Capítulo 3 – Entre Ferro e Desejo

Um conto erótico de Carol
Categoria: Heterossexual
Contém 2366 palavras
Data: 28/05/2025 12:01:00

A academia sempre teve um efeito estranho em mim — uma mistura de admiração, desejo e um pouco de insegurança que eu não sabia muito bem de onde vinha. Talvez fosse o ar quente, o som dos pesos caindo, os corpos suados se esforçando para superar limites. Ou talvez fosse o fato de que ali, entre máquinas e halteres, eu podia observar tudo o que me fascinava.

Hoje era diferente. Estávamos juntos — eu, Leonardo e Isabela. Eles dois, lado a lado, e eu, observando, tentando entender o turbilhão que crescia dentro do meu peito.

Isabela entrou na sala com aquela presença de sempre: firme, confiante, os músculos definidos e a pele brilhando de suor mesmo antes de começar. Seu cabelo loiro preso num rabo de cavalo alto, as pernas fortes, o corpo que parecia esculpido para o vôlei. Eu a admirava — não só pelo físico, mas pela energia que irradiava.

Leonardo estava ali ao lado, seu corpo enorme, forte, imponente. Seus 110 quilos pareciam ainda mais impressionantes quando ele pegava nos pesos, os músculos ondulando com o esforço, o suor escorrendo pela testa. Eu sentia um orgulho imenso por ele — e uma excitação que eu ainda não sabia explicar direito.

— Vamos, Carol, vem! — Leonardo me chamou, um sorriso de incentivo no rosto.

Eu estava perto da esteira, meio tímida, mas aceitei o convite. Queria me sentir parte daquele mundo, mesmo que minha resistência fosse bem menor que a deles.

Enquanto eu começava a caminhar devagar, Leonardo se preparava para o supino, e Isabela já ajeitava as anilhas no banco ao lado. A cena me prendia.

Eu podia ver os movimentos deles, a força que transmitiam, a cumplicidade que surgia sem palavras.

Leonardo olhou para Isabela e riu, uma risada que parecia carregar todo o peso do mundo e, ao mesmo tempo, ser leve, divertida.

— Tá pronta pra me vencer? — ele provocou, meio brincando, meio sério.

Isabela respondeu com um sorriso desafiador e um brilho nos olhos.

— Você sabe que sou melhor na resistência, Leo.

Eu fiquei ali, absorvendo cada gesto, cada olhar. Sentia meu corpo reagir — o coração acelerado, as mãos suadas, uma mistura de nervosismo e excitação.

Em certo momento, Isabela virou o rosto na minha direção e sorriu, como se me incluísse naquele jogo silencioso.

Eu sorri de volta, sentindo um calor estranho crescer dentro de mim.

Era um território novo.

Leonardo terminou a série e veio até mim, passando o braço por trás dos meus ombros.

— Tá se saindo bem — disse, baixo, quase um segredo.

Eu me encostei nele, sentindo a força do corpo dele, a segurança que ele sempre me deu.

— Quero aprender com vocês — falei, tentando esconder o tremor na voz.

— A gente vai te ensinar — Isabela falou, chegando perto. — Com calma. Sem pressa.

Os três ali, juntos, no meio daquela energia intensa, era algo que eu nunca tinha imaginado viver.

Depois de um tempo, começaram a treinar em duplas. Leonardo e Isabela estavam lado a lado, fazendo séries que pareciam exigir tudo deles. Eu os observava, cada músculo, cada gesto, cada troca de olhares.

Era hipnotizante.

Em um momento, Isabela me chamou para ajudar a ajustar uma máquina. Quando me aproximei, senti o cheiro dela — uma mistura de suor e algo doce, quase impossível de descrever.

Ela tocou meu braço, com um leve sorriso, e falou baixo:

— Você está linda assim, Carol.

Meu rosto queimou.

Leonardo virou para olhar e sorriu, um sorriso de posse, de admiração.

