Esta historia vai ser escrita em um tom mais leve estilo livro se gostarem da escrita comentem ......Dentro do escritório de Anderson, no trigésimo andar de um prédio espelhado, o ar-condicionado gelava até os ossos. Ele estava lá, de camisa social impecável, músculos marcados sob o tecido, olhando pela janela como quem mede o mundo. Aos 40 anos, Anderson era o tipo de cara que fazia as pessoas se sentirem pequenas só com um olhar. Rico, malhado, dono de uma empresa de logística que movia milhões, mas com um vazio no peito que ele disfarçava com carros importados e uísque caro. A avareza era sua sombra, e ele sabia disso. Não que se importasse.
Rosângela entrou no escritório sem bater, como sempre. Aos 36, ela era linda: bunda grande, seios siliconados, cabelo loiro que parecia brilhar sob qualquer luz. Uma modelo esculpida a bisturi e academia, com um sorriso que desarmava qualquer um – menos Anderson, que já conhecia o jogo. Ela se jogou na cadeira de couro, cruzando as pernas com um movimento calculado. "Fechou com o Kiab?", perguntou, sem rodeios, enquanto checava as unhas vermelhas.
"Fechado", Anderson respondeu, sem tirar os olhos da janela. "Quinze anos, Rosângela. Quinze anos de contrato com a petrolífera dele na Nigéria. Vamos nadar em dinheiro." Ele virou, com um meio-sorriso que não chegava aos olhos. "Mas tem um preço. Vamos ter que mudar pra lá. Todos nós."
Rosângela ergueu uma sobrancelha, mas não disse nada. Dinheiro falava mais alto que qualquer inconveniente. Ela já estava imaginando a mansão que comprariam, as festas que dariam, os olhares de inveja. "E o Marcos?", perguntou, quase como um detalhe.
Anderson deu de ombros. "Ele vai. É jovem, se adapta. Não é como se ele tivesse escolha."
Marcos, o filho de 18 anos, estava em outro mundo. No quarto de hotel onde a família se hospedava antes da mudança, ele dedilhava o violão, perdido em uma melodia melancólica. Era magro, com cabelo bagunçado e olhos que pareciam sempre procurar algo além do que estava na frente. Estudioso, tocava piano e violão como se a música fosse o único jeito de respirar. Ele não se importava com o dinheiro dos pais, com os carros ou as roupas de grife. Queria entender a vida, não comprá-la. Quando Anderson entrou e jogou a bomba da mudança pra África, Marcos só olhou pro pai e disse, com uma calma que irritava: "Você perguntou se eu queria isso?"
"Querer não paga as contas, garoto", Anderson retrucou, já saindo. "Arruma tuas coisas. Semana que vem estamos na Nigéria."
A mansão em Lagos era um absurdo. Um palácio de mármore branco, com piscina infinita e janelas que refletiam o sol poente como se fossem feitas de ouro. Ao redor, a pobreza da cidade se esparramava: barracos, ruas de terra, crianças descalças correndo atrás de nada. Dentro da mansão, empregados de uniforme impecável serviam Anderson e Rosângela, que já se sentiam donos do mundo. Marcos, por outro lado, passava horas na varanda, olhando a favela ao longe, com o violão encostado na parede e um caderno de anotações no colo.
Kiab, o dono da petrolífera, era uma presença que dominava qualquer ambiente. Alto, com um terno preto que parecia absorver a luz, ele tinha um jeito de falar que misturava charme e ameaça. Quando visitou a mansão pela primeira vez, Anderson sentiu um frio na espinha, algo raro pra um cara como ele. Kiab apertou sua mão com força, sorrindo com dentes brancos demais. "Você fez a escolha certa, Anderson. Quinze anos é muito tempo. Vamos construir um império juntos."
Rosângela, ao lado, jogava charme como quem joga cartas. "Tenho certeza que vai ser... lucrativo", disse, com um sorriso que fez Kiab rir alto. Marcos, que assistia tudo de canto, revirou os olhos e voltou pro caderno.
