seus mamilos estavam visivelmente rígidos sob o tecido, implorando por atenção.
Ricardo se afastou de mim e caminhou até ela, estendendo a mão para tocar seu rosto. Dani inclinou a cabeça contra a palma dele, como uma gata buscando carinho. O gesto era tão íntimo que senti uma pontada aguda no peito. Ele deslizou o polegar pelos lábios dela, e sem hesitar, Dani o abriu, sugando-o lentamente, seus olhos nunca deixando os dele.
— Tire o vestido dela — Ricardo ordenou, sem tirar os olhos de Dani, seu polegar ainda entre os lábios dela. — Quero ver o que você tem guardado só para você todos esses anos.
Aproximei-me, os dedos tremendo levemente enquanto alcançava os botões restantes. O tecido deslizou pelos ombros dela, revelando a pele que eu conhecia tão bem, mas que agora parecia diferente sob o olhar de Ricardo. Cada centímetro exposto parecia uma nova descoberta. O sutiã preto de renda mal continha seus seios fartos, a calcinha combinando era minúscula, apenas um triângulo de renda que mal cobria seu sexo. As ligas que prendiam as meias-calças emolduravam suas coxas de forma perfeita.
— Agora, André — Ricardo disse, sua voz mais baixa, mais controlada, enquanto retirava o polegar da boca de Dani, deixando um fio de saliva conectá-lo aos lábios dela — quero que você a prepare para mim.
Franzi a testa, sem entender completamente.
Ricardo sorriu, mas o sorriso não alcançou seus olhos.
— Quero que você use sua boca nela. Quero que a deixe molhada e pronta para mim. Quero que você sinta o gosto dela antes que ela seja minha.
O ar ficou preso em meus pulmões. Aquilo não estava em nosso script original com Rodrigo. Era algo novo, algo que transformava meu papel de observador em participante sob comando. A dinâmica havia mudado completamente. Meu membro pulsou dolorosamente em resposta.
Olhei para Dani, buscando algum sinal, alguma orientação. Ela mordeu o lábio inferior e assentiu quase imperceptivelmente, suas pupilas dilatadas de desejo.
— Faça isso — ela sussurrou, sua voz carregada de necessidade. — Mostre a ele como você me prepara.
Ricardo se afastou, sentando-se na poltrona que antes ocupei com Rodrigo. Mas diferente de mim, ele não parecia um observador passivo. Ele era o diretor, o comandante. Começou a desabotoar sua camisa lentamente, revelando um peito musculoso coberto por pelos grisalhos.
Ajoelhei-me diante de Dani, sentindo o carpete macio sob meus joelhos. Ela abriu as pernas devagar, o vestido já reunido em sua cintura. A lingerie preta era nova, algo que eu nunca tinha visto antes. Teria ela comprado especialmente para esta noite? Para ele? A renda delicada mal cobria sua intimidade, e eu podia ver a umidade já acumulada ali, fazendo o tecido escuro brilhar levemente.
Afastei o pensamento e me concentrei na tarefa. Deslizei as mãos pelas coxas dela, sentindo a pele quente e macia sob meus dedos, a textura das meias-calças criando uma sensação deliciosa. Quando alcancei a borda da calcinha, hesitei por um momento, sentindo o calor que emanava de seu centro.
— Não seja tímido, André — a voz de Ricardo veio da poltrona, um comando suave mas inegável. — Mostre-me como você a satisfaz. Mostre-me como você faz sua esposa gemer.
Algo dentro de mim se rebelou e se rendeu ao mesmo tempo. Puxei a calcinha de Dani para o lado, revelando seus lábios inchados e rosados, brilhantes de excitação. Inclinei-me para frente, minha língua encontrando seu centro úmido. Ela já estava encharcada, muito mais do que eu esperava, seu clitóris inchado e pulsante contra minha língua. O gemido que escapou de seus lábios quando a toquei foi quase doloroso de ouvir — era um som que eu conhecia intimamente, mas que agora parecia dirigido a outra pessoa.
