Antes de começar, só quero dizer uma coisa: eu amo meu marido. Às vezes fico meio carente, não nego, mas o sentimento que tenho pelo Olavo é verdadeiro e autêntico, nunca precisei fingir ou forçar nada por ele. A gente se conheceu na mesma universidade, sendo que na época eu tinha 20 anos, cursava o quarto período da licenciatura de Matemática e procurava emprego igual maluco, enquanto mozão já tava na casa dos 27, fazia pós graduação em Engenharia de Produção e trabalhava para uma empresa do ramo do petróleo e gás, ou seja, éramos de universos próximos, porém nem tanto.
Nossa relação iniciou muito rápido e com cara de filme da Sessão da Tarde: reprovei duas vezes em Operações Unitárias, não sabia mais o que fazer e pedi auxílio pra professora, que recomendou que eu procurasse o monitor da disciplina pra tirar dúvidas. Eu só não sabia que o monitor em questão era aluno do doutorado e seria meu futuro marido dali a alguns anos. Tudo começou nas aulas de apoio, quando eu sentava na cadeira ao lado do Olavo, passava horas aprendendo sobre números com ele e me deliciava com seu perfume Kaiak aflorado, super combinando com o estilo nerd e certinho de ser.
Ele era branquinho, loiro, sem muitos pelos no corpo, 1,77m, magro, usava óculos de grau, aparelhos nos dentes e tinha uma mala que tirava totalmente minha atenção durante as aulas de reforço. Eu achava o monitor um gato e sabia que ele se amarrava em jogar on-line nas horas vagas, mas levou vários dias até o Olavo notar minhas manjadas e entender o que eu queria. Nós começamos a sair pra beber mais ou menos no final daquele período, ele passou a retribuir minhas olhadas e deu o sinal verde pro contato acontecer, foi assim que ficamos pela primeira vez, depois a segunda, a terceira, a quarta...
Atualmente, sou professor de Matemática numa escola estadual do Rio de Janeiro, tenho 27 anos e sou casado com Olavo. Moramos no bairro de São Cristóvão, numa espécie de vila com cara de condomínio, mozão tá com 34 e virou um engenheiro muito bom no que faz, um dos melhores no trabalho dele. Nosso casamento é saudável e carinhoso, cheio de afeto, a gente viaja duas, três vezes por ano, e posso dizer que amo compartilhar minha vida e minha história com esse meu maridão. Mas... E quando vem o “mas”, você já sabe que lá vem mudança de ideia, correto? É complicado...
O que acontece é que deve ter mais ou menos um ano que o Olavo começou a trabalhar embarcado em plataforma de petróleo e passou a prestar serviços pra várias empresas diferentes, por vezes emendando um embarque seguido atrás do outro. Fomos morar nessa vila em São Cristóvão e, desde então, eu vivo a maior parte do tempo sozinho, porque meu marido fica dois, três meses fora, e a gente passa esse período todo sem contato físico.
- Não fica triste, Cristiano. Você sabe que eu faço isso por nós, não sabe? – ele me consolou na última vez.
- Eu sei, eu sei. É pelo dinheiro... Mas é chato demais sem você aqui. – lamentei.
- Quando eu voltar, vou ficar um mês direto no Rio e a gente vai viajar. Pensa nisso.
- Tá bem. Se cuida, vida.
- Você também. Me espera.
Rola chamada de vídeo quase todos os dias pra matar a saudade, claro, mas a ausência da pessoa dormindo do seu lado na cama de casal é uma sensação que causa até frio, sobretudo no casamento. De vez em quando bate um vazio imenso, sabe? E eu me controlo pra não acabar cometendo uma loucura... Ou pelo menos me controlava, pois a fidelidade desandou.
Acho que depois de quatro anos casado e colecionando dezenas de noites mal dormidas naquela cama de casal vazia, eu fraquejei. Perdi o compasso, não teve jeito. Meu corpo sucumbiu aos desejos da carne e eu inevitavelmente me peguei numa forte e inesperada tentação, com direito a tensão sexual e tudo mais. Chega uma hora que não é nem por amor, é pelo sexo mesmo. Só sexo. O corpo quer sentir calor, toque humano, contato físico e carne quente, nada além disso. Não tenho outra explicação pra justificar o que senti quando me deparei com o gostoso do Jonas naquela manhã quente de quarta-feira.
- Aff. Não acredito! Logo agora?! Tô atrasado e a porra do pneu fura, tomar no cu! – o relógio mal tinha dado 6h e eu já tava xingando e espraguejando no portão da vila.
- Bom dia. Que houve aí, seu Cristiano? – Jonas, o vigilante do plantão da madrugada, saiu da guarita e veio em direção ao carro.
Não sei se foi o calor em São Cristóvão, se foi o caos instalado ou a afobação do atraso, só sei que o visual daquele macho socado na farda da vigilância abalou minhas estruturas, mexeu legal com a minha mente. O Jonas devia ter 29 anos e uns 1,82m de altura, pele negra, o corpo forte e visivelmente malhado, tipo braçudo e do peitoral chapado na farda. Rosto barbudo e cabelo disfarçadinho na régua, com brinquinho de diamante na orelha esquerda e a maior cara de pagodeiro. Sabe aquele cara simpático e do sorriso fácil? Era uma manhã caótica de quarta e Jonas ria pra mim, mostrava as covinhas como se não estivesse virado de trabalhar desde as 22h.
- Ah, oi. Você ainda tá aqui, Jonas? Pensei que era o Abraão que ficava na guarita de manhã.
- Abraão ainda não chegou pra me render, seu Cristiano. Deve ter enchido a cara no samba ontem. Heheheh. Mas diga lá, o que deu aí no carro?
- Foi a porra do pneu que furou, sei lá se rasgou. Eu sou a pior pessoa pra lidar, isso é total serviço de bofe. Outra coisa, me chama só de Cristiano. Pode tirar o “seu” da frente, ok?
- Serviço de bofe?! Teheheh! – foi tudo que ele escutou. – Então pó deixar comigo, tô dentro. Tem macaco na mala?
Jonas já tava com a blusa da farda desabotoada, meio que começando a trocar de roupa e se preparando pra meter o pé do serviço, então o único trabalho que ele teve foi o de terminar de tirar o blusão e ficar só com a regata branca por baixo. O peitoral torneado estampou a camiseta, ele suspendeu os braços pra remover o que sobrou da farda e suas axilas cabeludas deram aquela respirada gostosa, captando completamente minha atenção. Outra coisa que eu não pude deixar de reparar foi na trilha de pelos que surgiu abaixo do umbigo conforme ele levantou o blusão. Que visão do paraíso, um espetáculo de macho!
- Ô. Tem macaco na mala? – Jonas estalou o dedo perto do meu rosto e me trouxe de volta à realidade.