O erro aconteceu numa noite abafada, com Anderson revisando contratos na sala de jantar, uma garrafa de uísque pela metade. Ele estava exausto, mas a ganância não deixava ele parar. Era um documento crucial, um adendo ao contrato com Kiab, cheio de cláusulas que definiam royalties e prazos. Anderson, meio bêbado, assinou sem ler uma linha que mudava tudo: uma garantia pessoal que colocava toda a sua fortuna como caução caso a empresa não cumprisse metas irreais. Ele não viu. Rosângela, que sempre revisava tudo com olhos de falcão, também não estava lá.
Na manhã seguinte, o telefone tocou. Era o advogado de Kiab, com uma voz seca: "Sr. Anderson, há um problema com o adendo que você assinou. Podemos perder... tudo." Anderson sentiu o chão sumir. Rosângela, que entrou na sala com uma xícara de café, viu a cara dele e largou a xícara no chão. "O que você fez, Anderson?", ela gritou, já pegando os papéis. Quando leu, o rosto dela ficou pálido. "Você assinou isso? Sem me consultar? Isso pode acabar com a gente!"
Anderson, com o suor escorrendo pela testa, tentou se explicar. "Eu... eu não vi. Era só mais um papel, Rosângela!" Mas ela já estava no telefone, exigindo uma reunião com Kiab. "Marque agora!", ela berrou pro advogado do outro lado da linha, enquanto Anderson afundava na cadeira, vendo o império que construíram começar a rachar. A sala de reuniões na sede da petrolífera de Kiab era um contraste gritante com a mansão de Anderson. Tudo ali era opulento, mas com um toque de ameaça: paredes escuras, móveis de ébano polido, e um lustre que parecia pesar uma tonelada. Kiab estava sentado à cabeceira de uma mesa longa, o terno preto impecável, o sorriso de sempre, que parecia dizer "eu controlo tudo". Anderson, ao lado de Rosângela, sentia o suor grudando a camisa nas costas, mesmo com o ar-condicionado no máximo. Rosângela, com um vestido justo que destacava cada curva, mantinha a postura de rainha, mas os olhos dela traíam a raiva. Marcos não estava lá – e isso, talvez, fosse a única coisa que mantinha Anderson são.
Kiab tamborilava os dedos na mesa, olhando de Anderson para Rosângela como quem avalia uma mercadoria. "Vocês sabem o que está em jogo", começou, a voz grave ecoando na sala. "Aquele adendo que você assinou, Anderson, coloca toda a sua fortuna nas minhas mãos. Um erro, e vocês voltam pra São Paulo sem um centavo. Ou pior." Ele fez uma pausa, deixando o peso das palavras afundar. "Mas eu sou um homem de soluções."
Anderson engoliu em seco. "Que tipo de solução?", perguntou, tentando soar firme, mas a voz saiu rouca.
Kiab se inclinou para frente, os olhos brilhando. "Conheço um homem. O mais rico da Nigéria. Talvez o próximo presidente. Ele me deve um favor, e eu posso usar isso pra salvar o seu pescoço. Mas ele quer algo em troca. Algo... estratégico." Ele olhou para Anderson, depois para Rosângela, e então soltou a bomba: "Ele tem uma filha. Jovem, bonita, de uma família poderosa. Casamentos aqui na Nigéria são negócios, vocês sabem. E o seu filho, Marcos, seria perfeito. Você, Anderson, é influente. Um casamento assim selaria alianças, abriria portas. E, mais importante, salvaria a sua fortuna."
Rosângela arregalou os olhos, mas não disse nada. Anderson sentiu um nó na garganta. Marcos, com seu violão e suas ideias de "viver a vida", casando com uma garota que ele nunca viu? Ele imaginou a reação do filho e já sentiu o estômago revirar. Mas a alternativa – perder tudo – era pior. "Eu... posso falar com ele", disse, hesitante, olhando para Rosângela em busca de apoio.
