Quem está me pintando nua?

Um conto erótico de July indo de mal a pior
Categoria: Heterossexual
Contém 2532 palavras
Data: 21/05/2025 11:26:39
Última revisão: 22/05/2025 00:46:00

Oi! Faz tanto tempo que não escrevo que, com certeza, quem me lia antigamente já não deve estar mais aqui. Deixa eu me apresentar: sou July, 22 anos, 1,65m de pura contradição.

Cintura fina, bunda grande, corpo em ampulheta e magrinha. Ah, e meu cabelo? Deixei crescer até quase bater na bunda (sim, agora é um ruivo, que chama atenção até no escuro).

Desculpe a descrição detalhada, mas acho justo vocês me imaginarem exatamente como sou — afinal, um bom relato começa pela imagem certa na cabeça de quem lê, não é?

O Mistério de D.L.

Isso aconteceu há pouco tempo. (Para os novos aqui: eu só conto relatos reais, daqueles que deixam a pele arrepiada.)

Há quase seis meses, comecei a notar algo estranhamente fascinante na faculdade. Um tal de D.L.

Deixa eu explicar melhor: faço Letras e sou representante de turma, então divido meu tempo entre estágio, aulas e noites maldormidas (umas 3 horas por dia, se muito). Quando posso, chego mais cedo e durmo num pufe da biblioteca — sim, aquele mesmo que fica do lado do mural das obras de arte dos alunos de Artes.

Foi ali que reparei.

D.L. está me perseguindo.

Não, não é paranóia. Seus desenhos são sempre os mesmos: uma mulher ruiva, nua, cintura fina, cabelo longo. No começo, pensei: "Deve ser coincidência". Mas as pinturas se multiplicaram — nu clássico, nu realista, nu expressionista —, e cada vez mais... pareciam comigo.

Eu nunca vi o tal de D.L. — mas ele, aparentemente, já me viu de todos os ângulos possíveis.

Decidi que, se ele queria me observar tão de perto, eu também faria minha parte. Afinal, quem é o artista que ousa me retratar nu clássico, nu expressionista, nu surrealista... sem nem me apresentar direito?

No mural da biblioteca, descobri que "D.L." era Daniel Lopes, aluno noturno de Artes. Nenhuma foto no perfil da faculdade, nenhum post em redes sociais. Só um nome e um traço obsessivo. A bibliotecária me contou que ele sempre aparece depois das 22h, quando o campus está vazio. Pintava no escuro, só com uma lâmpada azul.

Uma noite, encontrei um caderno de esboços em cima do mural.

Dentro: era eu.

Mas não como eu me via.

A Página 1 mostrava meu rosto, com os olhos fechados e a boca entreaberta. A Página 5 era meu corpo de quatro, com as costas arqueadas e as mãos amarradas por uma fita de seda. A Página 12 trazia uma aquarela de mim de pernas abertas, mas com o rosto borrado — como se ele não ousasse terminar.

E no canto, escrito a lápis: "July não sabe que eu existo. E é melhor que nunca saiba."

Decidi me oferecer como modelo. Deixei um bilhete no mural: "Quer me pintar de verdade? Estarei na sala B14 hoje, às 21h. — J." Eu sabia que nenhum professor entrava naquela sala.

Cheguei mais cedo e apaguei as luzes. Ouvi a porta se abrindo devagar. Um vulto entrou, segurando uma lanterna.

— Você veio, — ele sussurrou.

Era a primeira vez que ouvia a voz de D.L. A voz dele era mais suave do que eu imaginava — um sussurro rouco que parecia escorrer pela minha coluna como tinta quente. A lanterna tremulava em sua mão, projetando sombras que dançavam nas paredes. Ele ainda era só um vulto, mas eu já sentia o calor dele.

— Você não devia ter vindo — ele disse, avançando um passo.

Eu recuei até encostar na mesa de desenho, fingindo uma coragem que não tinha.

— Por quê? Tinha medo que eu descobrisse seu segredo? — minha voz soou mais forte do que eu esperava.

A luz da lanterna iluminou sua mão por um segundo — dedos longos, manchados de carvão e tinta azul. Era a primeira parte dele que eu via de verdade.

Ele riu baixo, e o som me fez tremer.

— Meu segredo é muito pior que isso, July.

De repente, a lanterna se apagou.

Trevas.

Senti seu hálito quente no meu pescoço antes mesmo de suas mãos me encontrarem na escuridão.