Fechei os olhos e me concentrei em dar prazer a ela, usando todos os truques que aprendi ao longo de nossos anos juntos. Sabia exatamente onde tocar, como pressionar, quando acelerar. Era um mapa que eu havia memorizado com devoção. Minha língua circulou seu clitóris antes de deslizar para baixo, penetrando-a superficialmente, provando sua essência mais íntima.
— Olhe para mim enquanto faz isso — ordenou Ricardo, sua voz mais rouca agora. — Quero ver seus olhos enquanto você prova sua própria esposa.
Abri os olhos e ergui o olhar, passando pelo corpo de Dani, vendo seu peito subir e descer com respirações cada vez mais rápidas, os seios quase transbordando do sutiã, até encontrar seus olhos. Mas ela não estava olhando para mim. Ela olhava para Ricardo, que agora estava completamente sem camisa, uma mão acariciando o volume impressionante em suas calças.
Continuei meu trabalho, sentindo-a ficar cada vez mais molhada contra minha língua, seu sabor almiscarado inundando meus sentidos. Seus quadris começaram a se mover em pequenos círculos, buscando mais contato, pressionando seu sexo contra minha boca com mais força. Deslizei dois dedos dentro dela, sentindo suas paredes internas apertarem-se ao meu redor, quentes e pulsantes. Quando senti que ela estava próxima do clímax, seus gemidos aumentando em volume e frequência, suas coxas tremendo contra meu rosto, Ricardo falou novamente:
— Pare.
Minha cabeça se ergueu, confuso, meus dedos ainda dentro dela, sentindo suas contrações. Dani gemeu em protesto, seus quadris ainda se movendo, buscando o alívio que estava tão próximo.
— Ela está pronta agora — Ricardo disse, levantando-se da poltrona. Ele terminou de se despir metodicamente, sem pressa, revelando um corpo surpreendentemente em forma para sua idade. Quando ficou apenas de cueca boxer preta, o volume impressionante e intimidador evidente sob o tecido esticado, ele me encarou.
— Agora — ele disse, a voz mais baixa, quase um sussurro — quero que você me ajude a entrar nela. Quero que você seja parte disso.
Meu coração parou por um segundo, depois acelerou a um ritmo quase doloroso. Meu próprio membro pulsava dolorosamente, preso em minhas calças, uma mancha úmida já visível no tecido.
— Como? — perguntei, a palavra saindo áspera da minha garganta seca.
Ricardo baixou a cueca, liberando sua ereção. Ele era impressionantemente grande, muito maior que eu, grosso e com veias proeminentes, a glande já úmida e brilhante. Uma observação que fez meu estômago se contrair em um nó complexo de emoções — inveja, admiração, excitação.
— Segure-me — ele disse simplesmente, seu membro pulsando diante de mim. — Guie-me para dentro dela. Mostre-me o caminho para dentro da sua esposa.
Olhei para Dani, que agora estava completamente deitada na cama, o vestido removido, apenas de lingerie, as pernas abertas em um convite explícito. Seus olhos estavam semicerrados, o peito subindo e descendo rapidamente, os mamilos agora completamente expostos, pois ela havia abaixado as taças do sutiã. Ela parecia hipnotizada, presa entre o desejo e a expectativa, um dedo deslizando preguiçosamente sobre seu clitóris inchado.
— André — ela sussurrou meu nome como uma súplica, sua voz embargada de desejo. — Por favor.
Minha mão tremeu quando a estendi. Hesitei por um momento que pareceu se estender por horas, antes de finalmente envolver meus dedos ao redor de Ricardo. Ele estava quente e duro como aço, pulsando levemente contra minha palma. A sensação era estranhamente familiar e completamente nova ao mesmo tempo.
— Bom garoto — ele murmurou, e o elogio me atingiu de uma forma que eu não esperava, enviando uma onda de prazer pela minha espinha.
Guiei Ricardo até a cama, onde Dani esperava. Ela abriu as pernas mais amplamente quando nos aproximamos, expondo completamente sua intimidade molhada e pulsante. Ricardo se posicionou entre elas, e eu, ainda segurando-o, o direcionei para a entrada de Dani. A glande roçou contra seus lábios inchados, espalhando a umidade, fazendo-a arquear as costas em antecipação.
— Olhe para mim — Ricardo ordenou, mas desta vez ele falava comigo, não com Dani.