Ela assentiu, lentamente, mas seus lábios estavam apertados. "E o que mais?", perguntou, porque conhecia homens como Kiab. Sempre tinha um "mas".
Kiab riu, baixo, como se ela tivesse caído numa armadilha. "Você é esperta, Rosângela. Sempre gostei disso." Ele se recostou na cadeira, cruzando os braços. "Tem mais, sim. Você, minha querida, é a mulher branca mais bonita da África. Um troféu. Meus sócios... digamos que eles pagariam caro por uma noite com você. Não só eles, mas outros homens de influência. Isso seria parte do acordo. Você faz esses favores, e eu garanto que sua fortuna fica intacta."
O ar na sala ficou pesado, como se o próprio oxigênio tivesse sido sugado. Rosângela piscou, o rosto congelado, mas os olhos faiscando de fúria. "Você tá falando de quê, exatamente?", perguntou, embora já soubesse a resposta.
Kiab não hesitou, o tom cru e direto: "Sexo, Rosângela. Você sabe como funciona. Homens poderosos, noites discretas. Você faz isso, e o dinheiro continua fluindo. Pra você, pro Anderson, pra todos nós."
Rosângela se levantou da cadeira, as mãos tremendo. "Você tá louco se acha que eu vou virar sua..." Ela parou, engolindo a palavra. Anderson segurou o braço dela, um gesto que era tanto apoio quanto um pedido pra ela se controlar. "Rosângela, senta", ele murmurou, mas a voz dele tremia tanto quanto as mãos dela.
Kiab levantou as mãos, como quem acalma um cavalo assustado. "Não precisam responder agora. Me deem uma resposta até sexta. Mas pensem bem. Sem isso, não tem acordo. Sem acordo, não tem fortuna."
De volta à mansão, o silêncio era ensurdecedor. Anderson estava na varanda, olhando a favela ao longe, com um copo de uísque que ele nem tocava. Rosângela, ainda de salto alto, andava de um lado pro outro na sala, o rosto vermelho de raiva e humilhação. "Ele acha que sou o quê? Uma mercadoria?", ela cuspiu, mais pra si mesma do que pra Anderson.
Ele virou, os olhos cansados. "Rosângela, a gente tá numa sinuca. Se a gente não aceitar, perdemos tudo. Tudo, entendeu? A empresa, a casa, os carros... até essa porra de mansão."
Ela parou, olhando pra ele como se ele fosse um estranho. "E você tá tranquilo com isso? Com a ideia de me jogar pros amigos dele? E o Marcos, Anderson? Você acha que ele vai aceitar casar com uma garota que ele nunca viu, só porque você mandou?"
Anderson passou a mão pelo cabelo, a cabeça explodindo. "Eu não sei, tá? Mas a gente precisa do dinheiro. Você sabe disso tão bem quanto eu." Ele fez uma pausa, a voz ficando mais baixa. "E, no fundo, você já pensou nisso, não pensou? Pelo dinheiro, você faria. A gente sempre fez tudo pelo dinheiro."
Rosângela ficou quieta, o que era pior que qualquer grito. Ela sabia que ele estava certo. Dinheiro era o que os mantinha juntos, o que os definia. Ela sentou no sofá, cruzando os braços, e murmurou: "Eu faço. Mas só se o Marcos aceitar o casamento. E você sabe que ele não vai."
Anderson suspirou, olhando pro chão. Ele desconfiava de Kiab, do jogo sujo por trás da proposta, mas a ideia de perder tudo o assustava mais do que qualquer traição. "Eu falo com ele", disse, sem convicção.
Naquela noite, Marcos estava no quarto, tocando piano, uma melodia suave que contrastava com a tempestade na cabeça dos pais. Quando Anderson entrou e começou a falar sobre o "acordo", os olhos de Marcos foram de confusos a furiosos em segundos. "Casar? Com uma garota que eu não conheço? Por causa do seu erro, pai?" Ele jogou o caderno de partituras na mesa, levantando. "Vocês só pensam em dinheiro. Eu não sou uma peça no jogo de vocês."