— Você... — sua voz era um fio de provocação — ...sabia que eu ia te tocar assim?

Uma das mãos dele deslizou pela minha cintura, enquanto a outra segurou meu pulso, pressionando-o contra a mesa. O caderno de esboços caiu no chão com um baque.

— Página 5 — ele murmurou, enquanto seus dedos exploravam meu corpo exatamente como no desenho. — Sempre quis ver se você arqueava assim na vida real.

Eu soltei um gemido baixo.

— E a página 12? — desafiei, respirando fundo. — Também vai verificar?

Ele parou por um segundo. Depois, eu ouvi o som de algo metálico sendo puxado da mochila.

— Isso aqui — ele enrolou algo macio em meus pulsos — é a fita do desenho.

Senti o cetim deslizando na minha pele, apertando como ele sempre quis.

— Agora me conta — eu gemi, já perdendo o fôlego — como você me viu assim tantas vezes sem eu perceber?

Sua resposta veio entre mordidas no meu ombro:

— Você dorme na biblioteca, July. E eu... nunca durmo.

A luz azulada do projetor ainda piscava quando ele finalmente se revelou - não um estranho, mas Daniel, aquele colega quieto do curso de Artes que sempre sentava no fundo da sala. Seus dedos - ainda manchados de tinta - fecharam gentilmente meu pulso quando tentei recuar.

— Eu sabia que você viria — ele sorriu, mostrando um canto de boca tímido que nunca aparecia nas pinturas. — Demorou seis meses pra notar meus quadros, July.

O caderno aberto na mesa mostrava esboços de mim: Na biblioteca, com um livro aberto no colo; no café, mordiscando a ponta da caneta; dormindo, com meu cabelo ruivo espalhado como tinta derramada.

— Você... me observou mesmo o semestre todo? — perguntei, sentindo um calor subir pelo pescoço.

Ele encostou a testa na minha, num gesto surpreendentemente doce:

— Chama-se inspiração, July. Você é minha musa desde aquela tua apresentação sobre poesia erótica no primeiro ano.

Seu cheiro era de óleo de linhaça e café - um aroma que, de repente, me fez entender todas aquelas telas.

Mas Você Nunca Reparou em Mim

Ele soltou meu pulso, mas seus olhos não me largavam. Havia algo ferido por trás daquela voz suave – algo que as tintas não conseguiam esconder.

— Eu sentava três cadeiras atrás de você em Teoria Literária toda quarta-feira — ele continuou, os dedos traçando o contorno do meu ombro no ar, sem tocar. — Você sempre usava um brinco de pérola no lado esquerdo. Nunca no direito.

Ele pegou o caderno e folheou até uma página antiga:

Era eu.

Mas não nua. Não sensual.

Só... eu.

Com meu moletom rosa desbotado, a caneca de café que sempre levava para aula, a marca de batom nos dentes depois do lanche.

— Desenhei você assim primeiro — confessou, o polegar acariciando o canto do papel. — Mas você nunca viu. Nem quando deixei o sketchbook aberto na mesa do refeitório... Nem quando pintei seu retrato para o projeto de figura humana...

Sua mão finalmente me tocou – palma quente contra minha bochecha.

— Até que um dia, você dormiu na biblioteca. E eu...

O caderno virou para a primeira página safada: eu, de bruços no pufe, com a alça do sutiã escorregando pelo cotovelo.

— ...percebi que só olharia para mim se eu mostrasse o que realmente queria.

A voz dele mudou — mais rouca, mais dominadora — quando percebeu que eu não ia fugir. Seus dedos, antes hesitantes, agora me seguravam com firmeza, como se finalmente ousasse tocar na musa que só havia desenhado à distância.

— Você acha que eu só queria te pintar, July? — Ele riu baixo, quente contra meu pescoço. — Eu queria era te usar como tela.

Ele puxou outro sketchbook da mochila — este, com a capa preta e um elástico. Quando abriu, meu corpo inteiro esquentou: a Página 3 mostrava eu, de quatro, com os dedos dele puxando meu cabelo ruivo como rédeas; na Página 7, minha boca aberta, língua para fora, enquanto ele pintava com os dedos molhados de vinho; e a Página 12 (a preferida dele), eu, nua, amarrada com pincéis em vez de cordas.

— Todas as vezes que você dormiu na biblioteca… — Ele mordiscou minha orelha. — …eu fiquei imaginando como seria te acordar assim.

