Explosão de sentimentos - Cap 7

Um conto erótico de Ju
Categoria: Trans
Contém 2826 palavras
Data: 25/05/2025 22:56:24
Assuntos: Trans, Travesti

Eu ainda estava digerindo tudo o que tinha acontecido naquele restaurante. O pedido, a música, a coragem do Léo em se declarar assim, diante de todos, mesmo depois da nossa briga feia. Mesmo depois de dias em que eu não queria nem ouvir a voz dele. Meu coração ainda estava pesado, minha cabeça ainda cheia de dúvidas… mas quando olhei nos olhos dele, ali, ajoelhado na frente de todo mundo, cantando pra mim com a voz tremendo, eu soube que era real. Que o que tínhamos era muito maior que qualquer orgulho. Saímos de mãos dadas do restaurante.

No carro, o silêncio ainda pesava, mas era um silêncio diferente. Cheio de desejo contido, de tensão acumulada, de vontade de resolver tudo com o corpo.

— Quero você inteira pra mim hoje, Ju… — ele murmurou, com a voz rouca, enquanto dirigia.

Eu só sorri, mordi o lábio e fiquei encarando ele de lado, deixando minha mão escorregar por cima da coxa dele, bem devagar.

— Então para no motel mais próximo. Agora. — sussurrei no ouvido dele.

Ele obedeceu sem pensar duas vezes. Entramos no quarto do motel como dois furacões. Antes mesmo de trancar a porta, ele me prensou contra ela com força, me beijando como se quisesse me devorar. Minhas unhas afundaram nas costas dele enquanto eu sentia aquele beijo misturado com raiva, com desejo, com saudade.

— Porra, Ju… fiquei dias sem teu beijo, teu cheiro, teu corpo… — ele murmurava entre uma lambida e outra no meu pescoço. Eu quase enlouqueci… Eu apenas gemia, provocando.

— Então desconta tudo em mim, Léo. Me fode como se fosse a última vez…

Em segundos, ele rasgou minha blusa, minhas meias, me virou de costas, me puxou pelo cabelo, me jogou na cama. Me olhava com aquela cara de tesão puro, de macho dominante, e ao mesmo tempo completamente entregue.

— Você sabe o que faz comigo, né, sua safada? — ele disse, tirando o cinto devagar, olhando direto nos meus olhos.

— Sei. E eu amo fazer, meu nego. — respondi, passando a língua nos lábios.

Ele se ajoelhou diante de mim, abaixou minha calcinha e começou a me chupar com tanta vontade que eu tive que me segurar na cabeceira da cama. A língua dele me torturava, me provocava, me enlouquecia. Eu gemia alto, sem pudor, sem vergonha. Me contorcia de prazer.

— Isso… continua, amor… assim… desse jeitinho… — eu gemia, jogando a cabeça pra trás.

Depois, ele deitou de costas e me puxou por cima dele, me oferecendo sua boca enquanto olhava pra mim com fogo nos olhos. Eu entendi o recado. Me ajeitei e comecei a chupar ele com a mesma intensidade. Com paixão, com gana, com vontade de me vingar de todos aqueles dias longe.

— Porra… Ju… você vai me fazer gozar assim… — ele grunhiu, me puxando pelos cabelos.

Mas eu não parei. Eu queria. Eu precisava. E ele gozou forte, na minha boca, gemendo alto, dizendo meu nome como um louco. Engoli tudo com um sorriso vitorioso no rosto, lambendo os lábios como quem saboreia o amor e o poder ao mesmo tempo.

— Você tem noção do que fez comigo?

— Então me mostra, caralho. Me fode até eu esquecer o caminho de casa. Eu sou tua, porra. Sua noiva. Sua vadia.

Ele me virou de costas, me expondo com brutalidade. Eu tremia de tesão. Nem pensei, só empinei pra ele, mostrando minha bunda e meu pau duro, latejando, pingando de vontade. — Olha essa bunda…minha gostosa. Tava com saudade de te comer todinha. Ele cuspiu na minha bunda, espalhou com a mão e me deu um tapa tão forte que ardeu.

— Isso, porra! Me bate, me fode, me arromba. Me mostra quem é o meu negão.

Ele se ajoelhou atrás de mim, abriu minha bunda com as mãos e enfiou a língua no meu cu com uma violência deliciosa. Me fez gemer alto, me segurar na parede com as pernas bambas. Eu rebolava, esfregando meu pau no ar, louca, viciada nele.

