— Oi pai, estou saindo — disse Paul, emergindo do banheiro ainda com os cabelos úmidos.
A voz áspera do pai ecoou pelo corredor: — Abre essa porta agora!
Paul hesitou por um momento, trocando um olhar nervoso comigo antes de girar a maçaneta.
— Pai, eu estou com alguém aqui. Já vamos descer — murmurou, mantendo a porta apenas entreaberta.
— Eu sei muito bem com quem você está! — a voz do homem mais velho carregava uma tensão que fez meu estômago se contrair. — Não quero confusão com seu irmão aqui em casa, entendeu? Suas tias e tios estão chegando, e eu não vou tolerar nenhum tipo de barraco na minha casa. Está me ouvindo bem?
— Sim senhor, pode ficar tranquilo. Não vai ter confusão nenhuma — Paul respondeu, mas pude perceber seus punhos se fechando discretamente.
— É bom mesmo que seja assim.
O som dos passos pesados se afastando pelo corredor me deixou respirar novamente. Paul fechou a porta devagar e se virou para mim, um sorriso nervoso brincando em seus lábios.
— Parece que podemos ter alguns... problemas — disse, tentando soar descontraído, mas eu conhecia aquele olhar.
Meu coração disparou. Comecei a procurar minhas roupas espalhadas pelo chão, as mãos tremendo ligeiramente.
— Prefiro ir embora antes que Luke me veja aqui — falei, tentando soar firme, mas minha voz saiu mais aguda do que eu gostaria.
— Relaxa, Lucas — Paul se aproximou, colocando as mãos nos meus ombros. — Não vai dar em nada.
Parei de me vestir e o encarei diretamente:
— Paul, você está me usando? Quer provocar uma briga com Luke? — minha voz estava tensa, carregada de insegurança. — Porque eu não quero estar no meio desse joguinho de irmão, entendeu?
Os olhos dele se escureceram, e ele me puxou mais perto.
— Lucas, pelo amor de Deus, não estou te usando. Não quero atingir o Luke com isso — sua voz ficou mais baixa, quase um sussurro. — Apenas falei o que achei que você já sabia. E para ser bem claro contigo: eu estou pouco me fodendo para qualquer outra coisa que não seja você. Você sabe que eu sou completamente louco por você, e isso não é de hoje.
Senti sua respiração quente no meu pescoço, e meu corpo traiu toda a minha racionalidade, senti seu pau duro, ele foi beijando minha orelha, tocando o meu corpo.
— Para, Paul — tentei resistir, mas minha voz saiu fraca, sem convicção.
— Você é todo meu, meu sacaninha — ele murmurou no meu ouvido, fazendo cada fibra do meu corpo se arrepiar. — Você me deixa completamente maluco, quero te foder 24 horas por dia, por mim não tirava meu pau do seu cú, ou o seu pau do meu cú.
E então estávamos transando novamente. Paul era como uma droga mesmo - viciante, perigoso, impossível de resistir, ele me jogou no sofá do seu quarto, e foi me penetrando, meu cú já conhecia o seu pau, ele havia me fodido por horas na noite anterior, o Paul era uma máquina na cama, Ele mexia comigo de uma forma que desafiava qualquer lógica, que me fazia esquecer de tudo ao redor, ele seguia metendo em mim quando o a magia foi brutalmente interrompida por batidas agressivas na porta.
— Paul, porra! Vai demorar quanto tempo para descer dessa merda de quarto? — a voz do pai estava carregada de irritação. — Seus tios estão aí embaixo esperando. Desce logo e vai fazer sala!
— Já estou indo, pai! Estava me vestindo, já estou descendo — Paul gritou de volta, enquanto terminava de gozar dentro de mim mais uma vez, ele então me puxou para um beijo e fomos finalmente vestir uma roupa.
Peguei meu celular e vi uma mensagem nova no grupo:
Luke: "Pessoal, ressaca da formatura aqui em casa! Meu pai está fazendo churrasco, venham todos!"