- Mala? – viajei demais.
- É, seu Cristiano. Pra trocar o pneu do senhor. Tem ou não tem? Posso pedir emprestado ao seu Wallace.
- Tá falando sério, Jonas? Você acabou de sair de 8h de plantão madrugada adentro, maluco. Não precisa ajudar, tô de boa.
- E daí? Nós tá aqui pra fortalecer. Eu fortaleço o senhor e depois o senhor me fortalece, fechou? – o cretino deu uma piscadela cínica, coçou a pica e quase fez eu me perder de novo.
- Senhor tá no céu, já falei.
- Você. Abra aqui a mala pra eu ver se tem macaco. – ele se posicionou atrás do carro e eu juro que não queria incomodá-lo com meus problemas, mas não resisti em aceitar ajuda, até porque queria passar mais tempo observando e tirando casquinhas visuais daquele exemplo perfeito de macho garotão.
Enquanto meu marido era magro, quase todo liso e loirinho, o vigilante era barbudão, forte e tinha pelos até nos antebraços, pra não falar dos sovacos explodindo. Jonas puxou assunto sobre futebol durante a troca do pneu e também ficou zoando pelo Olavo nunca ter me ensinado a resolver esse tipo de problema, mas eu só consegui prestar atenção nos movimentos brutos dos braços dele, nas fibras enrijecendo e relaxando de acordo com quanta força o bonitão fazia. O auge dessa manhã inesperada foi quando o vigia agachou de cócoras e a montanha se formou entre suas pernas. Chega fiquei tonto.
- Seu marido devia ensinar a trocar essa parada, Cristiano. Sem sacanagem. Não é querendo zoar, não.
- É, mas ele só tem tempo pra plataforma de petróleo. – resmunguei.
- Seu Olavo trabalha demais, né?
- Ele só trabalha. Eu passo o tempo todo sozinho.
- Tendi. – ele levantou, ficou de pé e deu um beliscão maroto por cima da calça, como se ajeitasse o couro da pica. – Bom, tá feito o serviço.
- E quanto eu te devo pela ajuda, meu amigo? – tirei a carteira do bolso.
- Nada, precisa não. Fiz no amor, quero nada não.
- Que isso, eu insisto. Faço questão, você me salvou.
Mas aí o Abraão chegou de repente, Jonas se viu livre pra ir pra casa descansar e não perdeu tempo aceitando meu dinheiro. Ele se despediu com aquela piscada de olho cínica, botou a mochila nas costas e foi embora depois de trocar o pneu do meu carro. Não somente isso: o negão plantou uma bomba na minha imaginação, pois seu jeito sorridente e solícito me ganhou com muita facilidade. Fui trabalhar com a mente atordoada, não parei de pensar no Jonas no resto do dia.
Nosso próximo encontro foi no dia seguinte, na quinta, quando voltei do trabalho tarde da noite e estacionei o carro na calçada externa da vila. Foi nessa noite que eu percebi que quanto mais encontrava com o gostoso do Jonas, mais a saudade do Olavo apertava no peito e me deixava suscetível a procurar contato íntimo fora do casamento. Diferentemente do que eu costumava fazer, entrei a pé, passei pelo portão individual sem fazer barulho e imaginei que o vigilante de plantão estivesse me vendo pela câmera de segurança, até fiz sinal de “valeu” pra ele.
- “Tenho que me controlar perto desse cara.” – pensei comigo.
Me aproximei da janela da guarita, olhei pela fresta e tomei um susto com o pornozão comendo solto no computadorzinho, maior baixaria rolando na tela. A atriz rabuda dando o cu pra dois machos enormes e Jonas mandando ver no punhetão mais necessitado que eu já vi, daqueles de arregaçar o caralho até o talo e o sacão pular, os ovos baterem na virilha.
- SEU CRISTIANO!? – ele saltou da cadeira quando me viu.
- Jonas? – eu fingi surpresa.
Pelo curto intervalo entre eu dar o flagrante, Jonas notar minha presença e esconder a vara na calça, eu só consegui distinguir que se tratava de uma tora das grandes, grossa e torta. Não tive mais tempo pra apreciar os detalhes, mas ainda assim valeu à pena, porque o macho viu que vacilou e saiu às pressas da guarita pra se justificar.
- Por favor, seu Cristiano, juro que foi sem querer! Vacilei, me perdoa! Não achei que fosse aparecer alguém, eu não escutei barulho nenhum!
- Olha só, Jonas, o que você fez é... – olhei pra cintura dele, vi o volumão da piroca latejar de emoção e mudei 100% a resposta que ia dar. – O que você fez pode parecer loucura, mas até que eu entendo.
- E-Entende? O senhor... Entende?
- Senhor não. Quantas vezes já falei? Me chama de você.
- Você entende?
- Claro que entendo. Eu também sou homem, fora que casei com outro homem. Sei perfeitamente como um macho funciona. – respondi enquanto manjava a trolha pulsando em carne viva na farda do tarado.
- Papo reto, Cristiano? Por favor, não me complica. Eu só-
- Você passa a madrugada sozinho e sem nada pra fazer nessa guarita, Jonas. Não precisa dar explicação, tá certo? – apertei seu ombro, ele olhou pra minha mão e a ereção quase dobrou de tamanho na calça, talvez por culpa do meu toque. – Se depender de mim, esse momento nunca aconteceu. Pode ficar na sua que eu fico na minha, combinado?
- Opa! Então tá certo, patrão. Show de bola, combinado. – o macho esticou a mão e me cumprimentou com os mesmos dedos melados que estavam batendo punheta segundos atrás.
Também foi nessa noite que entendi a magia por trás do sorrisinho do Jonas: ele sabia misturar ingenuidade com malícia na medida certa, ora sorrindo e mostrando as covinhas, ora coçando o saco, apertando a pica e dando aquela piscadela cínica de quem queria algo mais. Num instante o bonitão tava rindo e ostentando o semblante de vigilante prestativo, no outro tava descascando a banana em horário de serviço. Ordinário. Esse safado me tirou dos trilhos. Ele me atropelou de jeito, não vou mentir. Fiquei com a imagem da ereção pregada na minha mente por muito tempo. Bati, sei lá, várias e várias punhetas pra tentar me livrar da cena, do cheiro e da cara de prazer daquele puto, mas nada resolveu.
Toda vez que fechava os olhos, eu revivia, em câmera lenta, aqueles curtos segundos entre me aproximar da janela da guarita e flagrar Jonas largado na cadeira, de pernas bem abertas e esfregando a mandioca com gosto. Daquelas punhetas batidas com o dedo mínimo levantado, sabe? Meio classuda, posturada. Com direito ao negão mordendo a boca, lambendo os beiços e gemendo baixinho enquanto praticava a boa e velha arte do cinco a um. Tive que enfiar meu consolo no cuzinho pra ver se dava conta de expurgar o segurança da vila dos meus pensamentos, porém nem isso adiantou, pelo contrário, fez meu fogo aumentar e virar um incêndio.