Ergui os olhos e encontrei seu olhar intenso, dominador.
— Quero que você veja isso — ele disse, sua voz um comando hipnótico. — Quero que você veja cada centímetro entrando nela. Quero que você veja sua esposa sendo preenchida como nunca antes.
E então, com um movimento lento e deliberado, ele avançou. Senti-o deslizar por entre meus dedos enquanto entrava em Dani, a glande desaparecendo entre seus lábios rosados, esticando-a visivelmente. O gemido que ela soltou foi profundo, visceral, algo entre dor e prazer extremo, suas unhas cravando nos lençóis.
— Meu Deus! — ela ofegou, seu corpo inteiro tremendo. — É tão… grande!
Ricardo continuou avançando, centímetro por centímetro, e eu observei fascinado enquanto ele desaparecia dentro dela, esticando-a de uma forma que eu nunca havia conseguido. Suas paredes internas se agarravam a ele, visíveis quando ele recuava levemente antes de empurrar mais fundo.
Recuei, minha mão agora livre, e observei Ricardo começar a se mover dentro dela. Cada estocada parecia mais profunda que a anterior, o som molhado de seus corpos se encontrando preenchendo o quarto junto com os gemidos cada vez mais altos de Dani. Ela agarrou os lençóis, os nós dos dedos brancos pela força, suas pernas agora envoltas na cintura dele, os saltos ainda nos pés, pressionando as costas musculosas de Ricardo.
— Venha aqui — Ricardo me chamou novamente, sem parar seus movimentos, o suor já brilhando em seu peito.
Aproximei-me, incerto, meu próprio membro dolorosamente rígido, implorando por alívio.
— Beije-a — ele ordenou, sua voz entrecortada pelo esforço. — Beije-a enquanto eu a fodo. Quero que você prove o gosto dos gemidos dela.
Inclinei-me sobre a cama, meus lábios encontrando os de Dani. Ela me beijou com uma fome desesperada, sua língua invadindo minha boca, seus gemidos vibrando contra meus lábios a cada investida de Ricardo. Era como se ela estivesse se agarrando a mim enquanto era levada por ele, suas mãos agora em meus cabelos, puxando-me para mais perto.
— Diga a ele — Ricardo comandou entre respirações pesadas, suas estocadas agora mais rápidas, mais profundas, o som de pele contra pele ecoando pelo quarto. — Diga a ele como se sente. Diga a ele como é ser preenchida assim.
Dani quebrou nosso beijo, seus olhos encontrando os meus, dilatados e quase negros de desejo, um fio de saliva ainda conectando nossos lábios.
— É tão… intenso — ela ofegou, as palavras entrecortadas por gemidos. — Eu nunca… ah! Nunca senti algo assim. Ele está tão fundo, André. Tão fundo que posso senti-lo no meu estômago!
Ricardo aumentou o ritmo, e as palavras dela se perderam em um gemido prolongado, quase um grito. Suas unhas cravaram em meus braços, deixando pequenas marcas em forma de meia-lua, enquanto seu corpo inteiro tremia sob o impacto das estocadas poderosas.
— Você gosta de ver isso, não é, André? — Ricardo perguntou, sua voz surpreendentemente controlada apesar do esforço físico, gotas de suor escorrendo por seu peito definido. — Você gosta de ver sua esposa assim, sendo possuída por outro homem? Sendo preenchida por um pau maior que o seu?
Não consegui responder. A verdade era complexa demais para ser articulada naquele momento. Sim, havia uma excitação inegável em ver Dani assim, entregue ao prazer, seu corpo respondendo de formas que eu nunca havia testemunhado antes. Mas havia também algo mais escuro, mais complicado — uma mistura de ciúme, possessividade e, surpreendentemente, submissão. Meu próprio membro vazava pré-gozo em minhas calças, sem sequer ser tocado.
Ricardo pareceu ler meus pensamentos.
— Você também está se submetendo a mim — ele disse, as palavras sincronizadas com suas estocadas, seus olhos nunca deixando os meus. — Ambos estão. Você está me dando sua esposa e se dando a mim ao mesmo tempo.
