Apesar de me considerar heterossexual, sempre tive muita curiosidade em pintos. Isso desde muito cedo, “desde que eu me conheço por gente”, como diria minha mãe. Na televisão, sempre tinha programa ou filme que aparecia mulher pelada. Quer dizer, eu via esses filmes quando me deixavam ficar acordado até tarde e eu ficava sozinho na sala. Nunca tinha homem pelado. O que só fazia aumentar minha curiosidade.
Demorou para eu ter um celular só meu e confiança pra entrar em sites pornôs ou algo assim. Até hoje, com vinte e nove anos, a curiosidade continua alta. Muito antes disso, uns vinte e poucos anos antes, lembro de brincar com um primo meu, que morava na mesma rua e era uns meses mais velho, de mostrar o pinto um pro outro, ficar comparando. Mas sempre a gente era pego e ficava de castigo. Meu primo logo se mudou para o interior, e só com a internet consegui matar um pouco da curiosidade. Nunca tive um amigo de punheta ou coisa assim...
Mais recentemente, de um ano pra cá, comecei a tentar me arriscar, além do pornô. Baixei um aplicativo. Bom, na verdade, baixei dois. O primeiro é o mais famoso de encontro entre homens. Mas esse eu achei horrível. A conversa era sempre assim: “At ou pas? Tamanho do pau? Tem local?” Eu só queria conversar, num primeiro momento. Então, depois de uns dias, desinstalei esse app e baixei outro. Esse novo era para suruba, ménage, traição. Até por ser menos famoso, e por ter uma pegada mais ampla, o papo fluía mais.
Acho que por vergonha ou medo, sei lá, só coloquei que queria encontrar casais, de homem e mulher. Realmente, sempre tive vontade de transar a 3, com um casal. Até conversei com alguns, mas nada rolou. Mas vários homens me mandaram mensagem. Todos se diziam bissexuais ou só curiosos (como eu me defini) e que também buscavam uma transa com outro cara e uma mina juntos. Com vários acabei trocando nudes. Foi muito legal ver tantos pintos de homens reais, não de atores pornôs.
Uma noite de sexta eu estava sozinho em casa, acabei não tendo date com nenhuma garota nem saindo com meus amigos. Não achei nenhum filme ou série que me despertasse o interesse, então entrei no aplicativo. Nesse momento, já tinha ampliado meu interesse para homens, também. Como era um aplicativo pequeno, a maioria eu já tinha conversado ou não me interessava (muito velho, muito novo, muito longe).
Vi uns poucos perfis diferentes e mandei um “oi” pra eles. Dois responderam. Com um, o papo não fluiu, mas com o outro a conversa foi encaminhando. “Sarado BI 30a” era o apelido. Realmente, ele era bem sarado. Nesse app, você tinha uma galeria de fotos aberta e uma fechada. Na galeria liberada, tinha umas duas fotos sem camisa. Uma com calção de futebol e outra de sunga.
“E aí, procurando um ménage?” – ele perguntou.
“Sim, sempre sonhei em fazer um ménage, uma suruba” – respondi.
“Eu tb, cara. Conversando com muitos casais aí?”
“Conversei com uns poucos, mas nada foi adiante”
“Tô na mesma”
“Precisamos achar uma mina pra transar com a gente”
“Eu até namoro, mas ela nunca ia aceitar”
“Já conversou com ela?”
“Ela me mataria só de falar em transar com outro cara”
“Por que?”
“Acho que por ter outro cara metendo nela na minha frente”
“Mas você ia só ficar olhando”
“Claro que não”
“E você toparia interagir com o cara?”
“Acho que penetração não. Mas não tem como um pinto não esfregar no outro quando um está comendo o cu da mina e o outro comendo a buceta”
“Você não teria ciúme de outro cara comendo a buceta ou o cu da sua mina?”
“Só se o cara tiver o pau muito maior que o meu kkkkkk”
“Então não precisa se preocupar comigo, meu pau é bem mediano kkkk”
“Que bom, o meu também”
“Duvido, libera a galeria privada pra conferir”
“Calma, só eu tô falando aqui. O que você tem vontade de fazer com um casal?”
“Que nem vc falou, o que mais queria é um metendo no cu da mina e o outro na buceta”
“Os pintos se esfregando”
“Exatamente”
“Mas e você e o cara, só esfregação durante a meteção?”
“Que nem vc falou, não tenho vontade de penetração com um cara, mas vou confessar que tenho muita vontade de pegar num pinto”
“Eu também, e se minha mina me vê pegando num pinto de um cara me mata e depois termina o namoro comigo kkkk”
“Entendo, acho que se minha ex me visse pegando num pinto, também terminaria comigo”
“Ia achar que a gente é viado, né?”
“Exato. Melhor ficar na encolha, mesmo”
“Sim. Vamos achar uma mina que não seja nossa namorada. Não tem nenhuma amiga que topa?”
“Posso até conversar com duas ou três, mas duvido que topem”
“E só com um cara, você toparia?”
“Como assim?” – perguntei, com o coração até batendo mais rápido.
“Sei lá, tipo, uma punheta juntos, um pro outro, pra ir se conhecendo até encontrar uma mina”
“Boa, aí fica até melhor quando tivermos a 3, não tem vergonha um do outro”
“Exato, já fica acostumado a ver o outro pelado, de pau duro”
“Pra que aperto de mão, já cumprimenta pegando no pinto hahahaha”
“Eu topo, hein”
“Então abre a galeria privada pra já mostrar o pinto, pra gente já ir se acostumando com a imagem...”
“Calma, cara, vamos conversar mais”
“Vamos conversar mais. Mas vendo o pinto do outro acho que a conversa vai durar até mais hahaha”
“Tá bom, vou abrir. Mas abre a sua tb”
“Já tô abrindo”
Eu libero o acesso da minha galeria privada e vou para a dele. Só uma foto. Um close do pinto (no meu tinha duas: a primeira, um close do meu pinto, foto bem parecida com a dele; a segunda, mais distante e um pouco de lado, mostrando meu torso também; mas vamos voltar pro pinto dele). Um belo pinto. Pau duro, saco raspado, pelos em cima do pau bem aparados. Pele clara, cabeça rosada, não circuncidado, mas com a pele toda puxada pra baixo. Ligeiramente curvo. Veias aparecendo por baixo da pele clara. Bolas boas. Como ele tinha falado, não era um pau enorme, mas era longe de ser pequeno. Parecia um pouco maior que o meu. Volto para o chat do aplicativo.
“Muito bonito o seu pinto” – elogio.