Mostrei a tela para Paul, sentindo o sangue gelar nas veias.
— Luke acabou de me chamar para vir para cá!
— Sério? — os olhos dele se arregalaram.
— Tecnicamente ele chamou todos os nossos amigos do grupo — tentei racionalizar, mas o pânico estava crescendo. — Então, se ele me vir aqui, posso falar que acabei de chegar. Mas acho melhor não arriscar.
— Vista uma roupa minha, vai ser melhor assim — Paul já estava se movendo, abrindo gavetas. — Procura aí alguma coisa que sirva. Vou descer para acalmar meu pai e já subo.
Depois que ele saiu, fui até o closet com pernas bambas. Encontrei uma bermuda jeans e uma camiseta básica que mais ou menos serviam. No meio das roupas, acabei pegando também uma sunga branca. Vesti tudo e me deitei na cama, tentando acalmar os batimentos do coração.
Alguns minutos depois, Paul voltou, me beijou com urgência e disse:
— Vamos! Quer que eu te leve para casa? Consigo fugir um pouco e te deixar lá.
— Luke está lá embaixo? — perguntei, ainda torcendo para não ter que enfrentá-lo.
— Não, está com Carluxo no quarto. Passei pela porta e ouvi uns... gemidos
— Então vamos logo! Não quero encontrar com eles.
Saímos do quarto em silêncio, mas é claro que minha vida é uma novela mexicana. Exatamente no mesmo momento, a porta do quarto de Luke se abriu e ele saiu de lá, dando de cara comigo e com Paul. Meu mundo desabou quando vi Carlos logo atrás dele.
— Lucas? Você aqui? — Luke falou, e havia algo provocativo em seu tom que me fez engolir seco.
Meus olhos, no entanto, estavam fixos em Carlos. Ele parecia tão surpreso quanto eu, e por um momento, o tempo parou.
— Você me chamou, vim logo — consegui responder, tentando soar casual, mas minha voz estava claramente alterada.
— Dormiu com o Paul? — Luke perguntou com um sorriso malicioso que não chegava aos olhos.
A raiva subiu na minha garganta.
— Dormiu com o Carlos? — rebati, surpreso com minha própria audácia.
— Vamos descer, é melhor — Paul interveio rapidamente, me puxando em direção às escadas.
Enquanto descíamos, senti como se o chão estivesse desaparecendo sob meus pés. Ver Carlos com Luke foi como levar um soco no estômago. Eu não estava em posição de questionar ninguém - eu sabia disso. Carlos e eu tínhamos terminado há tempos, mas... droga, os sentimentos ainda estavam ali, vivos e dolorosos como feridas abertas.
Nunca consegui esquecer Carlos completamente. E agora tinha Luke na jogada também - claro que eu ainda gostava dos dois, cada um de uma forma diferente, cada um mexendo com uma parte diferente de mim. E para complicar ainda mais essa bagunça toda, tinha Paul - com aquele sorriso devastador, aquele corpo que me deixava sem ar, aqueles beijos que me faziam esquecer meu próprio nome.
Minha vida estava um completo furacão de sentimentos desencontrados.
Mas sabe o quê? Fuck it. Eu estava com Paul naquele momento, e não ia deixar o passado interferir. Mesmo sabendo que Paul tinha prazo de validade - ele ia embora em alguns dias -, eu ia aproveitar cada segundo. Pelo menos com ele, eu sabia exatamente onde estava pisando. Ou pelo menos achava que sabia.
Descemos e havia alguns tios e tias de Paul e Luke espalhados pela área da piscina. O pai deles nos lançava olhares tensos de vez em quando, como se estivesse com medo de que uma briga entre os irmãos explodisse do nada. Mas, por enquanto, estava tudo sob controle.
Tirei a bermuda e entrei na piscina junto com Paul. Logo depois, Carlos e Luke também entraram na água. A tensão era palpável, como se todos estivéssemos andando sobre gelo fino.