Anderson tentou argumentar, mas Marcos já estava saindo do quarto, batendo a porta. Rosângela, que ouviu tudo da sala, olhou pro marido e disse, baixo: "Eu te disse. Ele não vai aceitar. E agora, Anderson? O que a gente faz?" dentro da sede da petrolífera de Kiab, o ar-condicionado transformava o ar em gelo cortante. O prédio, um colosso de vidro fumê e aço, erguia-se como um deus indiferente, refletindo o caos das ruas: buzinas, vozes, o pulsar de uma cidade que não dormia. Anderson e Rosângela cruzaram o saguão, os sapatos ecoando no mármore negro, cada passo um lembrete do abismo que os aguardava. Anderson, aos 40 anos, vestia uma camisa social azul-marinho que grudava nos músculos definidos, o suor começando a manchar o colarinho. Ele era um homem acostumado a controlar salas de reunião, mas agora sentia o coração martelar, sabendo que o jogo de hoje era diferente. Rosângela, ao seu lado, movia-se como uma pantera, o vestido vermelho colado ao corpo, destacando a curva generosa da bunda, os seios siliconados que desafiavam a gravidade, e os cabelos loiros que brilhavam como ouro líquido sob as luzes do saguão. Seus olhos castanhos, porém, traíam uma fúria contida, uma tempestade pronta para explodir.
Na recepção, Aisha os recebeu com um olhar que parecia despir suas almas. Negra, com curvas que enchiam o vestido cinza com uma sensualidade quase perigosa, ela tinha os cabelos presos em um coque alto, como uma coroa. "O sr. Kiab está finalizando uma ligação", disse, a voz aveludada, mas com uma firmeza que não admitia questionamentos. "Sentem-se, por favor." Ela apontou para as poltronas de couro preto, mas seus olhos demoraram em Rosângela, um brilho de curiosidade – ou talvez reconhecimento – passando por eles.
Anderson afundou numa poltrona, as mãos inquietas tamborilando nos joelhos, enquanto Rosângela ficou de pé, olhando pela janela. Lá fora, Lagos fervilhava: vendedores gritando, crianças descalças correndo, o contraste brutal com o silêncio gélido do prédio. Ela sentia esse contraste em sua pele – a opulência que conquistara com unhas e dentes, e o preço que agora pagaria para mantê-la. "Você tá pronto pra isso?", perguntou a Anderson, a voz baixa, carregada de veneno.
Ele suspirou, esfregando o rosto. "A gente não tem escolha, Rosângela. Se não aceitarmos, perdemos tudo. A empresa, a mansão, os carros... tudo." Ele fez uma pausa, os olhos fixos no chão. "E o Marcos... ele vai entender. Ele tem que entender."
Rosângela riu, um som seco que cortou o ar. "Marcos não é como a gente, Anderson. Ele não dá a mínima pro dinheiro." Ela virou-se, os olhos faiscando. "Mas eu faço isso por ele. E por você, mesmo que você seja um idiota por ter assinado aquele contrato."
Antes que Anderson pudesse responder, Aisha reapareceu, os saltos ecoando como um tambor de guerra. "O sr. Kiab os espera agora", disse, gesticulando para a porta dupla de madeira escura no fim do corredor. Anderson se levantou, ajustando a gravata como se pudesse recuperar o controle. Rosângela endireitou os ombros, o vestido vermelho ondulando como uma chama, e seguiu Aisha, pronta para enfrentar o que vinha. A sala de reuniões era um templo de poder, projetado para esmagar qualquer um que entrasse. Paredes de ébano polido refletiam as luzes suaves, e um lustre de cristal pairava como uma ameaça silenciosa. No centro, uma mesa de mogno dominava o espaço, cercada por cadeiras de couro que pareciam tronos de um rei cruel. Kiab estava à cabeceira, o terno preto engolindo a luz, como se ele fosse uma sombra viva. Aos 50 anos, ele exalava uma aura de controle absoluto, os olhos escuros brilhando com uma mistura de charme e perigo. Seu sorriso, quando viu Rosângela, era uma promessa de prazer e punição.