Quando a noite de sexta-feira chegou e eu abri a primeira cerveja na solidão do meu lar, o barulho do gás saindo da garrafa entregou que a madrugada ia ser boa. Tinha que ser. Cheguei no meu limite de ficar sozinho em casa, o álcool na corrente sanguínea me deu a coragem que eu tanto precisava e a única coisa que precisei foi de tempo. Tempo pra eu descansar do dia de trabalho, tempo pro Jonas chegar na guarita e tempo do relógio bater 1h30 da manhã, hora propícia em que o silêncio e a paz tomavam conta da vila.
- “É hoje!” – tive certeza.
Vesti um short jeans curto, camiseta e chinelos, passei perfume, peguei só a chave de casa e uma cerveja cheia, e saí em direção à entrada da vila. O álcool me disse exatamente o que fazer. Em vez de parar na guarita, passei direto, fui pra perto do portão e me posicionei antes das grades, onde acendi um cigarro e fingi que observava a rua vazia. Não deu nem meio minuto e escutei o barulho da portinha abrindo. Olhei pra trás e lá veio aquele fardado delicioso fumar seu cigarro do meu lado.
- Madrugada em claro, chefia? – ele puxou assunto.
- Sextou, né? Sextou e sabadou. Pelo menos uma eu tenho que beber.
- Tem fogo aí?
- Rapaz, fogo é o que não falta. – mandei na lata.
Peguei o isqueiro no bolso, acendi o cigarro dele e Jonas ficou me olhando sem mostrar as covinhas, mais sério do que nunca. O olhar cínico e atravessado ainda estava presente, então logo entendi que ele estava ali pra falar sério, sem mais manjadas, flagrantes ou conversinhas “inocentes”.
- Vai um gole? – ofereci a cerveja.
- Pô, seu Cristiano, se algum morador me vê bebendo com o senh... Com você.
- Ninguém vai ver, tá todo mundo dormindo uma hora dessa. Só um golinho pra refrescar. A noite tá quente. – dei-lhe a garrafa, ele aceitou e virou três, quatro goladas cheias de uma vez.
O álcool nem teve tempo de cair na corrente sanguínea e o macho já resolveu dar com a língua nos dentes.
- Todo mundo dormindo? Isso é o que tu pensa, Cristiano. Essa é a hora que seu Wallace sai pra fumar maconha.
- Sério? Qual Wallace? O traste do meu vizinho? – fiquei curioso.
- Ele mesmo. Tu nunca sentiu o cheiro da marola de madrugada? Hehehe. Não julgo. Já até dei um dois com ele da outra vez, fiquei chapadão na guarita.
- Aposto que foi ver pornô, né? Hahaha! Gastou a onda batendo punheta.
- É o jeito, patrão. Madrugada dessa e não aparece nem uma xerequinha pra nós comer, pô. Fazer o que? Tem que morrer na bronha mesmo. De saco cheio é que eu não fico, tá ligado? Huhuhuh. – ele apertou o maçarico por cima da calça, terminou de matar a cerveja e deu mais tragos no cigarro.
- Você passa muito tempo sozinho, essa que é a minha preocupação.
- Porra, nem fala. Tem noites que o tesão vai nas alturas, Cristiano. Só queria uma mulherzinha pra me mamar, é pedir muito? – outra amassada da mão na rola e dessa vez o volume continuou armado depois que ele tirou os dedos de lá.
- Cê queria... Uma mulherzinha?
- Queria mesmo, como eu quero. Piroca tá nervosa.
- Que? – eu nem acreditei.
- Pica entorta só de falar, ó. – a terceira afofada na tromba e agora eu não tive como disfarçar, manjei na cara de pau.
Manjei, manjei de novo, manjei bem manjado e deixei o cretino do Jonas perceber que meus olhos estavam vidrados, focados, hipnotizados nas patoladas insistentes que ele deu no caralho. O filho da puta deu o riso cínico quando notou qual era a minha, aí olhou pra baixo e depois me olhou novamente, tornando a massagear o piruzão na farda.
- Ficou excitado só de falar em mulher, é?
- Fico mesmo, tô doido pra gozar.
- Tá falando sério? – hesitei.
- Sem caô, chefia. Quer ver? Se liga. – Jonas olhou pros lados, viu que não vinha ninguém e abriu o zíper pra mostrar o vergalhão armado e em estado de pico.
Era uma mamba negra com vida própria, bem articulada, curvada, grossa e excêntrica no quesito curvatura. Simplesmente a caceta mais torta que já vi na vida, muito curvada pro lado esquerdo, apontada pra cima e quase fazendo um “C” contra a cintura do próprio dono. Só de mostrar a madeira, ele latejou de tesão e o couro delgado arregaçou sem querer, Jonas nem precisou usar as mãos pra mostrar a envergadura do porrete. Com o pinote, o pau se ergueu por alguns segundos, o cabeção cor de rosa cuspiu babão grosso e meu cuzinho deu uma piscada drástica no short jeans, de tanto fogo que senti.
- Acho que tem um jeito de te ajudar. – falei.
- Passa a visão, chefia.
- Quer uma mamada pra aliviar?
- Pô... – ele coçou a cabeça. – Já que só tem tu... Chega aí.
Meu corpo travou com a resposta. O sem vergonha guardou o brinquedo de volta na calça, entrou pra guarita e me chamou. Fui atrás dele, Jonas fechou a porta depois que entrei e deu apenas duas instruções básicas.
- Ajoelha aqui embaixo no balcão. Isso. Se alguém chegar, tu disfarça e continua. Não para de mamar.
- Ótimo.
Fiz conforme o ordenado, me alinhei sob o balcão onde ele observava as câmeras de segurança da vila, o macho sentou de pernas abertas na cadeira giratória e eu me vi num verdadeiro self-service masculino, porque aquela era a visão que eu queria ter há um bom tempo. Antes de iniciar o banquete, cheguei o rosto entre as coxas do Jonas, escorei o nariz bem no meio da virilha dele e inalei aquela quentura com toda força. Coloquei a testosterona inflamada pra dentro, apalpei suas panturrilhas e fui subindo as mãos sem pressa, meio que apreciando cada segundo e cada centímetro do corpo sarado do negão.
- Vem dar a mamada que tu prometeu, vem? – ele não aguentou esperar, arriou a cueca melada de babão e apontou o cabeção na minha boca.