E ele estava certo. De alguma forma, naquela dinâmica estranha e inesperada, eu havia me tornado tão submisso quanto Dani. A realização me atingiu como uma onda, deixando-me tonto e inexplicavelmente excitado, meu membro pulsando dolorosamente.
Dani começou a tremer mais intensamente, sinais do orgasmo iminente que eu conhecia tão bem. Seus olhos se fecharam, a cabeça jogada para trás, expondo a linha vulnerável de seu pescoço, pequenas gotas de suor brilhando em sua pele corada. Seus gemidos se transformaram em gritos abafados, seu corpo inteiro tenso como uma corda de violino prestes a estourar.
— Olhe para seu marido — Ricardo ordenou, sua mão segurando o queixo dela com força suficiente para deixar marcas. — Olhe para ele enquanto você goza no meu pau. Mostre a ele o que ele nunca conseguiu te dar.
Os olhos de Dani se abriram, encontrando os meus. E naquele momento, enquanto ela era levada ao clímax por outro homem, nossa conexão parecia mais profunda do que nunca. Era como se estivéssemos compartilhando algo primordial, algo além das convenções sociais ou dos ciúmes mundanos. Seus olhos estavam vidrados, quase sem foco, mas fixos nos meus, sua boca aberta em um grito silencioso.
Quando ela finalmente chegou ao ápice, gritando meu nome e o de Ricardo em uma confusão de sílabas, seu corpo convulsionando violentamente, senti como se algo fundamental tivesse mudado entre nós. Uma porta havia sido aberta, e eu não tinha certeza se algum dia conseguiríamos fechá-la novamente. Suas paredes internas apertavam Ricardo com tanta força que ele precisou diminuir o ritmo, permitindo que ela aproveitasse cada onda de prazer que a atravessava.
Ricardo continuou por mais alguns momentos antes de atingir seu próprio clímax, com um grunhido baixo e controlado, seus quadris pressionados firmemente contra os de Dani, enterrando-se completamente dentro dela. Mesmo nesse momento de vulnerabilidade, ele manteve uma aura de domínio que era quase sobrenatural, seus olhos nunca deixando os meus enquanto pulsava dentro dela, preenchendo-a com sua essência.
Depois, enquanto os três jazíamos na cama, o ar pesado com o cheiro de sexo e suor, os corpos brilhantes e exaustos, Ricardo se virou para mim com um sorriso satisfeito, sua mão ainda possessivamente sobre o ventre de Dani.
— Você aprendeu algo hoje, André?
Olhei para Dani, que parecia estar flutuando em um estado de êxtase pós-orgásmico, os olhos semicerrados, um leve sorriso nos lábios inchados, pequenas marcas vermelhas começando a aparecer em seu pescoço e seios, testemunhas silenciosas da intensidade do que havia acontecido.
— Sim — respondi, surpreso com a honestidade em minha própria voz, meu corpo ainda vibrando com uma excitação não resolvida. — Aprendi muito.
Ricardo assentiu, como se aprovasse minha resposta, sua mão deslizando preguiçosamente pelo corpo de Dani, detendo-se entre suas pernas, onde sua essência misturada à dela escorria lentamente.
— Isso é apenas o começo — ele disse, sua mão acariciando distraidamente o cabelo de Dani, enquanto a outra coletava a mistura de fluidos entre suas pernas. — Há muito mais que posso ensinar a vocês dois.
E enquanto observava sua mão possessiva no cabelo da minha esposa, a outra trazendo os dedos molhados aos lábios dela, que os sugou obedientemente, percebi que estava ansioso por essas lições, por mais assustadoras que pudessem ser.
A noite havia começado como uma fantasia, uma repetição do que havíamos experimentado com Rodrigo. Mas agora, sob o comando de Ricardo, havia se transformado em algo muito mais profundo — uma jornada para territórios desconhecidos de nós mesmos, onde as linhas entre dominação e submissão, entre observar e participar, haviam se tornado irrevogavelmente borradas.
E o mais perturbador de tudo? Eu não queria voltar. Queria mergulhar mais fundo nesse novo mundo que Ricardo havia nos apresentado, onde minha esposa gemia como nunca antes e onde eu descobria prazeres que nem sabia que existiam.