NEGROS COM UM ALTO PODER EXECUTIVO VS. MINHA FAMILIA PT 2

Um conto erótico de GABRIEL SILVA
Categoria: Heterossexual
Contém 6277 palavras
Data: 23/05/2025 12:15:31

A noite em Lagos era um manto de calor úmido, mesmo com a brisa que soprava do Atlântico. Dentro da mansão de mármore branco, o silêncio era cortado apenas pelo zumbido distante do gerador e pelo tilintar ocasional de copos na cozinha. Anderson estava no quarto principal, o corpo ainda tenso após o que acontecera na sede de Kiab. O uísque que ele segurava não ajudava a apagar as imagens: Rosângela se entregando, o olhar de Kiab, o peso da própria impotência. Ele precisava dela agora, precisava recuperar algo – controle, desejo, qualquer coisa que o fizesse sentir menos perdido. Descalço, com a camisa social desabotoada revelando o peito largo, ele se aproximou da cama onde Rosângela estava deitada, o corpo coberto apenas por uma camisola de seda preta que mal escondia suas curvas.

"Rosângela", murmurou, a voz rouca, enquanto se sentava ao lado dela, a mão deslizando pela coxa macia. "Vem cá. Tô precisando de você." Seus dedos subiram, roçando a renda da camisola, mas ela se afastou, o movimento brusco como um tapa.

"Não, Anderson", disse ela, a voz firme, mas carregada de exaustão. Ela se sentou na cama, os cabelos loiros caindo em cascata sobre os ombros, os olhos castanhos faiscando com algo entre raiva e dor. "Você não entende? Kiab... ele me arrombou." As palavras saíram cruas, quase cuspidas, e Anderson sentiu um aperto no peito. "Eu não tô acostumada com um pau daquele tamanho. Meu corpo tá machucado, e minha cabeça..." Ela fez uma pausa, os lábios tremendo. "Minha cabeça tá pior ainda."

Anderson recuou, as mãos suspensas no ar, como se tivesse sido queimado. Ele queria argumentar, dizer que precisava dela pra apagar o que acontecera, mas as palavras dela o acertaram como um soco. Ele viu, nos olhos dela, não só a dor física, mas algo mais profundo – uma humilhação que ele ajudara a causar. "Rosângela, eu..." começou, mas ela o cortou.

"Para, Anderson. Só... para." Ela se deitou novamente, virando o rosto para a parede, o corpo encolhido sob a seda. "Me deixa sozinha."

Ele ficou parado por um momento, o orgulho ferido lutando contra a culpa que crescia em seu peito. Sem dizer mais nada, ele se levantou, pegou o copo de uísque e saiu do quarto, a porta fechando-se com um clique que ecoou como um veredicto. O corredor da mansão era vasto, as paredes brancas refletindo a luz fraca dos candelabros, mas Anderson sentia-se preso, como se a opulência ao seu redor fosse uma jaula. Ele precisava de ar, de espaço, de algo que o fizesse esquecer o peso daquela noite. O jardim da mansão era um oásis artificial, com palmeiras bem podadas, uma fonte que gorgolejava suavemente e canteiros de flores tropicais que exalavam um perfume doce e intoxicante. A noite estava clara, o céu cravejado de estrelas, mas o calor ainda grudava na pele como uma segunda camada. Anderson caminhou até o banco de pedra perto da fonte, o copo de uísque ainda na mão, o líquido âmbar refletindo a luz da lua. Ele estava prestes a se sentar quando ouviu um ruído – o som de algo sendo arrastado, seguido por um murmúrio baixo.

Virando-se, ele viu Zilaia, a cozinheira da mansão, arrumando uma caixa de utensílios na beira do jardim. Ela era uma mulher negra, magra, com uns 35 anos, a pele reluzindo sob a luz fraca, os traços delicados marcados por linhas de cansaço. Vestia um uniforme simples, uma blusa cinza e uma saia longa que escondia as pernas finas, mas havia uma graça em seus movimentos, uma economia de gestos que denunciava anos de trabalho duro. Ela parecia não perceber a presença dele, concentrada em organizar suas coisas para ir embora.

"Zilaia", chamou Anderson, a voz cortando o silêncio. Ela se virou, surpresa, os olhos castanhos arregalando-se por um instante antes de se suavizarem em um sorriso educado.

"Boa noite, sr. Anderson", disse, a voz suave, com um sotaque que misturava a cadência musical de Lagos com uma melancolia quase imperceptível. "Já terminei por hoje. Só tô arrumando minhas coisas."

Ele deu um passo à frente, o copo de uísque na mão, o líquido balançando levemente. "Não precisa correr. Só... vim tomar um ar." Ele fez uma pausa, olhando para ela, tentando preencher o vazio que sentia. "Como é a vida aqui, Zilaia? Lagos, a Nigéria... o que é isso tudo pra você?"

Ela hesitou, os dedos apertando a alça da bolsa que segurava. Por um momento, pareceu que ia dar uma resposta genérica, mas algo no olhar de Anderson – talvez a exaustão, talvez a vulnerabilidade – a fez abrir-se. "É uma cidade dura, senhor", disse, sentando-se na beira do banco, a bolsa no colo. "Bonita, cheia de vida, mas dura. O povo aqui sofre. Trabalha até o osso, e às vezes não tem nada pra mostrar no fim do dia."

