Largados e Pelados: A Viagem Escolar que Terminou em Uma Ilha Deserta! (Capítulo 7)

Um conto erótico de Exhib
Categoria: Heterossexual
Contém 2839 palavras
Data: 29/05/2025 17:42:24

— Na verdade, temos menos de dezesseis horas, considerando o tempo que já se passou desde o acidente — disse Eric, a voz prática e calma como sempre.

Carol soltou minha mão assim que me levantei. O contato da pele dela contra a minha ainda estranhava a eletricidade atípica entre nós naquela situação tão esquisita. Ela desviou o olhar, provavelmente querendo cruzar os braços sobre os próprios seios a vista de todos, mas relutando envergonhada em não se preservar tal qual eu fazia sempre que alguém lançava um olhar as minhas partes também.

— Por que? — Andressa perguntou. Agora, todos pareciam bem atentos, até Guilherme que antes aparentava não acreditar muito nele.

— Simples. — Eric disse impassível, como se a nudez a sua volta não o afetasse. — Prestem atenção, em condições normais, um ser-humano adulto pode sobreviver cerca de 3 dias sem água. — Explicou.

— Isso não são 72 horas? — Carol perguntou atenta e confusa, franzindo o cenho. A forma como ela inclinou a cabeça e moveu as pernas revelou ainda o que não devia e por um instante, de novo, meus olhos fitaram a imagem de sua buceta ainda úmida.

— Eu imagino que você deve ter considerado o tempo decorrido desde o acidente. — Mencionei, tentando me concentrar.

— Sim. Desde as 2 horas da manhã até agora, já perdemos mais de 8 horas. — Explicou Eric me lançando um olhar rápido.

— Quanto dá 72 menos 8? — Guilherme perguntou tentando entender os números com os dedos. O gesto quase infantil destoava da imagem crua dele ali, homem forte e completamente nu sob a luz dura do sol. Parei um instante para calcular de cabeça também.

— 64. — Eric respondeu de imediato.

— Parece bem distante de 16, não acha? — Andressa comentou. Dei um suspiro de alívio pois, realmente, era verdade, ainda que tenha mais uma vez perdido o foco olhando para seus seios fartos ali expostos.

— Isso faria sentido, mas não estamos em condições normais. — Eric corrigiu estendendo o dedo indicador e gesticulando tal qual um professor.

— Como não? — Questionei. — Todo mundo parece bem. Você mesmo disse que eu e Carol não temos nada grave. — Argumentei em seguida. Eric me olhou com o rabo de olho.

— Tem certeza? — Ele questionou. — Vocês têm sentido fraqueza, cansaço, tontura e sensação de boca seca desde que chegaram aqui? — Rebateu.

— Agora que você mencionou, até tenho ficado um pouco enjoado às vezes. — Guilherme disse enquanto lambia os lábios para se hidratar. Um silêncio se formou enquanto relembravamos em grupo tudo o que tinha acontecido desde o início de nosso naufrágio. Ele tinha razão. Achei que era devido a pancada na cabeça, mas estava ofegante, com os músculos pedindo descanso, muita sede e até tive alguns momentos em que minha vista pareceu embaçar.

— O Sol! — Carol concluiu apontando para cima. Ela tinha razão também. Estava ficando cada vez mais quente e esse calor agora parecia grudar na pele, tornar tudo mais suado, mais pegajoso... mais incômodo.

— Sim. O Sol é um fator para a nossa desidratação, mas nem de longe o mais importante. — Eric respondeu com um meio sorriso que parecia até congratular Carol por ter chegado a aquela conclusão.

— Por isso você usa essa folha ridícula na cabeça? Para se proteger do Sol? — Andressa perguntou atenta.

— Sim. Sofrer de insolação nesse lugar diminuiria ainda mais minha expectativa de vida. Por isso já disse que devemos sair dessa praia e ir para a mata. — Falou Eric calma e lentamente, ignorando o insulto que realmente não pareceu abalá-lo. No fundo, não estava gostando muito de como as garotas pareciam atentas a cada palavra que aquele garoto falava, embora também estivesse prestando bastante atenção, curioso para saber o que mais ele diria. Estufei o peito e tentei portar a mesma expressão séria no rosto que ele, embora estivesse um pouco assustado com a situação.

— Além do Sol, o que mais está matando a gente? — Andressa perguntou.

— É óbvio. — Eric disse com condescendência. Seu jeito arrogante certamente não contribuía para a simpatia que o grupo podia ter por ele. — Todos nós aqui sobrevivemos a um afogamento. — Prosseguiu como se aquilo explicasse alguma coisa.

— E daí? Ninguém aqui está se afogando mais. — Guilherme comentou, se fazendo de indiferente, era nítido, mas tão atento quanto todos nós.

