UM SONHO IMPROVÁVEL
O Estádio Atatürk, em Istambul, na noite de 29 de maio de 2025, era um organismo vivo, pulsando com a energia de dezenas de milhares de almas em êxtase. A final da Champions League entre o Force Marselha, um time novato que desafiou todas as probabilidades e o Invictus de Berlim, outra zebra inesperada, culminara numa goleada histórica: 5 a 1 para os franceses. O rugido da torcida ainda reverberava como um trovão coletivo que parecia estremecer as fundações do estádio, enquanto o vestiário do Marselha se transformava num caos glorioso. Garrafas de champanhe explodiam, a espuma voando como confete, o ar saturado pelo cheiro acre de suor, sangue e vitória.
No epicentro da celebração, Mucambo Motumbo, o atacante ganês de 1,95m, era a personificação do triunfo. Sua pele negra brilhava sob as luzes, os músculos esculpidos em trabalho duro reluzindo como ônix polido, enquanto segurava a bola do jogo, um troféu pessoal que ele erguia com um sorriso que misturava orgulho e algo mais sombrio, um mistério quase predatório. Em sua mente, a vitória no campo era apenas o prelúdio de outra conquista, uma que ele imaginava com uma mistura de desejo e reverência. Ao seu lado, Isaías Torniquete, o lateral brasileiro, baixo, ágil, com dreadlocks curtos e tatuagens que serpenteavam pelo corpo esguio, socava o ar, sua risada cortando o ambiente. Isaías sentia a adrenalina do jogo ainda correndo em suas veias, mas seus pensamentos já vagavam para a promessa da noite, o coração batendo com uma excitação que ele mal conseguia conter.
O treinador, Antoine Dubois, um francês de 42 anos, cabelo grisalho cortado curto, olhos verdes carregados de cansaço e uma postura séria e rígida que tentava mascarar a tempestade em seu peito, observava a cena com um misto de orgulho e pavor, discretamente vestido em seu terno italiano. A vitória que deveria ter lhe dado alívio e alegria, também era como uma corrente em volta do pescoço, infelizmente pela aposta que fizera dias antes, na presença de todo o elenco. Sua mente era um redemoinho, revisitando cada palavra trocada com Mucambo e, depois, cada olhar de Svetlana, sua noiva, quando ele lhe contara. O vestiário, com seu cheiro carregado de suor parecia pressioná-lo ainda mais, enquanto ele tentava manter a fachada de controle. Por dentro, Antoine estava dividido: orgulhoso da façanha do time, mas assombrado pela possibilidade de perder algo mais íntimo, algo que ele amava e temia ao mesmo tempo.
A aposta nascera de uma bravata de Mucambo, cuja reputação como um “monstro” na cama era sussurrada nos corredores do clube, uma lenda alimentada por histórias de conquistas amorosas que misturavam mito e verdade. Ele propusera: se o Marselha perdesse, os jogadores dariam um mês de salário ao treinador. Mas se vencessem, Antoine convenceria Svetlana Ignacia, a modelo ucraniana de 26 anos, a ser a “putinha” do time por um fim de semana. Antoine, inicialmente, recusara, o estômago apertando com a audácia da ideia. Perder não era uma opção, ele dissera, mas a provocação de Mucambo o desafiara a ir além. Ele contra-atacou: se perdessem, nada aconteceria; se ganhassem por até dois gols de diferença, os jogadores pagariam o salário do mês; mas se a vitória fosse por mais de dois gols, Svetlana “serviria” o time por um fim de semana. Antoine sentia um nó na garganta ao lembrar daquelas palavras, ditas com uma confiança que agora parecia frágil, como vidro prestes a estilhaçar. Ele sabia que Svetlana era uma mulher de vontades próprias, uma força da natureza, mas a ideia de compartilhá-la o deixava em um limbo emocional, entre ciúmes ardentes, medo de perde-la e uma curiosidade proibida que ele mal admitia a si mesmo.
Mucambo, com um brilho predatório nos olhos, perguntara:
- Servir em que sentido exatamente?
A voz grave ressoara no vestiário, um trovão baixo que fez os outros jogadores se calarem. Antoine, com um sorriso tenso, respondera:
- Em todos, Motumbo. Mas só o que ela quiser.