Anderson sentou ao lado dela, mantendo uma distância respeitosa, mas perto o suficiente para sentir o leve perfume de jasmim que vinha dela, misturado ao cheiro de temperos que impregnava suas mãos. "Você já sofreu muito, não é?", perguntou, a voz mais suave do que pretendia.

Zilaia olhou para a fonte, os olhos distantes. "Perdi meu marido há algum tempo. Uma briga de bar. Ele era um homem bom, mas o álcool... o álcool leva tudo." Ela fez uma pausa, os dedos brincando com a alça da bolsa. "Agora sou eu e minha filha, Nala. Ela tem 18 anos, trabalha aqui também, cuidando do jardim."

Anderson franziu a testa, a mente fazendo cálculos rápidos. "Dezoito? Mas você parece tão jovem. Como..."

Ela riu, um som baixo, quase amargo. "Eu tinha poucos quando fui... vendida pro meu marido." A palavra "vendida" saiu como um peso, e Anderson sentiu um frio na espinha. "Aqui, às vezes, é assim. Minha família não tinha nada, e ele pagou um dote. Eu não escolhi, mas aprendi a viver com ele. Até que ele se foi."

"Vendida?", repetiu Anderson, a voz carregada de incredulidade. "Como assim, vendida?"

Zilaia olhou para ele, os olhos firmes, mas com uma dor antiga. "É o que acontece quando você não tem nada, senhor. Sua família faz o que pode pra sobreviver. Eu tinha pouca idade, ele tinha 30. Não foi amor, mas ele me tratava bem, à maneira dele. Quando Nala nasceu, eu jurei que ela nunca passaria por isso."

Anderson sentiu um aperto no peito, uma mistura de pena e impotência. Ele queria dizer algo, mas as palavras pareciam frágeis diante da história dela. "E agora? Como vocês estão se virando?"

Ela suspirou, os ombros caindo. "Não é fácil. O aluguel tá vencido há meses, e as dívidas só crescem. Meu salário aqui, o da Nala... não é o suficiente. Às vezes, eu olho pra ela e penso que falhei. Ela merece mais."

O silêncio caiu entre eles, pesado como o calor da noite. Anderson tomou um gole do uísque, o líquido queimando sua garganta, mas não apaziguando a inquietação. Ele queria ajudar, mas o que podia fazer? Sua própria vida estava em pedaços, a fortuna pendurada por um fio, a esposa marcada por um sacrifício que ele permitira. "Eu... sinto muito, Zilaia", disse, por fim, a voz fraca. "Não sei o que dizer."

Ela sorriu, um sorriso cansado, mas gentil. "Não precisa dizer nada, senhor. Só contar já alivia um pouco." Ela se levantou, pegando a bolsa. "Boa noite. Até amanhã."

Anderson a observou enquanto ela se afastava, a silhueta magra desaparecendo na penumbra do jardim. Ele ficou ali, o copo vazio na mão, o peso da conversa misturando-se à culpa que já carregava. Foi então que ouviu passos atrás de si. Você ouviu tudo, não foi?", disse Anderson, sem se virar. Ele sabia que era Marcos antes mesmo de ouvir a voz do filho.

Marcos saiu das sombras, o rosto jovem marcado por uma raiva contida. Aos 18 anos, com o cabelo bagunçado e os olhos castanhos brilhando sob a luz da lua, ele parecia mais velho do que era, carregado por uma indignação que Anderson nunca entendera. "Ouvi", disse Marcos, a voz firme, mas tremendo de emoção. "E você não vai fazer nada? Ela acabou de te contar que foi vendida, pai. Vendida! E que tá afundada em dívidas, com uma filha pra criar. E você só fica aí, com seu uísque, como se não fosse com você."

Anderson se levantou, virando-se para encarar o filho. "O que você quer que eu faça, Marcos? Eu não sou Deus. Não posso consertar o mundo." Ele fez uma pausa, a frustração crescendo. "Você acha que eu não fiquei com dó? Mas a gente tá no meio de um furacão. Sua mãe... o que aconteceu hoje... você não entende o que tá em jogo."

Marcos deu um passo à frente, os punhos cerrados. "Não entendo? Eu sei exatamente o que tá em jogo. Você e a mãe venderam a alma de vocês pra Kiab, e agora eu tenho que casar com uma garota que nunca vi. E você ouve uma história como a da Zilaia e não faz nada? Você é pior do que eu pensava."

As palavras acertaram Anderson como um golpe. Ele quis gritar, defender-se, mas a verdade na voz do filho o calou. "Marcos, eu..." começou, mas o garoto o cortou.

"Faça alguma coisa, pai. Qualquer coisa. Não dá pra viver assim, fingindo que o sofrimento dos outros não importa." Marcos fez uma pausa, os olhos brilhando com lágrimas que ele se recusava a deixar cair. "Eu sei que não posso salvar todo mundo. Mas a gente pode ajudar ela. A Zilaia, a Nala. Elas não merecem isso."

