Minha mãe é uma esposa troféu 1

Um conto erótico de Anderline
Categoria: Heterossexual
Contém 3381 palavras
Data: 23/05/2025 11:44:49

Minha mãe é uma esposa troféu 1

Eu sempre achei que a nossa mansão no Morumbi era mais um museu do que uma casa. Tudo brilhava — o mármore, os lustres, a piscina que parecia um lago de vidro —, mas era frio, como se ninguém realmente vivesse ali. Meu pai, Eduardo, era o dono de tudo: de vários prédios que cortam o céu de São Paulo, de várias fazendas que eu nunca vi, do silêncio que pesava nos corredores. Ele tinha 78 anos, mas parecia mais velho, com aqueles olhos que nunca sorriam. Minha mãe, Mariana, era o oposto. Aos 33, ela era um raio de sol preso num frasco, com uma beleza que fazia todo mundo parar pra olhar. E eu? Eu sou Gabriel, 18 anos, o filho que ninguém esperava, tentando entender o que diabos segurava nossa família tão torta.

Cresci com minha avó, Dona Lúcia, mandando em tudo. Minha mãe parecia mais uma irmã mais velha. A gente brincava, ria, se jogava na academia que tínhamos em casa. Eu a acompanhava nos rolês no shopping, com vovó sempre de olho, como se a gente fosse fugir. Mariana era minha melhor amiga, mas também um mistério. Por que ela casou com meu pai? Ele era mais velho que a vovó, que já era um arraso, diga-se de passagem. Aos 15, eu comecei a perguntar. “Mãe, por que você tá com ele? Ele não te merece.” Ela ria, bagunçava meu cabelo, dizia que “era complicado”. Mas eu via o jeito que ela mudava quando ele estava por perto, como se alguém apagasse a luz dentro dela.

Eu não era cego. Minha mãe era linda, não dá pra ignorar. “Você é mais bonita que qualquer influencer, mãe,” eu dizia, meio brincando, meio sério. Ela ria, mas nunca respondia de verdade. Vovó cortava essas conversas com um olhar que dizia “para”. Eu sabia que tinha algo errado, algo que ninguém contava. Mas eu não fazia ideia do tamanho do segredo.

Tudo mudou quando tirei a carteira de motorista. Eu tinha 18 anos e uma ideia maluca: uma viagem de carro, só eu e ela. Sem vovó, sem meu pai, sem aquela mansão sufocante. “Mãe, bora pegar a estrada? Só nós dois, sem destino.” Ela hesitou, mas vi aquele brilho nos olhos dela, um que eu não via fazia tempo. “Tá, Gabi. Mas sem GPS. A gente se perde e se acha.” Vovó reclamou, disse que era loucura, mas eu bati o pé. Meu pai? Nem sabia. Estava em Dubai, como sempre, assinando algum contrato que valia mais que a gente.

Pegamos o Porsche Cayenne preto, um dos brinquedos da garagem, e caímos na BR-116. O sol de verão queimava o asfalto, e o vento entrava pelas janelas abertas. Minha mãe estava no banco do passageiro, de óculos escuros, cabelo cacheado solto, uma blusa leve que deixava os ombros de fora. Ela mexia no rádio, cantando baixo uma música pop qualquer. Eu dirigia, sentindo uma liberdade que nunca tive. Era como se a gente tivesse escapado de uma jaula.

“Pra onde a gente vai, mãe?” perguntei, dando uma olhada nela.

Ela tirou os óculos, sorriu e me olhou de um jeito que fez meu peito apertar. “Não sei, Gabi. Mas pela primeira vez em muito tempo, eu tô com vontade de descobrir.”

Eu ria enquanto ela zoava minha direção. “Você dirige bem pra um novato, hein? Mas se a gente bater esse carro, seu pai me mata,” ela disse, mexendo no rádio de novo.

“Relaxa, mãe,” respondi, sorrindo. “Se ele te tocar, eu que mato ele primeiro.” Fiz uma pausa, e o tom mudou. “Sério, por que você fica com ele? Você merece mais que isso.”

Ela ficou quieta, olhando pela janela. “Não é tão simples, Gabi. Um dia eu te conto. Mas hoje… hoje eu só quero sentir o vento e esquecer que o mundo existe.”

O silêncio caiu, mas não era pesado. Era como se a gente estivesse construindo algo novo, só nosso. A estrada esticava à frente, e eu sentia ela ali, tão perto, tão viva. Algo crescia entre a gente, uma energia que eu não sabia nomear. Talvez fosse só a liberdade. Talvez fosse mais.