O acordo fora selado diante de um elenco atônito. Pierre Leblanc, o goleiro, franzira o cenho, sua fé católica pesando como uma âncora, sua mente já imaginando a confissão que faria no domingo; Marcelinho Pé de Boi, o zagueiro brasileiro cearense, rira nervoso, pensando na esposa que o aguardava em casa, o medo de traição maior que qualquer tentação; Olivier Deschamps, o meia, balançara a cabeça, murmurando algo sobre moralidade, sua consciência em conflito com a curiosidade. Mas outros, como Diego Vargas, o ponta argentino de cabelo liso e olhos famintos, pareceram eletrizados, seus pensamentos já vagando por cenários que faziam o sangue correr mais rápido. Diego sentia uma excitação quase infantil, como se estivesse prestes a desembrulhar um presente proibido.
Naquela noite, Antoine levara Svetlana ao quarto de hotel, o coração martelando enquanto contava tudo. Ela, com seus cabelos loiros platinados caindo em ondas até a cintura, olhos azuis gélidos como o mar do Ártico e lábios carnudos pintados de vermelho, ouvira em silêncio, o rosto impassível. Seus dedos tamborilavam na taça de vinho, o líquido vermelho refletindo a luz suave do abajur como sangue líquido:
- Você tá louco, Antoine? - Ela dissera, por fim, a voz calma, mas com um tom que ele não conseguia decifrar.
Havia um brilho nos olhos dela, uma mistura de surpresa, curiosidade e algo mais profundo, uma chama que queimava sob a superfície:
- Mas... Digamos... E se... - Ela passava a considerar, falando, sugerindo: - E se eu topar?
A pergunta o pegara desprevenido, como um soco no estômago. Ele engolira em seco, sem saber se era provocação ou consentimento. Svetlana apenas sorrira, pensativa, os olhos fixos no vinho, como se visse ali o reflexo de suas próprias fantasias. Por dentro, ela sentia um calor crescente, uma fantasia antiga que ela nunca confessara plenamente, agora talvez prestes a se tornar realidade. A ideia a assustava, mas também a incendiava, uma chama que ela disfarçava com aquele sorriso enigmático. Ela imaginava cada possibilidade, cada toque, cada risco, e o pensamento a fazia tremer, não de medo, mas de um desejo que parecia maior que ela mesma.
COMEÇA A GUERRA
Chegou o dia da grande final. Svetlana fez questão de assistir de um camarote no estádio. Antoine, naturalmente, da beira do gramado.
A partida teve início. O primeiro tempo fora morno, um 0 a 0 que deixava os nervos de todos, jogadores, treinador e espectadora, à flor da pele. Antoine, na beira do campo, sentia o peso da aposta como uma corrente invisível, cada passe errado do Marselha apertando mais o nó em seu peito. Ele imaginava Svetlana na arquibancada, seus olhos azuis seguindo cada jogada, talvez já antecipando algum desfecho, um que ele não sabia se gostaria de saber.
No segundo tempo, o jogo explodiu. Aos 3 minutos, Karim El-Hadji, o meia marroquino de olhos penetrantes, marcou o primeiro do Marselha, um chute que rasgou o ar, a bola zunindo como a bala de um canhão. Karim, com sua calma habitual, sentia uma satisfação silenciosa, mas sua mente já começava a vagar para a certa noite prometida, a aposta ecoando. Ele fez mais, incentivou os colegas que começaram a dar o sangue em campo, tanto que, aos 15 minutos, Diego Vargas ampliou, seu corpo esguio dançando pela defesa adversária, a bola rolando como uma extensão de sua própria vontade. Diego sentia-se invencível, cada gol alimentando sua confiança e a desesperança de Antoine. Diego, numa passada ao lado do banco dos reservas, encarou o treinador e levantou um dedo, como se dissesse “Falta um!”
Mas nada estava definido ainda, tanto que o Invictus respondeu aos 17 minutos, com um gol de cabeça do atacante Marshall que fez Antoine cerrar os punhos, quase que numa comemoração velada pelo êxito do oponente. Aos 23 minutos, Mucambo marcou o terceiro, um chute violento que fez a rede estufar, e Antoine sentiu um temor novamente crescer, pois a aposta ainda resistia, um espectro que ele não podia ignorar. Aos 42 minutos, Mucambo sofreu um pênalti na entrada da área. Ele mesmo fez questão de cobrar, com precisão, fazendo o estádio explodir em aplausos. Faltando um minuto, Isaías Torniquete se jogou na área e o juiz não viu a simulação, marcando outro pênalti. O VAR solicitado pelo Invictus não o convenceu e Mucambo, com a frieza de um carrasco, marcou novamente, selando a sentença de Antoine, um 5 a 1.