Anderson esfregou o rosto, a exaustão pesando como chumbo. Ele queria dizer que não podia, que suas próprias lutas eram grandes demais, mas a imagem de Zilaia – magra, cansada, mas com uma dignidade que ele invejava – não saía de sua cabeça. "Tá bom", disse, por fim, a voz baixa. "Amanhã eu falo com ela. Vou ver como posso ajudar. Mas ainda não sei como."

Marcos assentiu, o rosto ainda duro, mas com um brilho de alívio. "É um começo", disse, antes de virar-se e voltar para a mansão, deixando Anderson sozinho com o copo vazio e o peso de uma promessa incerta.

A manhã na mansão era uma ilusão de paz, com o sol filtrando-se pelas cortinas de linho, lançando sombras suaves no chão de mármore. Anderson estava na cozinha, o aroma de café fresco misturando-se ao peso da promessa que fizera a Marcos na noite anterior. Ele não dormira bem, a rejeição de Rosângela e a história de Zilaia girando em sua mente como um carrossel quebrado. Vestia uma camiseta cinza e calça de linho, o corpo ainda marcado pela musculatura de anos de academia, mas os olhos carregavam um cansaço que o dinheiro não podia apagar. Ele precisava falar com Zilaia, precisava cumprir a promessa, mesmo que ainda não soubesse como.

Zilaia estava na área de serviço, dobrando toalhas com a precisão de quem fazia isso há anos. Sua figura magra, com a pele negra reluzindo sob a luz da manhã, movia-se com uma graça silenciosa. O uniforme simples – blusa cinza e saia longa – não escondia a dignidade em seus gestos, apesar das linhas de cansaço no rosto. Quando Anderson a chamou, ela virou-se, surpresa, os olhos castanhos arregalando-se por um instante antes de se suavizarem em um sorriso educado.

"Zilaia, posso falar com você um minuto?", perguntou ele, a voz mais suave do que o normal, tentando esconder a inquietação.

"Claro, sr. Anderson", respondeu ela, deixando as toalhas de lado e limpando as mãos no avental. "É sobre o jantar de hoje? Quer que eu prepare algo especial?"

Ele balançou a cabeça, gesticulando para que ela o seguisse até o jardim, onde a privacidade era maior. O ar estava quente, carregado do perfume doce das flores tropicais, e o som da fonte gorgolejando criava uma trilha suave. Anderson sentou-se no banco de pedra, apontando para o espaço ao lado. "Senta aqui. Não é sobre o jantar. É sobre... você e a Nala."

Zilaia hesitou, a bolsa apertada contra o peito, mas sentou-se, os olhos fixos nele, uma mistura de curiosidade e cautela. "O que o senhor quer dizer?", perguntou, a voz baixa, quase um sussurro.

Anderson respirou fundo, as palavras pesando como chumbo. "Eu pensei no que você me contou ontem. Sobre o aluguel, as dívidas, a Nala... tudo. Não é justo, Zilaia. Você trabalha duro, e ainda assim tá afundada nisso." Ele fez uma pausa, olhando para a fonte, evitando os olhos dela. "A mansão tem dois quartos nos fundos, na área dos funcionários. São bons, limpos, com banheiro próprio. Você e a Nala podem morar lá. Sem pagar nada. Podem se mudar hoje mesmo, se quiserem."

Zilaia piscou, o rosto congelado em descrença. Por um momento, ela não disse nada, os dedos apertando a alça da bolsa com tanta força que as juntas ficaram brancas. "O senhor... tá falando sério?", perguntou, a voz tremendo. "Por que faria isso?"

Anderson esfregou o pescoço, o calor da manhã começando a grudar na pele. "Porque é o certo. E seria melhor pra vocês, né? Estariam aqui o tempo todo, caso a gente precise. E vocês não teriam que se preocupar com aluguel."

Ela balançou a cabeça, os olhos marejando, as lágrimas brilhando sob a luz do sol. "Não, sr. Anderson. Eu agradeço, de coração, mas... não posso aceitar." Ela enxugou o rosto com as costas da mão, a voz firme apesar da emoção. "Na minha religião, uma mulher só pode morar na casa de um homem se for esposa ou... comcumbina dele. É assim que funciona."

Anderson franziu a testa, confuso. "Comcumbina? O que é isso, Zilaia?"

Ela respirou fundo, os olhos fixos no chão, como se a explicação doesse. "É uma serva especial, senhor. Uma mulher que vive com o homem, serve ele... em tudo. Como esposa, mas sem o nome. Ela cuida da casa, do corpo, da alma. É um compromisso sagrado, na minha crença. Eu não posso simplesmente morar aqui sem isso. Seria errado."

Anderson sentiu um aperto no peito, a palavra "comcumbina" ecoando em sua mente. Ele queria ajudar, mas a ideia de Zilaia como uma "serva especial" era um território perigoso, especialmente com Rosângela e o que já haviam passado com Kiab. Antes que pudesse responder, uma voz cortou o ar.