A BR-116 parecia infinita, uma fita de asfalto cortando o calor do verão. O Porsche ronronava sob minhas mãos, e o vento bagunçava o cabelo da minha mãe, que ainda cantava baixo com o rádio. Eu dirigia, mas minha cabeça estava em outro lugar. Olhava pra ela de relance — a curva do pescoço, o jeito que a blusa leve dançava com o vento, o sorriso que parecia só meu. A gente sempre foi próximo, mais como amigos, cúmplices. Mas ali, naquela estrada, com a mansão e o peso do meu pai a quilômetros de distância, algo mudou. Era como se o ar entre a gente tivesse ficado mais denso, carregado.

Eu não planejei o que disse em seguida. As palavras simplesmente saíram, como se tivessem vontade própria. “Mãe, quer ser minha namorada?” Fiz uma pausa, rindo pra disfarçar o nervosismo. “Pelo menos enquanto a gente tá nessa viagem.”

Ela virou a cabeça devagar, tirando os óculos escuros. Seus olhos, grandes e castanhos, me encararam com uma mistura de surpresa e algo mais — curiosidade, talvez. Por um segundo, achei que ela ia rir, me chamar de bobo, bagunçar meu cabelo como sempre. Mas ela não fez isso. O sorriso dela cresceu, lento, quase travesso. “Gabi…” ela começou, a voz mais suave que o normal. “Você sabe que eu nunca namorei de verdade, né? Tipo, nunca tive isso.” Ela riu, mas não era uma risada de deboche. Era como se ela estivesse confessando algo, deixando uma porta entreaberta.

“Eu sei,” respondi, mantendo os olhos na estrada pra não encarar ela de volta. Meu coração batia tão forte que eu juro que ela podia ouvir. “Por isso mesmo. A gente tá livre aqui, mãe. Só nós dois. Podemos ser o que quiser. Sem regras, sem vovó, sem ele.” Eu não precisava dizer quem era “ele”. A sombra do meu pai sempre pairava, mesmo estando tão longe.

Ela ficou quieta por um momento, e o silêncio era ensurdecedor. Então, ela se inclinou no banco, apoiando o braço na janela, o corpo mais perto do meu. “Você é louco, sabia?” disse, mas o tom dela era quente, quase conspiratório. “Mas… tá bom, Gabi. Vamos brincar de namorados, então. Só nessa viagem.” Ela riu de novo, mas agora tinha um brilho nos olhos, uma excitação que eu nunca tinha visto. Era como se, pela primeira vez, ela estivesse se permitindo querer algo.

Eu sorri, sentindo uma onda de adrenalina. “Fechado, então. Minha namorada.” A palavra soava estranha, mas certa. A gente sempre foi cúmplice, sempre se entendeu sem precisar explicar muito. Eu gostava dela — não só como mãe, mas como Mariana, a mulher que fazia o mundo parecer mais vivo. E ela gostava de mim. Eu via isso no jeito que ela me olhava agora, como se eu fosse mais que o filho, mais que o garoto que ela criou. Éramos só nós, e a estrada era nossa.

“Primeira regra de namorados,” ela disse, apontando um dedo pra mim com uma expressão de quem tá fazendo graça, mas não totalmente. “Você tem que me surpreender. O que meu namorado vai fazer pra me impressionar hoje?”

Eu ri, mas por dentro minha cabeça girava. Surpreender? Eu queria fazer ela sentir tudo que nunca sentiu, tudo que a vida com meu pai roubou dela. “Tá bom,” respondi, apertando o volante. “Primeiro, a gente precisa de um lugar pra parar. Algum canto que seja só nosso. Nada de hotel chique que meu pai aprovaria. Algo… diferente.”

Ela ergueu uma sobrancelha, claramente gostando da ideia. “Diferente como?”

“Você vai ver,” falei, com mais confiança do que realmente sentia. Olhei pro horizonte, onde o sol já estava se pondo quando vi a placa apontando pra uma cidadezinha chamada Serra do Vale, um lugar perdido no mapa, perfeito pra gente se esconder do mundo. Eu não sabia exatamente o que procurava, mas queria algo que fosse nosso, algo que fizesse minha mãe — minha “namorada” — sentir que a vida podia ser mais do que a prisão dourada da nossa mansão. Dinheiro nunca foi problema, então quando vi um outdoor discreto anunciando um hotel-fazenda de luxo, com fotos de piscinas aquecidas e chalés isolados, soube que era ali. “É aqui que vamos nos perder,” falei, dando uma olhada pra ela.