A vitória era deles, mas para Antoine, era como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. Ele olhou para as arquibancadas, procurando Svetlana, mas só viu a multidão em êxtase, enquanto seu coração batia como um tambor de guerra, cada batida ecoando a pergunta: “O que foi que eu fiz?”
FOGOS DA VITÓRIA
No vestiário, a euforia era quase palpável. Mucambo, com a bola nas mãos, trocava olhares com Isaías, ambos cientes do que a vitória significava. Mucambo sentia-se como um rei, mas ele sabia que, se Svetlana aceitasse os termos daquela vitória, ela seria muito mais que o prêmio, seria a rainha, uma deusa, a ser reverenciada e saciada. Isaías, com sua energia inquieta, mal continha a excitação, sua mente já imaginando cada detalhe da noite. Karim, bebendo champanhe, mantinha a calma, mas seus olhos brilhavam com uma antecipação silenciosa. Diego Vargas, sempre impulsivo, ria alto, já fantasiando com a noite que viria, inclusive mostrando aos companheiros num banco como comeria Svetlana de quatro. André “Búfalo” Moreau, o zagueiro corpulento de barba rala, batia no peito, a adrenalina do jogo misturando-se a pensamentos mais carnais. Lukas Schmidt, o volante alemão com tatuagens tribais no pescoço, mantinha-se quieto, mas seus olhos seguiam cada movimento no vestiário, como um predador à espreita, sua mente oscilando entre desejo e uma estranha reverência. Os reservas Julien Costa, franzino e tímido, Nico “Pitbull” Alvarez, chileno de cabelo raspado, e Thiago Mendes, português bronzeado, estavam menos expansivos, mas a excitação era evidente em seus rostos. Julien, em particular, sentia-se deslocado, sua timidez lutando contra a curiosidade que o consumia. Da comissão técnica, Raoul, o massagista de 50 anos com mãos calejadas, parecia duvidar que a aposta seria paga, enquanto Bruno Lemaire, o preparador físico careca e musculoso, e Vincent, o analista tático jovem e de óculos, trocavam olhares cúmplices e ansiosos. Os assistentes técnicos Claude e Michel, mais discretos, observavam em silêncio, cada um lidando com seus próprios conflitos internos, a culpa de saberem que, se a aposta fosse paga e eles participassem, estariam traindo suas esposas em casa.
Cinco jogadores recusaram participar: Pierre Leblanc, Marcelinho Pé de Boi, Olivier Deschamps, Jacques Fournier e Étienne Rouget:
- Minha mulher me crucifica. - Justificou Pierre, com um sotaque francês bastante peculiar.
- Mulher!? Vixe meu padinho padi Ciço, a minha me capa... - Falou Marcelinho, sacando a risada de todos os próximos a ele: - E ainda me faz engolir os ovos, cru mesmo.
Um a um, eles foram saindo, outros calados pela consciência intranquila de faltar aquele momento, mas satisfeitos por saberem que não trairiam suas famílias. Pierre, com sua fé inabalável, sentia um alívio ao recusar, mas também uma curiosidade que ele reprimiu com orações silenciosas. Sobraram Mucambo, Isaías e outros 12 homens, um grupo unido pela vitória e pela promessa de uma noite que desafiaria todos os limites.
A PRORROGAÇÃO TEM INÍCIO
Na suíte presidencial de um luxuosíssimo hotel, no sábado à noite, o ambiente era um santuário de luxo e tensão, como se o próprio ar estivesse carregado de eletricidade. Todo o andar da suíte e o inferior, fora reservado para o time vencedor, assim poderiam se esbaldar sem escandalizar os demais hóspedes. O carpete macio abafava os passos, o lustre de cristal lançava reflexos dourados que dançavam nas paredes como espectros de desejo e o ar já cheirava a champanhe e perfume francês, em uma antecipação que parecia vibrar em cada molécula dos presentes.