A mão grossa laçou minha nuca, meus lábios escorregaram ao redor da tora gorda e eu só parei de engolir quando a boca fechou no talo da pilastra. Também foi nessa hora que minha garganta tomou a pontada da glande, eu quase tossi, mas segurei o fôlego e acabei lacrimejando de prazer enquanto engasgava na vara do vigilante.
- Isso, mama esse pau. FFFF! Porra, tava precisando mesmo de uma atençãozinha. Chupa como se fosse pirulito, viado. SSSS!
Brinquei de sugar a cabeça por um bom tempo, tratei de engolir tudo outra vez e deixei o comprimento babado da minha saliva. Dei atenção aos bagos imensos, mamei gostoso nas bolas e ele ficou pianinho na minha boca, mansinho enquanto eu incubava seus filhotes na quentura da minha língua e os preparava pra serem escarrados ovos afora.
- Mmmm! Pior que tua boca é quentinha, patrão, que isso! OOORFFF! – Jonas esticou o corpo na cadeira, forçou a primeira cinturada no meu rosto e descobriu o fogo de foder minha cara, aí não parou mais.
Ele disparou a segunda estilingada, a terceira, e quando dei por mim, o grandão já tava quase levantando da cadeira só pra meter no meu rosto e pescar com a vara. O gosto salgado da pica suada tomou conta da boca, eu me lambuzei, babei a porra toda e ainda tive o prazer de engolir piru enquanto mergulhava o nariz na pentelhada farta do putão.
- Gosta de cheiro de macho, cadela?
- Demais! Meu marido tem mania de raspar, eu brigo com ele.
- Raspar é o caralho, sou pentelhudo mesmo. Tá sedenta, não tá? Pelo visto, o corno foi trabalhar e esqueceu de te alimentar. Hehehehe.
- Você não vale nada, seu puto.
- Mas é desse puto que tu gosta, chefia. Chupa meu pau, para não. Isso, manhoso! SSSSS!
Nada melhor pro boqueteiro do que engolir a caceta desfrutando do cheirão dela. Minhas narinas babaram, porque a testosterona bruta encheu meus pulmões, penetrou nos alvéolos e meus olhos ficaram vermelhos de emoção. Ele segurava minha cabeça com maestria, me fazia engasgar de propósito, socava as bolas junto da marreta e só parava quando eu ameaçava tossir, entalado naquela genitália exagerada.
- Porra, teu bagulho é engolir piru mesmo, ó! FFFFF! Engole que é uma beleza. Isso teu marido ensinou direitinho, né não? Huhuhuh! Quem dera foder uma garganta assim sempre. Sorte do corno do Olavo. Mmmm!
- Que nada. Sorte é das mulheres que dão a buceta pra você, macho. Deve ser uma delícia sentir essa cobra no olho do cu, isso sim. – tive que dizer.
- Elas se amarram. Pena que nenhuma libera o cuzinho. Se eu comesse cu toda semana, não teria metade dos problemas que eu tenho.
- Então quer dizer que você é sodomita? Viciado em bunda?
- Demais. Piroca pulsa só de falar, patrão. Heheheh. Mama, vem cá. – me puxou e voltou a me botar pra engolir.
Às vezes Jonas tirava a madeira da minha goela, dava com ela na minha língua e eu não acreditava que aquilo tudo tava escondido na garganta, pra você ter ideia do tamanho continental do mastro que eu encarei. O fato de estarmos escondidos na guarita e durante o horário de trabalho dele também foi outro detalhe que me encheu de fogo, pois havia adrenalina, dada a possibilidade de alguém nos flagrar ali, fora a aura de clandestinidade, como se aquilo fosse proibido ou ilegal.
- GGRRR! Fico maluco quando tu engole, papo reto!
- Cê gosta, né?
- Pra caralho! Não é todo dia que alguém consegue engolir o garotão. FFFFF! Ó! Guloso!
- Sou mesmo. Dá gosto de mamar num pau bonitão igual ao seu. – apliquei pressão, ele se contorceu na cadeira e afundou a mão no meu crânio, me obrigando a esconder debaixo do balcão.
Por falar em adrenalina, um morador chegou de carro e Jonas abriu o portão pelo controle remoto, sem precisar sair do lugar. Ele cumprimentou e interagiu com o meu vizinho pela janela da guarita, eu continuei mamando sem parar e engasguei com classe na glande, pra ele perder a compostura e gemer enquanto atendia o sujeito no carro, mas o sem vergonha disfarçou bonito e se controlou o máximo que pôde.
- CARALHO, PATRÃO! OOORSSS! VOU GOZAR! QUER TOMAR LEITE DE SACO!?
- Me dá tudo! Mereço recompensa. – abri o bocão.
- MERECE, CLARO QUE MERECE! ABRE A BOCA, BEZERRO! FFFF! JÁ ERA! – o macho fez biquinho, acelerou na punheta e começou a pichar minha boca e minha cara com golfadas concentradas de esperma. – OOORFFFF! TOMA GALA, TOMA! PUTINHO, NÃO PEDIU LEITE!? ABRE A BOCA PRA ENGOLIR TUDINHO, QUERO VER! HEHEHEH!
O puto gostou da obra de arte que fez. Ele seguiu se masturbando na minha frente, finalizou espremendo o pau na minha língua e me deu a tromba pra limpar com a boca, que foi o que me prontifiquei de fazer. Só então Jonas respirou aliviado, tirou um bom peso dos ombros e se sentiu menos cheio do que antes de eu chegar ali.
- Deu pra esvaziar um pouco as bolas? Hahaha.
- Só um pouco. Preciso de duas, três gozadas pra ficar leve, seu Cristiano. Tô mó tempão sem foder, tá ligado?
- Entendi. E vem cá, será que na próxima você anima de comer meu cu?
- Quem sabe? Eu nunca digo nunca, chefia. Cuzinho é sempre bem-vindo, sou tarado em bunda. O foda é transar aqui. Mamada passa batida, mas foder...
- Cê tem razão. Mas a gente tenta. Logo menos eu volto pra te fortalecer de novo.
- Fechado. Olha que eu vou cobrar, hein. Hehehehe. Tamo junto.
Saí de lá com bafo de pica, a cara amassada, os lábios inchados de tanto pagar boquete, o bigode fedendo a pentelhos, alguns pelos na língua e o queixo dormente das boladas que levei, pra não citar os joelhos doendo do tempo que permaneci a postos pro vigilante me usar. Sejamos sinceros: qual é o mamador de rola que não fica feliz depois de um boquetão suculento desses? Ainda mais se tratando de uma piroca que enche a boca e arregaça os beiços, igual à do Jonas.