Senti uma onda de emoções tão confusas que tive que respirar fundo.

Enquanto eles treinavam, eu percebi que aquele trio, aquele momento, era o que eu queria. Não só pelo desejo físico, mas pela conexão, pela confiança, pela liberdade que começava a sentir.

A cada série, a cada olhar, a cada toque — mesmo que sutil —, meu desejo crescia, mas também a certeza de que aquilo era só o começo.

Quando a sessão acabou, Leonardo passou o braço por minha cintura, e Isabela ficou ao nosso lado, com o sorriso largo e confiante.

Depois que Leonardo saiu para ajeitar umas coisas, Isabela me puxou gentilmente pelo braço.

— Vem comigo, Carol. A gente pode tomar um banho juntas, pra relaxar depois desse treino.

Meu coração deu um pulo. A ideia me deixou nervosa e curiosa ao mesmo tempo.

Seguimos pelo corredor até o vestiário feminino, onde o cheiro de sabonete e vapor quente já enchia o ar.

Entramos juntas no espaço amplo, cheio de cabines e bancos de madeira. O ambiente estava quase vazio, o que só aumentava a sensação de intimidade.

Isabela se virou para mim com um sorriso tranquilo.

— Pode ficar à vontade. — E começou a desamarrar o rabo de cavalo, deixando o cabelo solto cair sobre os ombros.

Eu a observei, sentindo cada movimento. A pele dela brilhava ainda do suor, os músculos definidos e delicados ao mesmo tempo.

Foi quase hipnótico.

Quando Isabela começou a tirar a regata, deslizando o tecido pelo corpo, eu senti o rosto esquentar. Aquela pele dourada, as costas firmes e os ombros largos... era impossível não admirar.

Ela me olhou, percebendo meu olhar, e sorriu com um toque de cumplicidade.

Eu, então, comecei a tirar minha própria camiseta, sentindo o ar fresco do vestiário tocar minha pele quente.

Deslizava a blusa pela cabeça com cuidado, revelando minhas curvas sob a luz suave. Meu corpo parecia diferente naquela penumbra, exposto e ao mesmo tempo protegido.

Isabela chegou perto, segurou minha mão e disse, baixo:

— Você está linda, Carol.

Eu senti um arrepio e sorri de volta.

— Obrigada. Você também.

Nos aproximamos da área do chuveiro, tirando as roupas aos poucos: shorts, calcinhas, tudo caindo no chão em silêncio, como se fosse um ritual só nosso.

O contato das nossas peles quase se tocando, o vapor quente envolvendo tudo, a expectativa no ar.

Quando finalmente entramos na cabine do chuveiro, a água quente caiu sobre nós, misturando nossos corpos em um abraço de calor e desejo silencioso.

Eu podia sentir o coração acelerado, a respiração falhando, o mundo diminuindo até que só existisse aquele momento, aquela conexão.

O corredor até o vestiário feminino parecia infinitamente longo, e meu coração acelerava a cada passo que dava ao lado de Isabela. Ela caminhava com a segurança de quem conhece bem aquele espaço — e eu, com aquela mistura de nervosismo e curiosidade que não conseguia esconder.

Quando entramos, o cheiro quente de sabonete, shampoo e vapor quente me envolveu como um abraço. Era quase hipnótico.

Isabela virou-se para mim, os olhos brilhando sob a luz suave.

— Relaxa, Carol. Você tá ótima, sabe? — disse ela, a voz doce, quase como um segredo.

— Sério? — perguntei, sentindo o rosto esquentar.

— Sim, sério. Você tá linda assim, toda suada, forte. Parece que o treino te deu um brilho especial.

Senti meu corpo esquentar ainda mais. Ela se aproximou, desamarrando o rabo de cavalo devagar, o cabelo loiro caindo em ondas naturais pelos ombros.

— Eu sempre fico assim depois de treinar — continuou, com um sorriso. — É uma sensação que mistura cansaço, poder e algo que não sei explicar direito. Você sente isso também?