Svetlana aguardava sentada e de pernas cruzadas numa cadeira ao centro. Bebia uma taça de champanhe com um charme difícil de ignorar, uma verdadeira visão hipnótica que parecia sugar todo o ambiente para si. Mucambo não errou: ali, ela era realmente uma deusa, mas uma deusa devassa, de carne e osso. Seu vestido preto, colado como uma segunda pele, abraçava os seios fartos, a cintura fina e os quadris arredondados, cada curva uma promessa de êxtase. Seus cabelos loiros caíam como uma cascata de seda, e seus olhos azuis brilhavam com um misto de desafio, excitação e uma pitada de nervosismo que ela escondia com maestria. Por dentro, Svetlana sentia o coração disparado, uma mistura de medo e desejo pulsando em suas veias como um rio prestes a transbordar. Ela sabia que estava no controle, que cada toque, cada gesto, cada decisão seria sua, mas a magnitude do momento a fazia tremer, uma chama que queimava sob a superfície fria de sua compostura. Ela imaginava cada homem, cada possibilidade e o pensamento a fazia sentir-se ao mesmo tempo invencível e vulnerável.
Antoine aguardou que todos entrassem e trancou a porta. Depois, foi até o lado de Svetlana e disse:
- O combinado não é caro. Ela será de todos vocês, mas dentro dos limites que ela própria estipular. Não abusem, não a agridam, não a ofendam. Se acontecer, eu pararei tudo, custe o que custar.
Depois, gentilmente beijou a face da noiva e foi se sentar numa poltrona de couro no canto, as mãos crispadas, o coração um tambor descompassado. Mucambo deu dois passos em direção a Svetlana e Antoine já não se aguentou, levantando-se e chamando a atenção de todos, inclusive de Mucambo e Svetlana que pararam e o encararam. Antoine foi até o bar, onde se serviu de uma generosa dose de um uísque exclusivíssimo, trazendo consigo o copo e a garrafa. Sentou-se novamente na poltrona, bebeu meio copo e a encarou, dividido entre o ciúme que corroía seu peito como ácido e uma fascinação estranha, um instinto desconhecido que agora o envergonhava. Ele amava Svetlana, mas a ideia de vê-la com outros homens o deixava em um limbo emocional, entre raiva, desejo e uma curiosidade que ele não queria nomear. Cada olhar dela, cada movimento, parecia desafiá-lo a sentir tudo, a enfrentar seus próprios limites. Svetlana, parecendo querer solucionar de vez aquela situação, falou:
- Você não me toca, Antoine. Não esse fim de semana. Você apostou, eu concordei, agora aguenta! - Sua voz saindo mais firme do que o necessário, mas com um tom que parecia provocá-lo a mergulhar naquele abismo com ela.
Antoine assentiu, os olhos fixos nela, enquanto Mucambo e os demais se aproximavam dela, formando um semicírculo ao seu redor, seus olhares famintos como lobos cercando uma presa que, paradoxalmente, parecia ser quem estava no comando e prestes a atacar.
A música começou, um som baixo mas pulsante que vibrava no chão, misturando-se ao cheiro da pura testosterona masculina em contraste ao perfume floral e suave de Svetlana, uma fragrância que evocava jasmim, perigo e promessa. Ela se levantou da cadeira, entregando a taça para Mucambo e se moveu com uma graça felina, ferina talvez, os quadris singrando de um alado para o outro enquanto deixava o vestido deslizar para o chão, o tecido arrepiando sua pele, sussurrando um segredo que estava sendo revelado. A lingerie preta de renda mal continha seus seios, os mamilos visíveis sob o tecido translúcido, e o triângulo entre suas coxas brilhava com um leve toque de umidade, um sinal de sua própria excitação. O silêncio dos homens foi quebrado por suspiros e murmúrios, cada um lutando para controlar seus próprios pensamentos. Mucambo, com sua confiança inabalável, sentia o desejo percorrer sua pele como uma corrente elétrica, mas mantinha um respeito velado por Svetlana, que realmente parecia uma deusa decidindo o destino daqueles meros mortais. Isaías, com sua energia inquieta, mal continha a excitação, demonstrada num proeminente volume a frente de sua calça, sua mente imaginando cada toque antes mesmo de começar. Diego Vargas, impulsivo, já fantasiava com a intensidade do momento, enquanto Karim mantinha uma calma aparente, mas seus olhos o traíam, perseguindo as curvas baixas daquela linda mulher.
Mucambo foi o primeiro, sua presença imponente preenchendo o espaço como uma tempestade. Ele tocou o rosto dela com uma de suas mãos grandes, os polegares traçando a linha de sua mandíbula, um toque que era ao mesmo tempo gentil e dominador:
- Você quer isso, princesa? Só faremos se você estiver de acordo. - Perguntou, a voz grave como um trovão baixo, os olhos buscando os dela.