O tamanho do caralho do vigilante explicava a razão da minha goela estar quente e ardida, de ter muito catarro de leite escorrendo na garganta e também das minhas amídalas estarem recém escarradas. Saí satisfeito, afinal de contas fiz por merecer a esporrada grossa que tomei. Aliás, pra ser franco, fui embora não tão saciado assim, porque minha vontade mesmo era sentir a trave do Jonas alargando meu cuzinho, porém a mamada gostosa no meio da madrugada de sábado ajudou a segurar a onda. Só que não acabou por aí... Na verdade, é agora que a putaria começa de verdade.
- “Refeição feita, agora é só voltar pra casa e dormir de bucho cheio.” – pensei comigo assim que saí da guarita e comecei a caminhar pro fim da vila.
Mais ou menos na metade do caminho, vi um vulto na calçada do vizinho, atravessei a rua e senti a leve brisa da maconha pairar no ar. Pensei que ia chegar em casa tranquilo e de boa, até que um homem surgiu no portão da casa ao lado da minha, me olhou de baixo a cima e riu da minha cara, sem mais nem menos.
- Boa noite? – tentei disfarçar a garganta fraca e o hálito de pica.
- É. Pelo visto, a noite foi boa mesmo. – o sujeito respondeu com ironia.
- Não entendi. Tá falando comigo? Por acaso a gente se conhece? – me fiz de ingênuo e banquei o desatento.
- Tu tá vendo outro boqueteiro aqui?
Minha cara pegou fogo de vergonha quando escutei isso, porque eu não sabia se o filho da puta me viu apenas sair da guarita ou se ele realmente flagrou tudo que aconteceu lá. Será que o desgraçado tava me testando e jogando verde? Eu nem tinha muito contato com o Wallace, mas meu corpo parou de andar e essa trava foi suficiente pra ele achar que eu queria papo.
- Teu marido te adestrou certinho, meu parceiro. Manda parabéns pra ele, já é? Geheheh!
- Se enxerga, cara. A gente nem se conhece. Você é casado, tem esposa e vem mandar uma dessa? Me respeita.
- Ah, larga de ser cuzão. Vai fazer a linha santinho pra cima de mim, Cristiano? Tu também é casado e tava lá ajoelhado pro vigia. Cadê tua moral?
- Como é que cê sabe? Você foi lá ver? – desafiei.
- Fui nada. Mas esse leite escorrendo no canto da tua boca não nega. Hehehehe! – Wallace cruzou os braços, arregalou os olhos vermelhos e caiu na risada.
Minha reação imediata foi passar o antebraço na boca e limpar qualquer resquício de sêmen que o Jonas possa ter deixado. O problema é que, ao fazer isso, caí na armadilha do meu vizinho e meio que confirmei tudo que ele acabou de dizer. Porque, pensa comigo, se você diz que não mamou ninguém, então não tem leite escorrendo no canto da boca, correto? Eu tinha acabado de pagar um boquete delicioso pro vigilante da vila e não havia rastro de mingau nos meus lábios, tava tudo limpo. Mas já era tarde demais. Wallace gargalhou alto, morreu de rir da minha cara e eu não soube como reagir.
- Tô zoando, viado! Heheheh! Se dedurou, é mole? Que guloso. Aposto que tu engoliu a gala toda, engoliu não? Gosta muito, nem disfarça.
- Já pensou se eu conto pra Leila que o maridão “exemplar” dela tá se metendo na minha vida íntima? – tentei engrossar o tom e intimidá-lo.
Mas o arrombado não se abalou. Ele nem parou de rir pra responder.
- Já pensou se eu conto pro corno do teu marido que o chifre dele tá crescendo? Heheheh!
- Meu marido? Vocês nem se conhecem, ele nunca vai-
- Tua sorte é que o Olavo tá embarcado, viado. Senão eu contava agorinha, só pra ver essa tua carinha de puta indefesa na frente dele.
- DUVIDO! VOCÊ NÃO TERIA CORA-
- Fala manso que eu não sou o boiola do teu marido, não, Cristiano. E nem sou o Jonas, tu trata de falar baixo. Tá pensando que comigo tu se cria? Viado nenhum se cria comigo, não, seu amolador de espada. Cuzão. – ele apontou o dedo na minha cara, falou grosso e me acuou no canto do muro.
Um calafrio sinistro subiu pela espinha e badalou no meu cérebro, enchendo meu corpo de medo daquele maldito dar com a língua nos dentes pro Olavo. Numa hora eu tava sozinho e carente dentro de casa, na outra tomei leitada na guarita do vigilante da vila, e agora comecei a me sentir ameaçado na rua, pois o escroto do marido da vizinha tinha a faca e o queijo nas mãos, caso ele decidisse avacalhar meu casamento mais do que eu próprio avacalhei.
- Olha só, Wallace, vamo direto ao ponto. Somos adultos, cada um tem sua família, seus problemas, então sem historinha. Vamos supor que cê tenha me visto na sala do Jonas. O que é que você ganha me ameaçando, posso saber?
- O que eu ganho? Bom, só depende de tu. – eis que o pilantra deu o sorrisinho torto, mostrou os dentes afiados e alisou a piroca pela primeira vez, soltinha no calção do futebol.
- Aaah, não. Não acredito que eu tô vendo isso, Wallace. Puta que pariu... – espraguejei.
- Já mandei tu falar baixo, viado. O papo é reto e não faz curva. Só entre nós, qual vai ser? – outra patolada e dessa vez ele me deixou enojado.
- Você só pode tá de brincadeira com a minha cara, Wallace! Eu tenho cara de vagabunda, é isso?! – fiquei puto.
- Olhando daqui, pior que tem mesmo. Daquelas que engasgam na pica, mamam bola e saem com a cara suja de leite. Ô, raça. Hehehehe!
Se fosse qualquer outro homem no mundo, eu juro que toparia no ato e sem pensar duas vezes. Negar uma mamada justo num momento de carência? Jamais, não é do meu feitio. O foda é que não era qualquer outro homem no mundo, era justamente Wallace, o top 1 machista escroto da cidade. Um maluco que mais parecia viver na época dos homens das cavernas, o cara que as moças de hoje em dia chamam de “boy lixo”, que é tóxico até o talo e que só abre a boca pra falar esgoto. Eu nunca ajoelharia e engasgaria na vara de um troglodita podre feito ele, por isso senti mistura de ranço com nojo quando vi esse cretino apertar a pica e dizer que queria uma chupada minha.
- Eu não vou te chupar. Nem se sobrasse só nós dois no mundo, Wallace, nem se eu odiasse muito minha boca. Você é o cara mais homofóbico e escroto que eu conheço, olha como são as coisas! Cadê a família tradicional brasileira numa hora dessas, hein?! Vai caçar uma piranha, porra!
- Já tô caçando, viado. Tô falando com a piranha certa, vagabunda das boas. Heheheh! E olha só, começa com papo de lacração pra cima de mim, não, valeu? Não tô pedindo pra ser teu amigo, só quero dar um pente e rala. A gente não precisa se falar na rua. É uma mamada no sigilo e tchau. Gozo na tua boca e meto o pé, sem muitos contatos. Qual vai ser?