"Então você pode ser a comcumbina do meu pai." Marcos apareceu na entrada do jardim, os olhos castanhos faiscando com uma mistura de ousadia e raiva. Aos 18 anos, com o cabelo bagunçado e a camiseta amassada, ele parecia mais um rebelde do que o filho de um magnata. "É simples, não é? Você precisa de ajuda, e a gente tem os quartos. Faz sentido."

Anderson virou-se, o rosto vermelho de irritação. "Marcos, não é bem assim! Sua mãe nunca concordaria com isso, e você sabe disso. Para com essas ideias malucas."

Marcos cruzou os braços, o queixo erguido, a voz cortante. "Malucas? Você quer que eu case com uma garota que nunca vi pra salvar sua fortuna, pai. E agora tá dizendo que não pode ajudar a Zilaia porque a mãe não vai gostar? Então tá. Se você não resolver isso, eu recuso o casamento. Acabou."

O silêncio que se seguiu era como um trovão preso no ar. Zilaia, ainda sentada, cobriu o rosto com as mãos, as lágrimas escorrendo pelos dedos. Anderson sentiu o chão sumir, a ameaça de Marcos acertando-o como um soco. Ele queria gritar, dizer que o filho não entendia o peso da situação, mas a verdade era que Marcos tinha razão. A mansão, a fortuna, tudo dependia dele agora. "Tá bom", disse Anderson, a voz rouca. "Eu vou falar com a Rosângela. Mas não promete nada, Zilaia. Isso... isso é complicado."

Zilaia assentiu, enxugando o rosto, a voz trêmula. "Obrigada, senhor. Eu... eu não sei o que dizer." Ela se levantou, pegando a bolsa, e saiu do jardim, os ombros curvados sob o peso da esperança e da incerteza.

Anderson encontrou Rosângela no quarto principal, sentada diante do espelho, penteando os cabelos loiros com uma escova de prata. Ela usava um robe de seda verde que mal escondia as curvas, mas o rosto estava duro, os olhos castanhos brilhando com uma raiva contida. Quando Anderson entrou, fechando a porta, ela nem virou o rosto.

"Rosângela, a gente precisa conversar", começou ele, a voz hesitante, enquanto se sentava na beira da cama. "É sobre a Zilaia, a cozinheira, e a filha dela, Nala."

Ela parou de pentear, os olhos encontrando os dele no reflexo do espelho. "O que tem elas?", perguntou, a voz fria como gelo.

Ele respirou fundo, sabendo que o terreno era minado. "Elas tão afundadas em dívidas, aluguel atrasado, vivendo uma miséria. Eu ofereci os quartos nos fundos da mansão pra elas morarem, sem pagar nada. Seria bom pra elas, e elas estariam aqui caso a gente precise."

Rosângela virou-se, o robe deslizando ligeiramente, revelando o colo. "Você tá louco, Anderson? Quer trazer estranhas pra morar com a gente? Depois de tudo que aconteceu com Kiab, você acha que eu vou aceitar mais complicações?"

Ele levantou as mãos, tentando acalmá-la. "Não é assim. Mas tem um problema. Na religião dela, uma mulher só pode morar na casa de um homem se for esposa ou... comcumbina. Uma espécie de serva especial. E o Marcos ouviu a conversa e disse que ela poderia ser minha comcumbina."

O rosto de Rosângela endureceu, os lábios apertados. "Seu o quê? E você deixou nosso filho falar essa palhaçada?" Ela se levantou, o robe esvoaçando, a voz subindo. "Você tá querendo me humilhar mais, Anderson? Primeiro me entrega pro Kiab, e agora quer uma ‘serva especial’ morando aqui?"

Anderson se levantou, a frustração explodindo. "Não é isso, Rosângela! O Marcos tá ameaçando recusar o casamento se eu não ajudar a Zilaia. Ele tá falando sério. Se ele recusar, perdemos tudo. Tudo!"

Rosângela parou, os olhos arregalados, a raiva misturando-se ao medo. Ela sabia que Marcos era teimoso, que sua ameaça não era vazia. O silêncio caiu, pesado como o calor do meio-dia. "Você tá me dizendo que nosso filho tá me chantageando pra aceitar outra mulher na nossa casa?", perguntou, a voz tremendo.

"Não é outra mulher", disse Anderson, exasperado. "É só pra ajudar. Ela e a filha ficariam nos quartos dos fundos, trabalhando como sempre. Não tem nada de... disso que você tá pensando."

Rosângela cruzou os braços, os olhos faiscando. "Você é um idiota, Anderson. Mas se o Marcos tá falando sério, então... que seja." Ela fez uma pausa, a voz endurecendo. "Mas eu não esqueço isso. E você vai me dever, muito."

Anderson assentiu, o alívio misturado à culpa. "Tá bom. Eu falo com a Zilaia hoje. Elas podem se mudar amanhã." Ele saiu do quarto, o peso da decisão como uma corrente em seus ombros, sabendo que a trégua com Rosângela era frágil como vidro. Naquela tarde, o celular de Anderson vibrou sobre a mesa de mogno do escritório, o som cortando o silêncio como uma faca. Ele pegou o aparelho, os olhos cansados após a discussão com Rosângela, e viu uma mensagem de Kiab: um endereço em Victoria Island, o bairro mais rico de Lagos, seguido de uma ordem curta: "Traga Rosângela. 20h. Não se atrase." O estômago de Anderson revirou, a memória da reunião anterior ainda fresca – os gemidos de Rosângela, o olhar de Kiab, sua própria humilhação. Ele sabia o que isso significava, mas não tinha escolha. Kiab segurava as rédeas, e cada passo em falso podia custar tudo.