Svetlana sentiu um arrepio percorrer sua espinha, fazendo-a fechar os olhos por um instante, mas logo sustentou o olhar, a mente girando com a certeza de que ela ditaria os termos:
- Quero. Mas só o que eu permitir, ok? - Respondeu com uma voz hipnótica e lábios meio entreabertos, a voz firme, mas carregada de um desejo que ela não podia mais esconder.
Ele sorriu, puxando-a pela cintura para um beijo faminto, seus lábios grossos devorando os dela, o gosto de champanhe misturando-se em suas bocas, num calor que parecia derreter qualquer hesitação. Svetlana sentiu o mundo encolher até aquele momento, o beijo de Mucambo como uma chama que acendia cada nervo de seu corpo.
Isaías aproximou-se por trás, suas mãos tatuadas deslizando pelos quadris dela, os dedos quentes contra a pele fria, aliás, fria não, fervente, incandescente, cada toque enviando choques de promessas de um prazer para o seu corpo. Ele beijou sua nuca, o hálito quente fazendo-a arrepiar, o cheiro de sua colônia misturando-se ao suor da vitória. Svetlana sentiu-se como uma corda de violino sendo esticada, vibrando com a tensão de estar entre dois homens tão diferentes, mas igualmente intensos. Mucambo a levantou com facilidade, suas pernas longas envolvendo a cintura dele, uma ereção querendo outra vitória, sobre o tecido da calça para alcançar um destino ainda mais nobre. Eles a levaram à cama “king size”, o colchão macio cedendo sob o peso deles, o som do tecido rangendo como um prelúdio. Mucambo arrancou a camisa, o peito largo brilhando como ônix, enquanto Isaías, já nu, deslizava a calcinha de Svetlana, o tecido roçando sua pele sensível, cada movimento amplificando o desejo que pulsava no ar. Ela gemeu, o som rouco e melífluo ecoando na suíte, enquanto se abria para eles, a pele branca contrastando com o ébano de Mucambo, uma visão que parecia pintada em tons de desejo por um Van Gogh ainda mais desvairado.
Antoine, na poltrona, apertava os braços do assento, o couro rangendo sob seus dedos. Seus olhos ardiam, fixos na cena, o coração dividido entre a raiva de ver sua noiva com outros e uma excitação que ele tentava reprimir. Ele a amava, mas a visão dela, tão livre, tão poderosa, o fazia questionar tudo o que sentia.
Svetlana agora vestia apenas duas meias calça 7/8, saltos altos e o sutiã, este um bravo guerreiro mesmo ante o avanço das tropas ensandecidas. Mucambo já beijava o interior das coxas dela, a língua traçando caminhos lentos, o sabor salgado de sua pele misturando-se ao perfume dela, uma mistura que o inebriava. Ela arqueou as costas, os seios subindo e descendo com a respiração que acelerava e diminuía ao sabor do toque dele. Isaías ousou mais e arrebentou o sutiã valente, passando a lamber, chupar, enfim, devorar os seus mamilos rosáceos, os dentes atiçando de leve a pele, arrancando gemidos agudos que ecoavam como música.
Mucambo empurrou deu dois toques na cabeça de Isaías e se posicionou entre as pernas de Svetlana, prenunciando o início oficial da partida. Quando ele a penetrou de uma vez, seu tamanho impressionante fez Svetlana gritar, um misto de surpresa, dor e prazer. Ele passou a se mover com força controlada. Primeiro, lentamente, suavemente, mas ver aquela linda mulher entregue a seus devaneios, o fez perder a cabeça e acelerar como um búfalo selvagem, agora cada estocada um impacto que fazia a cama tremer, o som rítmico dos corpos colidindo misturando-se aos gemidos dela, um coro visceral que enchia o quarto. Svetlana sentia-se no centro de um furacão, cada toque amplificando sua excitação, enquanto sua mente oscilava entre o controle e a entrega total. Ela era a rainha, mas também a chama, consumindo e sendo consumida. E foi assim que veio o seu primeiro orgasmo, avassalador, selvagem, libertador, enfim, de todas as amarras que ainda a prendiam.