- Eu tô respondendo que não. Aliás, não é só não. É LÓGICO que não! Não vou me submeter só porque você me viu de conversinha com o Jonas, cara. – bati o pé no chão e tomei a decisão.
- Então já é. Deixa teu maridão corno manso voltar de viagem que ele vai ter uma surpresa. Heheheh! Me aguarde.
- Você não é doido de se meter onde não deve. Vai se arrepender, ouve o que eu tô avisando. – tentei dar uma de durão.
- Brinca comigo pra tu ver se não.
- Se você contar pra ele, sua esposa vai saber que cê pediu pra eu te mamar. Aqui é chumbo cruzado, querido. – ameacei.
- E tu acha que ela vai acreditar em quem, no marido dela ou no vizinho viado? Hehehe! Se põe no teu lugar. Te dou uma semana pra pensar na proposta.
- Proposta de merda. Só sai lixo dessa tua boca, tomar no cu.
- Já dei o preço, Cristiano. Agora é contigo, tu que sabe qual vai ser daqui pra frente. Se vai pagar pra ver ou se vai pagar pra mim. Hehehehe!
- É sério, cara?! Sério que você vai chantagear na cara de pau!?
- Vou não, já tô chantageando. O mundo é dos espertos, não tenho culpa se tu, além de viado, é otário. Hehehehe! – ele deu meia volta, entrou, trancou o portão e me deixou sozinho na calçada.
Wallace devia ter uns 44 pra 45 anos e era um encostado do caralho, não fazia porra nenhuma pra ninguém. Sabe aquele marido imprestável e traste que fica em casa coçando o saco o dia todo, enquanto a mulher se mata de trabalhar? É o meu vizinho parasita. Se bobear, nem os dois filhos ele trata bem. O cara é um canalha, cafajeste dos piores, o típico marido inútil que não troca uma lâmpada, não faz um arroz, sequer lava a louça que suja. Se deixar, passa o dia no sofá vendo futebol, comendo sardinha frita, bacon, e bebendo latão. Aí de noite fuma maconha no portão, fica chapadão e gasta a onda batendo punheta na sala, assistindo pornô enquanto a família dorme. Um miserável, um fodido.
- “Não vou cair na lábia desse cara. Não vou, não posso. Ele é um merda e não vai me abalar.” – me mantive focado nos dias que se seguiram após nosso encontro na calçada.
Por toda a fofoca que já escutei na vila desde que fui morar em São Cristóvão, Wallace era um bombeiro guarda-vidas dedicado nos tempos de garotão, quando ainda tinha 18, e chegou a ser eleito um dos melhores do pelotão, colecionando várias medalhas de reconhecimento, bonificações e outros prêmios de carreira ao longo das décadas. Só que ele sofreu diversos traumas em resgates, passou poucas e boas na mão dos cabeças da corporação e acabou perdendo um pouco da postura exemplar com o passar dos anos, se distanciando absurdamente do bombeiro que já foi um dia.
Seu comportamento cada vez mais brigão, mandão e marrento foi responsável por uma série de agressões e processos judiciais durante os últimos anos atuando na praia, o que fez com que os diretores o aposentassem antes da hora e contra a vontade dele. Calhou que a aposentadoria forçada foi uma facada venenosa no peito do Wallace, porque ele mudou drasticamente e virou um sujeito amargurado, nunca mais foi o mesmo depois disso. Longe de mim defender alguém escroto como ele, mas a verdade é que ninguém que é acostumado a trabalhar desde cedo continua normal depois que para, ainda mais quando acontece de maneira forçada.
Pra você ter noção, de vez em quando rolava briga e gritaria pesada na casa da vizinha, geralmente quando Leila descobria sobre as putas que Wallace comeu na rua, além daquelas que ele engravidou fora do casamento. O bicho pegava, a casa caía e ela xingava o quarentão de tudo quanto é nome, jogava até as roupas dele na rua da vila pra todo mundo vê-lo passar vergonha. O desgraçado ia embora, sumia durante um tempo, mas sempre voltava atrás com cara de vira-lata sem dono, nunca largava o osso. E o pior de tudo é que a vizinha aceitava. Ela devia pensar nos filhos e acabava deixando o canalha retornar, e assim o ciclo se repetia. Até que, do nada, toda essa merda me alcançou e estourou em mim. Por que eu?
- “Não vou cair na lábia desse cara, não vou cair na lábia desse cara...” – não parei de repetir essa frase mentalmente, apesar de ter medo do que o Wallace poderia contar pro Olavo quando ele voltasse da plataforma.
Só que a convivência com meu vizinho virou um inferno depois da nossa primeira troca de farpas. Toda vez que eu saía ou chegava e dava de frente com o canalha do Wallace no portão, ele tava sempre com o sorrisinho podre no rosto, me olhando como se me cobrasse e fazendo aquele semblante escroto de quem tinha coisas pra resolver comigo. E o infeliz era tão baixo que às vezes fazia isso na frente da mulher. Se aproveitava de algum minuto no qual ela não estava olhando e me fuzilava com o olhar, nem aí pra nada. Eu ficava pra morrer de vergonha, apreensivo da Leila perceber nossos olhares e achar que a culpa era minha.
Minha relação com o nojento do marido da vizinha entrou em rota de colisão numa noite quente e aleatória de sábado. Cheguei da rua cheio de fogo, passei pelo Jonas no portão da vila e quase parei pra mamar ali mesmo, de tão maludo que o negão tava. O visual da rola grossa deformando a farda me ganhou fácil, eu fiquei coisa de meia horinha bebendo em casa e saí de cuzinho piscando, convencido de que era naquela noite que eu finalmente ia sentar e rebolar no caralho do meu vigia favorito. Andei em direção à guarita e, no meio do caminho, Wallace apareceu pra infernizar, debruçado no portão dele.
- Ah lá, num tô dizendo? Já vai mamar de novo. Pela hora... – o canalha escondeu o baseado antes de falar.
- Bem que eu senti o cheirinho da erva no ar. Tinha que ser o maconheiro da vila. – minha voz quase não saiu, mas não deixei barato na resposta.
- Cada um com seus segredos, Cristiano. Tu, por exemplo. Tá rouco?
- É o frio. Fico assim quando bebo pouca água, nada de mais. Não que eu precise justificar minha saúde pra você, Wallace.
- Frio, é? Saquei. Menos mal. – ele abriu o portão, parou na calçada e cruzou os braços pra me afrontar cara a cara. – Pensei que fosse a garganta profunda que tu pagou pro Jonas naquela noite.
- Aff... Vai ficar torrando minha paciência até quando?