"Sentem-se", disse, a voz grave ecoando como um trovão baixo. Anderson e Rosângela obedeceram, sentando-se em lados opostos da mesa, a distância entre eles um abismo de medo e ressentimento. Kiab cruzou as mãos, os dedos longos adornados por um anel de ouro que reluzia como um aviso. "Então, qual é a decisão?", perguntou, direto, os olhos fixos em Rosângela, como se Anderson fosse apenas um acessório.
Anderson pigarreou, a garganta seca como deserto. "Aceitamos", disse, a voz tremendo, cada palavra um peso. "Marcos vai considerar o casamento. E Rosângela..." Ele olhou para a esposa, que mantinha o queixo erguido, os olhos desafiando Kiab. "Ela vai fazer o que você pediu."
Kiab bateu palmas, o som cortando o silêncio como uma lâmina. "Perfeito, Anderson. E você, Rosângela..." Ele se inclinou, o sorriso alargando-se, os olhos percorrendo o corpo dela, do pescoço esguio à curva dos quadris. "Você é uma mulher que sabe jogar. Vamos ver o quanto está disposta a se entregar." Ele fez uma pausa, deixando o peso das palavras afundar. "Quero ver agora. Tire o vestido."
O ar na sala ficou denso, um vazio que parecia sugar o oxigênio. Rosângela sentiu o coração martelar, mas não desviou o olhar. Seus dedos, trêmulos, seguraram a bainha do vestido, mas ela se recusava a parecer fraca. Com movimentos lentos, quase provocadores, ela deixou o tecido vermelho deslizar pelos ombros, revelando a lingerie preta que abraçava suas curvas como uma segunda pele. O sutiã de renda destacava os seios firmes, os mamilos endurecidos pelo frio do ar-condicionado. A calcinha, quase translúcida, revelava a depilação impecável, um triângulo perfeito que parecia desafiar Kiab. Ela ficou de pé, o corpo exposto, mas a postura de uma rainha, os olhos faiscando. "É isso que você queria?", perguntou, a voz firme, mas com um tremor que traía a batalha interna.
Kiab riu, um som grave que vibrava na sala. "Exatamente isso." Ele se levantou, desfazendo a gravata com uma lentidão deliberada, os olhos nunca deixando os dela. "Você é um troféu, Rosângela. E eu sei como tratar troféus." Ele desabotoou a camisa, revelando um peito largo, músculos definidos sob a pele escura, uma força que parecia esculpida em pedra. Quando as calças caíram, Rosângela congelou, o fôlego preso na garganta. "Vinte e quatro centímetros", disse Kiab, o tom casual, como se estivesse comentando o tempo. "Não se preocupe, querida. Vamos com calma." Rosângela se ajoelhou diante de Kiab, o chão frio mordendo sua pele, os olhos fixos nos dele. Era um ato de rendição, mas também de poder – ela não seria apenas uma vítima. Suas mãos, delicadas, mas confiantes, envolveram o membro dele, e ela sentiu o peso, a espessura, uma presença que desafiava seus sentidos. Era enorme, pulsante, a pele quente e tensa, e ela hesitou por um instante, o coração disparado. Mas então, com um misto de desafio e desejo, ela levou os lábios à ponta, a língua traçando círculos lentos, explorando cada centímetro com uma precisão que era tanto instinto quanto provocação. O sabor salgado, o calor que parecia queimar sua boca, a textura que enchia seus sentidos – tudo isso a envolvia, e ela sentiu um fogo crescer dentro de si, apesar da humilhação que queimava em seu peito.
Kiab a observava, os olhos semicerrados, a respiração controlada, mas com um ronco baixo que traía seu prazer. "Boa garota", murmurou, a voz um trovão suave. "Você sabe como me agradar." Ele segurou os cabelos loiros dela, não com violência, mas com uma firmeza que ditava o ritmo, guiando-a como se ela fosse uma extensão de seu desejo. Rosângela intensificou o movimento, os lábios deslizando com mais ousadia, a boca lutando para abarcar o que ele oferecia. Ela sentia a grossura esticando seus lábios, o calor pulsando contra sua língua, e cada gemido baixo de Kiab era como uma corrente elétrica que a fazia estremecer.