— Veja bem, em 2005, pesquisadores franceses da Universidade de Bordeaux submeteram ratos a restrição hídrica dando-lhes apenas água salgada para beber… — Eric começou o monólogo.

— Vai direto ao ponto! — Guilherme o interrompeu impaciente.

— Eu estou sendo direto. — Eric disse com indiferença. Olhamos impacientes para ele que apenas suspirou e prosseguiu sem alterar o tom. — Resumo então: Todos nós aqui bebemos uma quantidade além do fisiologicamente saudável de água do mar. Eu estimo entre 500ml e 2 litros. À medida que o tempo passa, este sal está sobrecarregando nossos rins. — Falou sem pestanejar.

— É tão grave assim? — Carol perguntou se tremendo. Eric acenou com a cabeça.

— Então estamos desidratando até a morte? Por isso temos todos os sintomas que você falou? — Andressa perguntou. Eric, mais uma vez, gesticulou positivamente.

— Quanto tempo os ratos franceses duraram? — Questionei atento e tenso, sentindo o peso daquelas informações se acumulando.

— Em 24h há falência renal, o que seria irreversível aqui nessa ilha. Em menos de 48h todos estavam mortos. — Respondeu com a frieza e calma que beirava o desumano. — Considerando o calor e todo o esforço físico que fizemos, é provável que tenhamos menos tempo ainda. — Comentou em seguida.

— Vinte e quatro menos oito... Dá dezesseis! — Comentei, concluindo assustado seu ponto. Eric sorriu para mim, parecendo feliz por eu conseguir chegar à mesma conclusão que ele. Chegava a ser estranho como ele era o único que não parecia totalmente aterrorizado diante daquela situação. Sua calma incomodava. — Se acharmos água potável para beber, ficaremos bem? — Questionei.

— Perfeitamente. — Eric respondeu sem hesitar.

— Como você sabe que vamos achar água se entrarmos na floresta? — Guilherme perguntou com a voz finalmente trêmula.

— Onde há vegetação densa, deve ter água. Além disso, avistei um cervo adulto no caminho para cá. Um herbívoro daquele porte não sobreviveria aqui se não tivesse um grande corpo hídrico por perto. — Eric explicou. As palavras dele, como sempre, pareciam lógicas demais para o caos em que estávamos.

— Você viu algum animal perigoso lá na floresta também? — Carol perguntou aflita. Vê-la daquela forma me dava uma vontade involuntária de protegê-la, mas, ao mesmo tempo, o olhar não conseguia não escorregar por seu corpo úmido, iluminado em brilho salgado.

— Não, mas é praticamente certo que eles habitam esse local. Onde há mamíferos herbívoros de médio e grande porte, há carnívoros como grandes felinos que podem nos atacar também. — Mencionou. Carol empalideceu com a informação.

— Você tá maluco? Como é que a gente vai entrar no mato sabendo que pode virar comida de leão? — Guilherme perguntou elevando o tom de voz e dando um passo à frente. Parecia bravo e, ao mesmo tempo, transparecia medo.

— Você é idiota? Não há leões aqui. Eles são endêmicos da África Subsaariana e Ásia. — Eric respondeu em mesmo tom impacientemente. Guilherme cerrou os punhos, provavelmente estressado e cansado de tamanha petulância.

— Cara, se você é tão esperto, então porque não arruma um jeito de separar a água doce do sal com a água do mar mesmo ao invés de meter a gente nessa aventura doida pelo mato? — Guilherme mencionou com os olhos saindo faíscas. Pareceu até uma pergunta legitimamente boa e não apenas frustração.

— Eu não tenho um destilador e nem meios de construir nada assim no momento. Além disso, seria um processo demorado e pouco eficiente. Precisamos de mais de 2 litros de água potável por pessoa. Não temos esse tempo. — Eric respondeu com a calma de quem nem percebia estar prestes a ser agredido.

— Chega vocês dois! — Exclamei quebrando aquela tensão e cansado de tantas brigas que não levavam a lugar nenhum. — Já deu pra entender. Acho que a melhor alternativa que temos deve ser ir procurar água mesmo. — Conclui. Andressa e Carol concordaram. Guilherme tentou se acalmar, mesmo que a contragosto.

— Vocês podem ir sem mim. Eu não consigo andar e só atrasaria todo mundo. — Ouvi Carol dizer com um sorriso tranquilizante. Seu tom era tão doce que não parecia pertencer a tal situação.

— Carol! Você tá louca? Não pode ficar aqui sozinha! — repreendeu Andressa, se virando para ela com um olhar aflito.