“Obrigado. O seu também, baita pauzão”
“Obrigado. Mas não é grande, não. Só um ângulo bom. O seu que parece bem grande”
“Mesma coisa que você, boa câmera e bom ângulo. 16”
“Tô por aí, tb” – falei, apesar de não gostar dessa coisa de medida de pau.
“Tô vendo as fotos e nossos pintos são bem parecidos”
“Quem sabe a gente não vê ao vivo e compara”
“Sim, encosta um no outro e vê se são parecidos mesmo”
“Topa uma esfregação de pintos?”
“Topo, claro”
“Acho que deve ser bem legal, tenho bastante vontade de fazer uma esfregação de pintos”
“Eu tb. O que mais você tem vontade de fazer?”
“Isso, pegar num pinto, punheta juntos, um pro outro, esfregação de pintos. Não tenho vontade de penetrar, muito menos ser penetrado”
“Eu tb. E chupar?”
“Não sei. Até acho que tenho vontade, não sei, mas não tenho coragem”
“Eu tenho vontade de chupar e ser chupado, 69, mas não sei se teria coragem”
“69 até pode ser, um dia, se o cara fosse muito legal, e a gente estivesse bem à vontade um com o outro”
“Exato, não no primeiro dia, só depois de se conhecer bem. E só chuparia se o outro cara chupasse também”
“Sim, só um chupando não rola”
“Isso, reciprocidade”
(Já estava curtindo que ele escreve correto, mas reciprocidade me deu até mais tesão)
“Boa, reciprocidade” – concordei.
“Mas tem uma curiosidade minha que tudo bem se vc não tiver, eu tenho vontade de dar uma cheirada no pinto de um cara. Não fedido, o cara tomou um banho, mas deu uma caminhada até chegar pra me encontrar, sabe.”
“Claro, não iria te encontrar depois de trabalhar o dia todo e suar na academia, aquele que só de tirar a cueca já dá pra sentir o cheirão do pinto”
“Nossa, às vezes eu fico assim mesmo, mó cheirão kkk”
“Eu tb. Tá, nunca tinha tido essa curiosidade, mas agora também quero cheirar o seu pinto”
“Beleza, vou da academia direto te encontrar kkkk”
“Se for assim, vou ficar depois de correr uma maratona hahaha”
“Tá bom, banho tomado”
“E assim como tá na foto, saco raspado, né?”
“Claro, nem teria coragem de ir todo peludo”
“Nem eu, não consigo ficar sem raspar, só deixo o pelo em cima do pinto, que nem na foto”
“Eu tb. Mas eu contei uma tara estranha minha, você tem alguma?”
“Acho que tenho. Sei lá, coisa doida da minha cabeça. Como no pornô só tem cara de pau duro, e quando troco nudes, todo mundo tá de pau duro, tenho vontade de ver o pinto mole. Sei que é doideira...”
“Não acho doideira, não. Acho bonito o pinto mole, tb. O difícil vai ser ficar de pau mole do seu lado kkkk”
“Depois de gozar”
“Depois de gozar umas três vezes”
“Aí eu brinco com ele mole”
“Aí vai ficar duro novamente”
“Tudo bem, vai crescer na minha mão”
“Gostei da ideia, vamos continuar na reciprocidade, vou brincar com seu pinto mole também”
“Combinado”
“Eu até tenho uma foto legal que eu tô de pau mole”
“Me manda”
“Como?”
“Whats?”
“Fica ruim pra mim, minha namorada vive inspecionando meu celular...”
“Bota na galeria privada”
“Aí não, né! A galera não gosta de pinto mole, vou mostrar pra vc pq vc falou que gosta”
“Ah, então tem muita gente com acesso a sua galeria privada? Hahaha”
“Tem uma galerinha. Vai dizer que na sua não?”
“É, tem uma boa quantidade com acesso tb”
“Então, é só pra vc”
“e-mail?”
“Pode ser, tenho um que alternativo que nem uso mais, deixa só eu ver se ainda lembro a senha”
“Ok, eu espero”
“Deu certo, é esse aqui:” e ele passou o e-mail
“Vou mandar um oi lá”
“Recebi”
“Então manda a foto”
“Vou mandar, mas quero suas tb”
“Eu ainda tô no crédito, tinha 2 minhas na galeria e só 1 sua”
“Então vou mandar algumas, pra você mandar tb”
“Combinado”
“Mandei”
Depois de dois minutos, chegou o e-mail. A primeira foto era do pinto mole. Ele usava um roupão azul escuro aberto, dava pra ver seu umbigo e seu pinto. O saco continuava raspado, mas os pelos púbicos estavam mais compridos. A pele era longa, cobria toda a cabeça e sobrava. Fiquei com água na boca e meu pau pulsando. A segunda era outra foto com o pinto mole. Nessa, ele estava sentado em uma poltrona, bem largado, pernas abertas, o pau pendendo pro lado. A terceira era um close no pau duro. Só o pau, agora visto de cima, como no olhar dele. As três fotos eram excelentes, muito bem fotografadas.
“Uau, que fotos incríveis! Aliás, que pinto incrível o seu!” – elogiei, mas era tudo verdade.
“Obrigado, agora é a sua vez”
“Algum pedido?”
“Tô podendo pedir? Kkkkk”
“Depois dessas fotos lindas, pode. Mas sem exageros”
“Ah, ia pedir uma pelado de corpo inteiro e rosto aparecendo e outra do cu... kkkk”
“Pinto e rosto não rola, vc sabe. E cu tá fora da nossa brincadeira”
“Penetração tá fora. Mas eu deixo você dar uma lambidinha aqui atrás se vc quiser kkkk”
“Curte beijo grego?”
“Não sei, nunca fiz, mas tenho curiosidade”
“Tá bom, se tiver bem limpinho, até tento fazer. Mas não no primeiro dia, deixa a gente se conhecer melhor, cu é muito mais íntimo que pinto hahahaha”
“E vai querer continuar na reciprocidade?”
“Vamos lá, então, eu topo”
“Bom! Mas cadê suas fotos?”
“Vou mandar”
Mandei uma de pinto mole e outra da minha bunda. Não do cu, só da bunda, de lado.
“Uau, curti!” – disse ele.
“O que?”
“Tudo. Nunca achei que ia ficar com tesão num pinto mole, mas meu pau até babou aqui quando vi. E sua bunda é muito bonita, vontade de apertar”
“Só apertar, hein? Hahaha”
“E dar umas lambidas!”
“Um dia”
“Sei, não no primeiro dia”
“Exato”
“Já que topou beijo grego, topa beijo na boca?”