Seu polegar deslizou pela minha clavícula, lento como um pincel carregado de tinta, antes de apertar:

— Sabe por que sempre pintei você de ruiva, mesmo antes de você pintar o cabelo? — Uma pausa dramática. — Porque eu sonhava com você de pernas abertas, gemendo, com esse cabelo espalhado como sangue na minha cama.

Ele empurrou o caderno preto para minhas mãos — junto com um pincel fino.

— Escolhe uma página. Qualquer uma. — Seus olhos brilhavam no escuro. — Hoje a gente faz ao invés de desenhar.

Agora que eu estava em seu poder, D.L. finalmente soltou o monstro que escondia atrás das telas. Seus dedos, antes delicados como pincéis, agora apertavam, marcavam, possuíam. Adorava desenhar July sem ela saber — quanto mais vulnerável, melhor. Sempre usava os dedos sujos de óleo para tocar ela depois. "Você é minha obra-prima. E obra-prima não foge do autor."

Ele pegou um tubo de tinta óleo vermelha e espremeu diretamente na curva do meu pescoço.

— Toda vez que você dormia na biblioteca... — Sua voz era um rugido baixo enquanto espalhava a tinta com os dedos, descendo até o decote do meu vestido. — ...eu ficava de pau duro imaginando como seria lamber essa pele até ficar rosa.

A tinta estava fria e grossa, mas onde seus dedos passavam, meu corpo queimava.

Antes que eu pudesse responder, ele pegou rolos de fita adesiva de pintor (aquela azul, que não marca) e prendeu meus pulsos à mesa de desenho.

— Não se mexe. — Uma ordem, não um pedido. — Vou te pintar do jeito que sempre quis, e se você estremecer...

Seu joelho abriu minhas pernas com um empurrão.

— ...a obra fica arruinada.

Eu senti um arrepio percorrer minha espinha. "Arruinada?" A voz dele, mesmo em tom de ordem, me deixava com uma sensação estranha, uma mistura de medo e excitação.

Quando senti algo quente e grudento escorrer entre meus seios, soltei um gemido.

— É óleo de linhaça misturado com... outras coisas. — Ele riu, esfregando a palma da mão no volume evidente das suas calças. — Você acha que eu só me excitava olhando? Eu batia uma em cima de cada esboço seu.

Meus olhos se arregalaram. As palavras dele ecoavam na minha mente, misturando-se com a sensação pegajosa na minha pele.

Seus dedos mergulharam na mistura quente antes de deslizarem pela minha barriga, deixando um rastro no mesmo caminho que ele sempre pintava nas telas.

Ele puxou um portfolio embaixo da mesa — e quando abriu, não eram pinturas.

Eram fotos borradas de punheta, com os esboços de July colados na parede do quarto dele, e poças de porra seca em cima dos meus olhos, boca, peitos desenhados.

— Toda noite, July. Toda. Maldita. Noite.

Um calafrio percorreu meu corpo. Eu sabia que ele me observava, mas não daquele jeito. A revelação era chocante, mas ao mesmo tempo, uma parte de mim sentia uma atração inexplicável por aquela obsessão.

Antes que eu pudesse processar, ele enfiou o pincel na boca dele, molhando as cerdas com saliva, e passou devagar na minha clavícula.

— Vou pintar por onde eu quero passar minha língua. — O pincel desceu, parando no mamilo endurecido. — E você vai adorar ser minha tela viva, não vai?

Eu o encarei, a respiração presa na garganta. As palavras dele eram uma provocação, um desafio. Minha mente estava em turbilhão, mas meu corpo reagia de uma forma que eu não esperava.

O Ápice: Sexo Brutalmente Artístico

A luz da lua entrava pelas janelas altas do ateliê, iluminando os corpos entrelaçados em suor e tinta. Eu estava finalmente nas mãos de D.L. - não como musa, mas como objeto de desejo vivo.

D.L. me empurrou contra a mesa de desenho, os dedos enrolados no meu cabelo ruivo como em tantos esboços.

— Você vai ficar exatamente como eu te pintei — ele rosnou, espalhando tinta azul no meu pescoço com a ponta do pincel. — Só que hoje...

O pincel desceu entre meus seios, deixando um rastro frio.

— ...eu vou pintar por dentro também.

Eu tremi, uma mistura de medo e antecipação me dominando. "Pintar por dentro?" A ideia era perturbadora e sedutora ao mesmo tempo.

Seus lábios encontraram a tinta ainda úmida no decote do meu vestido, lambendo o caminho que seu pincel havia feito.