— Nossa, como eu amo esse cu, apertado, delicioso. Ele falava com a boca colada na minha pele, me lambendo, me deixando toda babada. Eu me virei, empurrei ele na cama e montei por cima. Esfreguei meu pau no abdômen dele enquanto beijava seu pescoço, mordi sua orelha e sussurrei:

— E ai, Léo? Vai ficar me torturando ou vai me arregaçar de uma vez? Quero você dentro de mim, agora. Ele me virou com brutalidade e mordeu meu pescoço. Me deitou de lado, levantou minha perna e encaixou. E quando entrou… puta que pariu. O gemido saiu rasgado da minha garganta.

— Ai, caralho! Me fode, Léo! Me enche com esse pau!

— Tu é minha, porra. Minha doutora putinha. Fica quieta e sente.

E eu senti. Cada estocada era um pedido de desculpas, uma promessa de amor e uma declaração de tesão. Ele metia com força, com raiva, com desejo acumulado. Me pegou de quatro na beira da cama, me espancou com a rola e com tapas. Me chamou de vagabunda, de princesa, de noiva gostosa.

— Vai gozar, Ju? Tá piscando no meu pau. Vai gozar sendo minha putinha?

— Sim, sim, porra! Gozo com esse teu pau me arrombando! Gozo sendo sua trans, sua mulher, sua safada!

E eu gozei. Forte. Meu corpo todo tremendo, jorrando por baixo, gritando seu nome. E ele gozou logo depois, com o rosto colado no meu pescoço, o pau pulsando dentro de mim. Caímos exaustos sobre os lençóis. Ele me virou de frente e me abraçou, suado, ofegante, os olhos brilhando. — Eu te amo tanto, Ju… minha noiva, minha vida, minha delícia.

— E eu te amo, Léo. Com toda a minha alma.

O quarto ainda cheirava a sexo e suor. Eu estava deitada no peito do Léo, ouvindo as batidas do coração dele desacelerarem. A respiração dele aos poucos voltava ao ritmo, mas a mão… a mão não parava. Me acariciava devagar, descendo das costas até a curva da bunda, passando os dedos entre as minhas coxas, e voltando. Eu levantei o rosto, encarei ele com um sorriso preguiçoso e safado.

— Cê sabe que eu ainda tô com gosto de você na minha garganta, né?

Ele riu, me puxando pra mais perto.

— E você sabe que eu ficaria horas com teu pau na minha boca, se deixasse?

— Fala isso assim… ele gemeu, fechando os olhos. Vai ter que provar.

Me ajeitei entre as pernas dele com uma calma felina. Beijei o abdômen dele, as coxas, passei a língua bem devagar perto da base do pau. Ele já tava semi-duro de novo, o corpo respondendo como se estivesse esperando só aquele toque. Olhei pra cima e disse:

— Relaxa, amor. Agora é com a tua noiva.

E sem tirar os olhos dos dele, abocanhei com carinho. Comecei devagar, com a boca quente e úmida, chupando com calma, como quem saboreia um doce favorito. A língua fazia o contorno da cabeça, o polegar massageava a base, e a outra mão acariciava as bolas dele com delicadeza. Léo gemia baixinho, os dedos enfiados no meu cabelo, os quadris tremendo com o prazer que só eu sabia dar. Eu brincava com ele entre os lábios, alternando ritmo, deixando escorregar bem fundo, sentindo o peso do pau na minha garganta. Às vezes parava só pra lamber e olhar pra ele, e ele mordia os lábios, os olhos brilhando.

— Você é um sonho, Ju… minha mulher perfeita… minha noiva gostosa, minha trans linda… ele sussurrava com a voz embargada de tesão e ternura. Quando senti que ele tava perto, deixei com gosto. Me deitei ao lado dele, rindo, e beijei o peito suado, sentindo seu coração disparado.

— Bora pro banho, amor? Quero terminar de te amar debaixo d’água.

— Se for contigo, eu vou até pro inferno.

Fomos cambaleando até o banheiro, e a água quente começou a cair, envolvendo a gente num vapor íntimo, como se o mundo lá fora não existisse. Entrei primeiro, sentindo a água escorrer pelo meu corpo ainda sensível, e ele veio logo atrás, me abraçando por trás, colando o corpo no meu, o pau já roçando de novo entre as minhas coxas. Mas dessa vez era diferente. Ele me virou com delicadeza, me beijou com calma, com paixão. A mão no meu rosto, o toque nos meus ombros, tudo nele dizia “eu te amo” mesmo quando os corpos já queriam mais.

— Me deixa te fazer amor agora, Ju… não só te foder. Quero te sentir inteira, te ver gozar com carinho.

— Me toma, Léo. Me faz tua.