Rosângela estava na varanda, olhando a piscina infinita que refletia o sol poente, o vestido branco colado ao corpo, destacando as curvas que ainda faziam cabeças virarem. Quando Anderson mostrou a mensagem, ela não disse nada por um longo momento, os olhos fixos na água, os lábios apertados. "Ele não cansa, né?", murmurou, a voz carregada de sarcasmo, mas com um tremor que traía o medo. "Tá bom. Vamos. Mas isso não muda o que combinamos sobre a Zilaia."

Às 20h, eles chegaram ao endereço – um hotel boutique escondido em uma rua arborizada, um oásis de luxo com paredes de vidro e luzes douradas que pareciam flutuar. O recepcionista, um jovem de terno impecável, os guiou até o elevador privativo, que subiu em silêncio até o último andar. Quando as portas se abriram, revelaram um corredor curto, com uma única porta de madeira escura. Anderson bateu, o coração martelando, e a porta se abriu, revelando Kiab.

Ele estava em um quarto que era pura ostentação: paredes forradas de veludo vermelho, uma cama king-size com lençóis de seda preta, uma varanda com vista para o oceano, e uma garrafa de champanhe gelando em um balde de prata. Kiab usava uma camisa de linho branca, desabotoada até o peito, os músculos definidos brilhando sob a luz suave. Seus olhos, escuros e predatórios, fixaram-se em Rosângela assim que ela entrou, um sorriso curvando os lábios. "Bem-vindos", disse, a voz grave como um trovão baixo. "Rosângela, você tá ainda mais linda hoje."

Ela cruzou os braços, o vestido branco realçando a pele clara, os cabelos loiros caindo em ondas perfeitas. "O que você quer, Kiab?", perguntou, a voz firme, mas com um brilho nos olhos que misturava desafio e curiosidade.

Ele riu, apontando para a cama. "Você sabe o que quero. E hoje, vamos subir o nível." Ele se aproximou, os dedos roçando o braço dela, o toque leve, mas carregado de intenção. "Tire o vestido. Agora."

Rosângela sentiu o coração acelerar, mas não recuou. Com movimentos lentos, ela deixou o vestido deslizar, revelando a lingerie preta que abraçava suas curvas – sutiã de renda que mal continha os seios fartos, calcinha translúcida que mostrava a depilação impecável. O quarto parecia encolher, o ar carregado de tensão. Kiab a observava, os olhos brilhando de desejo bruto. "Perfeita", murmurou, desfazendo a camisa com uma lentidão deliberada. Quando as calças caíram, Rosângela prendeu o fôlego, o tamanho dele – 24 centímetros, como ele dissera – ainda a chocando. "Hoje vai ser diferente", disse ele, a voz um ronco. "Mais intenso."

Anderson, parado perto da porta, sentiu o estômago revirar. Ele queria intervir, mas o peso do acordo o mantinha preso. "Rosângela...", começou, mas ela o cortou com um olhar.

"Eu sei o que tô fazendo", disse, a voz firme, embora tremesse. Ela se aproximou de Kiab, os olhos fixos nos dele, uma mistura de rendição e desafio. Ele a puxou contra si, as mãos grandes envolvendo sua cintura, os lábios roçando o pescoço dela, o hálito quente enviando arrepios por sua pele.

Sem aviso, Kiab a virou, empurrando-a contra a cama, o corpo dela caindo nos lençóis de seda. Ele era bruto agora, as mãos segurando os pulsos dela acima da cabeça, o peso do corpo dele pressionando-a contra o colchão. "Você gosta de desafio, não é?", grunhiu, a voz carregada de desejo. Ele arrancou a calcinha com um movimento rápido, o tecido rasgando, e Rosângela soltou um gemido, um misto de choque e excitação. Ele a penetrou com força, sem a calma da vez anterior, entrando fundo, o impacto arrancando um grito rouco dela.

A dor era intensa, um estiramento que parecia rasgar seus limites, mas havia algo mais – um prazer selvagem, bruto, que crescia em seu ventre. Rosângela cravou as unhas nos lençóis, o corpo arqueando, os seios balançando a cada estocada violenta. Kiab movia-se como uma tempestade, cada investida um trovão, as mãos apertando os quadris dela com força, marcando a pele. "Isso, Rosângela", ele rosnava, o suor brilhando na pele escura. "Mostre que aguenta."

Ela sentia o corpo ceder, a dor se misturando a um êxtase que a fazia tremer. Os gemidos dela eram altos, selvagens, ecoando no quarto como uma música primitiva. O calor dele, a grossura que a preenchia, o ritmo implacável – tudo era um redemoinho que a engolia. Ela odiava a parte de si que gostava, que encontrava prazer na brutalidade, mas não podia negar o fogo que queimava em seu corpo. "Mais", ela gemeu, as palavras escapando sem querer, e Kiab riu, o som gutural enchendo o quarto.

