Era domingo. O dia da escolha.
V-7 — outrora a temida Senhora V. — estava ajoelhada no centro da arena de terra, de quatro, com a cabeça baixa, nua, com a coleira de ferro enferrujado. As palavras “INÚTIL” estavam marcadas em seu lombo, com ferro quente, feito pela mão do próprio Senhor Absoluto.
Ela já não era dona de si. Era objeto. Propriedade.
Diante dela, sentada em um trono de pedra improvisado, estava número 27. Vestia um corset preto de couro, com as cicatrizes ainda recentes em exibição. Seus olhos ardiam com ódio, desejo e poder recém-descoberto. Atrás dela, outras cadelas assistiam com olhos atentos. As betas sabiam: naquele momento, 27 era a mão do Mestre.
Ela se levantou devagar. Estalou os dedos.
— Hoje você lambe. Amanhã... você sangra.
V-7 tremeu.
27 deu dois passos à frente e urinou no chão diante da ex-dominadora.
— Primeiro, limpe com a língua. Depois agradeça pela honra.
A arena ficou em silêncio. O som da língua de V-7 passando lentamente pelo barro quente e salgado era perturbador. Ela engasgava. Mas não parava.
— Em voz alta — ordenou 27, com um tapa seco no rosto dela —. Diga que você é a privada de todas as betas.
— Eu... eu sou... a privada de todas as betas... — murmurou V-7, com voz embargada.
— Mais alto, cadela. Com entusiasmo!
— EU SOU A PRIVADA DE TODAS AS BETAS! — berrou ela, com lágrimas de humilhação escorrendo.
27 caminhou até a mesa com instrumentos. Escolheu uma colher de metal... e um frasco de pimenta puríssima, líquida.
Com calma, espalhou o líquido no interior da colher, e então forçou a boca de V-7 aberta.
— Engula. E agradeça com um beijo na minha bota.
V-7 o fez. A dor foi instantânea. A garganta ardia como se chamas subissem de dentro. Ainda assim, ela rastejou e beijou a bota de 27 com devoção.
Mas não acabou.
— De quatro. Rabo pra cima. Hoje você vai sentir o bastão que usava nas outras. E para cada gemido... uma betada no clit.
O bastão entrou seco. Cru. Frio. Seguido de tapas intensos no púbis dela, cada vez que um som saía.
V-7 mordia o chão para não gemer. Mas falhava.
Atrás dela, 27 começou a rir.
— Que bela cadela se tornou... Eu sou o que você criou. E agora, sou sua dona.
O público aplaudiu.
E ao longe, o Senhor Absoluto observava tudo com um sorriso de aprovação.