Mucambo queria aproveitar a noite e não gozou, abrindo espaço para outros participarem. André “Búfalo” se aproximou, sua barba rala roçando os seios de Svetlana enquanto tomava o lugar de Isaías. Ele chupou os mamilos com uma intensidade diferente que a fez morder os lábios, uma forma diferente misturando-se ao prazer, uma sensação que a ancorava no momento. André, por dentro, sentia uma mistura de reverência e desejo bruto, quase incapaz de acreditar que estava tocando uma mulher tão inacessível. Karim El-Hadji substituiu Mucambo, seus olhos escuros brilhando enquanto a penetrava com movimentos rápidos, abraçado as pernas dela, o calor de seus corpos criando uma névoa de suor no ar. Diego Vargas, agora ao lado, enfiou uma mão entre as pernas dela e passou a acariciar o seu clitóris com dedos ágeis, o toque leve contrastando com a força de Karim, levando-a novamente a um orgasmo que fez seus gritos ecoarem como uma sinfonia descontrolada. Diego, com sua impulsividade, sentia-se no limite, cada gemido dela alimentando sua própria excitação.
Svetlana guiava os homens, ora com ordens sussurradas, ora com gestos, sempre no comando:
- Mais forte! Mais calmo! Devagar! No fundo... segura. Assim! - Ela dizia e se fazia ser obedecida.
Lukas Schmidt, com suas tatuagens tribais pulsando sob a pele suada, agora a tomava, suas mãos firmes segurando os quadris dela enquanto a penetrava por trás, de quatro, o ângulo novo arrancando gemidos guturais e desesperados dela. Lukas, normalmente reservado, sentia-se liberado, tomado por aquele momento de pura intensidade. O ar já cheirava a sexo e a sinfonia de desejos seguia sendo executada em todo o seu esplendor, somente interrompida pelo som do couro da poltrona onde Antoine se contorcia, preso entre o ciúme e uma excitação que ele se recusava a admitir. Ele queria gritar, queria se levantar, mas algo na força de Svetlana, na forma como ela dominava a cena, o mantinha preso, fascinado.
A noite seguiu madrugada adentro. Todos tiveram a sua vez, menos Antoine. Quando enfim se saciaram, despejando seu néctar sobre e dentro de Svetlana, um a um, agradeceram e se despediram, deixando-a sob os cuidados de Antoine. Ele a acarinhou, cuidou, banhou, mas nada ganhou além de um “Muito obrigada, amor.”, e o dia seguinte ainda prometia mais, muito mais...
TOQUES DE MAESTRIA
No domingo, a intensidade só aumentou. Svetlana aparentava um certo cansaço, disfarçado por uma maquiagem profissional. Entretanto, ali, eles puderam ver quem ela era realmente: uma mulher insaciável, um furacão de desejo, mesmo que sua pele já estivesse marcada por chupões, mesmo que hoje, seu belíssimo cabelo loiro já estivesse levemente bagunçado como se fosse uma coroa da devassidão. Nico “Pitbull” Alvarez a tomou com uma ferocidade animal, suas mãos agarrando os quadris dela enquanto ela cavalgava com a rainha das Amazonas, os cabelos balançando a caça do orgasmo perdido. O som dos corpos colidindo era como um tambor, rápido e implacável, enquanto ela gemia, o suor pingando de sua testa. Nico, com sua energia bruta, sentia-se como um conquistador, mas também estranhamente vulnerável, como se Svetlana estivesse desvendando algo em sua alma. Julien Costa, o tímido reserva, surpreendeu a todos, sua hesitação inicial dando lugar a uma intensidade crua enquanto a penetrava, os olhos arregalados de prazer. Julien, que sempre se sentira invisível, experimentava pela primeira vez uma confiança que o assustava e o encantava. Thiago Mendes, com sua pele bronzeada brilhando, explorou-a com a boca, a língua traçando círculos que a faziam tremer, o gosto salgado de seu prazer já misturado aos gozos de outros homens, enchendo seus sentidos. Thiago, com sua calma habitual, sentia-se desafiado, como se cada gemido dela fosse uma vitória pessoal.