— Eu posso ficar com ela se esse for o problema. — Guilherme se ofereceu mais rápido do que eu. — Não ia suportar ficar preso na floresta com esse cara. — Se explicou em seguida apontando para Eric. Sem permitir tais pensamentos, minha cabeça se inundou de preocupação e um nó subiu pela minha garganta. Eu olhei para meu amigo de cima a baixo. Mesmo coberto de areia e suor, o desgraçado parecia um modelo de comercial de sobrevivência. Guilherme tinha o corpo esbelto, mas musculoso, com ombros largos e abdômen definido. Seu sorriso era simpático, cheio de dentes brancos e sua pele negra e bronzeada brilhava sob o Sol. Ele ainda tinha um maldito carisma natural e voz grossa que demonstrava suas intenções impuras, além do membro enorme balançando no meio de suas pernas, como se não houvesse motivo algum para escondê-lo. O calor parecia mais denso de repente, como se o ar tivesse engrossado ao redor do meu corpo nu menos convidativo, menos alto e menor ali embaixo onde mais importava. E eu sabia que Carol via aquilo também… A flagrei olhando várias vezes hoje.

Ele ia ficar sozinho com a Carol? Me perguntei ao olhar para os dois. Perto dele, o corpo nu da garota por quem eu era apaixonado parecia ainda mais frágil… e justamente por isso, mais hipnotizante, mais bonito, mais cruelmente excitante. A pele clara dela reluzia sob o sol, eriçada pelo vento, e o jeito como tentava se esconder apenas destacava cada curva, cada dobra exposta. O rosto estava corado de constrangimento, um rubor quente que subia pelas bochechas e contrastava com os fios dourados molhados que se colavam à sua testa. E mesmo ali, completamente nua diante de nós, Carolina ainda mantinha aquele olhar tímido, assustado… doce. Um olhar que fazia doer o peito e ferver o sangue.

Senti ciúmes imediatamente. E se algo rolasse entre eles durante esse tempo? Me questionei. Não dava para esperar que dois adolescentes nús e abandonados na praia, diante de uma situação como aquela, sem saber se o Sol ia fulgurar no dia seguinte, não começariam a cogitar tal possibilidade. Imaginei os dois sozinhos ali. Pelados. Com o Sol baixando, com o medo, com o frio que viria depois. Os corpos se aproximando. Guilherme, sem esforço, tomando a iniciativa. Ela, insegura no começo, mas depois rendida. Me imaginei assistindo aquilo sem poder impedir. A mente me torturou com imagens que me encheram de raiva e culpa, que me arranhavam lentamente o espírito: ela gemendo embaixo dele que metia forte enquanto Carol sussurrava sobre o quanto ele era grande, o quanto era melhor.

Fechei os punhos.

Droga. Era pra ser eu. Eu é que deveria ficar com ela. Mas não havia justificativa plausível. Eu podia tentar, mas seria óbvio demais.

— Eu fico com a Carol. — Andressa disse. Todos se assustaram. — Não vou deixar ela nua, indefesa e sozinha com vocês meninos de novo. — Explicou seu posicionamento. Me culpei por preferir aquela possibilidade, embora, como homem, devesse dizer algo para dissuadi-la daquilo.

— Não entendi. Ela estaria mais indefesa com você do que com o Guilherme. — Eric disse. Guilherme até olhou para ele em descrença por parecer que o garoto o estava defendendo.

— O que você disse seu merdinha? — Andressa perguntou brava.

— Guilherme é um corredor profissional do sexo masculino. Ele tem mais massa muscular para proteger a Carol em caso de um ataque por predadores. — Eric se explicou, como se estivesse lendo um manual, sem se importar com as provocações ao redor.

— Isso aí Eric! — Guilherme disse com um sorriso, legitimado naquela disputa como se, a poucos minutos atrás, sequer tivesse perdido a paciência com o garoto. Andressa o fuzilou com os olhos.

— Considerando que o Guilherme é um maratonista, seria mais racional fazê-lo andar na mata. — Disse visualizando a justificativa racional perfeita para mantê-lo longe de Carol. — Se querem minha opinião, acho que é melhor eu ficar aqui com ela. — Concluí e, para minha alegria, Andressa e Guilherme pareceram concordar.

— Vocês não estão pensando direito. — Eric disse.

— O que foi dessa vez? — Perguntei esperando uma frustração.

— Qualquer um que ficar aqui perto da praia vai desidratar ainda mais rápido, mesmo que busque abrigo na parte menos densa da mata. — Ele explicou. — É possível que demoremos horas para achar água potável. Voltar para buscar você e a Carolina talvez nem seja possível. — Concluiu.