- Até tu lembrar que é viado, ajoelhar na minha frente e engolir meu pau. Ainda não se ligou no papo, seu comédia? – Wallace aproveitou que estávamos sozinhos, segurou a calabresa por cima do calção e sacudiu pra me impressionar, porém eu só sentia repulsa, aversão.
- Larga de ser cuzão, seu canalha! Você deixa sua família dormindo em casa de madrugada e vem fumar maconha, viciado.
- Olha a boca, viadão. Tu quer falar de mim, mas tá saindo atrás de pica. Acha que eu sou trouxa? Heheheh.
- E daí? Você se mete na minha vida, então eu também vou falar contigo do jeito que eu quero! Foda-se! – eu cresci pra cima dele e me aproximei, pronto pro embate.
- Ô, ô, ô. Calma, baitola. Abaixa o tom. Não quero encher saco, só esvaziar. – pôs as mãos nos meus ombros, sorriu e falou com tranquilidade, sem precisar se alterar comigo. – E outra, tu tá muito marrentinho pra quem tá comendo na minha mão.
- Me erra, seu escroto. – dei de ombros, saí dali e deixei Wallace fumando maconha sozinho, enquanto o babacão ainda continuou me zoando e rindo da minha cara de irritado.
Senti vontade de dar meia volta e retornar pra casa, mas o fogo no cu me impediu e, agora mais que nunca, eu tinha que fazer e acontecer na vara do Jonas. Meu cu piscou de emoção no trajeto até à guarita, cheguei lá cheio de tesão e com os mamilos duros, aí o vigilante bonitão apareceu, me cumprimentou com a formalidade de sempre e fez cara de apreensivo.
- O que você tem, Jonas? – perguntei.
- Nada não, seu Cristiano. Só acho que não é boa hora pro senhor tá aqui.
- Senhor tá no céu, já fal-
- O senhor faça favor de sair, por gentileza. Não me complique, não.
- Que isso, Jonas? Tá me expulsando? Para de graça, vai recusar cuzinho? Justo hoje que eu vou ficar de quatro pra você me comer, seu puto? – não acreditei que fui enxotado.
- Melhor não, vai por mim. Vou agradecer se o senhor for embora, pra não ficar feio pro meu lado.
- Poxa...
- Sei que é chato, por mim fazia de novo. Mas não posso perder o emprego, seu Cristiano. Por favor. – até sua forma de ser respeitoso e cordial falou mais alto nessa hora.
- Só me responde uma coisa. Foi o desgraçado do Wallace, não foi?
Ele olhou pros lados e engoliu a seco. Jonas fez que sim com a cabeça, fechou a porta e me deixou sozinho na calçada da guarita, acompanhado apenas do ruído dos grilos no mato e também de uma raiva gigantesca do marido da vizinha. Quem ele pensava que era pra cortar o meu barato e ainda ameaçar demitir o funcionário mais gostoso da vila? Voltei pra casa puto, pisando cheio de ódio e doido pra encontrar Wallace no meio do caminho outra vez, mas isso infelizmente não aconteceu. Senti apenas o cheiro da marola no ar quando passei no portão dele, segui pra casa e minha carência só aumentou, pois antes tinha o Jonas pra ajudar a aliviar e agora não tinha ninguém.
- Esse maldito me paga! E vai pagar caro! Que raiva! – cheguei a socar a parede nessa noite, tão puto que fiquei.
A inversão completa se deu na manhã do dia seguinte, domingo de sol em São Cristóvão. A falta de sexo e a noite mal dormida me fizeram despertar com o pior dos humores, para além do pagode alto rolando na casa da vizinha. Saí da cama disposto a arranjar briga, lembrei dos últimos papos lixosos com o Wallace e preparei a língua pra cuspir tudo na cara dele assim que o encontrasse, não tinha mais como segurar. Antes mesmo de escovar os dentes e tomar banho, eu fui na varanda pra tentar ver de onde vinha aquele som alto, olhei por cima do muro de casa e... Bom... Uma inversão completa e extrema aconteceu, quase que uma catarse.
- Quem é esse cara? – falei sozinho.
Havia um carro novo estacionado na calçada da Leila e um homem que eu nunca vi na vida o lavava. Parecia alto, forte, da pele parda, o tronco desenvolvido, ombros malhados, volumosos, a silhueta sarada e o corpo largo, daqueles homens que possuem panturrilhas grossas e torneadas. A cabeça recém raspada na máquina um, ainda com a mancha branca típica do couro cabeludo, orelhas enormes e moreno claro, bronzeado, mas eu não sabia quem era, até porque o sujeito esfregava o carro de costas pra mim.
- “Será que é algum parente do traste? Ou é parente da Leila?” – pensei.
Voltei no quarto pra buscar o óculos e enxergar melhor, o som do pagode continuou ecoando na rua e eu corri no portão pra tentar identificar o figurão que chamou minha atenção. Foi nesse instante que ele virou de frente, olhou na minha direção e deu uma mordida de boca que me tirou o fôlego.
- Ah, não... – lamentei.
Era ele. O dito cujo. Wallace. A masculinidade é uma faca de dois gumes e ela corta pros dois lados. É como o tiro que sai pela culatra e que ao mesmo tempo lança projéteis no momento em que o gatilho é disparado. Falei tão mal desse troglodita, fiz tanto a caveira dele e escorreu tudo pro ralo. O que Wallace tinha de escroto e inútil, ele infelizmente tinha de gostoso, e eu só fui perceber isso quando o vi sem blusa pela primeira vez, trajando apenas a sunga da época dos bombeiros e ostentando o mangueirão grosso na mão. Que visão!
- Não acredito que caí na armadilha... Que cilada. – tentei disfarçar, mas ele notou que eu olhei, mesmo a gente estando longe nas calçadas.
O coringa do Wallace era o fato de ele ter sido guarda-vidas por muitas décadas. Eu indo com a cara dele ou não, o cara era um macho com quase 1,87m de altura, dos braços fortes e tatuados, as pernas pra lá de cabeludas, a mancha da barba cinzenta ao redor do queixo e um bigodão grosso de respeito, daqueles que você, sem querer, para e olha quando vê passar. Cara de ruim, de quem não prestava, com a sunga velha escorregando na cintura afiada e revelando um mar de pentelhos escuros, sua masculinidade indo além do triângulo de pelos no peitoral trincado.
Aquela sunga desbotada e já quase sem cor era uma das lembranças que o ex-bombeirão tinha da antiga corporação e dos tempos em que se sentia vivo, sua era de ouro. Assim como a sunga, Wallace também lutava pra não perder a cor e o brilho, e talvez isso explique a razão de ele se enfiar em tudo quanto era problema. Apesar de esgarçada e cinzenta, a roupa de banho ainda se mantinha de pé, ostentando o rolão tombado de lado, largadão no elástico, e as bolas enormes se moviam conforme o maridão andava ao redor do carro estacionado na calçada.