— E então, namorando os pombinhos? — perguntei, provocando Luke e Carlos, tentando soar descontraído, mas havia uma pontada de amargura na minha voz.
— Estamos nos conhecendo melhor — respondeu Luke, me encarando diretamente. — O Carlos tem ótimas qualidades.
O sorriso dele era calculado, cruel.
— Que casalzão vocês fazem — respondi, forçando um sorriso que não chegava aos meus olhos.
— E você com meu irmão? — Luke se aproximou, a voz carregada de provocação. — Assumiu o papel de amante agora? Não sei se você sabe, mas meu irmão tem namorado em Nova York.
Senti como se tivessem jogado água gelada no meu rosto.
— Cala a boca, Luke — Paul disse, mas sua voz soou mais nervosa do que irritada.
— Ah, perdão, irmão. Não sabia que era segredo — Luke deu de ombros, fingindo inocência.
O sangue subiu à minha cabeça. Não ia deixar Luke me humilhar dessa forma.
— Paul me fode muito bem, isso é o que importa — respondi, encarando Luke diretamente. — Estou pouco me fodendo se ele namora ou não.
A mentira saiu fácil demais, mas por dentro, eu estava desmoronando.
— Luke! Paul! Preciso de vocês aqui, agora! — a voz autoritária de Lúcio cortou o ar.
Os dois saíram da piscina, me deixando a sós com Carlos. O silêncio que se seguiu era ensurdecedor.
— Então é isso? Você e Luke juntos? — perguntei, tentando soar indiferente, mas minha voz tremia ligeiramente.
— Qual o problema? — Carlos cruzou os braços, defensivo.
— Você odiava Luke. Só quero entender.
— E você amava Luke. Eu também só queria entender — ele rebateu, os olhos brilhando com uma mistura de dor e raiva.
— Carlos, por favor...
— Lucas, qual é a sua? — sua voz subiu de tom, ecoando pela área da piscina. — Você com o irmão do Luke? Sério? Acha isso normal?
— Carlos, não tem problema algum!
— Tem sim, Lucas! — ele se aproximou, o rosto vermelho de raiva. — Eu sei que você me traiu com ele! Assim como traiu Luke! Você não presta, Lucas, isso é o que você é - um canalha! A gente tinha um combinado, tínhamos uma relação aberta, e você transa com Paul pelas minhas costas? Em troca de quê? Para rir de mim?
Cada palavra era como uma facada. Eu sabia que ele estava certo, e isso doía mais do que qualquer grito.
— Carlos...
— Vai, fala! Seja homem pelo menos uma vez na vida! — ele me confrontou, os olhos marejados de lágrimas que se recusava a derramar.
— Eu... vou embora. É o melhor que faço — murmurei, sem coragem de encará-lo.
— Isso! Vai embora! Some da minha vida! — sua voz quebrou. — Eu te odeio, Lucas. E me odeio por ter te amado um dia. Você é a maior decepção da minha vida, isso é o que você é!
As lágrimas finalmente escorreram pelo seu rosto, e eu senti meu peito se despedaçar.
— Desculpa... eu te amo. Minha intenção nunca foi te machucar.
— Você sempre só me machucou! — ele gritou, a dor transbordando. — E quer saber? Hoje sei por que você ama Luke. Ele realmente é muito bom, gostoso, beija bem... estou apaixonado por ele!
Cada palavra era escolhida para me ferir, e estava funcionando perfeitamente.
— Por favor, não fala isso. Me dói — sussurrei.
— Dói? — ele riu amargamente. — Dói o quê? Saber que você perdeu Luke ou saber que eu não sou mais um otário que quando você estala os dedos eu fico de quatro para você?
— Carlos, você está sendo muito duro comigo.
— E você foge de tudo que eu te questiono! Não me responde nada! — ele estava desesperado, implorando por uma explicação que eu não conseguia dar.
— Eita, estou atrapalhando alguma coisa? — a voz de Luke cortou nossa discussão.