— Acho que sim — respondi, tocando o tecido da minha blusa. — Mas... não sei se estou acostumada a sentir tudo isso. Especialmente com vocês dois ali, ao meu lado.

Ela riu, um som leve e confortável.

— Isso é normal. A gente vai devagar, sem pressa. E eu tô aqui pra você.

Enquanto falávamos, ela começou a tirar a regata, deslizando o tecido pela pele quente e brilhante. Seus músculos definidos se revelavam, lindos e naturais.

Eu não consegui evitar olhar, minha respiração ficando mais pesada.

— Seu corpo é incrível — falei, meio surpresa comigo mesma.

— Obrigada — ela respondeu, com um sorriso que iluminou o rosto. — Você também tem um corpo lindo, Carol. Não esquece disso.

Senti uma pontada de vergonha, e comecei a tirar minha camiseta com cuidado, sentindo a blusa fina deslizar pela cabeça. O ar fresco do vestiário tocava minha pele, fazendo minha pele formigar.

Isabela percebeu e se aproximou mais.

— Posso te perguntar uma coisa? — disse, olhando nos meus olhos.

— Claro.

— Como você se sente com tudo isso? — Ela indicou com a cabeça, abrangendo a academia, a gente, o desejo que começava a surgir.

— É complicado — admiti, mordendo o lábio. — Eu sinto medo, insegurança, mas também uma vontade enorme de me descobrir. De entender o que tudo isso significa pra mim. É como se algo estivesse acordando dentro de mim que eu nem sabia que existia.

Isabela assentiu, como se entendesse perfeitamente.

— Eu já passei por isso — disse ela, baixinho. — E a melhor coisa que a gente pode fazer é se permitir sentir. Sem julgar. Sem pressa. Só sentir.

Aquelas palavras foram como um alívio para mim.

— Você acha que dá pra sentir tudo isso... e ainda se sentir segura?

— Dá. — Ela sorriu. — A gente cria um espaço onde a gente sabe que está protegida. Um lugar onde o desejo e o respeito caminham juntos.

O coração disparou. Eu queria acreditar.

— Você tá me ajudando mais do que imagina — falei, sentindo a sinceridade no peito.

— E você também me ajuda. A gente se apoia — disse ela, tocando minha mão com carinho.

Ficamos assim, olhando uma para a outra, até que Isabela quebrou o silêncio.

— Vamos tomar um banho? Vai ajudar a gente a relaxar depois de tudo.

Eu concordei, e começamos a tirar as roupas lentamente, uma a uma, em um ritual tão silencioso quanto revelador.

Ela foi primeiro, e enquanto tirava a regata, falou sem pressa:

— Gosto de tirar o suor do corpo assim, sentindo a água escorrendo, levando embora o cansaço.

Eu olhava cada movimento, fascinada.

— Eu nunca tinha reparado nisso — falei —, mas você tem razão. É quase... meditativo.

Ela riu, e foi tirando o shorts, revelando as pernas fortes e lisas.

— Me fala uma coisa, Carol... — ela disse baixinho, enquanto me olhava —, o que você espera dessa nossa amizade? Desses momentos juntos?

A pergunta ficou pairando no ar, e eu precisei de alguns segundos para responder.

— Eu espero... entender melhor quem eu sou. Me sentir completa. Querer e ser desejada, sem medo.

Isabela sorriu, um sorriso que misturava carinho e cumplicidade.

— Então a gente tá no caminho certo.

Eu comecei a tirar minha blusa com cuidado, e senti Isabela se aproximar ainda mais.

— Você sabe que pode confiar em mim, né? — ela falou, quase como um sussurro.

— Sei — respondi, sentindo as mãos dela tocando levemente meu braço.

Ficamos ali, quase se tocando, com o vapor quente envolvendo a gente, e a promessa silenciosa de que aquilo era só o começo.