Ele a virou de bruços, puxando-a pelos quadris, e voltou a penetrá-la, ainda mais fundo, o ângulo novo intensificando cada sensação. Rosângela gritava agora, os urros misturando dor e prazer, o corpo convulsionando enquanto o clímax se aproximava. Kiab segurava seus cabelos, puxando com força, o ritmo cada vez mais rápido, como se quisesse marcá-la para sempre. "Você é minha", ele grunhiu, e ela, perdida no êxtase, não negou.

Anderson assistia, o rosto pálido, os punhos cerrados. Ele sentia a humilhação, mas também uma excitação que o envergonhava, o corpo traindo a mente enquanto via Rosângela se entregar. Kiab, percebendo, olhou para ele, o sorriso cruel. "Se divirta, Anderson", disse, a voz cortante. "Toque-se." Anderson hesitou, mas a pressão do momento o fez ceder, a mão movendo-se com relutância, cada toque uma faca em seu orgulho.

Quando o clímax de Rosângela chegou, foi como uma explosão, o corpo tremendo, os gemidos se transformando em gritos que ecoavam pelo quarto. Kiab, sentindo o momento, se retirou com um rugido, liberando-se sobre os seios e a barriga dela, o jato quente e abundante escorrendo pela pele, uma marca que parecia selar o domínio dele. Rosângela, ofegante, caiu nos lençóis, o corpo exausto, mas com um brilho nos olhos – uma mistura de prazer e poder, como se, mesmo na rendição, ela tivesse conquistado algo.

Kiab se levantou, limpando-se com uma toalha, o sorriso satisfeito. "Você é uma mulher e tanto, Rosângela", disse, vestindo a camisa. "Volto a chamar quando precisar." Ele saiu, deixando-os no quarto, o silêncio pesado como o calor da noite.

Rosângela se levantou, limpando o corpo com os lençóis, o rosto endurecido, mas com um traço de satisfação. "Vamos embora", disse a Anderson, a voz firme, como se nada tivesse acontecido. Ele assentiu, incapaz de encará-la, o peso do que haviam feito – e do que ainda fariam – como uma corrente em seus ombros.O crepúsculo em Lagos tingia o céu de laranja e roxo, o calor do dia cedendo a uma brisa morna que carregava o aroma salgado do Atlântico. Na mansão de mármore branco, a área externa estava preparada para uma cerimônia incomum. Zilaia, agora oficialmente aceita como "comcumbina" de Anderson após a relutante aprovação de Rosângela, insistira em trazer um ancião de sua religião para abençoar a relação. Para ela, era mais que uma formalidade – era um pacto espiritual, uma forma de reconciliar sua fé com a decisão que tomara para salvar a si mesma e a filha, Nala.

O jardim, com suas palmeiras esguias e flores tropicais, foi transformado em um espaço sagrado. Uma pequena fogueira crepitava no centro, cercada por tapetes tecidos à mão, com padrões geométricos em vermelho e preto. Velas brancas tremeluziam em suportes de argila, e o ar estava pesado com o perfume de incenso de sândalo. Zilaia, aos 35 anos, usava um vestido tradicional Yoruba, de tecido azul-escuro com bordados dourados que abraçava sua figura magra, realçando a curva sutil dos quadris e a graça de seus movimentos. Seus cabelos, normalmente presos, estavam soltos, trançados em fios finos que caíam sobre os ombros, adornados com miçangas coloridas. Ela estava nervosa, os olhos castanhos brilhando com uma mistura de determinação e vulnerabilidade.

Anderson, ao lado dela, sentia-se deslocado, mas tentava esconder. Vestia uma camisa de linho branca e calça preta, o corpo musculoso contrastando com a expressão de quem não sabia exatamente o que esperar. Rosângela, sentada em uma cadeira de vime sob a varanda, observava tudo com os braços cruzados, o robe de seda verde destacando suas curvas, mas o rosto duro como pedra. Ela não queria estar ali, mas a ameaça de Marcos – recusar o casamento – a forçara a engolir o orgulho. Nala, a filha de Zilaia, de 18 anos, estava ao lado da mãe, com um vestido simples de algodão amarelo, os olhos fixos no chão, como se quisesse desaparecer.

O ancião, um homem magro de uns 70 anos, com a pele enrugada como couro velho e uma túnica branca que parecia brilhar sob a luz do fogo, chegou em silêncio. Ele carregava um bastão entalhado com símbolos Yoruba, e seus olhos, profundos e sábios, pareciam enxergar além do que estava à vista. "Que Olodumare abençoe esta união", disse, a voz grave ecoando no jardim. Ele espalhou ervas secas na fogueira, o crepitar das chamas misturando-se ao canto baixo que entoava, uma melodia que parecia puxar o próprio tempo para trás.