— Você sabe quantas vezes eu chupei esses peitos no papel? — Ele mordeu meu mamilo através do tecido rasgado. — Nunca foram quentes assim.

Eu arqueei as costas, mas ele puxou meu cabelo para trás, expondo a garganta.

— Não. Fica parada. Você é minha tela agora.

"Parada? Como ele podia pedir isso?" Minha mente gritava, mas meu corpo parecia ter uma vontade própria, respondendo aos seus toques com arrepios.

D.L. pegou um pote de tinta vermelha e despejou diretamente no meu umbigo, observando o líquido escorrer pelas curvas que ele conhecia tão bem.

— Isso... — Seus dedos seguiram o rastro, mergulhando sob a cintura da minha calça. — ...é a cor do seu desejo. A mesma que eu usava quando pintava você molhada.

Eu gemi quando seus dedos encontraram o calor entre minhas pernas. "Molhada? Ele sabia exatamente o que dizer para me enlouquecer." Minha respiração ficou ofegante.

Com um movimento brusco, D.L. arrancou o resto das minhas roupas, antes de desabotoar suas próprias calças.

— Você quer saber como é? — Ele alinhou o pau latejante na minha entrada, já escorrendo. — Como eu batia uma olhando pra você dormindo?

E então enterrou até o fim num único movimento.

Eu gritei, minhas unhas cravando nas costas dele, misturando sangue à tinta seca.

— Assim... — Ele rosnou, bombeando dentro de mim. — ...exatamente assim.

A dor inicial deu lugar a uma onda de prazer avassalador, misturada com a sensação de ser completamente possuída. Eu estava à mercê dele, e uma parte de mim adorava isso.

D.L. mudou de ângulo, levantando uma das minhas pernas sobre seu ombro.

— Essa pose... — Ele acelerou o ritmo, esmagando-me contra a mesa. — ...é a da página 12. Lembra?

Eu podia sentir cada veia dele pulsando dentro de mim, cada puxão de cabelo que me forçava a olhar para os esboços onde eu estava exatamente assim: pernas abertas, rosto distorcido de prazer.

— Goza. — Ele ordenou, cravando os dentes no meu ombro. — Quero te ver borrar minha tela.

E eu obedeci, explodindo em torno dele com um grito abafado contra seu braço. Meu corpo tremia incontrolavelmente, e a mistura de sensações era indescritível.

D.L. não tirou - segurou-me pelos quadris e continuou, mais devagar agora.

— Ainda não acabou... — Seus dedos sujos de tinta vermelha pintaram-me os lábios. — Preciso de mais uma coisa.

Ele puxou para fora no último segundo, jorrando sobre a minha barriga em jatos grossos que misturavam com a tinta já seca.

— Agora sim... — Respirou fundo, admirando seu trabalho. — Minha obra-prima completa.

Eu estava exausta, meu corpo coberto de tinta e suor, mas a sensação de ter sido a musa, a tela viva de Daniel, era algo que eu nunca tinha experimentado. O que seria de mim agora?

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Oii, como tinha falado antes faz um tempo que não entro aqui uns 2 anos acho kkkkk, confesso que queria saber se tem alguém aqui que já leu algum relato meu antigo se sim manda um oii... Beijos e estrelas

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Comentários

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Delicia ser a musa do macho, e ser a tela viva onde ele te pinta como você é e como ele quer que você seja e como fique. Uma obra de arte que o artista rabiscou modelou pintou e possuiu ...

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Pura poesia!!!! Sem zoeira nem nada...esse foi uma das melhores histórias que já li. A sua escrita e a história em sim são fabulosas... e claro que tem o fator identificação. Me identifico com D.L, porém não tenho talento para artes, mas sim sou um cara que gosta de pintar cenas mentalmente. Leio contos eróticos e imagino cada cena que me chama a atenção, criando pequenos filmes na minha cabeça... já fazia isso no passado, assim como d.L sem ser notado pelos demais... um anônimo que cultuava as divindades em segredo... mas se descoberto certamente seria tratado como um esquisito... Continue a escrever...por favor...

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Obrigada pelo carinho e pelo comentário, eu leio bastante também livros eróticos também são bem divertidos, recomendo, e é aquilo se for descoberto pela pessoa certa, não vai ser tratado como esquisito, pelo contrário, vou sim continuar a escrever espero ver você por aqui

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❤Qual­quer mulher aqui pode ser despida e vista sem rou­­pas) Por favor, ava­­lie ➤ Ilink.im/nudos

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