“Não depois do beijo grego hahahaha”
“kkkkk”
“Sério agora, não sei... Vai parecer coisa de puta, mas beijar na boca parece muito íntimo, não sei se teria coragem de beijar um cara na boca”
“Nunca te compararia com uma puta, você é muito mais gostoso! E se você for puta, eu também seria, pelo jeito”
“Também não tem coragem de beijar um cara?”
“Não sei. Mas a gente disse que não tinha coragem de chupar e de dar um beijo grego, mas já combinamos de fazer os dois...”
“Você que não para de me desafiar!”
“Então te desafio a me beijar na boca!”
“Não vi sua boca ainda...”
“Não seja por isso, olha o email” – ele escreveu, depois de um tempinho.
Abri o e-mail e tinha duas fotos. A primeira era um close de sua boca. Uma boca gostosa, lábios meio grossos. Tinha barba e bigode castanho claro. A outra era uma do pinto mas tirada de baixo. Bem de baixo. Ele devia estar deitado e estava com as pernas bem abertas. Dava pra ver um pouco do cu. Um cu lisinho. Até cogitei nesse momento repensar minha ideia de não penetração.
“Puta que pariu! Beijo. A boca e o cu”
“Mas nessa ordem, hein kkkkk”
“Nunca fui de curtir cu, mas seu cu me excitou”
“Mas lembra que é só pra lamber!”
“Sim, não ia pedir pra meter pq eu não ia deixar vc meter em mim”
“Reciprocidade”
“Sempre”
“Mas e a boca, não gostou”
“Claro que gostei, boca gostosa, até disse que beijava”
“Ah bom kkkk. Agora sua vez de mandar fotos, eu que tô no crédito”
“Tá, vou mandar da boca, vou fazer uma foto agora. Mas não vou mandar do cu hoje, não. Não tenho uma pronta e não tô pronto a fazer uma foto dessas agora, tenho que me preparar pra isso...”
“Sem problema, manda outra pra me surpreender”
“Ok”
Tirei uma da boca e mandei no e-mail. Mandei outra do meu pinto, mas agora mijando.
“Eita, curte um golden shower?” – ele perguntou.
“Lá vem você me desafiando de novo”
“Foi você quem mandou foto mijando”
“Tá, mais uma tara minha. Não golden shower! Mas curto ver caras mijando. Bom, já confessei: sou mó manja rola hahaha”
“Também sou manja rola, mas no vestiário da academia, nunca fiquei manjando no mictório”
“Eu manjo em qq lugar! Mas acho divertido ver mijando”
“Agora vou ter que começar a manjar no mictório tb. Se eu apanhar a culpa vai ser sua kkk”
“Eu nunca apanhei, manjo bem discretamente!”
“Então um dia vou mijar na sua frente e você vai poder manjar indiscretamente”
“Eu vou adorar”
“Depois tiro uma foto mijando, agora não vai rolar”
“Vou ficar esperando”
“E eu vou esperar o seu cu”
“Só na foto hahaha”
“E na lambida kkkk”
“Hahahaha”
“Cara, tô curtindo muito conversar com vc”
“Eu tb, estamos querendo as mesmas coisas”
“Sim, mas não é só isso, tá fluindo, nunca conversei assim por app com ninguém”
“Igual, aqui. Tá fluindo muito bem”
“Tô realmente com vontade de encontrar vc”
“Eu tb. Por mim, a gente fazia uma ligação de vídeo pra conversar, bater uma. Tô louco de tesão aqui”
“Eu tb tô morrendo de tesão”
“Mas eu sei que é complicado pra vc por causa da namorada”
“Cara, tô com tanto tesão que vou fazer uma loucura. Tem um app bem desconhecido e seguro, se você baixar, a gente se fala por lá”
“Blz, qual é?”
Ele me disse qual era e eu baixei. Fiz o cadastro. Agora precisava do contato dele.
“Pronto, instalei. É tipo whats, o contato é pelo número do telefone?”
“É. Passa o seu que eu passo o meu”
Passamos o número um pro outro. Quando fui salvar nos contatos, minha surpresa. Eu já tinha esse contato salvo. Era do meu primo, aquele primo que há vinte anos atrás mostrava o pinto pra mim enquanto eu mostrava o meu pra ele, e quando éramos pegos, ficávamos de castigo. Pelo jeito, ele ainda gosta de ver pintos, assim como eu também não mudei.
Não escrevi nada e ele também não. Não fiz chamada de vídeo, nem ele. Cinco minutos e nada. Claro que ele já sabia que era eu. A gente perdeu o contato muitos anos atrás, quando meus tios se mudaram para o interior. Mas ele voltou pra capital faz menos de um ano, e entrou em contato pra me convidar para o seu casamento. Ele estava noivo e ia casar em menos de dois meses. Nem chegou a vir em casa entregar o convite ainda.
Chegou uma mensagem pelo app:
“E agora?”
“Por mim, tudo bem” – respondi.
“Não é estranho?”
“É, mas é tão estranho como 20 anos trás”
“Você lembra?”
“Como se fosse ontem”
“Eu tb nunca esqueci”
“Pena que a gente não continuou”
“Eu fui sequestrado pro interior”
“Mas agora tá de volta. Podemos retomar”
“Você sabe que eu tô noivo”
“Você me contou, estou esperando o convite”
“Não sei se está certo”
“Estava tudo bem até agora, vc ia fazer com um estranho. Só pq sou seu primo agora está errado?”
“Parece mais errado”
“Me parece mais certo. A gente sempre teve essa curiosidade junto, e parece que não mudou. Alguma coisa fez a gente se encontrar”
“Não vai começar com papo exotérico”
“Não é exotérico, é erótico, tesão. Eu ainda tô de pau duro e com tesão em vc. Vc não está mais com tesão?”
“Acho que estou até com mais tesão ainda!”
“Eu tb. Posso te ligar?”
“Tá, mas liga naquele outro app”
“Sou seu primo, tudo bem ter uma chamada com vc no whats”
“Tá bom”
Fiz ligação de vídeo. Ele atendeu:
- E aí, primo? – falou.
- E aí? Que mundo pequeno, hein?
- Né? Ai, cara, tô morrendo de vergonha...
- Envergonhado e com tesão?
- Com muito tesão! – falou, com um sorriso safado maravilhoso.
- Eu tô só com tesão!
- De todas as pessoas dessa cidade imensa, do mundo, como fui conversar com você?
- Tinha que ser eu! Somos as pessoas mais seguras um pro outro. A gente não levanta suspeita de conversar, se encontrar. Nunca ninguém vai desconfiar. E a gente precisa resolver o que a gente começou vinte anos atrás!