Mariana, minha mãe, estava reclinada no banco do passageiro, o cabelo cacheado brilhando sob a luz alaranjada do crepúsculo. Ela tirou os óculos escuros e sorriu, aquele sorriso que fazia meu peito acelerar. “Um hotel-fazenda, Gabi? Você tá ficando chique,” ela brincou, mas dava pra ver que ela tava empolgada. “Tô dentro. Vamos ver se você sabe mesmo me surpreender.”

Dirigi até o lugar, uma estradinha de terra ladeada por eucaliptos que levava ao Hotel Fazenda Vale Sereno. Era um oásis no meio do nada: chalés de madeira com varandas, uma piscina aquecida que soltava vapor na noite que começava a esfriar, e um silêncio que parecia engolir o resto do mundo. Estacionei o Porsche, e a gente desceu, rindo como dois adolescentes fugindo de casa. Ela segurou minha mão, só por um segundo, e eu senti um choque, como se a brincadeira de “namorados” tivesse virado algo mais real.

Na recepção, uma moça jovem, de uns 20 e poucos anos, nos recebeu com um sorriso profissional. “Boa noite! Bem-vindos ao Vale Sereno. Nome da reserva, por favor?” Eu dei meu nome, Gabriel Almeida, e pedi o melhor chalé que tivessem — um com banheira no quarto, vista pra piscina, tudo que pudesse impressionar. A moça digitava no computador, mas não tirava os olhos da gente, como se estivesse tentando entender quem éramos. “Vocês formam um casal muito bonito,” ela disse, de repente, com uma simpatia genuína.

Eu senti Mariana ficar tensa ao meu lado, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela riu — um riso alto, quase nervoso — e me puxou pra um abraço. “Obrigada, querida!” ela respondeu, a voz cheia de uma alegria que parecia nova. Ela me apertou contra ela, e eu senti o calor do corpo dela, o perfume doce que sempre me fazia virar a cabeça. “Ele é um amor, né?” ela acrescentou, piscando pra moça enquanto me soltava, mas mantendo a mão no meu braço.

Eu ri, meio sem jeito, mas adorando o jeito que ela entrou na brincadeira. “Tô tentando,” falei, olhando pra ela. A moça da recepção sorriu, entregou a chave do chalé e disse pra gente aproveitar. Enquanto caminhávamos pro nosso quarto, Mariana ainda ria baixo, como se o comentário da recepcionista tivesse acendido algo dentro dela. “Um casal bonito, Gabi,” ela repetiu, imitando a voz da moça, e me deu um empurrãozinho de brincadeira. “Você tá levando essa coisa de namorado a sério, hein?”

“Você que tá gostando,” retruquei, abrindo a porta do chalé. O lugar era perfeito: uma cama king coberta de lençóis brancos, uma banheira de hidromassagem num canto envidraçado com vista pro bosque, e portas de correr que davam pra piscina aquecida lá fora. O ar cheirava a madeira e lavanda. Joguei as chaves na mesa e virei pra ela. “E aí, namorada? Surpresa o suficiente?”

Ela caminhou pelo quarto, tocando as cortinas, olhando a banheira com um brilho nos olhos. “Tá… impressionante,” ela admitiu, se virando pra mim. “Mas sabe o que seria mais impressionante?” Ela fez uma pausa, o sorriso ficando mais provocador. “Você decidir o que a gente faz agora. Namorados fazem coisas juntos, né?”

Eu senti meu rosto esquentar, mas não desviei o olhar. A gente tava tão longe do mundo — da mansão, do meu pai, da vovó — que parecia que tudo era possível. “Tá bom,” falei, dando um passo mais perto dela. “Que tal a gente estrear essa piscina aquecida? Só nós dois, noite adentro. Ou você prefere a banheira primeiro?”

Ela riu, jogando o cabelo pra trás. “Piscina. Mas só se você for na frente, ‘namorado’.” A forma como ela disse a palavra, com um tom que era meio brincadeira, meio desafio, fez meu coração disparar.

Eu estava ali, olhando pra ela, sentindo que a gente tava cruzando uma linha, mesmo que ainda fosse só uma brincadeira. “Beleza, piscina então,” falei, tentando parecer mais confiante do que me sentia. “Mas você vem comigo, porque namorados não deixam o outro esperando.”

Era uma segunda-feira à tarde, o céu ficando roxo enquanto o sol sumia atrás dos eucaliptos. O Hotel Fazenda Vale Sereno estava deserto — era fora de temporada, e a gente tinha a piscina aquecida só pra nós. O vapor subia da água, misturando-se com o ar fresco do fim do dia, e o silêncio era tão profundo que dava pra ouvir o coração batendo. Ou talvez fosse só o meu, porque, meu Deus, eu não tava preparado pro que vi quando minha mãe saiu do chalé.