Anderson, a poucos metros, assistia com o rosto pálido, os punhos cerrados tão forte que as unhas cravavam na palma. Ele queria gritar, impedir, mas a imagem da falência – a mansão confiscada, a empresa desmoronando – o mantinha preso. "Você consegue, Rosângela", murmurou, a voz quase inaudível, um mantra para aplacar sua própria vergonha. Mas seus olhos traíam outra coisa: uma excitação relutante, um desejo que ele odiava admitir, enquanto via a esposa se entregar.
Kiab a puxou suavemente, levantando-a com uma força que parecia não exigir esforço. Ele a guiou até a mesa de mogno, posicionando-a de costas, as mãos dela apoiadas na superfície gelada. O contraste entre o frio do móvel e o calor do corpo dele era como uma chama contra gelo. Ele se inclinou, os lábios roçando a nuca dela, o hálito quente enviando arrepios por sua espinha. "Você é minha agora", sussurrou, a voz como um veneno doce. "E vou te mostrar o que é poder."
Com um movimento firme, ele a penetrou, entrando apenas até a metade, mas com uma força que arrancou um grito rouco de Rosângela. A dor era aguda, um estiramento que parecia rasgar seus limites, mas havia algo mais – um prazer bruto, selvagem, que começava a crescer em seu ventre. Ela cravou as unhas na mesa, o corpo arqueando, os seios balançando a cada investida. Kiab movia-se com um ritmo calculado, cada estocada uma mistura de controle e brutalidade, como se estivesse marcando-a com cada movimento. "Isso, Rosângela", ele grunhiu, as mãos segurando seus quadris com força, os dedos afundando na carne macia. "Sinta quem manda aqui."
Rosângela sentia o corpo ceder, a dor se misturando a um prazer que ela tentava negar. Cada investida era uma onda, um impacto que reverberava por seus nervos, fazendo-a gemer alto, os sons ecoando na sala como uma sinfonia selvagem. O mogno frio sob suas mãos, o calor de Kiab contra sua pele, o ritmo implacável – tudo se tornava um redemoinho que a engolia. Ela odiava a parte de si que começava a querer isso, que encontrava êxtase na rendição, e esse conflito a fazia tremer ainda mais.
"Anderson", disse Kiab, sem desviar os olhos de Rosângela, a voz cortante como uma lâmina. "Se divirta. Toque-se." Anderson balançou a cabeça, a recusa instintiva, mas o olhar de Kiab era uma ordem impossível de ignorar. Com mãos trêmulas, ele desabotoou a calça, os movimentos hesitantes, cada toque uma traição a si mesmo. A humilhação queimava, mas o desejo, enterrado sob camadas de vergonha, começava a surgir, alimentado pela visão de Rosângela se contorcendo na mesa.
Kiab pegou o telefone, os movimentos calmos, como se estivesse apenas assinando um contrato. "Aisha, entre", ordenou, sem pausar seus movimentos em Rosângela. A porta se abriu, e Aisha entrou, os saltos ecoando como um tambor de guerra. Seus olhos avaliaram a cena com uma calma que era quase sobrenatural, a pele negra reluzindo sob o lustre, os lábios cheios curvando-se em um sorriso que misturava profissionalismo e sedução. "Ajude o Anderson", disse Kiab, e Aisha obedeceu, ajoelhando-se diante dele com uma graça que era quase uma dança.
Aisha era uma visão: a pele brilhando como ébano polido, os lábios carnudos prometendo prazeres que Anderson não queria admitir que desejava. Suas mãos desfizeram o cinto dele com uma facilidade desconcertante, e quando ela começou, com a boca quente e habilidosa, Anderson soltou um gemido baixo, os olhos fechando-se contra sua vontade. Ela era metódica, a língua traçando caminhos que o faziam estremecer, cada movimento uma provocação que o puxava para um abismo de prazer e culpa.