- A gente nem sabia o que estava fazendo há vinte anos atras...
- Isso é o que os nossos pais queriam que a gente acreditasse. Mas tanto a gente sabia o que queria que estamos fazendo o mesmo agora!
- Você já fez isso antes?
- Nunca. Nunca tive coragem. Sempre quis, mas sempre tive medo. Comecei no app há pouco tempo e nunca encontrei ninguém que bateu, até você.
- Eu também. Sempre quis, desde aquela época, mas sempre me senti culpado, com medo, com vergonha. Agora que vou casar, vi que era agora ou nunca.
- Pois é! É a oportunidade perfeita!
- Putz, eu não sei...
- Não vou ser o chato que vai ficar insistindo, mas você tá deixando ser influenciado por nossos pais, que colocaram culpa na nossa cabeça vinte anos atrás.
- Foda-se, você tá certo. É agora ou nunca, vamos em frente!
- Isso, primo! Nem acredito que vai acontecer, e que vai ser com você!
- Eu tô livre amanhã, até umas duas da tarde.
- Eu tô livra amanhã, até umas oito da noite!
- Beleza, me manda seu endereço por escrito que umas nove eu tô aí!
- Combinado. Mas que tal uma punheta virtual agora, eu tô morrendo de tesão e vou ter que bater uma de qualquer jeito pra dormir.
- Cara e pinto?
- Acho que posso confiar em você.
- Vamos lá, então.
Desci o celular e mostrei meu pinto duro, pulsando, todo babado.
- Puta pinto gostoso, primo! – ele falou.
- Brigado. Mostra o seu.
Ele baixou o celular e mostrou o pinto. Também duro, pulsando e babado.
- O seu também é uma delícia!
Começamos a nos masturbar, falando um monte de putaria um pro outro. Uma das poucas que eu me lembro que ele falou pra mim foi: “foda-se, vou chupar seu pinto amanhã, mesmo” e eu respondi “então amanhã vai rolar um 69 bem gostoso”. Gozamos. Ele gozou primeiro e eu logo na sequência. Até que demorou um pouco, eu imaginei que ia gozar em segundos, de tanto tesão que eu estava e há tanto tempo. Só conversando sem saber quem a gente era foram mais de duas horas. Desligamos a chamada e eu dormi assim que limpei a porra do meu peito com um lencinho de papel.
Dia seguinte acordei cedo, antes das oito horas. Tomei um bom banho, raspei o peito e o saco. Coloquei bermuda e camiseta confortáveis. Nem consegui comer nada, de tanta ansiedade. Oito e meia tocou o interfone. Será que já era ele. Atendi. Sim, era ele. Em menos de dois minutos tocou a campainha. Meu coração estava batendo acelerado.
Abri a porta e lá ele estava. Lindo. Cabelos castanho claros, olhos esverdeados. Corpo definido sem ser muito musculoso. Ele estava de regata, bermuda e chinelos.
- Primo! – ele falou!
- Grande, primo! – falei, dando um abraço apertado nele.
- Agora você não vai mais me ver de pinto mole... – sussurrou.
- Deu pra sentir. Tudo bem, mais tarde eu vejo...
Fechei a porta e ele falou:
- Você tá tão lindo e tão gostoso, primo! – ele falou – Posso beijar sua boca?
- Nem precisa perguntar...
Voltamos a nos abraçar, agora com um beijo intenso ao mesmo tempo. Eu sentia suas mãos nas minhas costas, e eu também o agarrava, talvez com medo que ele fosse embora novamente. O beijo foi longo. Nenhum de nós queria que acabasse. Quando enfim nos soltamos, falei:
- Tira logo essa roupa que eu não aguento mais de vontade de te ver pelado, de pegar no seu pinto!
- Claro, mas podemos ir pra sala ou pro quarto, ou tem que ser aqui na porta de entrada?
- Dessa vez, podemos. Da próxima, já vai ficar pelado na porta de entrada, mesmo...
Fui com ele para a sala (que era a um metro de distância da porta) e já fui tirando minha roupa. Fiquei pelado na frente dele, meu pau bem duro.
- Caralho, você não imagina quantas vezes eu sonhei com isso, como você estaria agora, se um dia eu ia te ver assim, peladão, com o pinto à mostra – ele falou, com olhos de desejo.
- Então tira a roupa também, porque eu também sonhei com você pelado várias vezes nesses vinte anos...
Ele arrancou a roupa e ficou pelado na minha frente. Que delícia. Comecei a acariciar o pinto dele e ele começou a acariciar o meu.
- Vamos comparar nossos pintos como a gente fazia antigamente?
- Vamos!
Puxei uma cadeira da mesa de jantar e sentei de pernas bem abertas. Ele pegou outra e colocou de frente à minha, encostada. Sentou também de pernas bem abertas. Ficamos olhando um pro pinto do outro.
- Continuam iguaizinhos!
- Praticamente idênticos.
Eu escorreguei mais pra frente e ele fez o mesmo, colocando a perna direita dele sobre minha perna esquerda. Nossos pintos se encostaram.
- Praticamente do mesmo tamanho – ele falou.
- O seu é um pouquinho maior.
- Quase nada, nem dá pra notar se não ficar assim encostados.
Ele pegou nossos dois paus com sua mão direita e começou uma punheta lenta.
- Nossa, que delícia! – falei, gemendo.
Depois de um tempo, perguntei:
- Quer ir pro sofá, pra cama?
- Não, quero ficar assim até a gente gozar. Desde que aprendi a bater punheta, sempre sonhei em fazer assim, dois pintos juntos, colados. Sendo o seu, então, não tinha como ser mais perfeito! E quero gozar várias vezes hoje. Não saio daqui enquanto meu pau conseguir ficar duro e ainda tiver porra no meu saco.
- Então deixa eu bater um pouco, porque sempre imaginei e quis pegar no seu pau duro.
Ficamos nos revezando em quem batia punheta nos nossos pintos colados, até que ele gozou. Sentindo seu pau pulsando junto ao meu e sua porra caindo em cima de nós, gozei na sequência.
A gente só respirava fundo e ria. Uma alegria imensa, como se tivesse resolvido um problema de vinte anos que a gente nem sabia direito que nos afligia. A gente sentou reto na cadeira, se abraçou e se beijou novamente.
- Vem, vamos tomar uma ducha pra limpar essa porra toda – falei, enquanto limpava a porra que havia caído no chão.
Tomamos uma breve ducha, só pra limpar a porra mesmo. Mas imediatamente começamos a tocar o pinto um do outro, o que levou a nossos paus ficarem duros novamente. Dessa vez, fomos para o quarto.