- Tu. Mamada. Eu. – ele apontou pra mim, gesticulou a mão perto da boca e depois apontou pra si mesmo, usando da distância pra se comunicar.
- NEM. MORTO. – risquei meu dedo indicador na altura do pescoço, fiz cara de puto e saí da calçada.
Que maldição de macho! Conservado(r), peludo, forte, malhado, viril, másculo... Essa foi a primeira vez que olhei pra ele com outros olhos, e inclusive me xinguei por ter feito isso, pois o tinha como desafeto até então, um desquerido. Ver o marido da Leila lavando carro no portão foi o ponto de virada pra mim, porque, a partir daí, parte do ranço que eu sentia pelo Wallace se dissolveu nos pedidos carentes que ele fazia quando me via.
No fim do dia, depois de tantos xingamentos e papos tortos, o cara só queria uma mamada gostosa minha, pois viu o que eu fiz com o gostoso do Jonas e ficou com inveja. Ele não tinha culpa de sentir o que sentia. Era culpado por agir como agiu, na base da chantagem e das ameaças? Sim, não discordo. Mas aí foi questão de abordagem, nada que não pudesse ser bem elaborado e resolvido entre nós.
Apesar de um lado meu começar a quebrar o comportamento torto do Wallace, ainda havia um outro lado que queria chegar nele e dar o esculacho que ele tanto merecia. Acho que só não fiz isso nessa manhã barulhenta porque vi a Leila no quintal e achei de bom tom não criar um escândalo familiar em pleno domingo, com cheiro de frango assando na padaria. Minha paciência, no entanto, durou só até o sol se pôr.
Eram 2h da manhã quando eu lembrei de pôr o lixo pra fora e tive que sair só pra levar a lixeira no portão da vila. Dessa vez foi fatal. Senti o cheiro da maconha, avistei o maridão infiel legalizando no muro e parecia que ele tinha alguma coisa comigo, uma espécie de sina, pois me palmeava e sabia exatamente quando me encontrar. Wallace apertou a piroca, me chamou com a mão e meu corpo inevitavelmente obedeceu. Quando dei por mim, já estava na frente dele, tomando dedo na cara e escutando que eu era a vagabunda com quem ele sonhou.
- Sonhei que tu chupava minhas bolas e me deixava galudão. Ainda engolia meu leite, Cristiano. Quando é que eu vou ganhar aquela mamada caprichada que só um viadinho sabe dar? Fala tu?
- Vem cá, você não tem vergonha de empatar minha foda com o Jonas, não?! – resolvi tirar a limpo.
- Ele é funcionário da vila. Horário de trabalho né pra fazer orgia, não.
- Ah, pronto! Falou o pai de família. Você é casado, tem mulher e filhos, Wallace. Cai na real! Vai bancar o puritano agora?
- Tu também é casado e continua dando o cu por aí. Otário sou eu de não jogar leite onde geral joga.
- Geral quem!? Geral nada, só o Jonas. Tá pensando que eu sou bagunça?
- E não é? Tô ligado que viado se amarra em pica, cuzão. E pica grossa ainda por cima, tu não gosta? – apertou a mala e riu.
Achei que fosse ficar por isso, mas Wallace foi adiante, arriou o calção e simplesmente botou a piroca pra fora, na tentativa arriscada de me impressionar, de me ganhar com os olhos. Isso mesmo. O marido da vizinha mostrou a rola, balançou a cintura pros lados e a tromba sacudiu de uma perna à outra, ao ponto de fazer o barulho do impacto. Se ele queria me impressionar, cabe a mim dizer que conseguiu, porque aquela tora mais parecia uma mangueira, e mangueira de bombeirão muito bem servido. Aquele ali entrou na fila da rola grande várias vezes.
- CARALHO, WALLACE! – perdi a voz.
- É essa reação que eu quero ver. Gehehe. Gostou? – ele falou baixo, sorrateiro no tom.
- Alguém vai acabar vendo essa po-
- Para de enrolação, viadão. Gostou ou não gostou?
- É um pirocão de respeito. De dar inveja! – não escondi a surpresa.
- Grande, Cristiano? – sacudiu a beringela pra mim.
- Enorme! Sua mulher deve sofrer.
- Ela aguenta, tá acostumada. Mas tu tem cara de quem aguenta mais que ela, guenta não? – ele arregaçou o aço, cuspiu o cabeção obeso pra fora e eu delirei com o cheirão de pica que subiu no meio de nós.
- Será? – segurei o mastro e ele me deixou manusear por alguns instantes, criando uma nuvem de adrenalina que nos engoliu na calçada.
Não era uma piroca apenas grande, era também pesada, densa e delgada, daquelas piconas macias e confortáveis de segurar, de apertar. E quando achei que não dava pra melhorar, a vara cresceu ainda mais depois que toquei nela e entrou num formato agressivo que nunca vi em nenhum outro caralho antes. Pulsava como se precisasse de boca pra foder, latejava na palma da minha mão como se gritasse por um cuzinho macio e quentinho no qual pudesse estacionar e fazer uma horinha pra descarregar os bagos cabeludos e imensos que pendiam abaixo dela.
- Rola boa de apertar, quentinha.
- É macia, ela?
- Pra caralho! Deve ser suculenta na boca, só imagino.
- Fica imaginando não. A gente pode resolver isso em dez minutinhos, é só tu parar de enrolar e aceitar a minha proposta, Cristiano.
- Será?
- Tá vendo, viado. Pensa muito não, só aceita e vamo direto ao assunto. Ó como eu tô precisando de um buraco. – ele deu pinotes com a pilastra, tremeu ela nos meus dedos e soltou babão com a maior facilidade.
Era um caralho dois ou três tons acima da pele parda e morena clara do Wallace, cada vez mais torto pra direita conforme foi endurecendo, além de curvado em si mesmo e tomado por veias espessas na parte de cima, pra não falar da uretra cavalosa destacada e empenada na parte inferior. Sabe aquelas rolas que endurecem e parecem que têm vida própria? O pau do meu vizinho era exatamente assim e me hipnotizou de uma forma quase instantânea, eu não consegui parar de olhar pro cabeção escuro cuspindo baba. Fiquei tenso. A boca encheu de saliva e quase babei na frente dele.
Tiro e queda. Pareceu até mágica na minha mente, me seduzindo e modificando minha forma de pensar. Antes eu sentia nojo do Wallace e não queria vê-lo nem pintado de ouro, agora já tava com a mão na piroca dele, ensaiando uma punheta tímida na calçada do sem vergonha e doido pra cair de boca na rola babona até mergulhar o nariz nos pentelhos.
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