Raoul, o massagista, trouxe um toque diferente. Suas mãos calejadas, acostumadas a aliviar músculos tensos, massagearam-na até que ela gozasse apenas com seus toques, os dedos deslizando com precisão cirúrgica entre a pele, músculos e a intimidade de Svetlana. Raoul, com sua experiência de vida, sentia uma mistura de admiração e desejo, como se estivesse diante de uma obra de arte viva. Bruno Lemaire, o preparador físico, por sua vez, usou sua força para levantá-la, penetrando-a de pé enquanto ela segurava seu pescoço, o impacto dos corpos ecoando como trovões. Bruno, normalmente tão focado em disciplina, sentia-se liberado, como se o ato fosse uma rebelião contra sua própria rigidez. Vincent, o analista tático, hesitou, mas cedeu, suas mãos trêmulas acariciando-a enquanto ela o guiava, seus gemidos suaves contrastando com os gritos roucos dos outros. Vincent, com sua mente analítica, sentia-se perdido, como se todas as suas estratégias tivessem sido reduzidas àquele momento de pura entrega.
Antoine tentou protestar após algum tempo daquela orgia insanamente controlada, quando Svetlana, tomada por Mucambo em sua vagina, Isaías em seu cu e Lukas na sua boca, todos ao mesmo tempo, parecia transcender o prazer humano:
- Chega, Svetlana! Não aguento mais!. - Gritou Antoine, levantando-se, o rosto vermelho, as lágrimas escorrendo.
Ele sentiria, pela primeira vez, o ciúme lhe ferir a alma como uma faca, pois viu sua jovem noiva sentir prazeres que ele sabia nunca teria condições de lhe dar. Mas também sentiu uma admiração que o confundia, uma parte dele querendo ser parte daquele espetáculo, mas preso pela própria aposta. Svetlana parou os três amantes, os olhos faiscando com uma autoridade fria:
- Amarrem ele! - Ordenou, a voz cortante como gelo.
Raoul, Bruno e outros dois obedeceram, temerosos, mas sabendo que ali, agora, quem mandava era ela. Usaram cordas de seda para prendê-lo à poltrona, os pulsos e tornozelos amarrados com firmeza:
- Você quis isso, Antoine. Você. Apostou, seja homem e pague, aliás, deixe que eu pague, seu corno. - Disse ela antes de voltar a gemer, o corpo tremendo enquanto os três voltavam a plenas cargas.
Svetlana, no auge do prazer, sentia-se como uma deusa, cada toque uma oferenda à sua própria liberdade.
UM SEGREDO REVELADO
No domingo à noite, quando todos estavam saciados, os homens deixaram a suíte, exaustos, alguns com sorrisos, outros com olhares culpados. Mucambo foi o último, beijando a testa de Svetlana:
- Você é mesmo uma deusa, a minha eterna deusa... Rezarei para termos outro encontro algum dia. - Murmurou em seu ouvido, sua voz carregada de respeito e esperança.
Na saída, ficara claro que Mucambo sentia uma mistura de satisfação e reverência, como se tivesse participado de algo maior que ele mesmo. Svetlana não confirmou nada, apenas sorrindo de uma forma doce para ele que se foi. Ela permaneceu na cama, o corpo marcado por chupões e arranhados, a bunda vermelha dos tapas recebidos, o cabelo desgrenhado, ela cheirava a sexo, suor e porra, muita porra, mas também externava um sorriso de vitória nos lábios.
Agora sozinhos, Svetlana se levantou e cambaleante foi até Antoine, desamarrando-o. Ele estava vermelho, os olhos marejados, mas estranhamente calmo e com um volume proeminente sob a calça. Ela se sentou à sua frente, aos seus pés, repousando a cabeça em seu colo ainda nua, a pele ainda quente. Após um breve silêncio, titubeante, ela perguntou:
- Você tá bem? - A voz tomada por uma preocupação genuína: - A gente... A gente ainda... está bem?
Além de exausta, ela também estava tensa com a forma que seria recebida por Antoine, afinal, tudo o que passaram era uma novidade, uma louca e inesperada novidade. Por dentro, ela sentia um alívio misturado com a exaustão pelo término daquilo tudo, mas sabia que ainda não havia terminado.
Após um breve silêncio em que ela, tomada pelo cansaço, quase cochilou em seu colo, ouviu dele um sorriso rouco, estranho, quase assustador. Ela realmente temeu encará-lo e só o fez após ouvir a sua voz:
- Você quase me matou, Svetlana. Mas… Caralho! Você... Você... Você queria isso, não é?
Antoine sentia-se sendo dominado pelo peso do ciúme e pior pelo receio do que seria deles dali por diante, dos olhares de julgamento, das piadas nos vestiários, enfim, das consequências, mas também sentiu algo que nunca sentira antes, uma estranha libertação, como se ele próprio tivesse exorcizado seus próprios demônios e sobrevivido.