- Posso te chupar? – meu primo perguntou.
- Claro!
Me deitei na cama e ele veio entre minhas pernas. Acariciou todo o meu pinto, lambeu do saco até a cabeça do pau e começou a me chupar. Que delícia!
Depois de um tempo, falei:
- Minha vez de te chupar.
Invertemos as posições. Eu passei a ficar no meio de suas pernas. Meu rosto a centímetros do seu pinto. Eu poderia ficar horas assim, só admirando seu pinto. Mas queria sentir na minha boca. Lambi seu saco, seu pau. Coloquei a cabeça entre meus lábios e em seguida comecei a sugar. Chupei seu pinto da melhor forma que pude. Acho que estava bom, porque ele não parava de gemer. Depois de um bom tempo, ele falou:
- Lambe meu cu?
- Claro!
Levantei suas pernas bem abertas. Seu cu se revelou para mim. Encostei minha língua e comecei a lamber. Ele gemia ainda mais alto. Começou a se masturbar velozmente. Eu também me masturbava. Ele gozou em seu peito, pescoço e rosto. Eu lambi seu saco enquanto descia suas pernas.
- Goza no meu pinto... – ele pediu.
Encostei a cabeça do meu pau no seu saco e voltei a me masturbar. Gozei em seu pinto. Espalhei toda minha porra quente por todo o pinto.
- Acho que vou precisar de outra ducha... – ele falou.
- Vamos lá, eu vou ficar te assistindo.
Depois da ducha, fomos pra sala.
- Você tem um PS5? – perguntou meu primo.
- Tenho, quer jogar?
- Claro.
Começamos a jogar Fifa, pelados os dois, de pinto mole. Era muito legal estar assim. Jogamos por mais de hora. Depois fizemos competição de pênaltis. Quem fizesse o gol (ou quem defendia) podia pedir uma “prenda” ou dar um castigo.
Teve de tudo. Beijo na cabeça do pau, lambida no sovaco, tapinha (de leve) no saco, bater o pau na cara do outro. Mais um gol meu e eu pedi:
- Senta no meu pau.
Ele veio em cima de mim, abriu bem as pernas e sentou de frente pra mim. Meu pau estava encostado no seu cu. Ele deu uma rebolada.
- Se um dia eu tiver coragem, deixo você me comer... – ele falou.
- E se for bom, deixo você me comer, também...
Não dava mais pra continuar jogando. Era impossível prestar atenção na TV. Mas ao mesmo tempo estava muito bom assim, descontraído. Desliguei o Playstation e coloquei num programa de esportes. Trouxe cerveja para nós. Ficamos quase uma hora assistindo TV e bebendo cerveja pelados. Claro que não parávamos de pegar um no pinto do outro, o que fez com que permanecêssemos de pau duro o tempo todo.
Fizemos tudo que sempre quis fazer. Comparamos nossos pintos. Olhamos cada detalhe, cada pelo, cada veia, aquela linhazinha que vai do cu à cabeça do pau. Beijamos o pinto todo um do outro. Lambemos. Tiramos fotos um do pinto do outro. Dos nossos dois pintos juntos. Por fim, gozamos ainda uma terceira vez. Após uma nova ducha, mais fotos de nossos pintos, agora moles, enfim.
- Quando vamos repetir? – perguntei.
- Eu queria muito, mas estou me casando em pouco tempo. Não sei se é certo...
- Eu te entendo. Eu quero muito repetir, então, se um dia você quiser, é só me chamar!
Após um longo e apertado abraço, ele foi embora. Eu nunca estive tão feliz e tão triste ao mesmo tempo. Feliz por reencontrar meu primo e por enfim termos feito tudo que sempre quisemos fazer, com calma, com liberdade, sem medo, sem julgamento. E triste porque talvez nunca mais aconteça novamente.
Quase todos os dias seguintes eu me masturbei lembrando daquela manhã incrível com meu primo, vendo as fotos dos nossos pintos juntos.
Enfim chegou o casamento. Quase não tive forças para ir. Mas não podia faltar. Tomei um banho, coloquei meu melhor terno, a gravata mais cara e fui para o casamento. Não ia ter igreja, o casamento ia ser no mesmo lugar da festa.
A cerimônia foi muito bonita, e dava pra ver que meu primo estava realmente apaixonado por sua noiva e muito feliz com o casamento. Isso me alegrou um pouco. Era bom saber que ele não estava arrependido de casar.
Não muito depois do começo da festa (uma bela festa, aliás), meu primo me abraçou e sussurrou no meu ouvido.
- Tem um banheiro pequeno atrás do painel de flores, onde foi a cerimônia. Vai pra lá que eu já te encontro...
Disfarcei um pouco, peguei uma taça de vinho e fui para a sala ao lado do salão de festas, onde havia sido a cerimônia. Atrás do painel de flores tinha um banheiro masculino e um feminino. Entrei no banheiro masculino. Uma pia, dois mictórios e um reservado. Mal entrei meu primo entrou e trancou a porta. Ficamos na frente do mictório.
- Não consegui parar de pensar no seu pinto todos esses dias! – falou meu primo, colocando pra fora o pinto dele, que já endurecia.
Sem falar nada, coloquei meu pinto pra fora, e logo estávamos um com a mão no pinto do outro. Em segundos, estávamos duros e punhetando um ao outro.
Nesse momento, a porta do reservado se abre e meu tio fala:
- Que porra que tá acontecendo aqui?
- Não é nada do que você está pensando, pai... – falou meu primo, já guardando o pinto na calça.
- É melhor eu não pensar nada, mesmo! Só vai pra sua festa, que me custou muito caro... – falou meu tio para meu primo – E com você eu falo depois... – agora foi pra mim.
Meu tio destrancou a porta e saiu pisando fundo. Meu primo tremia. Eu dei um abraço e falei:
- Vai pra lá, vamos fazer de conta que nada aconteceu!
Ele lavou o rosto e saiu, sem falar nada. Eu fiquei lá um tempo e voltei pra festa. A culpa por ter sido pego bateu forte. Acabei bebendo bem mais do que devia. Não dei show, não passei mal, mas acordei com uma ressaca terrível no dia seguinte.
Enquanto eu tomava um café forte, pra tentar melhorar a dor de cabeça, tocou o interfone. Era meu pai. Mandei subir, mas já desconfiava o que era.
Abro a porta e lá estavam, meu pai e meu tio. Só deixei a porta aberta e voltei a me sentar no sofá. Eles entraram.
- Bom dia, filho – falou meu pai.
- Bom dia, pai, bom dia, tio.