— Vou deixar vocês sozinhos. Vocês se merecem — falei, saindo da piscina com as pernas bambas.
Eu era um covarde. Tudo o que Carlos havia dito era verdade. Eu era inconsequente, havia traído a confiança dele, havia o traído com Paul enquanto namorávamos, e não tinha como me defender. Eu havia errado, e não tinha sido pouco.
Enquanto vestia minha roupa com mãos trêmulas, Paul apareceu:
— Que foi? Por que está com essa cara? Aconteceu alguma coisa?
— Vou embora, Paul. Não fico aqui mais um segundo — minha voz estava quebrada.
— Eu vou com você.
— Não... me deixa sozinho.
— Não sei o que aquele babaca do seu ex te falou, mas foda-se — Paul me segurou pelos ombros, me forçando a olhá-lo. — Eu estou com você e quero você. Quero te ver bem. Vou falar com meu pai que vou sair. Ele vai surtar, mas não te deixo sozinho.
Paul falou com o pai, e pude ouvir uma discussão acalorada, mas não consegui distinguir as palavras. Paul era danado mesmo - não ficava na coleira de ninguém, não obedecia cegamente ao pai. E então fomos embora.
Durante o caminho para minha casa, ele tentou me beijar, mas eu recusei. Queria ficar sozinho, precisava esfriar a cabeça.
— Obrigado por me trazer. Preciso ficar sozinho.
— Eu não vou embora — Paul estacionou o carro e se virou para mim. — Tenho poucos dias aqui com você. Quero aproveitar o máximo. Já te disse: não devemos nada a ninguém.
— Então você namora mesmo? — a pergunta saiu antes que eu pudesse me conter.
— Você está chateado com isso?
— Não... mas quero saber.
Paul suspirou e passou a mão pelos cabelos.
— Namoro, sim. Tenho um cara em Nova York. Me assumi para os meus pais, estamos juntos há um tempo... — ele fez uma pausa. — Mas eu gosto de você, sou louco por você, Lucas.
— Então você está só me usando — a constatação doeu mais do que eu esperava.
— Não! Eu gosto de você, penso em você sempre. Meu namorado sabe sobre você, eu contei a ele. A gente tem um relacionamento semi-aberto.
— Paul, é melhor eu ficar sozinho.
— Lucas, não deixa meu irmão ou Carlos atrapalharem a gente! — sua voz estava desesperada. — Porra, vamos curtir! Qual o problema?
E então Paul me beijou. Como eu já disse, Paul era como uma droga - seus beijos, seu toque, seu cheiro, tudo me fazia esquecer do mundo ao redor. Não existia Luke nem Carlos quando eu fechava os olhos e sentia a língua de Paul na minha, suas mãos tirando minha camisa, seu olhar me penetrando.
Paul era sedução pura. Ele exalava desejo de cada poro. Eu sabia que tínhamos prazo de validade, mas ia aproveitar cada segundo desse tempo emprestado, e eu me entreguei aos seus beijos, me entreguei ao seu corpo e ali no carro dele de frente ao meu prédio transamos mais uma vez.
Os dias que se passaram foram intensos, eu diria. Minha mãe queria que eu fosse passar o Natal com minha avó no interior, mas eu não queria ir. Não tinha opção, porém - fui e fiquei longe de Paul por dois dias que pareceram uma eternidade. A gente se falava sempre, a toda hora, como se as palavras pudessem diminuir a distância física entre nós.
Luke e Carlos? Bom, eles não seriam um problema para mim, pelo menos não enquanto eu estivesse com Paul. Então não pensei neles, empurrei aquela situação para um canto da minha mente.
Quando voltei para Natal, encontrei com Paul e simplesmente não nos desgrudamos mais. Logo veio o Ano Novo, e passamos todos juntos na casa de praia dos pais dele. Claro que Luke e Carlos também estavam lá, assim como outros amigos nossos, mas não houve climão ou troca de farpas. Tudo estava sob controle, eu diria.