Ela o encarou e sorriu de uma forma tímida, comedida. Levantou-se e então sentou-se em seu colo daquele jeito mesmo, nua e toda cheia de porra dos jogadores. Encarou-o por um segundo e deitou a cabeça no seu ombro, o calor de seu corpo um conforto após a tempestade:
- Você sabe que sim. Minha fantasia, nosso segredo. Você fez isso por mim. Eu sei... - Ela falou.
- Mas então... Aquela história da fantasia... era verdade!? - Ele insistiu, ainda atônito.
Svetlana confirmou com um movimento de cabeça, olhando no mais profundo de seus olhos, como se quisesse ali entrar e desnudar de vez toda a verdade. Ela sentia uma gratidão profunda por Antoine, misturada com o sentimento que sempre tivera e que agora se reforçava com aquela experiência compartilhada, o que ela também esperava fosse para ele:
- Cara... Senti um ciúmes do caralho! - Ele admitiu, puxando-a para um abraço, os braços tremendo levemente: - Mas tenho que confessar, te ver tão livre, tão no controle… foi foda.
Ele confessava, por fim, a excitação que sentira, mesmo preso, mesmo dilacerado:
- Então... você gostou? Mesmo preso? - Ela provocou, mordendo o lóbulo da orelha dele, o gesto brincalhão trazendo leveza ao momento.
- Isso eu achei uma sacanagem! - Respondeu dando uma gostosa gargalhada, encarando-a em seguida: - Mas... sei lá... Acho que sim. Talvez...
Ela queria beijá-lo, mas não sabia se seria rejeitada estando ela suja dos gozos de outros tantos homens diferentes. Parece que ele entendeu o seu dilema e decidiu dissipá-lo de uma forma diferente:
- Mas agora é minha vez, né!?
- Amor... Eu tô só o pó! - Resmungou Svetlana: - E suja pra cacete!
Ela riu novamente, mas vendo uma certeza no olhar dele, não se sentiu no direito de negar. Levantou-se então e o puxou para a cama, o colchão ainda quente e úmido dos eventos daquele final de semana. O ar carregava o cheiro persistente de sexo, mas agora seria reforçado só pelo deles, um espaço que Antoine faria questão de reconquistar e Svetlana de confirmar para o amado.
Em pé ao lado do móvel decubital, ela foi puxada por ele e entendeu o que ele queria, e se ele e ela queriam, assim seria. Ela o beijou, os lábios macios e quentes, o gosto de champanhe, desejo, sexo e secreções misturando-se, um sabor que parecia selar um pacto. Antoine a deitou, suas mãos percorrendo o corpo dela, ainda sensível, os dedos percorrendo os espaços as marcas do sexo como fosse um mapa de batalha que precisasse ser estudado. Sua excitação era imensa que após um rápido oral que ele fez nela, a penetrou lentamente, sentindo o calor dela o envolver.
Cada movimento agora lento e estudado, carregava uma carga de carinho que contratava com a selvageria dos últimos dias. Svetlana gemeu, baixo e íntimo, cravando as unhas nas costas dele, o ritmo crescendo até que ambos, após minutos de um sexo suave, mais cheio de significado, gozaram, um clímax silencioso, mas profundo, como uma promessa renovada. Antoine se acalmou enfim, sentindo que o acontecido naqueles dias não os havia separado, como se aquele final de semana tivesse sido uma simples prova de fogo que fortalecera seu vínculo. Svetlana, por sua vez, sentia-se completa, sua fantasia realizada, mas agora ancorada no amor que compartilhavam:
- Da próxima, eu participo desde o começo. - Ele sussurrou, ofegante, o suor escorrendo por sua testa, dando uma risada em seguida.
- Combinado, amor. - Ela respondeu, afagando sua cabeça: - Quem sabe, eu não traga outro alguém também, talvez a Irina e a Vladislava.
- Opa! Se estiver bem para você, para mim estará ótimo! - Ele gargalhou, imaginando que pudesse também ter a sua noite de devaneios.
- Ou talvez eu convide o time que perder a partida...
Ele a encarou e o sorriso dissipou qualquer dúvida quanto aquela piada sugestiva. No final, se beijaram, enquanto a suíte, agora quieta, guardava os ecos de um fim de semana que definitivamente mudaria tudo entre eles.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS. OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL SÃO MERA COINCIDÊNCIA.
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