- Bom dia, bom dia... O que você tem a nos dizer? – falou meu tio, com voz nada amigável.
- Que eu estou com uma puta ressaca! – falei.
- Ha, ha, ha, muito engraçado! – falou meu tio, ironicamente.
- Calma! – falou meu pai – Filho, seu tio me falou que viu você e seu primo no banheiro, ontem, durante a festa.
- Pois é, viu, caso encerrado...
- Não tem nada encerrado, pelo jeito. Voltaram no tempo, o que aconteceu? – falou meu tio, indignado.
- Exatamente isso, tio. Acertou em cheio. Voltamos vinte anos no tempo, onde a gente tinha parado. Quer dizer, onde vocês pararam a gente.
- O que você quer dizer com isso?
- Não consigo voltar realmente vinte anos no tempo – falei, com a cabeça quase explodindo – mas acho que se vocês não tivessem brigado tanto com a gente, se não tivessem colocado essa culpa na nossa cabeça, se tivessem lá atrás deixado a gente matar essa curiosidade tão normal da idade, acho que agora a gente não teria mais tanta curiosidade.
- Curiosidade em pinto dos outros?
- Exatamente, tio. Curiosidade em pinto dos outros...
- O que a gente fez foi exatamente tentar matar essa boiolagem de ficar vendo e pegando um no pinto do outro, isso sim! – falou meu tio.
- Parece que o tiro saiu pela culatra... – falei, agora sendo minha vez de ser irônico.
- Então agora é culpa nossa essa obsessão de vocês por pintos?
- Talvez ele tenha razão... – falou meu pai.
- Como assim? Por acaso a gente ficava escondido mostrando e pegando um no pinto do outro? – questionou meu tio.
- A gente nem precisava, a gente dividia o mesmo quarto. Eu te vi pelado todos os dias da minha vida, desde que nasci até o dia que você saiu pra casar, assim como você me via pelado todo dia. Nem tinha como surgir curiosidade...
- É, mas a gente não ficava pegando no pinto um do outro!
- A gente se masturbava junto vendo revista de mulher pelada e aquelas revistinhas pornôs que você comprava na banca do centro, lembra? E várias vezes masturbamos um ao outro...
Eu não acreditava no que meu pai acabara de confessar. Meu pai e meu tio faziam mão amiga! E não deixava a gente nem mostrar o pinto um pro outro!
- Mas o foco era a mulher pelada da revista! – argumentou meu tio.
- Não importa! – eu falei, indignado – Vocês ficavam pelado um na frente do outro por mais de vinte anos, mostrando o pinto um pro outro. E, pelo jeito, pegaram no pinto um do outro várias vezes. E eu não tô tentando ser moralista, pelo contrário, estou falando que não é nada demais!
- Mas seu primo agora está casado! Era a festa de casamento dele!
- Tio, vamos lá... Primeiro, vocês brigavam com a gente vinte anos atrás, faziam a gente se sentir péssimos pelo que estávamos fazendo, e acho que há vinte anos ele não era casado... Segundo, por mais de uma vez eu ouvi você contando pro meu pai, todo orgulhoso, que estava comendo a secretária, a estagiária, a funcionária nova...
- Sim, sempre mulheres!
- Ah, tá! Então pode pegar no pinto um do outro, desde que não seja casado. E pode transar fora do casamento, desde que seja com mulher. Só não pode pegar no pinto um do outro se um for casado, entendi... – não conseguia não ser irônico nesse momento.
- Não é isso, é que assim vocês vão acabar com o casamento dele!
- Tio, você viu como ele tava feliz no casamento. Nós conversamos, ele está apaixonado, o casamento vai acabar. E você já conversou com seu filho se ele não tem um relacionamento aberto ou algo assim?
- Se fosse, vocês não estavam fazendo escondido...
- Tá bom, eu concordo que foi inapropriado durante a festa.
- Muito inapropriado!
- Em minha defesa, quero deixar claro que foi seu filho que me chamou pro banheiro, mas foi inapropriado. Mas, fora isso, tem algum problema dois rapazes matarem uma curiosidade tão comum?
- Vocês já passaram da idade pra isso!
- Mas a gente foi impedido na idade certa, e só aconteceu agora. Tem algo de errado? E não me vem com religião, que cada um tem a sua!
- Você venceu, garoto. Não tem nada de errado, só colocar o casamento dele em risco, mesmo.
- Com isso, não precisa se preocupar, tio. A gente não vai colocar casamento nenhum em risco.
- Como assim, “não vai colocar”? Isso não acabou?
- Já não mataram a curiosidade, filho? – questionou meu pai.
- Não sei, pai. Acho que não. Por mim, queria ver o pinto de todo mundo!
- Como assim de todo mundo, filho? O meu também? O do seu tio?
- Claro! De todo mundo. Só olhar, ver como é...
- Ah, pronto! – resmungou meu tio.
- Filho, você é...?
- Gay? Não. Quero casar também, com mulher, gosto de mulher. Quero ter filhos, ao menos um. Mas tenho curiosidade por pintos. Talvez seja bi, pan...
- Ah, sei... – falou meu tio, sarcasticamente.
- E muito provavelmente seu filho também seja, tio!
- Pra mim, chega! Eu só quero que você fique longe do seu primo como ficou nesses últimos vinte anos!
- Tio, eu sou um homem adulto, agora. Assim como seu filho. Ninguém manda mais em nós! Se a gente quiser continuar, vamos fazer o que a gente tiver vontade! E se você se meter, é você quem vai acabar com o casamento dele.
Meu tio se levantou, abriu a porta e saiu. Meu pai se levantou para ir atrás, mas me abraçou na saída.
- Desculpa, pai...
- Tá tudo certo, filho!
Eu sabia que eu tinha razão! Mas fiquei mal pelo resto do dia. Na manhã seguinte, meu pai me ligou. Disse que tinha conversado bastante com meu tio. Que meu tio entendeu, que não vai mais se meter ou brigar. Não acreditei completamente, mas não queria prosseguir com a discussão.
Fiquei duas semanas sem falar com meu pai, muito menos meu tio. Na sexta-feira, meu pai mandou mensagem: “vai estar em casa amanhã de manhã?”. Confirmei. “Posso dar uma passada aí?”. Confirmei, novamente.
Na manhã de sábado eu seguia minha rotina preguiçosa. Tomei café enquanto lia o jornal no tablet. Às nove e meia tocou o interfone. Achei que meu pai chegaria mais tarde. Corri pra escovar os dentes e logo tocou a campainha. Quando abri, vi meu pai, meu tio e meu primo. Nem sabia que ele já tinha voltado da lua de mel...