Na virada do ano, Paul me levou para a praia. Ficamos um pouco afastados do grupo, longe dos fogos e da música alta. E então transamos na areia, sob as estrelas, com o barulho das ondas como trilha sonora. Era como se o mundo fosse só nosso naquele momento.
Paul ia embora em três dias. Voltaria para a vida dele, e eu teria que seguir a minha. Quando terminamos de fazer amor, ele ficou me olhando em silêncio por um longo tempo, os dedos traçando desenhos invisíveis no meu peito.
— Lucas... — sua voz estava diferente, mais séria. — Vem comigo.
— Como assim? — perguntei, ainda ofegante.
— Para Nova York. Vem comigo — ele se apoiou no cotovelo, me encarando intensamente. — Eu não consigo te deixar aqui. Não consigo fingir que isso aqui entre nós é só uma aventura de férias.
Meu coração disparou. Parte de mim queria gritar "sim" imediatamente, mas a razão falou mais alto.
— Paul, eu não posso...
— Por que não? — ele se sentou na areia, puxando os joelhos contra o peito. — Eu te banco, Lucas, eu trabalho, meu pai tem grana. Você não precisa se preocupar com dinheiro, com nada. Só... fica comigo.
A desesperança na voz dele me partiu o coração.
— Não é questão de dinheiro — sussurrei, sentando ao lado dele. — Em algumas semanas sai o resultado do ENEM. Eu vou começar uma nova vida aqui. Tenho que terminar a auto escola também, meu pai vai me dar um carro não sei como, mas preciso terminar antes da faculdade começar.
— Foda-se a faculdade! Foda-se tudo isso! — Paul explodiu, se virando para mim com os olhos brilhando. — Você pode estudar lá, pode fazer qualquer coisa lá! Eu só... eu não quero te perder, Lucas.
— Paul...
— Não, me escuta — ele segurou meu rosto com as duas mãos. — Eu sinto algo por você que nunca senti na vida. Nem pelo meu namorado, nem por ninguém. Você mexe comigo de um jeito que eu não consigo explicar.
Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto sem que eu percebesse.
— Eu também sinto isso — admiti, minha voz quebrando. — Você é... você é diferente de tudo que já vivi, Paul. Quando estou com você, é como se eu fosse uma versão melhor de mim mesmo.
Ele me beijou então, desesperadamente, como se quisesse gravar aquele momento na alma. Quando nos separamos, ambos estávamos chorando.
— Eu te amo — Paul sussurrou contra meus lábios. — Eu te amo de um jeito que assusta, que não faz sentido, mas é real. É a coisa mais real que já senti na vida.
— Eu também te amo — respondi, beijando suas lágrimas salgadas. — Mais do que deveria, mais do que é seguro. Você virou meu mundo de cabeça para baixo.
— Então por que não vem? — ele implorou, apertando minhas mãos. — A gente pode dar certo, Lucas. Eu sei que pode.
— Porque... — respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas. — Porque eu preciso descobrir quem eu sou primeiro. Preciso terminar as coisas aqui, enfrentar minha vida, meus erros. Não posso fugir com você, por mais que eu queira.
Paul assentiu devagar, entendendo mesmo sem concordar.
— Você é mais corajoso do que eu — disse ele, sorrindo através das lágrimas. — Eu fugiria com você para o fim do mundo se você deixasse.
— E eu fugiria com você também — admiti. — Mas a gente vai se encontrar de novo. Eu tenho certeza disso.
— Promete?
— Prometo.
Ficamos abraçados na areia até o sol começar a nascer, falando sobre tudo e sobre nada, gravando cada palavra, cada toque, cada respiração.
Quando já estava quase na hora de voltar, Paul me olhou nos olhos uma última vez e sorriu - aquele sorriso devastador que me fazia esquecer do mundo.
— Que seu 2017 seja incrível... — ele sussurrou, beijando minha testa. — Incrível como você.