Mariana apareceu com um biquíni preto que parecia desafiar a gravidade. Era mínimo, justo, destacando cada curva do corpo que ela esculpia na academia. A pele morena brilhava sob a luz fraca, e os cabelos cacheados caíam soltos, molhando os ombros. Eu estava de sunga, uma preta simples, mas de repente me senti exposto, como se ela pudesse ver tudo que eu tava pensando. “Tá olhando o quê, namorado?” ela brincou, jogando uma toalha na minha direção antes de pular na piscina, rindo alto.

Eu pulei atrás, a água quente envolvendo a gente como um abraço. Brincamos como crianças no começo — ela jogando água na minha cara, eu tentando mergulhar pra puxar o pé dela. Ríamos tanto que minha barriga doía. Mas aí, num momento qualquer, a brincadeira mudou. Ela nadou até mim, os olhos brilhando, e me puxou pra um abraço, os braços dela envolvendo meu pescoço. “Você é divertido, Gabi,” ela disse, a voz mais baixa, quase um sussurro.

Eu congelei. O corpo dela tava colado no meu, a água quente fazendo tudo parecer mais intenso. Meu coração batia tão forte que eu tinha certeza que ela sentia. E, pior, eu sabia que ela podia sentir outra coisa. Minha sunga não escondia nada — eu tava duro, o desejo explodindo de um jeito que eu não conseguia controlar. Ela não disse nada, mas o jeito que ela se segurou em mim, sem recuar, me dizia que ela sabia. A gente ficou ali, abraçados na água, o vapor subindo ao nosso redor, sem dizer uma palavra. O silêncio era pesado, mas não desconfortável. Era como se a gente estivesse admitindo algo sem precisar falar.

Eu não aguentei. As palavras saíram antes que eu pudesse pensar. “Mãe… Mariana,” comecei, corrigindo rápido, porque ali, naquele momento, ela não era só minha mãe. “Eu te amo. Não como filho. Eu te amo de verdade. Você é tudo pra mim.” Minha voz tremia, mas eu não desviei o olhar. Os olhos dela, tão grandes, tão vivos, me encaravam, e por um segundo eu achei que tinha estragado tudo.

Ela não se afastou. A mão dela, que tava no meu ombro, deslizou devagar até meu peito, como se quisesse sentir meu coração. “Gabi…” ela disse, a voz quase sumindo na água. “Você não sabe o que tá dizendo.” Mas ela não parecia brava. Parecia… confusa, talvez. Ou tentada. “Você é meu filho, mas…” Ela parou, mordendo o lábio, e eu vi uma faísca nos olhos dela, algo que ela tava lutando pra segurar. “Você me faz sentir coisas que eu nunca senti. E isso me assusta.”

Eu segurei a cintura dela, puxando ela um pouco mais pra mim, a água ondulando ao nosso redor. “Não precisa ter medo,” falei, tentando soar firme. “A gente tá aqui, só nós dois. Ninguém nunca vai saber. Eu só quero te fazer feliz, como você merece.”

Ela riu, um riso nervoso, mas não se afastou. “Você é louco, Gabriel Almeida,” disse, mas a forma como ela falou meu nome, com aquele tom quente, me fez querer ela ainda mais. A gente ficou ali, abraçados, a tensão tão forte que parecia que a piscina ia ferver.

Eu estava perdido nela, o coração na garganta, esperando o que ela ia fazer ou dizer.

A piscina aquecida parecia um mundo à parte, o vapor subindo como se a gente estivesse flutuando em outra realidade. Mariana tava ali, colada em mim, os braços ainda frouxos no meu pescoço, os olhos dela me prendendo de um jeito que fazia meu corpo inteiro pulsar. Depois que me declarei, dizendo que a amava de verdade, o ar entre a gente ficou elétrico, como se qualquer movimento pudesse acender um incêndio. Eu não tava pensando direito — ou talvez estivesse pensando demais, sentindo demais. Tudo que eu sabia era que queria ela, não como mãe, mas como Mariana, a mulher que fazia meu mundo girar.

Sem aviso, me inclinei e beijei ela. Foi rápido, mas intenso, meus lábios encontrando os dela com uma fome que eu não sabia que tinha. A boca dela era macia, quente, e por uma fração de segundo, senti ela responder, um leve pressionar contra mim. Mas então a realidade caiu como uma pedra. Eu me afastei de repente, o coração disparado, a água ondulando entre a gente. “Desculpa, mãe… Mariana,” gaguejei, passando a mão pelo cabelo molhado, o rosto queimando de vergonha. “Eu não devia… me desculpa.”

