Tendo definido que eu queria satisfazer os homens como cdzinha, comecei a me cuidar para ser a mais sexy e sensual possível. Tomei vergonha e comecei a fazer exercícios, perder peso. Via vídeos de outras cdzinhas e trans, pegava seus trejeitos, como andar, como se mexer, como ser sensual.
Algumas vezes, coloquei algumas roupas numa mochila, fui pra um motel, e lá ficava horas, me montando, andando pelo quarto, me olhando no espelho. Comecei a entender a neura que as mulheres tem com o corpo. Eu queria perder barriga, aumentar a bunda, tudo pra ficar mais gostosa ao vestir uma lingerie, um vestido, uma camisola, um salto.
A genética que me prejudicou na adolescência me favoreceu. Perdi peso mas não fiquei musculoso, não tinha costas largas nem braços fortes, meu biotipo magricelo agora me agradava. eu fazia os mesmo treinos que as meninas da academia. Obviamente que não tinha o corpo delas, mas minha cintura afinou e minha bunda agora era redondinha e arrebitada, do jeitinho que eu queria. NA rua, me vestia como Pedro, com roupas mais largas, que disfarçavam muito bem.
Mas eu gostava mesmo quando estava em casa, As calcinhas evoluiram para conjuntos de lingerie, bodys, espartilhos, vestidinhos, camisolas, saias, tops, saltos. Eu tinha 3 gavetas abarrotadas de roupinhas femininas, dezenas de combinações.
Passei a depilar meu corpo por completo, e fazer as unhas e sobrancelha no mesmo salão onde cortava meu cabelo. Tudo pra me sentir o mais fêmea possível quando me montasse.
Resolvi criar um perfil num site de swing somente pra postar minhas fotinhas. E na hora de escolher o nome foi que eu defini que, ali, montadinha, de salto, cabelão e maquiagem, eu não era Pedro, eu era July Amaral. July era uma fêmea de 1,66m , 64kg, bumbum arredondado, pele morena e pronta para dar prazer. July era minha forma de extravasar tudo aquilo que mantive reprimido a vida toda, July é o meu meio de canalizar minha vontade sexual. Enquanto eu Pedro não tinha apelo, não tinha força nem tamanho, July era poderosa, confiante, sensual, submissa, puta. July era uma parte de mim que sabia o que queria.
E a partir daí, conviver com essas duas partes tem sido maravilhoso, e vem rendendo deliciosas aventuras, as quais contarei aqui.
Beijinhos da July.