Desde a chácara, minha cabeça não parava.
Era como se o que aconteceu ali tivesse acendido alguma coisa dentro de mim — algo que eu não conseguia mais ignorar. Nem esconder. Principalmente quando lembrava do Alex. Do jeito como ele me olhava, me tocava... do gosto dele na minha boca.
Eu havia acabado de tomar um banho e estava deitada na cama vendo um epsodio de minha série, até que meu celular vibrar, era uma mensagem de Alex nada demais.
Um simples: “Tô passando perto da sua rua.”
Respondi:
“E daí?”
Ele mandou a localização. A menos de quatro quadras da minha casa.
Eu hesitei por exatos sete segundos.
Depois peguei uma blusa decotada, vesti por cima da pele nua, usava um shortinho calcei um chinelo e saí, sem pensar.
Encontrei ele estacionado numa rua quase deserta, perto de um terreno baldio. Os vidros abaixados, o braço pra fora, aquele ar de quem já sabia que eu viria.
— Não acredito que você veio — disse, com aquele sorriso torto.
— Cala a boca — respondi, entrando no carro e batendo a porta.
Ele nem esperou. Veio pra cima de mim como se não tivéssemos tempo. A mão já na minha coxa, a respiração pesada. E eu... deixei. Não só deixei — queria.
— Desde a chácara... não consigo tirar aquela sua boca da cabeça — ele sussurrou, roçando os lábios no meu pescoço.
Foi aí que eu perdi o controle.
Me abaixei entre os bancos, afastei a bermuda dele e encontrei o que procurava. Estava quente, duro, pulsando só de estar ali comigo. Segurei com firmeza e comecei devagar, sentindo ele respirar fundo, os músculos das pernas contraindo.
A rua estava vazia, escura, só com um poste piscando lá no fundo. Qualquer pessoa que passasse poderia ver... mas isso só tornava tudo mais excitante.
Minha boca deslizava por ele com vontade. Comecei lenta, provocando, só com a ponta da língua, circulando a glande como se saboreasse um doce proibido. Alex gemeu baixo, tentando conter a respiração.
Quando senti seu corpo arrepiar, abri mais a boca e o engoli por completo, num movimento firme, deixando ele deslizar pela garganta quente. A sensação era crua, deliciosa. Meus lábios apertavam com pressão exata, e minha mão, firme na base, acompanhava cada movimento.
A cada vez que subia e descia, sentia o pau dele endurecer mais, pulsar dentro da minha boca como se suplicasse por mais. Sujei os lábios com saliva de propósito, deixando escorrer pelo canto da boca enquanto olhava pra cima, direto nos olhos dele.
Ele gemeu meu nome, abafado, e jogou a cabeça contra o banco. Uma das mãos segurou firme meu cabelo, a outra tremia no volante — o corpo inteiro dele implorava por controle, mas ele já não tinha nenhum.
Acelerei. Intercalei movimentos fundos com sucções curtas e intensas, a língua massageando por baixo, meu queixo se molhando cada vez mais. O som era sujo, indecente. E eu estava cada vez mais molhada.
— Caralho, Gabi... — ele sussurrou entre dentes. — Que boca é essa...
Eu sorri com os olhos, sem parar. O corpo dele começou a enrijecer. Sabia que estava perto.
Agarrei os testículos dele com uma das mãos, massageando com cuidado, enquanto chupava mais fundo, mais forte. Os quadris dele começaram a se mover sem controle, como se tentasse se enterrar ainda mais na minha garganta.
E então ele veio.
Um jato quente, intenso, profundo. Senti pulsar dentro da minha boca, engoli o que consegui, o restante escorreu pelos meus lábios, desceu pelo queixo. Olhei pra ele, ainda com ele na boca, lambendo devagar o restante com a ponta da língua. Ele arfava, olhos fechados, boca entreaberta, completamente entregue.
Limpei o que escapou com o dorso da mão, passei os dedos entre os seios, como se espalhasse aquela marca com prazer. Dei um sorriso sacana, ainda de joelhos.
— Isso não aconteceu — falei.
Ele riu, ainda sem fôlego.
— Não mesmo.
Abri a porta e saí do carro sem olhar pra trás.
Mas por dentro, cada passo que eu dava dizia uma coisa só:
Aquilo era só o começo.