Ela ficou parada, os olhos arregalados, uma mão tocando os lábios como se tentasse entender o que tinha acabado de acontecer. O silêncio era ensurdecedor, só quebrado pelo som suave da água batendo nas bordas da piscina. Eu achei que ela ia gritar, me empurrar, dizer que eu tinha ido longe demais. Mas ela não fez nada disso. Em vez disso, ela respirou fundo, o peito subindo e descendo, e me olhou com uma expressão que eu não conseguia decifrar — não era raiva, mas também não era aceitação. Era algo preso no meio.

“Gabi…” ela começou, a voz baixa, quase tremendo. “Você…” Ela parou, balançando a cabeça, como se estivesse brigando com ela mesma. “Você não pode fazer isso. Não assim.” Mas o jeito que ela disse, com aquela suavidade, não parecia uma bronca. Era mais como se ela estivesse tentando se convencer de algo.

“Eu sei, eu sei,” falei, nadando um passo pra trás, a culpa e o desejo brigando dentro de mim. “Foi idiotice minha. Eu só… eu não aguentei. Você é tudo pra mim, e aqui, agora, parece que a gente tá tão livre…” Minha voz morreu, e eu baixei o olhar pra água, vendo o reflexo distorcido dos dois.

Ela nadou mais perto, não muito, mas o suficiente pra eu sentir o calor do corpo dela de novo. “Você não é idiota,” ela disse, e agora tinha um toque de ternura na voz. “Você é jovem, impulsivo… e eu não sei o que eu fiz pra te deixar assim.” Ela riu, um riso nervoso, tentando aliviar a tensão. “Mas a gente tá brincando de namorados, não é? Talvez a gente tenha ido longe demais com a brincadeira.”

Eu levantei os olhos, encontrando os dela. “E se não for só brincadeira?” perguntei, a voz rouca. “E se eu quiser que seja de verdade? Pelo menos aqui, enquanto a gente tá tão longe de tudo?”

Ela mordeu o lábio, e por um segundo, vi aquele brilho nos olhos dela, o mesmo que apareceu quando a recepcionista nos chamou de casal bonito. Mas então ela balançou a cabeça de novo, como se estivesse se segurando. “Gabi, a gente precisa parar. Não porque eu não…” Ela hesitou, escolhendo as palavras com cuidado. “Porque é complicado. Você sabe quem eu sou. Quem você é.”

Eu sabia, claro. Mas ali, na piscina, com o mundo inteiro reduzido a nós dois, isso parecia não importar. Ainda assim, a culpa tava me comendo vivo. “Tá bom,” falei, forçando um sorriso. “Sem mais idiotices. Prometo.” Mas por dentro, eu sabia que não era tão simples. O beijo, mesmo tão curto, tinha mudado algo. E pelo jeito que ela me olhava, eu sabia que ela sentia isso também.

Eu estava ali, a água quente ainda envolvendo a gente, tentando fingir que tudo podia voltar ao normal. “E agora?” perguntei, tentando trazer a leveza de volta. “Quer voltar pro chalé, tomar um banho na banheira? Ou… sei lá, pedir um jantar pra gente comer como ‘namorados civilizados’?”

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Comentários

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Excelente conto.

Quando também vi o título, achei parecido com o "Minha mãe - "Esposa troféu" de meu pai, minha mulher", mas com um enredo diferente. Gostei do início da sua história e aguardo o desenrolar da trama pra vermos aonde ela vai dar.

Parabéns pelo texto.

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Seus contos são maravilhosos, fico exitado com cada palavra, chama tele @Andersonsp1977

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Obrigado pelo comentário, mas eu só faço conteúdo artístico para mexer com a imaginação do leitor. A propósito tenho vários contos a serem publicados, mas não tenho dúvidas que esse é o melhor de todos. Esse conto desperta emoções, desejos, tentações.

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Oi,quando você postou o conto com esse nome,me lembrei desse outro,(Minha mãe - “Esposa Troféu” de meu pai, minha mulher),o enredo é diferente do seu,bom pelo menos nesse início né,pois não conheço seu conto ainda.

Mas espero que seja tão bom quanto aquele ou que sabe até melhor.

Vou ler todos os capítulos.

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Acho que eu me lembro desse conto aí, mas a história desse é outra. Conforme o conto for avançando vai surgindo algumas revelações. Não é porque é meu, mas eu gostei, espero que goste também.

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opaaaaaaa....já quero a continuação!! Excitante demaaaaiss

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Valeu, vai ter. Vou intercalar a continuação desse com o "Uma mãe ausente".

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❤Qual­­­quer mulher aqui pode ser despida e vista sem rou­­pas) Por favor, ava­­­lie ➤ Ilink.im/nudos

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