A água quente caiu sobre nossos corpos, e com ela veio a sensação de que todo o medo poderia se dissolver.

— Me conta mais sobre você, Carol — pediu Isabela, enquanto passava a mão pelo meu cabelo molhado.

— O que você quer saber?

— Tudo que você quiser dividir.

Eu fechei os olhos e comecei a falar. Sobre o medo, sobre o desejo, sobre a minha bissexualidade, sobre o que eu sentia quando estava com Leonardo, sobre o que começava a despertar em mim.

Ela ouviu, sem interromper, só me dando espaço para ser eu mesma.

Quando terminei, ela me abraçou forte.

— Obrigada por confiar em mim — disse ela.

Eu senti que aquele abraço era o mais seguro do mundo.

E ali, naquele banho quente, entre risos, confissões e toques, eu me senti mais viva do que nunca.

Enquanto a água quente escorria sobre nossos corpos, Isabela parecia querer conhecer não só a mim, mas também o que eu sentia sobre Leonardo. Seus olhos tinham um brilho curioso e, ao mesmo tempo, cuidadoso.

Ela passou a mão pelo meu cabelo molhado e perguntou, com a voz suave:

— Me conta, Carol... como é o Leonardo pra você? Tipo, fora da academia, fora da rotina de vocês.

Eu respirei fundo, pensando no marido.

— O Leo é enorme, forte, mas é doce também. Ele tem um jeito calmo, sabe? Quando chega em casa, sabe se desligar do mundo. É protetor, mas nunca sufoca. E eu admiro muito isso nele.

Ela assentiu, como se estivesse absorvendo cada palavra.

— Vocês têm uma conexão profunda? Não só na cama, mas no dia a dia?

— Sim — respondi, sorrindo com a lembrança —. A gente conversa muito, se entende mesmo nas coisas pequenas. Acho que isso é o que segura tudo.

Isabela parecia pensativa, então perguntou:

— E você, Carol... já sentiu ciúmes dele? Tipo, em outras situações, não necessariamente com você.

Eu hesitei por um segundo, antes de responder:

— Já. Mas não daquele ciúme possessivo. É mais uma insegurança minha, acho. Às vezes sinto que ele é tão grande, tão desejado, que fico com medo de não estar à altura.

Ela sorriu, mas dessa vez foi um sorriso gentil, cheio de compreensão.

— Eu imagino que ele seja realmente imponente.

— É — confirmei, um pouco corada. — E não é só o tamanho ou a força... é a presença dele. Quando ele entra num lugar, todo mundo percebe. Mas comigo, ele é só meu.

Isabela me olhou nos olhos.

— E você quer dividir essa presença dele? Ou só quer observar?

— Acho que no começo só observar — falei —. Quero entender o que isso vai fazer comigo. Não sei se consigo mais do que isso agora.

Ela deu um leve sorriso de incentivo.

— É bom começar devagar. Mas sabe que pode me contar tudo isso, né? Até o que te assusta.

Eu suspirei, sentindo o coração bater mais forte.

— Sabe, às vezes eu fico imaginando como ele é com outras mulheres. Não com ciúme, mas com uma mistura de curiosidade e desejo de entender aquilo de perto.

— Isso é muito corajoso da sua parte, Carol. Nem todo mundo consegue admitir isso — disse ela, acariciando meu braço.

Ficamos em silêncio por um momento, deixando o calor do banho envolver nossos pensamentos.

— Me fala uma coisa — ela quebrou o silêncio —, o que ele acha disso? Do seu desejo de... explorar tudo isso?

— Ele está me apoiando — respondi com sinceridade —. Quer que a gente descubra juntos, com calma. Ele entende que é novo pra mim, que eu tenho que me acostumar.

Isabela sorriu, e me puxou para mais perto.

— Acho que você tem muita sorte de ter alguém assim.

Eu sorri, sentindo a pele formigar com o toque dela.

— Eu também acho. E quero aproveitar cada segundo dessa descoberta.

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