- Bom dia. Nossa, que surpresa! Seu soubesse que vocês também vinham tinha comprado uns pães e frios. Nem tirei o pijama ainda...
- Relaxa, garoto! – falou meu tio, me dando um abraço, que eu não esperava.
Abracei meu pai, também. Depois abracei meu primo. Foi estranho, ele estava com uma cara estranha. Ainda mais com nossos pais lá, olhando pra gente. Eu fechei a porta e todos fomos para a sala (dois passos depois da entrada).
Quando meu pai ia falar algo, meu tio interrompeu:
- Eu quero dizer que...
- Deixa que eu falo dessa vez, acho que vai ser melhor... – meu pai o interrompeu, mas educadamente.
- Pode falar, eu só quero deixar claro que eu vim em paz, não quero brigar com ninguém! – falou meu tio.
- Nós – falou meu pai, indicando meu tio e ele mesmo – queremos começar pedindo desculpas a vocês dois. A gente achou que estava fazendo o que era certo pra educar vocês!
- Mas você mesmo disse que quando vocês dividiam o quarto... – tentei protestar, sabendo que que ele estava falando.
- Calma, filho. Todo mundo vai ter oportunidade de falar! Mas primeiro eu vou concluir meu pensamento.
- Desculpa, pai.
- Tudo bem... Então, como eu ia dizendo, a gente achou que estava fazendo o que era certo. Apesar de ter feito coisa parecida, como nós éramos irmãos e dividíamos o mesmo quarto, ficar pelado na frente um do outro e se masturbar juntos, parecia diferente do que vocês faziam. Para nós, não havia outra alternativa. Não dava pra ir se trocar no banheiro, só tinha um banheiro na casa dos avós de vocês. Lugar privado pra se masturbar, nem pensar. Só nosso quarto. Não tinha como ter privacidade. Então, sim. A gente via o pinto um do outro todo dia. Seu tio, meu irmão mais velho, me ensinou a me masturbar! Então nunca teve essa curiosidade de vocês. Talvez eu, como irmão mais novo, até tenha tido um pouco de curiosidade em um certo momento, já que, com dois anos de diferença, teve um período que o pinto dele estava grande e o meu ainda não. Acho que teve esse momento quando eu peguei no pinto dele pela primeira vez, quando ele me ensinava sobre masturbação. Mas passou. Até porque a gente continuou pelados e se masturbando juntos por mais dez anos depois disso.
Apesar de já saber boa parte dessa história, ouvir o meu pai contar com tanta naturalidade me espantava. Meu primo também parecia espantado, mas não como alguém que ouvia aquilo pela primeira vez. Eles já tinham conversado com ele, com certeza.
- Com vocês, parecia diferente... – continuou meu pai – Não acontecia naturalmente. Vocês se escondiam pra mostrar o pinto um pro outro. Parecia errado! Eu sei – meu pai viu minha incredulidade – eu sei, tem a ver com culpa religiosa, com opressão social... Concordo com tudo isso. E, além de tudo, quem flagrava vocês eram as mães de vocês. A gente era só incumbido de dar a bronca! Não vou falar que a culpa é exclusiva das mães de vocês, mas era difícil defender vocês naquela situação, parecia que a gente não tinha outra coisa a fazer senão tentar parar com aquilo. Por isso estamos pedindo desculpas. A gente não pensou no nosso passado, não se colocou no lugar de vocês, que não tinham um irmão para dividir essas coisas. Hoje nós entendemos que vocês não faziam nada de errado, errado estávamos nós de agir de maneira tão retrógrada e preconceituosa. Então, sinceramente, eu peço desculpa a vocês dois!
- Eu já tinha falado antes, mas eu quero pedir desculpas na frente de todos, para o meu pai, pelo meu comportamento no casamento – falou meu primo.
- Águas passadas, filho. O importante é que ninguém além de mim viu, correu tudo bem na festa, na lua de mel, seu casamento está ótimo, isso que importa.
- Pode ficar tranquilo, pai. Eu não vou fazer nada pra colocar em risco meu casamento. Vou ser mais cuidadoso das próximas vezes...
“Próximas vezes”? Quase dei um grito de felicidade! Vai ter próximas vezes, então! Comigo, com certeza.
- Bom, você falou em próximas vezes, e eu já entendi que eu não tenho que me meter na sua vida, na vida de vocês... – falou meu tio – mas eu preciso saber de uma coisa, filho. Algumas semanas atrás, seu primo falou que, talvez por causa da nossa repressão, tem curiosidade por pintos, que se pudesse via o pinto de todo mundo.
- Queria ver o pinto de todo mundo, mesmo! – falei, até pra não deixar meu primo sozinho nesse interrogatório.
- Então, filho – seguiu meu tio – você também tem esse tipo de curiosidade?
- Ah, pai, todo mundo, todo mundo, não. Mas acho que gostaria de ver o pinto de muita gente, sim...
- Tipo o meu? O do seu tio?
- Sim... – falou meu primo, baixinho e muito envergonhado.
- Com certeza! – falei, enfaticamente – Acho que essa era a maior curiosidade de todas!
- Bom, não dá pra voltar vinte anos no tempo, mas... – falou meu tio, se levantando do sofá.
Meu pai também se levantou e eles começaram a tirar suas roupas. Eu e meu primo nos olhamos, não dava pra acreditar no que estava acontecendo.
Do nada, lá estavam meu pai e meu tio, pelados, no meio da minha sala. Achei que os dois estão até que bem em forma pela idade, apesar da pequena barriguinha de cerveja, a do meu tio um pouco maior que meu pai. Mas não era a barriga que atraía nossos olhares.
Lá estavam os pintos do meu pai e do meu tio. Se tivesse visto há vinte anos atrás, ia achar que eram imensos. Mas não são, são bem normais. Muito parecido com o meu e o do me primo. Só que com bem mais pelos, já que os dois não raspam ou aparam, pelo jeito. Pelos que começam a ficar grisalhos. Os dois com pele cobrindo a cabeça. Saco mais enrugado. Pinto de homem maduro. Perfeitos!
- Podem olhar o quanto quiserem! – falou meu tio.
- Posso tirar foto? – perguntou meu primo.
- Só do pinto, sem rosto... – autorizou meu tio.