Zilaia e Anderson foram chamados ao centro. O ancião tocou a testa de cada um com óleo de dendê, murmurando preces em Yoruba. "Esta mulher, Zilaia, entra como comcumbina, serva e companheira", disse, olhando para Anderson. "Você, homem, aceita protegê-la, honrá-la e guiá-la?" Anderson engoliu em seco, sentindo o peso do olhar de Rosângela às suas costas. "Sim", respondeu, a voz firme, mas com um tremor que traía sua incerteza.

O ancião virou-se para Zilaia. "Você, mulher, aceita servir, cuidar e trazer paz a este lar?" Ela assentiu, os olhos marejando. "Sim, baba", disse, usando o termo respeitoso para o ancião. Ele derramou água de um cântaro sobre as mãos unidas dos dois, selando o ritual. A fogueira estalou, como se aprovasse, e o ancião sorriu, entregando a Zilaia uma pulseira de contas pretas e brancas. "Que os orixás os guiem", disse, antes de se retirar, deixando o jardim em um silêncio carregado.

Rosângela se levantou, o robe esvoaçando, e voltou para dentro sem dizer uma palavra. Anderson olhou para Zilaia, que enxugava uma lágrima, e sentiu um aperto no peito – não era desejo, ainda, mas uma conexão que ele não esperava. "Obrigada, sr. Anderson", murmurou ela, a voz suave. "Isso significa muito pra mim e pra Nala."O jantar foi servido na sala de jantar menor, uma escolha de Zilaia para manter a intimidade. A mesa de mogno estava coberta por uma toalha branca, com pratos de cerâmica artesanal e talheres de prata que brilhavam sob o candelabro. Zilaia preparara um banquete Yoruba: egusi stew com pedaços de carne de cabra, inhame amassado, moin-moin fumegante e uma tigela de frutas tropicais – manga, abacaxi, banana – cortadas em pedaços perfeitos. O aroma dos temperos, rico e picante, enchia o ar, misturando-se ao calor úmido que entrava pelas janelas abertas.

Anderson, Rosângela, Zilaia e Nala sentaram-se, mas a tensão era palpável. Rosângela, agora com um vestido preto justo que destacava os seios siliconados e a cintura fina, mal tocava a comida, os olhos fixos no prato como se quisesse perfurá-lo. Nala, tímida, comia em silêncio, lançando olhares ocasionais para a mãe. Anderson, tentando aliviar o clima, elogiou a comida. "Zilaia, isso tá incrível", disse, tomando um gole de vinho tinto. "Você é uma artista."

Zilaia sorriu, o rosto iluminado pela luz das velas. "Obrigada, sr. Anderson. É uma receita da minha avó. Comida é amor, ela dizia." Sua voz era suave, mas havia uma força nela, uma confiança que contrastava com a fragilidade de sua figura magra.

Rosângela finalmente falou, a voz cortante. "Muito bonito, Zilaia. Mas vamos ser práticas. Você e a Nala vão se mudar amanhã, certo? Os quartos já estão prontos." Ela olhou para Anderson, os olhos faiscando. "E você, Anderson, vai dormir com ela hoje. Eu não tô em condições, não depois de... você sabe." Ela fez uma pausa, o rosto endurecendo. "Eu preciso de tempo pra me recuperar."

Anderson engasgou com o vinho, tossindo. "Rosângela, você tá falando sério? Aqui, na frente delas?" Ele olhou para Zilaia, que baixou os olhos, as mãos apertando o guardanapo.

"Seríssima", retrucou Rosângela, levantando-se. "Você quis essa ‘comcumbina’, então assume. Eu vou pro meu quarto." Ela saiu, os saltos ecoando no chão de mármore, deixando um silêncio constrangedor.

Zilaia respirou fundo, olhando para Anderson. "Se o senhor quiser, eu... eu posso cumprir meu papel", disse, a voz baixa, mas firme. "É o que prometi." Nala, ao lado, parecia querer desaparecer, mas não disse nada.

Anderson esfregou o rosto, o coração disparado. Ele não esperava que as coisas escalassem tão rápido, mas a ideia de Zilaia – magra, mas com aquela energia silenciosa – mexia com ele. "Tá bom", disse, por fim. "Vamos conversar no quarto. Nala, você... descansa, tá? Amanhã a gente organiza tudo."O quarto nos fundos da mansão era simples, mas acolhedor: uma cama de casal com lençóis brancos, uma cômoda de madeira, uma janela que deixava entrar a brisa salgada. Zilaia fechou a porta atrás deles, o vestido azul-escuro ainda abraçando sua figura magra, os cabelos trançados balançando suavemente. Anderson, agora sem a camisa, a calça de linho solta na cintura, sentia o peso do momento. Ele queria respeitar Zilaia, mas o desejo, alimentado pela rejeição de Rosângela e pela energia crua da mulher à sua frente, era uma corrente que o puxava.

"Você não precisa fazer isso se não quiser", disse ele, a voz rouca, enquanto se sentava na beira da cama. "Isso tá acontecendo rápido demais."

Zilaia sorriu, um brilho travesso nos olhos castanhos. "Eu sei o que prometi, sr. Anderson. E eu quero." Ela se aproximou, os dedos delicados desamarrando o vestido, que caiu no chão, revelando um corpo magro, mas firme, com seios pequenos e mamilos escuros que endureciam sob o ar fresco. Sua pele reluzia, o perfume de jasmim misturando-se ao calor do quarto.