Ele me encostou na parede do box, levantou uma das minhas pernas e me penetrou devagar. A água escorria entre nós, quente como o beijo. A estocada era firme, mas ritmada, como uma dança íntima. Eu gemia baixo, mordendo o ombro dele, sentindo o pau entrando fundo e com entrega. Nos olhávamos nos olhos. Ele me dizia baixinho o quanto me amava, como eu era tudo pra ele, como não aguentava mais dormir longe do meu corpo, da minha boca, da minha alma. E eu dizia que era dele. Toda dele. Sempre. O gozo veio como uma onda doce, intensa, plena. Me desfiz nos braços dele, gemendo seu nome, sentindo ele também se derramar dentro de mim com um suspiro rouco. Depois, ficamos ali, debaixo da água, só nos olhando. Cúmplices. Noivos. Amantes. Dois corpos molhados, duas almas conectadas de novo. E ele, com aquele sorriso besta e apaixonado, ainda disse: — A gente se casa, Ju. Mas antes, quero te pedir mais uma coisa. — O quê? — Diz que vai ser minha para sempre?

E eu, emocionada, dei o beijo mais longo da noite.

— Eu já sou sua, Léo. Desde o primeiro olhar. Mas hoje, mais do que nunca… eu sou tua noiva.

O sábado amanheceu devagar, com a luz do sol invadindo o quarto pelas frestas da cortina. Ainda estávamos no motel, entrelaçados, e com um silêncio aconchegante que dizia tudo. Não era mais o silêncio do orgulho ferido — era o silêncio de dois corações em paz, em sintonia. Passamos o dia inteiro juntinhos, como se estivéssemos redescobrindo um ao outro. Almoçamos num restaurante pequeno e acolhedor, de mãos dadas o tempo todo. Eu usava um vestido leve, florido, com um batom vermelho que o Léo tanto amava em mim. A cada elogio dele, um sorriso bobo surgia no meu rosto. Parecia que o peso dos hormônios, da rotina, do estresse, havia sumido. Eu me sentia leve. Linda. Amada. À noite, vimos filme em casa, com vinho e brigadeiro. Deitamos no sofá, ele com a cabeça no meu colo, eu fazendo carinho no cabelo dele. E no domingo, veio a surpresa:

— Amor, se arruma… Vamos pra Arena hoje. — ele disse, sorrindo.

— Arena? Tu tá falando sério?

— Sim, doutora gremista. Vai ter jogo hoje, e quero ver teu charme lá no meio da torcida.

Eu me vesti toda estilosa: uma camisa do Grêmio ajustada no corpo, short de couro, um tênis branco. A maquiagem perfeita e a aliança no dedo reluzindo. O Léo me olhava como se estivesse apaixonado por mim pela primeira vez. E confesso: me senti uma deusa. Na Arena, foi maravilhoso. Gritamos, rimos, tiramos fotos. O time venceu, e saímos de lá radiantes. Eu pulava com ele no meio da torcida e mal acreditava no quanto éramos felizes. Era o tipo de dia que eu queria guardar pra sempre. Na segunda-feira, acordei animada — o que era um milagre pra quem odeia segundas. Vesti uma calça de alfaiataria preta justa, uma camisa branca decotada, salto alto, blazer e batom vermelho. E claro, a aliança de noivado brilhando no meu anelar esquerdo. Chegando no escritório, percebi os olhares imediatamente. Todos notaram a aliança. E eu não fazia questão de esconder.

— Bom dia, doutora Juliana… ou devo dizer, futura senhora Leonardo? — brincou a recepcionista, sorrindo com carinho.

— Pode dizer os dois, querida. — respondi, exibindo a mão com a aliança e piscando.

Durante o dia, recebi elogios sinceros, abraços, felicitações. Até os colegas mais reservados fizeram questão de me cumprimentar. A aliança virou assunto, e eu virei o centro das atenções, mas dessa vez de um jeito gostoso, acolhedor. Na minha sala, o Matheus comentou discretamente:

— Doutora… que anel bonito. Combina com a senhora.

— Obrigada, Matheus. É do meu noivo — eu disse, sorrindo orgulhosa. Do doutor Leonardo.

Ele sorriu meio sem jeito, assentindo com um brilho curioso nos olhos. A rotina recomeçou, mas agora tudo parecia mais leve. O amor estava selado, o pedido feito, o sim dado. E a cada vez que eu olhava para minha mão esquerda, sentia o coração quente.