Meu primo sacou o celular do bolso e começou a tirar fotos dos pintos dos dois. Eu corri para o quarto para buscar meu celular. Voltei segundos depois e me ajoelhei no chão, muito perto do meu pai, de seu pinto. Muito perto! Eu conseguia sentir o cheiro do pinto do meu pai, um cheiro que me fazia ter vontade de encostar o rosto, beijar. Mas me controlei. Meu primo se ajoelhou ao meu lado, de frente para o meu tio. Estávamos lá, de joelhos, idolatrando o pinto dos nossos pais. Nossos celulares registrando as imagens tão imaginadas, tão desejadas. Nossas mãos tão perto que quase tocavam aqueles membros. Meu pai notou.
- Acho que tudo bem se vocês quiserem tocar, né? – falou meu pai, querendo uma confirmação do meu tio.
- Acho que tudo bem... – concordou meu tio.
Meu coração, que já estava disparado, quase saiu pela boca. Coloquei meu celular de lado e olhei pro meu primo. Ele já estava com a mão levantada, quase tocando o pinto do seu pai. Fiz o mesmo. Encostei meus dedos no seu saco e peguei por trás, ficando com o pinto dele inteiro na minha mão. Com minha mão esquerda, comecei a tocar seu pau mole. Senti por inteiro, puxei a pele toda, expondo a cabeça avermelhada. Apesar de estar claro que meu pai tinha tomado banho a pouco tempo, já que eu sentia cheiro de sabonete, o cheiro de pinto era inconfundível. Ainda mais quando puxei a pele da glande. Que vontade de colocar na boca, lamber!
Olhei para o lado e vi meu primo com as duas mãos no pinto de seu pai. Ele mexia mais intensamente e notei que o pau do meu tio começava a endurecer. Intensifiquei meus movimentos para deixar o pau do meu pai duro também. Logo os dois estavam completamente duros. Meu primo pegou o celular e tirou fotos, e eu fiz o mesmo. Mas mantinha o máximo de tempo minha mão no pinto do meu pai.
- Acho que tudo bem uma punheta em família, pra lembrar os velhos tempos, não acha? – perguntou meu tio.
- Acho que tudo bem... – concordou meu pai.
Eu e meu primo nos levantamos e tiramos a roupa. Pelo jeito, eu era o único ali que não tinha tomado banho logo cedo. O cheiro estava forte, já que eu tinha ido pra balada no dia anterior e suado muito.
- Nossa, que cheirão de macho! – zoou meu tio.
- Desculpa, tio. Se eu imaginasse, tinha tomado um banho antes... – justifiquei.
- Tranquilo, garoto, tá suave perto do vestiário depois do futebol...
- Na verdade, eu gosto do cheiro... – falou meu primo, envergonhado.
- Eu também... – confessei.
- Com ou sem cheiro, vocês dois estão de parabéns! Os dois com pintão! – elogiou meu tio, tocando no pinto do meu primo.
- Verdade! – concordou meu pai.
- Igual o de vocês... – falei, voltando a tocar no pinto do meu pai.
Estava eu e meu primo, cada um na frente do seu pai. Eu mudei de posição e fiquei entre o meu tio e o meu pai. Acabamos ficando numa rodinha, meu primo na minha frente, meu pai do meu lado direito e meu tio do meu lado esquerdo.
Ficamos nessa posição um bom tempo, todo mundo acariciando o pinto de todo mundo. Quando a coisa acelerou e ficou claro que estávamos caminhando para o gozo, eu concentrei no pinto do meu pai e ele no meu. Meu tio e meu primo fizeram o mesmo. Meu primo foi o primeiro a gozar e eu gozei na sequência. Meu pai gozou um pouco depois (o que foi bom, que pude me concentrar só nele) e por fim meu tio.
Tinha porra pra tudo quanto é lado. Os quatro sentamos no sofá.
- Isso foi bom! – falou meu pai, entre suspiros.
- Nem lembrava que era tão legal... – concordou meu tio – Mas e aí, deu pra compensar por todos os erros do passado?
- Deu pra perdoar, mas ainda não compensou tudo, não... – brincou meu primo.
- Concordo, vai ter que repetir várias vezes pra compensar tanto sofrimento! – falei, rindo.
- Não abusa, filho! – falou meu pai – Mas quem sabe uma ou outra vez...?
- Quem sabe? – seguiu meu tio, já se levantando – Mas não hoje, que eu já tinha que ter ido pra casa!
- Eu também tenho que ir pra casa – falou meu pai, também se levantando.
- Espera só eu ajudar a limpar o chão que eu vou também – falou meu primo.
- Fica aí ajudando seu primo a limpar toda essa bagunça, filho... – falou meu tio – Você disse que sua mulher só volta no final da tarde. Só eu e seu tio estamos com pressa...
Meu pai voltava da cozinha com um rolo de papel toalha, já limpando a porra da sua barriga e perna. Entregou o rolo pro meu tio e ele também se limpou. Se vestiram, nos deram um bom abraço (não apertado, porque a gente ainda não tinha se limpado) e saíram. Eu e meu primo ficamos em casa, ainda pelados e com porra no corpo.
- Cara, eu não acredito no que acabou de acontecer! – falei.
- Eu também não! Mas espero que aconteça novamente!
- Acho que pelo menos mais uma vez deve acontecer, eles não negaram...
- O duro vai ser conter a vontade de chupar, lamber aqueles pintos.
- Nossa, também fiquei com muita vontade de beijar, chupar...
- Mas acho que isso eles não iriam aceitar.
- Acho que morreriam se a gente fizesse isso.
- Mas, agora que a gente sabe que eles passaram anos batendo punheta juntos, fazendo mão amiga, será que nenhuma vez eles deram uma chupadinha, só pra experimentar?
- Pode ser, mas de qualquer forma acho que a iniciativa de qualquer coisa deve ser deles. Vai que a gente sugere oral e eles surtam e voltam atrás, achando que tudo é errado, pecado.
- É, tem razão. Melhor um pinto na mão do que dois na cueca, hahahaha.
- Hahahaha.
- Mas que bom que a gente a gente pode chupar um ao outro sem nenhum medo – falou meu primo, passando a mão no me pinto.
- Sim! Mas deixa só eu tomar uma ducha antes...
- De jeito nenhum, quero enfiar meu nariz e minha boca nesse seu pinto com esse cheiro tão bom!
- Então vem!
Deitamos sobre nossas porras no chão e fizemos um 69 maravilhoso. Eu sentia o gosto da porra dele na minha boca. Ele cheirava e lambia todo o meu pinto. Foi delicioso, sem pressa. Demoramos bastante a gozar.
Limpamos o chão e tomamos banho juntos. Pedi comida e almoçamos pelados, comparando as fotos dos pintos dos nossos pais.
Eu sei que eu e meu primo vamos continuar juntos pra sempre. Espero que nossos pais nos acompanhem sempre que possível.