Ela se ajoelhou diante dele, as mãos ágeis desfazendo o cinto, a calça deslizando para o chão. Anderson prendeu o fôlego quando ela o tocou, os dedos explorando com uma confiança que o surpreendeu. "Você é grande", murmurou ela, a voz suave, mas com um tom provocador. Anderson sabia que não era – não como Kiab, pelo menos – mas as palavras dela, sinceras ou não, inflaram seu ego, e ele sorriu, o desejo queimando.

Zilaia começou com a boca, os lábios quentes envolvendo-o, a língua traçando círculos lentos, depois rápidos, uma dança que o fez gemer baixo. Ela era habilidosa, os movimentos precisos, mas com uma energia selvagem que contrastava com a passividade de Rosângela. Enquanto Rosângela usava gemidos e aparência para seduzir, Zilaia era ação – cada chupada, cada toque, era uma explosão de intenção. Anderson segurou os cabelos trançados dela, guiando-a, mas ela ditava o ritmo, os olhos castanhos encontrando os dele, cheios de fogo.

"Porra, Zilaia", ele grunhiu, a voz entrecortada, enquanto ela intensificava, a boca trabalhando com uma voracidade que o levava ao limite. Mas ela parou antes, levantando-se com um sorriso, os lábios brilhando. "Ainda não", disse, empurrando-o para a cama.

Ela subiu sobre ele, as pernas magras mas fortes envolvendo seus quadris, e o guiou para dentro com um movimento fluido. Anderson gemeu alto, o calor dela o envolvendo, apertado e pulsante. Zilaia era ativa, os quadris movendo-se em círculos, depois para frente e para trás, um ritmo que parecia coreografado. Ela arqueava o corpo, os seios pequenos balançando, as mãos apoiadas no peito dele, as unhas cravando levemente na pele. "Você gosta assim?", perguntou, a voz um sussurro rouco, enquanto mudava de posição, girando para uma cavalgada reversa, a bunda magra mas firme subindo e descendo com precisão.

Anderson estava em êxtase, o corpo respondendo a cada movimento dela. Ele segurou seus quadris, acompanhando o ritmo, mas Zilaia era a maestra, mudando de novo – agora de lado, uma perna levantada, permitindo que ele entrasse mais fundo. A penetração era rápida, intensa, cada estocada acompanhada por gemidos dela, não os gemidos teatrais de Rosângela, mas sons crus, quase animais, que vinham da alma. Ela era um furacão, as posições mudando com uma fluidez que o deixava tonto – de quatro, depois contra a parede, os corpos suados colidindo com um som que ecoava no quarto.

"Caralho, você é incrível", ele grunhiu, sentindo o clímax se aproximar. Zilaia, percebendo, voltou a montar, os quadris trabalhando com uma urgência que o fez perder o controle. "Goza em mim", ela sussurrou, os olhos brilhando, e Anderson não resistiu. Com um rugido, ele explodiu dentro dela, o prazer como uma onda que o engoliu, o corpo tremendo enquanto ela o apertava, prolongando a sensação. Zilaia gozou logo depois, um gemido longo e profundo, o corpo convulsionando antes de desabar sobre ele, os dois ofegantes, a pele grudada pelo suor.

Eles ficaram ali, em silêncio, o som da brisa entrando pela janela misturando-se às respirações pesadas. Zilaia sorriu, o rosto iluminado pela luz fraca. "Foi bom?", perguntou, a voz suave, mas com um toque de orgulho.

Anderson riu, ainda atordoado. "Bom? Foi foda." Ele a puxou para um beijo, o primeiro da noite, e ela correspondeu, os lábios macios mas firmes, como se selassem algo maior. Na manhã seguinte, o sol invadia o quarto principal, onde Rosângela tomava café na varanda interna, o robe de seda verde aberto, revelando a lingerie preta. Anderson entrou, o corpo relaxado, mas com um traço de culpa nos olhos. Ela o encarou, um sorriso sarcástico curvando os lábios. "E aí, como foi a sua ‘comcumbina’?", perguntou, a voz carregada de ironia, enquanto tomava um gole de café.

Ele se sentou, esfregando o pescoço. "Foi... diferente", disse, hesitante. "Ela é ativa, sabe? Não é como..." Ele parou, percebendo o terreno perigoso.

Rosângela riu, um som alto e genuíno que ecoou na varanda. "Como eu, você quer dizer? Não precisa se explicar, Anderson. Eu sei que sou mais... aparência." Ela se inclinou, os olhos brilhando com malícia. "Mas se ela te faz feliz, melhor pra mim. Assim eu fico com o Kiab, e você com a sua cozinheira. Só não esquece quem manda aqui."

Anderson assentiu, o alívio misturado à tensão. Ele sabia que Rosângela não esqueceria, que cada concessão era uma dívida a ser cobrada. Mas, por agora, a mansão estava em paz – uma paz frágil, como o equilíbrio de um castelo de cartas.

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