A semana seguia num ritmo gostoso e organizado. Eu e o Léo estávamos em plena harmonia, dividindo nossa vida a dois com carinho e parceria. O escritório também estava num bom momento. A equipe parecia mais unida, e, mesmo após todo o rebuliço das últimas semanas, o ambiente estava leve, produtivo. Matheus continuava sendo uma presença constante ao meu lado. Atento, dedicado, sempre pronto pra me ajudar em tudo que eu precisasse. Ele não apenas aprendia rápido, como também tinha uma sensibilidade admirável. Notava minhas expressões, minhas oscilações de humor, os dias em que eu estava mais pilhada, mais emotiva… e sempre se adaptava, oferecendo suporte com respeito e discrição. Na sexta-feira, depois de uma reunião bem-sucedida com um cliente importante, pedi que ele viesse até minha sala. Ele entrou devagar, a testa franzida, os olhos meio assustados. Sentou-se sem dizer nada, cruzando os dedos no colo. O silêncio pesou um pouco.

— Matheus… tu vai deixar de ser estagiário.

Ele empalideceu. Literalmente.

— Doutora… por favor, se eu fiz algo errado… me diz. Eu posso melhorar, de verdade… eu não queria decepcionar a senhora…

Eu precisei conter o riso, até ergui a mão gentilmente.

— Calma, Matheus! Ninguém tá te demitindo. Muito pelo contrário. Quero te promover. A partir de agora, tu vai ser meu assistente pessoal.

A transformação foi instantânea. O alívio no rosto dele quase virou um soluço, os ombros relaxaram, os olhos marejaram.

— Meu… Deus… — ele murmurou.

— Eu achei que ia ser demitido, doutora Ju…

— A tua entrega e o teu esforço merecem esse reconhecimento. Eu confio em ti. E quero te por mais perto de mim nas decisões, nas ações mais importantes. E claro… no dia a dia.

Ele baixou os olhos, respirando fundo. Uma emoção sincera o tomou por completo. Depois de um silêncio comovido, ele falou:

— Eu… eu queria agradecer pela promoção. E… também contar algo. Algo meu. Eu deixei a caneta de lado e me inclinei levemente pra frente, mostrando que ele podia confiar em mim.

— Fica tranquila, tá? Eu só… nunca contei isso pra ninguém fora de casa. E mesmo em casa, nem é tanto assim. Matheus respirou fundo. Eu moro só com a minha irmã mais nova. A Mariana. A gente se criou praticamente sozinho… Nossa mãe morreu quando a gente era criança, e o nosso pai… foi embora. Nem sei se tá vivo.

Ele engoliu em seco.

— A Mari ainda era um bebê quando tudo aconteceu. Desde que me entendo por gente, sou eu quem cuido dela. Trabalhei de tudo antes de conseguir essa vaga aqui como estagiário. A faculdade é um sonho que eu tô pagando com suor mesmo, dividindo livros usados, pegando ônibus lotado... mas nunca pensei em desistir. Permaneci em silêncio, ouvindo com o coração. E… tem algo mais. Algo que só agora, convivendo com a senhora, comecei a entender melhor em mim. Ele olhou para o chão, como se precisasse se esconder por um instante. Desde muito novo, eu me sentia… diferente. Não no jeito de gostar de alguém. Isso veio depois. Era no corpo, sabe? No reflexo. Eu sempre fui sensível, sempre me atraí por coisas que, diziam, não eram de menino. Quando criança, eu escondia um batom velho que minha mãe deixou. Passava no espelho do banheiro quando tava sozinho. Me fazia sentir… bem. Como se eu, finalmente, pudesse respirar.

Matheus me encarou, com os olhos marejados agora sem medo.

— Durante muito tempo, achei que fosse errado. Achei que era fraqueza. E então, conheci a senhora. Vi sua força, sua elegância, sua presença… e percebi que talvez o que eu sinto também possa fazer parte de mim. De verdade.

Fiquei em silêncio por um momento, comovida, emocionada. Ele continuou:

— Eu não sei ainda quem eu sou, doutora Ju. Mas… tem algo aqui dentro querendo nascer. Algo que pede espaço. Eu vejo a senhora, vejo como brilha, como caminha pelos corredores com aquele salto, com aquele batom vermelho… e eu sonho. Sonho em descobrir quem sou. E queria que a senhora… me ajudasse.

Me levantei e fui até ele. Segurei suas mãos.

— Você não está sozinho, Matheus. Não mesmo. E o que quer que esteja aí dentro, querendo desabrochar… eu vou estar aqui, pra te ajudar a florescer. Sem pressa. No seu tempo. Mas com todo o carinho que você merece.

Ele chorou. E naquele choro, eu vi um espelho da Ju de anos atrás. Da menina que também teve medo, mas que escolheu viver sua verdade. E naquele instante, nasceu algo novo entre nós: cumplicidade.

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