Enquanto isso, Kiab intensificava o ritmo com Rosângela, agora mais fundo, quase ao limite. Ele segurava os quadris dela com força, as unhas marcando a pele, e cada estocada era um trovão que a fazia gritar. Os gemidos dela se misturavam a urros selvagens, o corpo convulsionando enquanto o prazer tomava conta, um fogo que queimava qualquer resquício de vergonha. "Você gosta disso, não é?", grunhiu Kiab, a voz carregada de triunfo. "Mostre pra mim, Rosângela. Mostre tudo."
Ela sentia o corpo se render, o prazer explodindo em seu ventre como uma onda que a engolia. Seus seios balançavam a cada investida, os mamilos duros roçando a mesa, e ela gritava, os sons ecoando como uma música primitiva. Quando o clímax a atingiu, foi como um vulcão, seu corpo tremendo, as pernas fraquejando, a respiração entrecortada. Kiab, sentindo o momento, se retirou com um rugido gutural, liberando-se na boca dela. O jato era quente, abundante, escorrendo pelos lábios, pingando nos seios fartos e na barriga lisa, uma marca pegajosa que parecia selar o pacto. Rosângela tentou engolir, mas o volume era demais, e ela sentiu o calor escorrer por sua pele, uma sensação que era ao mesmo tempo humilhante e eletrizante.
Do outro lado, Aisha levava Anderson ao limite, os movimentos precisos, a boca trabalhando com uma habilidade que beirava o artístico. Ele gozou com um gemido rouco, e ela, com uma eficiência quase sobrenatural, engoliu tudo, os lábios curvando-se em um sorriso satisfeito. Não havia uma gota desperdiçada, e seus olhos encontraram os de Kiab, um entendimento silencioso passando entre eles. O silêncio que se seguiu era ensurdecedor, cortado apenas pela respiração ofegante de Rosângela e pelo zumbido do ar-condicionado. Ela se recompôs, limpando o rosto com as mãos trêmulas, o vestido vermelho agora um monte de tecido amassado no chão. Anderson abotoava a calça, os olhos fixos no vazio, incapaz de encará-la. Kiab, já vestido, ajustava a gravata com a calma de quem acabara de fechar um contrato milionário. "Um prazer fazer negócios com vocês", disse, o sorriso intacto, antes de sair, deixando-os para lidar com o peso do que haviam feito.
Rosângela pegou o vestido, vestindo-o com movimentos mecânicos, como se tentasse recuperar a dignidade que sentia escorrer pelos dedos. Anderson, ainda sentado, murmurou: "Foi o que tinha que ser feito." Mas as palavras soaram ocas, e ele sabia disso. Aisha saiu sem dizer nada, o coque impecável ainda intacto, como se nada tivesse acontecido. De volta à mansão, o silêncio era mais pesado do que nunca. Rosângela tomou um banho quente, a água escaldante tentando lavar não apenas o corpo, mas a sensação de ter cruzado uma linha irreversível. Anderson ficou na varanda, olhando a favela ao longe, o uísque intocado na mão. Ele pensava em Marcos, no filho que agora enfrentaria outro fardo por causa de suas escolhas.
Naquela noite, Marcos os encontrou na sala de estar, o caderno de anotações rabiscado com letras nervosas. Ele os encarou, os olhos duros, mas com uma determinação nova. "Eu aceito", disse, a voz firme, mas carregada de ressentimento. "Vou conhecer essa garota. Mas não é por vocês. É pra sair desse jogo que vocês criaram."
Rosângela sentiu um alívio amargo, as lágrimas voltando, mas ela as conteve. Anderson apenas assentiu, o rosto vazio, sabendo que a família estava intacta, mas as rachaduras eram agora abismos. A decisão estava tomada, mas o preço ainda ecoava, como o som de um tambor distante na noite de Lagos.