A fala dele foi um soco no estômago. A ideia de que estávamos realmente em perigo pareceu me engolir novamente, como se esquecida por minhas preocupações estúpidas. A areia agora queimava os pés, o suor escorria pelas costas, e o som das ondas do mar parecia zombar da nossa situação trágica com sua imensidão azul mortal. Percebi também que Eric, embora tenha criticado a ideia, não propôs nada para resolver a situação e, quando cogitei o motivo, fiquei furioso com uma possibilidade que pareceu entalar na garganta quando escapou de meus lábios.

— Você não está sugerindo que a gente abandone ela, está? — Perguntei já perdendo a paciência com seu tom. Todos ficaram em silêncio e, logo à minha frente, Eric me encarava com um olhar frio e sério. Nenhuma resposta saiu de sua boca. Maldito! Praguejei em minha cabeça e o agarrei pela alça de sua bolsa de folhas de imediato. Agora, era eu quem estava prestes a lhe socar a cara.

— Entendi agora! — Guilherme gritou quebrando o silêncio. Ele então apontou para Eric. — Você só quer eu e o Daniel contigo naquela floresta pois sabe que não vai durar nada ali dentro sem nossa proteção! — Acusou levantando ainda mais o tom de sua voz.

— Perfeitamente. — Eric disse com naturalidade. Eu arregalei os olhos em surpresa e reparei mais uma vez em seu corpo. O rapaz era magro, sem muitos músculos desenvolvidos, sedentário e, pelo que percebia, sua boca estava seca como a de mais ninguém ali. Suas pupilas eram levemente dilatadas pela adrenalina e, se observasse com atenção, percebia como ele suava frio e tinha até alguns espasmos em forma de tremedeiras nas pernas. Certamente, seu corpo não era nem um pouco adaptado para aquele tipo de empreitada. Me senti um idiota por não reparar antes como ele mascarava atrás de toda aquela atitude séria e calma o quanto, na realidade, era provavelmente o mais fadigado e fraco dentre todos nós. — Eu não me importo se vocês vão sobreviver ou não. O que preciso agora é de sua colaboração para achar água. — Disse friamente. Todos pareceram impactados e até indignados com aquelas palavras.

— Desgraçado. Você só nos ajudou pois queria nos convencer a ser seus guarda-costas? — Guilherme disse cerrando os dentes, quase rosnando.

Fechei os olhos e pensei por alguns segundos. Estávamos em perigo e brigar certamente não ajudava. Tinha de manter a calma pelo grupo.

— Tudo bem. — Falei a contragosto antes que alguém partisse para a agressão física. Minha voz saiu firme, mas amarga. — Vamos te salvar a vida achando essa sua água que ninguém viu, mas que você diz que está na floresta. Depois disso, acho melhor tomarmos rumos diferentes. — Falei tão sério quanto conseguia ser.

— Daniel… — Ouvi Carol dizer assustada e senti o olhar preocupado dela cravar em mim.

— É o certo a se fazer. — A interrompi sem me virar, ainda lutando contra o impulso de dar uma surra naquele moleque. — Ele é muito egoísta, só pensa em si e tem causado atritos no grupo desde o início. Não tem como saber quando vai nos trair para se salvar. — Expliquei. Para mim, aquilo tinha ficado bem claro quando vi que Eric sequer me respondeu quando perguntei se ele abandonaria Carol na praia para morrer. O silêncio dele foi mais cruel que qualquer resposta. Sabia que aquele garoto era estranho, mas não naquele nível.

Olhei para a cara dele uma última vez. Indiferente como sempre, com olhos castanhos calmos e frios, certamente ainda tentando mascarar sua covardia. Me senti um idiota por pensar, em algum momento, que Eric realmente poderia ser um cara legal, por ter o defendido frente a Guilherme no passado e por não ter acreditado no que todos na escola alertavam sobre sua pessoa. Foda-se esse cara! Pensei antes de largá-lo.

— E como vai fazer isso se a Carolina não consegue andar? — Eric perguntou, voz ainda irritantemente gelada, como se pedisse para ganhar um olho roxo, mas agora com uma notória ponta de dúvida.

— Eu ajudo ela. — Respondi secamente.

Ele hesitou. Pela primeira vez, parecia surpreso.

— Tem certeza? — Ele questionou, parecendo levemente assustado. — Só a fadiga pode te matar antes do anoitecer. — Comentou em seguida. Me agachei frente a ele e de costas para Carol ainda sentada sobre a pedra. Tive medo de não conseguir protegê-la, mas não me deixei abalar por tais palavras.

— Sim. — Respondi com a voz firme, mas o coração em guerra. — Vamos. Eu te carrego.

*****

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Comentários

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Você está criando uma puta história! Mal vejo a hora de ver esse Guilherme em ação. Hahaah

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❤Qual­­quer mulher aqui pode ser despida e vista sem rou­­pas) Por favor, ava­­­lie ➤ Ilink.im/nudos

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